Artes/cultura
10/01/2023 às 08:00•2 min de leitura
Em se tratando de população, Índia e China são países que possuem 1,4 bilhões de habitantes. Juntos, concentram mais de um terço da população mundial. E dentro desse contexto, é esperada uma mudança no que diz respeito ao posto de país mais populoso do planeta neste ano de 2023.
Os dados, que constam na projeção da Organização das Nações Unidas (ONU), apontam que a China apresenta uma menor taxa de crescimento demográfico, principalmente em virtude da redução na taxa de natalidade, fruto da política de filho único implementada nos anos 70 e que perdurou até 2016, quando o limite passou a ser de dois filhos.
Por outro lado, a Índia também exerceu esse tipo de intervenção ao longo dos anos 70. Mas pode-se dizer que o cenário que o país apresenta atualmente é diferente do gigante asiático, e o aumento da população tem sido reflexo de diversos fatores que atuam conjuntamente, a exemplo do aumento taxa de crescimento superior a 2%, que perdurou por décadas.
Nova Delhi, capital da Índia, é um forte polo financeiro global. (Fonte: Shutterstock/Reprodução)
Os motivos por trás dessa transição no perfil indiano são: a elevação da expectativa de vida, a redução da taxa de mortalidade e mesmo o aumento da renda per capita. Segundo as Nações Unidas, a Índia deverá superar a população chinesa em abril de 2023.
Essa mudança pode implicar numa nova perspectiva do ponto de vista político, já que a Índia, junto de Brasil, Japão e Alemanha, reivindica um assento permanente no Conselho de segurança da ONU em busca de maior protagonismo e papel de decisão.
Atualmente, a média da população é de 28 anos. Com o aproveitamento da população ativa no país, também existe a oportunidade de manter a Índia como polo de talentos na área de tecnologia, onde é destaque. Mas voltar o olhar para o envelhecimento da população, que deve se acentuar nas próximas décadas, também será necessário.
População indiana teve crescimento mais acelerado nos últimos anos. (Fonte: Shutterstock/Reprodução)
Em novembro de 2022, o mundo atingiu o marco de 8 bilhões de habitantes, destacando o aumento populacional tanto no sudeste asiático quanto na Ásia central, sendo estas as regiões que apresentaram os maiores índices, segundo o levantamento da ONU.
A África, por sua vez, também tem apresentado índices elevados de crescimento. Espera-se que a região da África Subsaariana, em particular, deverá responder por mais da metade do aumento global até 2050.
Sendo assim, a projeção aponta que o aumento populacional estará concentrado em oito países. São eles: Índia, Paquistão, Filipinas, República Democrática do Congo, Egito, Etiópia, Nigéria e República Unida da Tanzânia.
Enquanto isso, a China vivencia um período em que a mudança para a política de três filhos por família não exerce um grande impacto. Apesar dos incentivos fiscais, a população não tem aderido, aproximando o país de um cenário novo, em que sua população passará a encolher. Havendo um rápido declínio, os efeitos econômicos poderão ser perceptíveis.