Sarcófago romano de 1800 anos é encontrado intacto na França

Um grupo de pesquisadores do Instituto Nacional de Arqueologia Preventiva (INRAP) da França conseguiu um feito notável: encontrar um sarcófago de pedra intacto e com diversos itens em seu interior.

Datado de um período por volta do século II, o sarcófago estava em uma necrópole localizada em Reims, no nordeste da França. Ele é feito de calcário com medidas de 3,3 metros de altura, 5,4 de comprimento e 2,6 metros de largura, além de sua tampa ter sido fixada com cavilha de ferro seladas com chumbo para preservar o conteúdo em seu interior.

Analisando o interior

Para preservar a estrutura do achado intacta, o time de arqueólogos começou a analisar o interior do sarcófago utilizando raios X e uma câmera de endoscopia, revelando que ele guardava o esqueleto de uma mulher que aparentava ter cerca de 40 anos, além de vários objetos como um espelho e recipientes de vidro que possivelmente continham óleos perfumados.

“É excepcional, é a primeira vez que encontramos uma tumba intacta e que não foi saqueada. Ela estava selada por oito grampos de ferro e fomos os primeiros a explorá-la”, disse Agnès Balmelle, vice-diretora científica e técnica do INRAP Grand Est, em um comunicado oficial para a imprensa.

Descoberta pode ajudar a entender um pouco mais sobre os hábitos dos antigos romanos.

Outro ponto importante é a forma como a mulher e alguns dos itens que estavam dispostos podem explicar um pouco mais sobre alguns costumes da época. Perto das pernas e dos ombros, por exemplo, foram encontradas quatro lâmpadas a óleo que possivelmente tinham algum significado ritualístico.

Somado a isso, a equipe responsável pela descoberta também pretende analisar as amostras de sedimentos dos ossos e do fundo do sarcófago para tentar encontrar possíveis vestígios de restos de planta, o que ajudaria a entender um pouco mais sobre as técnicas de preservação do corpo utilizadas na época.

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Outras descobertas

Além da tumba intacta, os arqueólogos também encontraram mais 20 conjuntos de restos mortais que foram enterrados ou cremados séculos atrás. Com isso, o time passa a contar com mais amostras de DNA para realizar análises, e já sinalizou inclusive que vai cruzar os dados da mulher que estava dentro do sarcófago com os outros que já possui para tentar encontrar alguma relação entre eles.

Ao finalizar esse cruzamento, os pesquisadores vão poder concluir, por exemplo, se a mulher que estava na tumba fazia parte da elite local ou se ela era originária de outra região.