Cação-víbora: a espécie de tubarão semelhante ao Alien

16/01/2022 às 08:002 min de leitura

Habitante das águas ao norte do Oceano Pacífico, o cação-víbora (Trigonognathus kabeyai) é uma espécie de tubarão que migra por diversos níveis de profundidade para alcançar suas presas e se proteger de caças na superfície. Porém, ao contrário dos tubarões comuns, esse curioso animal chama a atenção não apenas por ter um modo de vida totalmente diferente de seus semelhantes, mas também uma morfologia para lá de apavorante — há quem diga que ele combina com a estética de Alien: O Oitavo Passageiro (1979).

(Fonte: National Geographic/Reprodução)(Fonte: National Geographic/Reprodução)

Descoberto originalmente em 1990, o cação-víbora, também conhecido como tubarão-víbora, é uma espécie de peixe que foi unicamente visualizada nas costas litorâneas do Japão e do Havaí. Em pouco mais de trinta anos, apenas cerca de cinquenta indivíduos foram identificados por biólogos marinhos e especialistas. A dificuldade de encontrá-lo se deve ao fato desses animais viverem em regiões onde a luz solar não chega, além de se camuflarem na escuridão graças à textura e cor da pele, que se assemelha ao alienígena dos cinemas.

O cação-víbora pode alcançar 54 centímetros de comprimento corporal, além de ter uma boca repleta de dentes pontiagudos. O Trigonognathus kabeyai é o clássico exemplo do apavorante ecossistema da zona crepuscular oceânica: suas presas em formato de “V”, similares às de uma cobra, aliadas à morfologia de uma enguia e aos enormes olhos vítreos, dão ao peixe uma aparência digna de filmes de terror. Por isso, ele se torna uma ameaça para qualquer criatura viva que se aproxime.

(Fonte: Reprodução)(Fonte: Reprodução)

Por conta de o cação-víbora ser um animal raro, seus hábitos alimentares ou reprodutivos ainda são um mistério. Registros recentes apontam que a espécie, além de ser vivípara aplacentária — aquelas que se desenvolvem no corpo da mãe sem placenta nutritiva —, também nada verticalmente entre as regiões pelágica e mesopelágica (de 200 a 1 mil metros de profundidade) para se alimentar de peixes e crustáceos.

Entretanto, dados comprovaram capturas de indivíduos a mais de 1,5 mil metros de profundidade, indicando que eles devem utilizar zonas ainda mais escuras para reprodução, proteção ou busca de presas ambiciosas.

A dificuldade de estudo

(Fonte: Hypeness/Reprodução)(Fonte: Hypeness/Reprodução)

O “xenomorfo dos mares” é mais uma das incontáveis espécies marinhas que oferecem uma série de barreiras para estudos definitivos, tanto por habitar regiões com baixos níveis de iluminação quanto pela própria coloração da pele. Além disso, as regiões abaixo de 200 metros de profundidade, caracterizadas por ambientarem pressões mínimas de 20 atm — impróprias para exploração, mesmo com mecanismos de respiração e resistência — surgem como outra dificuldade para entusiastas do reino.

Com tantas adversidades, o cação-víbora deve continuar, por bastante tempo, viralizando na internet como um dos vários monstros marinhos que desafiam tudo que a humanidade conhece sobre vida abaixo da superfície.

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