Saúde/bem-estar
22/05/2024 às 09:00•2 min de leituraAtualizado em 22/05/2024 às 09:00
Embora hoje nós conheçamos a Terra da maneira como ela é, com seus continentes bem estruturados, nem sempre as coisas foram assim. A realidade é que as massas de terra do nosso planeta estão em constante movimento, surgindo e desaparecendo ou mudando de configuração com o passar dos anos.
Em determinados momentos da história, por exemplo, grandes pedaços de terra se uniram para formar os chamados "supercontinentes", que posteriormente acabaram se desintegrando até chegarmos no que conhecemos atualmente. Mas o que faz com que o planeta se transforme dessa maneira? A ciência explica.
O que a geografia chama de "supercontinente" nada mais é do que quando a maior parte ou grandes parcelas de terra do nosso planeta se reúnem em uma única estrutura. Esse fenômeno já aconteceu algumas vezes na história, mas o exemplo mais famoso é certamente o da Pangeia. Isso ocorreu entre 320 e 195 milhões de anos atrás.
A Pangeia era essencialmente o único continente da Terra na sua época e cercada por um único oceano: o Panthalassa. Rodínia e Columbia são mais dois exemplos de supercontinentes conhecidos por pesquisadores. Há também quem fale na existência de Gondwana, há cerca de 600 milhões de anos, mas nenhuma pesquisa ainda conseguiu classificá-la como um supercontinente até agora.
Porém, por mais absurdos que esses grandes conglomerados de terra tenham sido, algo conseguiu separá-los: os turbulentos movimentos internos do nosso planeta ao longo de milhões de anos. Com isso, todos os supercontinentes desapareceram em um processo chamado de "deriva continental".
Segundo o meteorologista alemão Alfred Wegener no início do século XX, o processo que provocou o desaparecimento dos supercontinentes está relacionado com o movimento incessante das placas tectônicas. Inclusive, Wegener afirmou que o esforço necessário para o surgimento da Pangeia e sua subsequente fratura foram responsáveis pelo surgimento da "Teoria das Placas Tectônicas".
Essa teoria diz que a litosfera, a camada externa do planeta, é composta de múltiplas placas que se movem sobre o manto do planeta. O calor dos processos radioativos que acontecer no interior do mundo faz com que essas placas se movam. Às vezes, esse movimento causa o surgimento de supercontinentes, mas também é responsável por afastar as massas de terra.
Na sua destruição, a Pangeia quebrou-se em sete continentes que constituem o mundo moderno. Por esse motivo, podemos ver que a costa leste da América do Sul — que envolve o Brasil — parece caber perfeitamente na costa oeste da África. E segundo os pesquisadores, as massas terrestres seguem em movimento até hoje.
Em média, elas se movem cerca de 1,5 centímetros por ano, sendo mais expressivo em algumas partes específicas do mundo. Portanto, é de se prever que a Terra provavelmente continuará mudando de configuração com o passar dos anos. Mas não precisa se preocupar: quando tudo isso se concretizar, nós já teremos morrido há muito tempo.