Como sabemos se uma inteligência artificial se tornou consciente?

07/09/2023 às 14:002 min de leitura

É fato que as tecnologias de inteligência artificial estão cada vez mais avançadas. Isto colabora para que vários tipos de medos fiquem mais frequentes, como se tivessem saídos de livros de ficção científica. E um que pode ficar cada vez mais frequente é o receio de que as máquinas estejam ficando... conscientes.

Em resumo, as IA estão ficando tão sofisticadas em suas tarefas que, às vezes, dá até a impressão de que elas estão se tornando quase humanas. Mas será que há alguma possibilidade de isso acontecer?

A possível consciência das máquinas

(Fonte: GettyImages)(Fonte: GettyImages)

Um ponto importante a ser esclarecido é que, com o aumento de uso de inteligência artificial em serviços, é bem provável que vá surgir uma confusão cada vez maior sobre se estamos conversando com uma pessoa ou com uma máquina.

Já há estratégias sendo desenvolvidas para lidar com isso. Uma delas não é nova: é o chamado Teste de Turing, criado pelo matemático e cientista da computação Alan Turing. Ele parte do pressuposto que os modelos de linguagem de IA tendem a melhorar cada vez mais, fazendo com que as máquinas consigam nos convencer que são humanas.

Contudo, esta é apenas uma impressão. Segundo o escritor James Felton, em artigo publicado no IFL Science, os chatbots são mecanismos que simplesmente executam um comando que foi imposto a eles. "Essencialmente, eles recebem uma entrada e aplicam um algoritmo, que fornece o resultado que é estatisticamente mais provável de agradar (e ser coerente com) o humano à sua frente", explica.

Executar tarefas muito sofisticadas, entretanto, não significa ter consciência.

É possível que a inteligência artificial se torne consciente no futuro?

(Fonte: GettyImages)(Fonte: GettyImages)

Já há gente se debruçando sobre essa questão: se as tecnologias de IA avançarem ainda mais, é possível que elas se tornem um dia conscientes e autônomas de seus criadores? Um estudo feito por uma equipe de neurocientistas, cientistas da computação e filósofos, ainda não publicado, sugeriu que talvez isso possa vir a acontecer.

Para esses pesquisadores, há uma linha que ajuda a pensar neste desafio: a teoria da consciência do espaço de trabalho global. "A teoria da consciência do espaço de trabalho global (GWT) baseia-se na ideia de que os humanos e outros animais usam muitos sistemas especializados, muitas vezes chamados de módulos, para realizar tarefas cognitivas de tipos específicos. Esses sistemas especializados podem realizar tarefas de forma eficiente, independente e em paralelo. No entanto, eles também são integrados para formar um sistema único por meio de características mentais que lhes permitem compartilhar informações", explica o artigo produzido pelo grupo.

Não se trata exatamente de uma teoria que explique a consciência, mas os estudiosos creem que as IAs do futuro vão cumprir os quesitos necessários à GWT, como a capacidade de tomar decisões sozinhas. Mas ainda é preciso ter mais estudos sobre os rumos tomados pelas tecnologias emergentes para chegar a conclusões mais sólidas.

“Um possível argumento para a ideia de que provavelmente construiremos uma IA consciente é que a consciência está associada a capacidades avançadas nos animais. Por isso construiremos sistemas de IA conscientes no decurso do desenvolvimento de uma IA ainda mais capaz”, escrevem os autores na conclusão do artigo.

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