Coruja Humana: o homem que virava a própria cabeça em 180°

18/11/2021 às 12:002 min de leitura

Nos anos 1900, uma das pessoas mais populares dos freak shows era Martin Laurello, o Coruja Humana. Sua habilidade consistia em virar sua cabeça em 180 graus, assim como faz a ave que inspira seu apelido.

Apesar da fama, muito pouco se sabe sobre a infância de Laurello, apenas que nasceu por volta do ano de 1886 na cidade de Nuremberg, na Alemanha. Em 1921, mudou-se para os Estados Unidos e começou a se apresentar em vários circos e shows de horrores do país, chegando a se tornar notícia em jornais e revistas.

O Homem Coruja. (Fonte: Riplays/ Reprodução)O Homem Coruja. (Fonte: Riplays/Reprodução)

O espetáculo de virar, literalmente, a cabeça

Não há registros detalhados sobre o que dava a Laurello o poder de executar seu número; supõe-se que o Coruja Humana tenha nascido com a coluna levemente curvada. Possivelmente, essa condição biológica foi fundamental para ele conseguir girar a cabeça para trás em 180 graus.

(Fonte: Gag Daily/ Reprodução)(Fonte: Gag Daily/Reprodução)

No entanto, quando era questionado sobre o assunto, o alemão dizia que só foi possível desenvolver a habilidade após 3 anos de duros treinos, mas não explicava mais detalhes. Afinal, é bem provável que desejasse esconder o segredo que lhe permitia realizar a façanha.

Por outro lado, não faltavam especulações na época. Segundo alguns dos relatos, ele chegou a deslocar propositalmente várias vértebras enquanto treinava seu número até atingir o objetivo final.

(Fonte: Nominusyes/YouTube)(Fonte: Nominusyes/YouTube)

Laurello chegou a ser visto com cigarros em sua boca com a cabeça para trás e recebendo bebidas. Mas, devido ao fato de sua garganta e várias outras partes internas se torcerem, nem sempre era possível ingerir alimentos sólidos ou líquidos durante o número.

Um excelente treinador de cães e gatos

Uma faceta pouco divulgada sobre Laurello é que ele também se dava bem com animais, sendo que tinha uma ótima habilidade com gatos e cães, especialmente quando o treinamento envolvia números de acrobacia.

Aliás, era habitual iniciar o show com uma apresentação incluindo os animais treinados por ele; uma das mais famosas envolvia dois gatos que, usando luvas, eram obrigados a lutar um com o outro. Também havia um número com cães dançando, assim como cachorrinhos que andavam apenas com as patas traseiras.

A cultura freak show

Durante os anos 1800 e as décadas iniciais dos anos 1900, as chamadas raridades biológicas, tal como a apresentada por Laurello, eram o principal ingrediente para quem desejasse participar dos freak shows.

Os shows de horrores eram populares entre 1840 e 1970.  (Fonte: Wikipedia/ Reprodução) Os shows de horrores eram populares entre 1840 e 1970. (Fonte: Wikipedia/Reprodução) 

Esses “shows de aberrações” costumavam atrair multidões por exibirem habilidades anormais, deficiências severas, doenças pouco conhecidas e todo tipo de deformidade. Havia até mesmo casos em que essas pessoas não passavam de uma aquisição para o circo e eram tratadas como animais, apresentadas ao público em gaiolas para que qualquer um passasse e se divertisse.

Muitos dos indivíduos que se aventuravam nesse mundo eram marginalizados, abandonados pela família e pela sociedade e encontravam nesses espetáculos alguma forma de sobrevivência.

Vítima de um ataque do coração, Martin Laurello morreu em 1955, mas seus registros em fotos e vídeos ainda atraem a curiosidade de muita gente até os dias atuais. Aliás, no vídeo abaixo você pode acompanhar a preparação do Coruja Humana para mais um de seus shows.

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