Artes/cultura
08/10/2020 às 13:00•1 min de leitura
Em setembro, 13 sarcófagos selados há 2,5 mil anos foram achados em uma escavação na necrópole de Saqqara, no Egito. Mas dentro de um mês, este número passou para 59, e segundo o Ministério de Antiguidades do país, ainda há mais por vir.
A descoberta data da 26ª dinastia do Antigo Egito (688 a.C. a 525 a.C.), período no qual a nação lutou para ganhar sua independência da Assíria, da qual os egípcios eram vassalos. Os caixões estavam empilhados dentro e nas proximidades de poços funerários, com os hieróglifos internos apontando que as múmias bem preservadas eram sacerdotes.
Perto dos sarcófagos, foram encontradas 28 estátuas, com a mais interessante tem quase 35 centímetros, sendo feita de bronze e pedrarias, e retratando Nefertem, uma divindade popular em Mênfis e comumente associada às flores de lótus.
Outra figura importante encontrada representa Ptah-Sequer, uma combinação dos deuses Ptá e Sequer. “Saqqara foi chamado desta forma por causa do deus Sequer. No período tardio [época em que os caixões datam], havia uma fusão do deus Ptá de Mênfis com Sequer. Mas isso é único. Nunca foi visto antes”, afirmou Zahi Hawass, ex-ministro egípcio de antiguidades, sobre o item através de um vídeo divulgado pelo ministério.
Além disso, diversas estatuetas de shabit também estavam presentes no local, ídolos funerários com uma aparência mumiforme que acreditava-se ser uma forma de substituir os mortos na execução dos seus afazeres no além.
A escavação na necrópole está sendo conduzida por uma equipe liderada pelo secretário-geral do Conselho Supremo de Antiguidades do Egito, Mustafa Waziri, e pode revelar mais sarcófagos e outros itens importantes muito em breve.