Veja como as tarântulas chegaram aos 6 continentes da Terra

24/04/2021 às 12:002 min de leitura

Presentes em seis dos sete continentes do planeta, o que mais assusta em relação às tarântulas é o fato de estarem em todos lugares. Popularmente conhecidas pela maioria dos seres humanos, graças ao seu tamanho, aspecto assustador e cores vibrantes, essas aranhas são, surpreendentemente, animais sedentários, sendo que as fêmeas e filhotes raramente deixam suas tocas.

Para estudar esse paradoxo entre período de diversificação, vidas sedentárias e baixa taxa de dispersão com a imensa distribuição cincuntropical desses artrópodes, uma equipe internacional de cientistas promoveu um estudo biogeográfico, semelhante a uma gigante árvore genealógica.

A pesquisa

As duas linhagens de tarântulas que emergiram da Índia (Fonte: Dinosaur Pictures/Reprodução)As duas linhagens de tarântulas que emergiram da Índia (Fonte: Dinosaur Pictures/Reprodução)

Publicada no início deste mês (6) na megarrevista científica PeerJ, a pesquisa utilizou como metodologia os transcriptomas, que são a soma de todas as transcrições do mRNA (RNA mensageiro) de várias tarântulas e outros tipos de aranhas, durante diferentes períodos de tempo.

A calibragem dessa “árvore” com dados fósseis foi complicada pela dificuldade de localização desses vestígios de tarântulas. Mas o obstáculo foi contornado através da utilização de um software que consegue estimar a idade das tarântulas mais antigas comparando-as aos fósseis de outras aranhas.

As análises revelaram que as tarântulas são antigas, sendo percebidas pela primeira vez no pedaço de terra que hoje chamamos de Américas há cerca de 120 milhões de anos, durante o Cretáceo. Naquele período, o último da Era Mesozoica, a América do Sul estava ligada à África, Índia e Austrália, como parte do supercontinente Gondwana.

Conclusões

Fonte: Carnegie Mellon University/ReproduçãoFonte: Carnegie Mellon University/Reprodução

Dessa forma, a pesquisa afirma que as aranhas chegaram aos seus destinos, onde se encontram até hoje, em virtude da chamada deriva continental, teoria que afirma que os megacontinentes se separaram devido aos movimentos das placas tectônicas.

A entrada dessas aranhas na Ásia mostrou que elas conseguem ser dispersores altamente capazes. De acordo com o estudo, duas linhagens distintas de tarântulas que se separaram no subcontinente indiano chegaram à Ásia com cerca de 20 milhões de anos de diferença, com uma família eminentemente no solo e a outra completamente arbórea.

Para a principal autora do estudo, Saoirse Foley, da Carnegie Mellon University, embora a deriva continental tenha um papel importante na história da dispersão, a colonização dupla da Ásia mostra que "as tarântulas são especialistas em explorar nichos ecológicos".

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