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Como a tecnologia ajudou neurocientistas a reimaginar o cérebro?

27/11/2021 às 12:002 min de leitura

Falar sobre o cérebro humano sem pensar a respeito de computadores é uma tarefa um tanto quanto complicada para todos. Por exemplo, o termo "memória" é usado em ambos os segmentos para descrever o armazenamento de conteúdo, e o "processamento de informações" também é algo que as duas partes realizam.

Porém, existe um motivo para essas metáforas estarem tão difundidas no campo científico. De acordo com Matthew Cobb, autor do livro The Idea of the Brain (2020), essa conexão entre o material digital e o humano oferece uma visão aprofundada sobre tudo que sabemos a respeito da neurociência atualmente.

Cérebro e tecnologia

(Fonte: Shutterstock)(Fonte: Shutterstock)

Em diferentes períodos da sociedade, metáforas precisaram ser criadas para que as pessoas pudessem compreender o complexo funcionamento do cérebro. Para isso, pesquisadores rotineiramente tentaram associar as funções do órgão com a mais alta tecnologia disponível no mercado.

Diferentes gerações de pesquisadores estabeleceram conexões entre o cérebro e autômatos, circuitos elétricos e até mesmo o telégrafo. Segundo Cobb, comparações com invenções como o fio telegráfico — que poderia transmitir informações de um nó central para pontos distantes — ajudaram os pesquisadores a reimaginar o cérebro, estimulando avanços na compreensão da sua estrutura e função.

E por mais que os cientistas tenham desenvolvido tecnologias capazes de analisar o cérebro de perto, como os exames de ressonância magnética, na maioria das vezes foram ferramentas nem um pouco ligadas com esse segmento que permitiram aos pesquisadores sair da zona de conforto e criar  conceitos.

Ganhando importância

(Fonte: Shutterstock)(Fonte: Shutterstock)

Embora hoje o cérebro seja comparado com supercomputadores, nem sempre o órgão teve essa relevância no campo científico. Na verdade, o interesse por ele só veio existir muito mais tarde na história humana, visto que conceitos ligados a percepção, emoção, espírito, mente costumavam ser atrelados a outros órgãos.

Portanto, fígado, rins e especialmente o coração, eram vistos como os principais pontos de estudo. Mas tudo acabou mudando no século XVII, quando as pessoas tiveram mais confiança de que o cérebro era quem realizava as principais funções do corpo. Quando o telégrafo foi inventado entre 1830 e 1840, foi um “prato cheio” para que os pesquisadores traçassem comparativos com o cérebro humano.

Assim, nós criamos uma “maquete” para entendermos o sistema nervoso até o ponto em que essa tecnologia se tornou ultrapassada. Então, novas ferramentas vieram e novos conceitos científicos foram surgindo a respeito do órgão central de nossa existência. 

Criação de novas metáforas

(Fonte: Shutterstock)(Fonte: Shutterstock)

Apesar de tecnologias cada vez mais modernas surgirem diariamente, é comum que as pessoas ainda usem algumas metáforas um pouco ultrapassadas para entender a mente humana. Mas qual o motivo disso? A verdade é que não existe uma resposta correta sobre esse tema. 

Possivelmente, conceitos como o “armazenamento em nuvem” possam aparecer com mais frequência quando o assunto for o cérebro nos próximos anos. No entanto, vale ressaltar que esse nosso órgão está se desenvolvendo a cerca de 600 milhões de anos e cada linhagem animal responde ao mundo de diferentes maneiras, o que faz com que seja extremamente difícil encontrar um paralelo certeiro na sociedade. 

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