Em setembro, 13 sarcófagos selados há 2,5 mil anos foram achados em uma escavação na necrópole de Saqqara, no Egito. Mas dentro de um mês, este número passou para 59, e segundo o Ministério de Antiguidades do país, ainda há mais por vir.
A descoberta data da 26ª dinastia do Antigo Egito (688 a.C. a 525 a.C.), período no qual a nação lutou para ganhar sua independência da Assíria, da qual os egípcios eram vassalos. Os caixões estavam empilhados dentro e nas proximidades de poços funerários, com os hieróglifos internos apontando que as múmias bem preservadas eram sacerdotes.

Perto dos sarcófagos, foram encontradas 28 estátuas, com a mais interessante tem quase 35 centímetros, sendo feita de bronze e pedrarias, e retratando Nefertem, uma divindade popular em Mênfis e comumente associada às flores de lótus.

Outra figura importante encontrada representa Ptah-Sequer, uma combinação dos deuses Ptá e Sequer. “Saqqara foi chamado desta forma por causa do deus Sequer. No período tardio [época em que os caixões datam], havia uma fusão do deus Ptá de Mênfis com Sequer. Mas isso é único. Nunca foi visto antes”, afirmou Zahi Hawass, ex-ministro egípcio de antiguidades, sobre o item através de um vídeo divulgado pelo ministério.

Além disso, diversas estatuetas de shabit também estavam presentes no local, ídolos funerários com uma aparência mumiforme que acreditava-se ser uma forma de substituir os mortos na execução dos seus afazeres no além.

A escavação na necrópole está sendo conduzida por uma equipe liderada pelo secretário-geral do Conselho Supremo de Antiguidades do Egito, Mustafa Waziri, e pode revelar mais sarcófagos e outros itens importantes muito em breve.