Artes/cultura
12/01/2021 às 10:00•1 min de leitura
Um estudo publicado em outubro no periódico internacional Historical Biology trouxe novas informações sobre o crescimento do megalodonte (Megalodon), antes mesmo de nascer. Segundo a pesquisa, o tubarão pré-histórico nascia com até 2 metros de comprimento por alimentar-se dos outros filhotes ainda no útero.
O processo é conhecido como oofagia, ou canibalismo intrauterino. Com isso, os filhotes alimentavam-se com os ovos ainda não eclodidos, impulsionando o seu crescimento para que os “bebês” já nascessem maiores que um tubarão comum.
Conhecido cientificamente como Otodus megalodon, o animal viveu entre 15 e 3,6 milhões de anos atrás. Por mais que muitos fósseis já tenham sido encontrados pelos paleontologistas de todo o mundo, sua anatomia permanece um mistério. Seus dentes são a categoria mais conhecida e indício do tamanho gigantesco do tubarão.
A pesquisa que revelou a oofagia do animal utilizou uma técnica de tomografia computadorizada. Com isso, os cientistas descobriram vértebras com 46 bandas de crescimento, possibilitando a criação de faixas de crescimento para acompanhar a evolução do animal. De acordo com os fósseis utilizados, os fósseis pertenciam a um animal que viveu cerca de 46 anos e tinha 9 metros de comprimento.
O estudo descobriu ainda que o tubarão nasceu com cerca de 2 metros de comprimento e cresceu em torno de 16 centímetros por ano. Como a expectativa de vida do megalodonte gira em torno de 88 e 100 anos, ele poderia atingir, no mínimo, 15 metros de comprimento!
A descoberta foi um grande avanço para entender melhor o ciclo de vida dos megalodontes. Afinal, até o momento, o tamanho dos filhotes após o nascimento ainda era uma incógnita para a comunidade cientista. Logo, as novas informações obtidas funcionam como base para entender como funcionava o ciclo reprodutivo dos tubarões extintos.