Estilo de vida
01/02/2024 às 12:00•2 min de leitura
Um dos maiores mistérios da aviação, o desaparecimento da aeronave de Amelia Earhart e seu navegador Fred Noonan há 87 anos, parece estar perto de uma solução. Uma equipe de exploração oceânica chamada Deep Sea Vison afirma ter encontrado o Lockheed Model 10 Electra no fundo do Oceano Pacífico, a cerca de cinco mil metros de profundidade.
Em uma postagem recente no Instagram, os exploradores afirmam: “Em 2 de julho de 1937, Amelia Earhart e o navegador Fred Noonan decolaram de Papua-Nova Guiné, chegando ao fim de sua jornada recorde ao redor do mundo para nunca mais serem vistos. Até hoje". Acima, uma sequência de fotos amarelas de sonar mostra um objeto em forma de avião no fundo do oceano.
As imagens foram capturadas a cerca de 160 quilômetros da ilha Howland, um atol de coral desabitado do Oceano Pacífico, a meio caminho entre o Havaí e a Austrália, que teria sido usado por Earhart para reabastecer durante sua segunda tentativa de realizar a volta ao mundo seguindo a linha do Equador.
(Fonte: Deep Sea Vision)
O líder da missão de busca, Tony Romeo, ex-oficial de inteligência da Força Aérea dos EUA, vendeu todas as suas propriedades em 2021 para levantar o montante de US$ 11 milhões (R$ 54,5 milhões) para comprar os equipamentos de alta tecnologia necessários para a difícil pesquisa.
Em entrevista ao The Wall Street Journal, Romeu justifica a realização do empreendimento como "a coisa mais emocionante que farei na minha vida”, e conclui: “Sinto-me como uma criança de 10 anos em busca de tesouros”.
O sonho tomou forma em setembro de 2023 quando ele e uma tripulação de 16 pessoas embarcaram rumo a Tarawa, capital do Karibati, a cerca de três mil quilômetros da ilha Howland. Por 36 horas ininterruptas, a tripulação operou um drone subaquático norueguês chamado HUGIN, que possibilitou o escaneamento de cerca de 13,5 mil quilômetros quadrados do fundo do oceano.
(Fonte: Deep Sea Vision/Instagram)
Somente um mês após o início da jornada, o drone da Kongsberg começou a capturar as primeiras imagens meio borradas do de sonar do que aparentava ser um avião. Porém, eles não perceberam na ocasião o que haviam encontrado, até revisarem todas as imagens já perto do encerramento da aventura.
Em um email enviado à Live Science, explica que uma das características mais únicas e distintivas da aeronave de Amelia Earhart era a presença de dois estabilizadores verticais instalados na cauda. "A imagem do sonar mostra o que parecem ser dois ecos fortes de onde esses dois estabilizadores verticais estariam posicionados", conclui.
Como ainda existem dúvidas em afirmar com certeza se essas imagens difusas são mesmo do avião de Earhart, a equipe da Deep Sea Vision planeja voltar ao local ainda este ano para maiores investigações.