Estilo de vida
29/08/2021 às 07:00•2 min de leitura
Em 2016, um casal de norte-americanos foi pego de surpresa ao descobrirem que seriam pais pela segunda vez. Porém, o detalhe mais intrigante é que Jessica Allen já estava com uma criança na barriga quando descobriu que o segundo bebê estava vindo. Sendo assim, ela teria engravidado por uma segunda vez enquanto ainda estava grávida.
Apesar de ser algo extremamente raro na ciência, esse é um caso possível e chamado de gravidez dupla ou superfetação. Para se ter ideia, isso é algo tão incomum que nem existem dados suficientes para comprovar quantas vezes já ocorreu. Então, tentaremos entender como esse incrível fenômeno acontece.
(Fonte: Pixabay/Reprodução)
Durante uma gravidez comum, a mulher tende a parar de ovular, o que impossibilitaria qualquer período fértil durante os nove meses que o bebê estará se desenvolvendo no útero. Mesmo que outro óvulo fértil fosse produzido, seria muito difícil ele se fixar no corpo feminino enquanto o primeiro ainda estiver lá.
O revestimento uterino fica mais espesso para sustentar o primeiro óvulo e isso dificulta para outro se prender. Por fim, o colo do útero também produz um tampão mucoso para proteger a região de infecções e até mesmo evitar com que espermatozoides passem por ali.
Por esses motivos, a gravidez dupla é muito improvável — mas não impossível. Até 2017, eram apenas 10 casos confirmados na literatura médica. Para uma superfetação ocorrer, a grávida teria que ter ovulado durante a gravidez ou simplesmente ter dois úteros, sendo a segunda (de certa forma) mais comum do que a primeira.
(Fonte: Pixabay/Reprodução)
Anormalidades uterinas não são tão incomuns assim, podendo existir mulheres com útero dividido ou um segundo parcialmente formado. Geralmente, é mais provável que a mulher sofra um aborto durante a segunda fecundação, mas as chances de gravidez dupla ainda são possíveis.
Como esse é um fenômeno raro, existem poucas informações disponíveis quanto as datas de nascimento dos bebês. Mesmo assim, um estudo de 2013 sugere que os fetos seriam concebidos entre duas e quatro semanas de diferença. Dessa forma, as mamães não teriam que se preocupar em ter um bebê de 8 meses na barriga e outro de 3 meses.
A superfetação é diferente da existência de bebês gêmeos, pois ocorre quando dois óvulos são fertilizados durante momentos separados de ovulação. Gêmeos acontecem quando um óvulo fertilizado se divide em dois após a implantação (para gêmeos idênticos) ou quando dois óvulos separados são fertilizados ao mesmo tempo (para gêmeos fraternos).