
Estilo de vida
18/12/2020 às 04:00•2 min de leitura
O nascimento de uma garotinha nos Estados Unidos chamou a atenção da comunidade médica em 2020. No dia 26 de outubro, Molly Everette Gibson nasceu de um embrião congelado há 27 anos, o que estima-se ser um novo recorde de tempo que um embrião humano ficou congelado antes de nascer.
Segundo a reportagem produzida pelo The Washington Post, o embrião havia sido congelado em 1992 e permaneceu guardado em um refrigerador criogênico até 2012. Depois disso, a amostra embrionária foi colocada em um contêiner com nitrogênio líquido e levada até um banco de esperma, onde seria implantada no útero de Tina Gibson em fevereiro deste ano.
Pensando em toda a jornada da família Gibson, quanto tempo um embrião humano pode permanecer congelado e ainda ser eficiente? “Indefinidamente”, é o que diz o professor de obstetrícia e ginecologia da Universidade de Stanford, Barry Behr. E tudo isso é graças ao processo chamado de criopreservação.
Durante a criopreservação, o embrião é congelado e armazenado em nitrogênio líquido na temperatura de -196 ?°C, o que já é capaz de interromper qualquer atividade biológica. Dessa forma, é como se as células que formam os primeiros estágios da vida humana simplesmente entrassem em pause e esperassem por uma resposta externa para voltarem a se reproduzir.
Portanto, mesmo que um embrião passe décadas congelado, ele pode continuar crescendo naturalmente uma vez que seja “reaquecido” e implantando no útero. Isso explica o fato de Molly Gibson ter nascido após 27 anos sem qualquer tipo de complicação no parto.
Por mais que os procedimentos criogênicos consigam fazer os embriões permanecerem congelados e intactos por vários anos consecutivos, ainda existem fatores externos que podem provocar certos tipos de dano ao material genético, explicou Behr em entrevista para o Live Science.
A radiação ionizante proveniente do Sol, que é capaz de atravessar todo tipo de material, é um dos fatores que pode colocar a “imortalidade” dos embriões em risco. De acordo com Behr, essa radiação provoca mutações ou danos ao material genético embrionário, comprometendo sua durabilidade.
Entretanto, os casos ainda são muito raros. Por mais que exista uma determinada cautela, o material coletado pela Universidade de Stanford não exibe nenhuma evidência de diferença na saúde dos bebês nascidos de embriões congelados e daqueles vindos de embriões recém transferidos.
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