5 animais que muita gente acha que não são reais

03/04/2024 às 20:003 min de leituraAtualizado em 03/04/2024 às 20:00

A evolução das ciências está intrinsecamente ligada à evolução humana, e do seu conhecimento sobre a natureza. As coisas que dominamos hoje não eram fatos há anos, décadas e séculos atrás, incluindo o saber sobre os animais que ainda habitam (ou habitavam) a Terra.

Um exemplo concreto disso é que alguns deles já foram taxados de seres mitológicos, frutos da imaginação humana. Isso, é claro, até que os cientistas comprovassem suas existências. E caso você cogite que apenas seres muito exóticos podem ter passado por esse "infortúnio", os animais abaixo farão você mudar de ideia. Confira a lista a seguir.

1. Gorila

(Fonte: Unsplash)
Por muito tempo, imaginou-se que os gorilas não existissem. (Fonte: Unsplash/ Reprodução)

Embora bastante conhecido e um dos parentes vivos mais próximos dos seres humanos (compartilhamos mais de 98% do DNA com eles), os gorilas, descritos pela primeira vez por Thomas Savage em 1847, levaram um tempo até serem encarados como animais reais.

Em 1859, o explorador Paul du Chaillu fez uma viagem até a África Central, de onde retornou com histórias de animais grandes, meio humanoides, que tinham a habilidade de caminhar sobre duas pernas. A ideia disso fez com que ele fosse motivo de piada na comunidade científica, até que os ossos do gorila chegassem aos cientistas europeus.

2. Narval

(Fonte: Wikimedia Commons)
O narval deu origem ao mito do unicórnio. (Fonte: Wikimedia Commons/ Reprodução)

O narval é uma espécie de baleia de tamanho médio, que vive na região do Ártico. Ele possui um canino superior alongado que se assemelha a um chifre, o que também fez dele conhecido como unicórnio-do-mar. Aliás, ao contrário do que muitos acreditam, não foi o cavalo a origem do mito do unicórnio, mas sim este ser marinho.

Por cerca de 200 anos, toda a Europa medieval acreditava que esse animal não era real, mas que seu canino era, na realidade, um chifre de unicórnio, presente predominantemente nos machos da espécie. Tudo mudou quando Carlos Lineu, renomado zoólogo, o catalogou em 1758, na obra Systema Naturae, a partir da análise das ossadas do narval.

3. Kraken

(Fonte: Wikimedia Commons)
iferente do que você pensa, o kraken realmente existe. (Fonte: Wikimedia Commons/ Reprodução)

Animais como o kraken rondam parte considerável das mitologias da Idade Média, especialmente as nórdicas. Esses seres gigantes que atacavam barcos até os derrubar estão em canções, livros e ilustrações, mas, ao contrário do que acreditavam, ele é um ser real. Por meio de testemunhos de marinheiros e análise de restos mortais, descobriu-se tratar de uma espécie específica de lula, batizada como Architeuthis dux.

Mesmo que não seja mais um mito, sabe-se muito pouco a seu respeito, como ciclo de vida ou hábitos. Neste século, foi filmada apenas duas vezes, em 2006 e 2012. As informações conhecidas são seu habitat (profundezas extremas dos oceanos Pacífico e Atlântico), seu tamanho (10 metros os machos e 14 metros as fêmeas) e a dimensão de seus olhos, cujo diâmetro pode chegar até 30 centímetros de diâmetro.

4. Ornitorrinco

(Fonte: Wikimedia Commons)
Os ornitorrincos são tão estranhos que parecem animais falsos. (Fonte: Wikimedia Commons/ Reprodução)

Mamífero que bota ovos, o ornitorrinco sofreu bastante com a desconfiança. Seu caráter exótico contribuiu para tal. A junção de um bico de um pato com o rabo de um castor não ajudava com a sua credibilidade.

No século XVIII, quando cientistas britânicos exibiram o esqueleto desse animal pela primeira vez, as pessoas acharam que se tratava de uma piada. Até o diretor do museu de ciência natural achou que se tratava de uma criatura falsificada.

5. Dragão-de-komodo

(Fonte: Wikimedia Commons)
O dragão-de-komodo foi revelado ao mundo em 1910. (Fonte: Wikimedia Commons/ Reprodução)

O dragão-de-komodo é um réptil nativo da Indonésia. Ele se destaca pelo seu tamanho, com cerca de 3 metros de comprimento, o que o torna o maior lagarto do planeta.

Além disso, ele é realmente nocivo para as suas presas: ele morde a vítima e espera ela morrer por conta de seus ferimentos. Por muito tempo, imaginou-se que a presa morria por conta das bactérias presentes em sua boca, mas hoje já se sabe que o veneno desse animal ajuda a produzir hemorragias graves.

O animal foi descoberto pela primeira vez em 1910 por pesquisadores europeus. Isso ocorreu quando os boatos sobre um "crocodilo terrestre" chegaram ao conhecimento do tenente holandês van Steyn van Hensbroek, que realizou então uma expedição para caçá-lo. Mas sua existência só foi reconhecida depois de 1912, quando o diretor do Museu Zoológico em Bogor, Java, publicou um artigo científico sobre ele.

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