
Ciência
21/01/2015 às 05:57•2 min de leitura
Você já ouviu falar de materiais hidrofóbicos? Estes são elementos capazes de simplesmente repelir qualquer líquido que tentar entrar em contato com ele; o que permite, por sua vez, que um objeto coberto por esse material (um celular, por exemplo), permaneça perfeitamente seco mesmo quando em contato com a água.
Essa tecnologia não é nenhuma novidade, de fato – sprays que protegem seus objetos da água já existem no mercado há algum tempo. Mas, na maioria dos casos, eles possuem suas fraquezas: as camadas de proteção acabam desgastando, com o tempo, e nem todos os produtos são tão eficientes assim em repelir líquidos.
É exatamente por isso que um projeto feito pela Universidade de Rochester promete ser um avanço e tanto para essa tecnologia. O método deles, em resumo, transforma metais em superfícies hidrofóbicas como nenhum outro material: o resultado é tão absurdo que a água chega a quicar quando toca o metal, como os vídeos da matéria mostram, e se afasta da superfície com pouca ou nenhuma inclinação.
Tão impressionante quanto isso é o fato de que esse material não é resultado de uma cobertura especial no metal, e sim de nanoestruturas cunhadas na superfície do material, com a ajuda de lasers. Assim, temos não só a proteção hidrofóbica mais eficiente já vista, como também uma que nunca vai desgastar como no caso das outras.
Não é preciso dizer que algo assim tem diversos usos. Basicamente, é só imaginar que qualquer superfície de metal pode se tornar “imune” à água e outros líquidos, o que quer dizer que poderemos proteger boa parte de nossos eletrônicos, incluindo celulares, tablets e computadores, dessa maneira.
Outro uso interessante está na fuselagem de aviões, já que isso protegeria os veículos de congelamento pela água. Há até mesmo projetos para um sistema de coleta e reciclagem de água com eficiência de 100%, feita para países que sofrem com a escassez do líquido.
Com tantas possibilidades, resta apenas torcer que o projeto saia de um simples projeto e chegue ao mercado e nos aparelhos que utilizamos no dia a dia.
Via TecMundo