Ciência
20/04/2022 às 02:00•2 min de leitura
Desde que os Estados Unidos e a União Soviética deram início à derradeira Corrida Espacial no final de 1957, o avanço tecnológico aumentou com o passar dos anos, mas, infelizmente, trouxe um problema para o planeta: o lixo espacial.
Segundo dados da National Aeronautics and Space Administration (NASA), estima-se que existam mais de 27 mil detritos orbitando a Terra, como foi capturado pelos sensores globais da Rede de Vigilância Espacial (SSN) do Departamento de Defesa. No entanto, existem outros fragmentos, provavelmente pequenos demais para serem rastreados, que oferecem grande perigo para uma espaçonave viajando em uma velocidade muito alta.
(Fonte: DW/Reprodução)
Existem cerca de 2 mil satélites ativos na órbita terrestre no momento e também 3 mil mortos no espaço, que, com os demais, podem ficar circulando o planeta por centenas ou milhares de anos.
Por um lado, o lixo espacial não representa um grande risco para os veículos de exploração, ainda que exista uma possibilidade. Mas por outro, o perigo é maior para os demais satélites em órbita, que precisam se mover pela "população de cadáveres"sem serem atingidos, danificados ou destruídos.
(Fonte: Orlando Sentinel/Reprodução)
Todo esse lixo orbitando o planeta é apenas o reflexo de um problema que começou no século passado, quando as expedições à Lua começaram a deixar para trás uma quantidade imensa de lixo lunar — do qual poucas pessoas falam a respeito, mas que precisa ser trazido a debate.
O solo do grande satélite natural da Terra está recheado por mais de 180 toneladas de lixo, incluindo toneladas de equipamentos robóticos de sondas lunares, bolas de golfe, kits de coleta de urina, orbitadores lunares e cinco rangers lunares.
(Fonte: WNYC Studios/Reprodução)
Em sua maioria, o entulho foi herança do Programa Apollo , que aconteceu entre 1969 e 1972; já outra parte vem de missões não tripuladas de agências de exploração espacial da Rússia, do Japão, da Europa, entre outras.
Enquanto isso, a NASA não encara o que foi deixado para trás como lixo. Os cientistas da agência consideram o entulho como possíveis objetos de estudos sobre como seus materiais resistiram à radiação e ao vácuo do espaço ao longo dos anos.
(Fonte: Market Research Telecast/Reprodução)
O refletor de alcance a laser deixado pela tripulação da Apollo 11, por exemplo, permitiu que daqui da Terra os pesquisadores pudessem medir a distância entre o planeta e a Lua, descobrindo o quanto o satélite tem-se afastado do planeta — uma taxa de 3,8 centímetros por ano.
Fora isso, o lixo também pode servir como uma "descoberta arqueológica" quando futuros visitantes lunares pousarem no satélite e se depararem com os antigos locais por onde a expedição americana passou e deixou sua marca.