Ciência
22/06/2021 às 03:00•2 min de leitura
Rei Ghidorah, Falkor, Smaug ou Drogon... o quê todos eles têm em comum? São dragões clássicos do mundo da ficção que se destacam por imponência, tamanho, habilidade e muito mais. Porém, acima de todas essas características, eles são apenas personagens resultantes de um certo exagero criado pelas lendas antigas, já que, apesar de os dragões serem reais, estão longe de terem traços semelhantes aos desses personagens.
Na natureza terrestre, a criatura que mais se aproxima desses seres fantásticos é o dragão-voador (Draco volans), um réptil de até 22 centímetros de comprimento — incluindo a cauda — que seria completamente inofensivo "caso resolvesse se opor à humanidade". Isso porque a espécie de lagarto se alimenta essencialmente de formigas, cupins e outros insetos, restringindo suas atividades em regiões arborizadas das Filipinas e da ilha Bornéu, no sudeste asiático e no sul da Índia.
(Fonte: Tim Laman - National Geographic / Reprodução)
Os dragões-voadores têm adaptações corporais para a planagem intituladas patágios. Essas extensões laterais de pele, que se assemelham a asas, chamam a atenção por sua incrível especialização em voo. Assim, não somente permitindo que os lagartos voem para cima, para baixo e ao redor das árvores, mas também se diferenciam entre as 45 espécies registradas, pois cada uma tem textura e coloração próprias. Assim, os animais conseguem atingir alturas de até 9 metros com suas estruturas e são os únicos répteis considerados planadores "verdadeiros".
Apesar do cinema apresentar os dragões machos como mais ferozes e protetores do que as fêmeas, o comportamento e a biologia dos D. volans mostram que as fêmeas não somente têm corpos cerca de 20 milímetros maiores, mas também são as responsáveis por explorar o solo, proteger vorazmente os ovos por cerca de 24 horas de vigilância e selecionar o companheiro que mais lhe impressiona.
(Fonte: Wikipedia / Reprodução)
Esse relacionamento curioso entre os gêneros do dragão-voador destaca a espécie de lagarto como um ser territorial, ritualístico e prevenido. Cada um deles têm sua função no sistema comunitário e, enquanto as fêmeas se ocupam com a proteção e a busca de um parceiro, os machos defendem seus territórios e caçam potenciais predadores, utilizando suas ações como meios para se sobrepor em relação a inimigos, concorrentes e presas.
De qualquer forma, ao avistar um desses pequenos répteis, não espere o lançamento de feixes de fogo pela boca.