Por que temos dentes do siso?

25/12/2023 às 12:002 min de leitura

Os dentes do siso, ou terceiros molares, são frequentemente motivo de curiosidade e, em muitos casos, de desconforto para as pessoas. À medida que os humanos evoluíram ao longo do tempo, esses dentes, outrora essenciais para uma mastigação mais robusta, tornaram-se muitas vezes problemáticos. Descubra as origens e a importância dos dentes do siso, conhecidos como terceiros molares, através das perspectivas da odontologia.

Mandíbulas mais poderosas

Mandíbula poderosa do Australopithecus afarensis. (Fonte: Getty Images / Reprodução)Mandíbula poderosa do Australopithecus afarensis. (Fonte: Getty Images / Reprodução)

Os dentes do siso remontam a milhões de anos, quando nossos ancestrais humanos compartilhavam características com primatas. Espécies como o Australopithecus afarensis, que viveram há cerca de 3 a 4 milhões de anos, exibiam mandíbulas e dentes maiores, adaptados para uma dieta de alimentos mais duros.

Essa adaptação era crucial para a mastigação de carne crua e plantas, alimentos que exigiam dentes maiores e mais robustos. À medida que a dieta humana evoluiu, tornando-se mais processada e macia, as mandíbulas humanas modernas diminuíram de tamanho, resultando em uma possível falta de espaço para os terceiros molares.

Mudanças na dieta

Alimentos mais macios exigem menos da mastigação. (Fonte: Getty Images / Reprodução)Alimentos mais macios exigem menos da mastigação. (Fonte: Getty Images / Reprodução)

A transição para uma dieta mais suave ao longo dos séculos influenciou diretamente a evolução dos dentes do siso. Cientistas estudam fósseis e padrões de desgaste dental para entender as transformações na alimentação dos primeiros humanos.

Com a agricultura, técnicas culinárias avançadas e armazenamento de alimentos, a necessidade de dentes grandes e afiados diminuiu. Alimentos mais macios significam menos desafios para a mastigação, resultando em mandíbulas menores e faces mais achatadas nas gerações modernas.

Muitos dentes do siso estão mal posicionados e precisam ser extraídos. (Fonte: Getty Images / Reprodução)Muitos dentes do siso estão mal posicionados e precisam ser extraídos. (Fonte: Getty Images / Reprodução)

Hoje, cerca de 25% das pessoas não desenvolvem completamente pelo menos um dente do siso. A genética pode desempenhar um papel nesse fenômeno, sugerindo que a falta deles pode ser uma vantagem para os humanos modernos com mandíbulas menores. Problemas como impactação e falta de espaço podem levar à extração desses dentes. Os dentistas avaliam se a remoção é necessária, levando em consideração a posição, saúde e erupção completa dos terceiros molares.

Os dentes do siso, remanescentes de uma época em que a dieta humana era mais desafiadora, continuam a intrigar e, por vezes, a causar desconforto. Compreender a evolução da mandíbula humana e as mudanças na dieta oferece percepções valiosas sobre a necessidade atual desses dentes. A decisão de extrair, ou não, os terceiros molares depende de fatores individuais, mas a consulta regular ao dentista e a manutenção da higiene bucal são essenciais para a saúde oral.

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