Museu de Londres nomeou 815 novas espécies em 2023

01/01/2024 às 04:302 min de leitura

Novas espécies são encontradas na Terra todos os anos, inclusive várias delas necessitando um trabalho árduo e meticuloso de análise genética para serem confirmadas. Contudo, 2023 foi um ano recorde. A equipe do Museu de História Natural de Londres nomeou 815 novas espécies somente este ano, fazendo com que o número de 351 novas espécies de 2022 pareça algo insignificante.

As estrelas desse novo ciclo foram as vespas, que somaram 619 das 815 novas espécies descritas. Além delas, alguns outros insetos entraram nessa lista e diversas outras criaturas únicas também foram encontradas. 

Descobrindo novas espécies

(Fonte: Paul Brock/Museu de História Natural de Londres)(Fonte: Paul Brock/Museu de História Natural de Londres)

Durante esse ano de descobertas, alguns casos chamaram mais atenção do que outros. Por exemplo, um gênero inteiro de vespas recebeu o nome Dalek em comemoração ao aniversário de 60 anos da popular série britânica de ficção científica Doctor Who. A maioria das vespas descobertas, no entanto, pertencem ao grupo Encyrtidae, um grupo de vespas parasitas que normalmente põem seus ovos dentro ou sobre espécies hospedeiras desavisadas. 

"Nos últimos 60 anos ou mais, três espécies de Encyrtidae foram extremamente importantes. Uma na prevenção da possível fome de até 300 milhões de pessoas na África, uma segunda na prevenção da destruição da floresta tropical na Tailândia, e outra no colapso da economia do Togo", disse o autor de muitos estudos sobre novas espécies de vespas, Dr. John Noyes, em entrevista ao IFLScience

As vespas, contudo, não foram os únicos insetos descobertos. Em 2023, 58 novas espécies de besouros também foram nomeadas, incluindo quatro espécies de gorgulhos-de-focinho-longo, encontrados na África do Sul. No grupo de invertebrados, uma das adições mais interessantes talvez tenha sido a de um bicho-pau encontrado na lateral de uma lixeira. A criatura recebeu nome científico de Micropodacanthus tweedae.

Estudos expressivos

(Fonte: Museu de História Natural de Londres)(Fonte: Museu de História Natural de Londres)

Do lado dos vertebrados, surgiram 24 novas espécies de sapos, uma nova lagartixa australiana que pode atirar gosma pela sua cauda, uma espécie de cobra e duas espécies novas de peixes. Falando em Austrália, 15 novas espécies de algas também foram encontradas na região, bem como uma nova espécie de bétula na China.

E não apenas animais vivos foram encontrados. Registros fósseis também renderam algumas novas espécies ao longo desse ano, sendo o exemplo mais expressivo disso a descoberta emocionante do Kumimanu fordycei, a maior espécie de pinguim conhecida a ter vivido em nosso planeta. Um dinossauro também foi desenterrado na Ilha de Wight, o qual acredita-se ter vivido há 140 milhões de anos. 

Também estão na lista deste ano três trilobitas, fósseis de tartarugas e uma antiga criatura nadadora chamada Anomalocaris dalyae, que vagou pelos mares há 500 milhões de anos e pode ter sido o maior predador que vivia em sua época. Não se prendendo apenas a zoologia e botânica, os pesquisadores também declararam terem descrito 14 novas amostras de meteoritos e uma nova espécie de mineral chamada Mikecoxite. Portanto, 2023 definitivamente foi um ano fora do normal para os cientistas. 

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