Lêmures sentem o cheiro de frutas a 15 metros

21/03/2021 às 07:002 min de leitura

Os lêmures são uma espécie de primata bastante curiosa e adorada pelos seres humanos, tanto que chegaram a ser representados múltiplas vezes na televisão e no cinema. O personagem Rei Julien, de Madagascar (2005) e a série de TV Zooboomafoo (1999) são alguns dos exemplos que tornaram essas criaturas em celebridades.

Além disso, os lêmures possuem algumas habilidades impressionantes. De acordo com um novo estudo publicado na American Journal of Physical Anthropology, eles são capazes de identificar uma fruta escondida a 15 metros de distância utilizando apenas o olfato. Para que isso ocorra, o aroma dos frutos precisa ser levados até eles através do vento.

Olfato aguçado entre primatas

(Fonte: Wikimedia Commons/Reprodução)(Fonte: Wikimedia Commons/Reprodução)

Segundo a autora do estudo, Elena Cunningham, essa é a primeira vez que cientistas identificaram uma espécie de primatas capaz de rastrear um cheiro distante carregado pelo vento. Apesar de muitos animais utilizarem o olfato para encontrar alimento, essa é uma característica menos conhecida entre macacos e outras criaturas do gênero.

De maneira geral, os primatas se baseiam nas suas capacidades visuais para encontrar uma nova refeição. Porém, como a maior parte deles vive em florestas com muitas árvores e folhagens, ser capaz de cheirar e localizar frutas distantes acaba sendo uma ferramenta importante para aumentar a capacidade de sobrevivência entre a espécie.

Para a elaboração do documento, Cunningham e sua equipe de pesquisadores realizaram experimentos com um grupo de lêmures-de-cauda-anelada habitantes da Fundação para Conservação dos Lêmures no estado norte-americano da Flórida. Cada espécime teve seu olfato testado individualmente.

Testando os lêmures

(Fonte: Wikimedia Commons/Reprodução)(Fonte: Wikimedia Commons/Reprodução)

Durante o estudo, os pesquisadores esconderam recipientes contendo melões maduros e alguns com melões falsos na vegetação rasteira da floresta do santuário. O alimento foi espalhado próximo a uma rota utilizada rotineiramente pelos primatas, em uma distância entre 3 e 17 metros.

Como os recipientes não estavam visíveis na perspectiva do trajeto, os lêmures precisariam utilizar o olfato para encontrar o melão. Segundo a pesquisa, os animais se aproveitaram das “plumas de odores” transportadas pelo vento para localizar o alimento, monitorando a intensidade do cheiro à medida que se movem.

Embora os melões escondidos em distâncias maiores tenham demorado mais para serem encontrados, alguns lêmures foram capazes de identificar cheiros em até 17 metros de distância do seu ponto de partida. Por fim, nenhuma das cobaias do experimento encontrou um melão falso durante o processo.

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