Imagem de O misterioso ano em que a Lua sumiu do céu finalmente é explicado no megacurioso

Após quase um milênio, cientistas encontraram a resposta para fenômeno que escureceu o céu no ano de 1110


<p>O ano de 1110 foi marcado por um fenômeno completamente inusitado que atingiu a atmosfera da Terra. Durante esse período, uma nuvem rica em partículas de enxofre viajou por toda a estratosfera, fazendo com que a <a href="https://www.megacurioso.com.br/misterios/40260-os-11-segredos-mais-estranhos-da-lua.htm" target="_blank" rel="noopener noreferrer">Lua</a> desaparecesse do céu por meses ou até mesmo anos.</p>



<p>O evento pode ser confirmado após pesquisadores perfurarem e analisarem amostras retiradas das partes profundas de geleiras, as quais costumam armazenar <span lang="pt">aerossóis de enxofre produzidos por erupções vulcânicas que atingem a estratosfera e depois acabam voltando à superfície.</span></p>



<h2><span lang="pt">Desvendando a escuridão</span></h2>



<figure class="mt-2"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/12/30/30164830808164.jpg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons)" /><figcaption>(Fonte: Wikimedia Commons/Reprodução)</figcaption></figure>



<p>Apesar do gelo conseguir preservar evidências de vulcanismo por longas datas, apontar um momento preciso para o acontecimento dos eventos pode ser um assunto um tanto mais complicado. Para esse caso específico, os cientistas optaram por realizar associações com outros acontecimentos históricos.</p>



<p>De acordo com o estudo, os depósitos sulfurosos teriam sido deixados para trás por uma gigantesca erupção do Hekla, um dos <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/111768-ha-126-anos-a-erupcao-do-vulcao-krakatoa-mudou-o-mundo-e-deixou-filhos.htm" target="_blank" rel="noopener noreferrer">vulcões</a> mais ativos da Islândia e que foi apelidado de “Portões para o Inferno”. Como o gelo analisado apresenta as maiores taxas de depósito de enxofre no último milênio, a hipótese parece plausível.</p>



<p>Já na visão do <span lang="pt">paleoclimatologista da Universidade de Genebra, </span>Sébastien Guillet, a participação do Hekla é pouco provável, visto que as amostras de enxofre também podem ser encontradas no gelo antártico. Dessa forma, o Monte Asama, que produziu longas erupções ao longo de 1108 também poderia entrar na equação.</p>



<h2>Sumiço da Lua</h2>



<figure class="mt-2"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/12/30/30164932418165.jpg" alt="(Fonte: Pixabay)" /><figcaption>(Fonte: Pixabay/Reprodução)</figcaption></figure>



<p>Segundo os dados da NASA baseados em retrocálculo astronômico, sete <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/110702-descubra-como-os-terraplanistas-explicam-os-eclipses-lunares-totais.htm" target="_blank" rel="noopener noreferrer">eclipses lunares</a> foram observados na Europa entre 1100 e 1120. Entre eles, o ocorrido em maio de 1110 teria sido o mais intenso. Na época, um observador registrou em texto a escuridão excepcional da Lua naquele ano.</p>



<p>“Na quinta noite do mês de maio, a Lua apareceu no início da tarde brilhando forte. Porém, aos poucos sua luz foi se apagando, de maneira que, assim que a noite chegou, ela havia sido completamente apagada. Nem sinal de luz, nem sombra ou qualquer outra coisa para ser vista”, relatou na Crônica de Peterborough —  um manuscrito feito na Inglaterra.</p>



<p>Desde então, muitos astrônomos tentaram desvendar o motivo para o estranho período de escuridão, que só foi ser associado com as atividades vulcânicas um milênio depois do ocorrido.</p>


thumb-image-2024-02-29T14:05:13.340Z

O misterioso ano em que a Lua sumiu do céu finalmente é explicado

Imagem de Os superpoderes dos morcegos podem nos ajudar a salvá-los da morte no megacurioso

O sistema de ecolocalização usado pelos morcegos para se alimentar pode ser uma forma de localizá-los e protegê-los de uma doença mortal


<p>Frequentemente, <a href="https://www.megacurioso.com.br/animais/42939-7-curiosidades-surpreendentes-sobre-os-morcegos.htm" target="_blank" rel="noopener noreferrer">os morcegos</a> são chamados de super-heróis ecológicos, não só porque polinizam muitos de nossos alimentos, mas também porque se alimentam das pragas agrícolas que comprometem as colheitas, podendo poupar dinheiro para os agricultores, e funcionar como um exterminador não-poluente de pragas.</p>



<p>Como todo super-herói, os morcegos têm lá os seus superpoderes, e talvez o mais impressionante seja a visão. Enquanto nós humanos não somos capazes de distinguir um urso no escuro, os morcegos conseguem detectar até um mosquito numa noite sem lua. E eles fazem isso usando suas orelhas.</p>



<figure class="mt-2"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/12/30/30160149824156.jpg" alt="Fonte: Ivan Kuzmin/Shutterstock/Reprodução" /><figcaption>(Fonte: Ivan Kuzmin/Shutterstock/Reprodução)</figcaption></figure>



<p>Não que esses quirópteros tenham vista fraca; eles na verdade enxergam muito bem, e até em cores. Porém, o grande desafio do qual os morcegos dependem para sobreviver é conseguir capturar as suas presas que são, literalmente, fast food, pois se movem rápido e no escuro.</p>



<p>Como têm hábitos noturnos, os morcegos utilizam um sistema natural de ecolocalização, que é capaz de detectar objetos tão finos quanto um fio de cabelo humano na escuridão total. Os cérebros desses animais mapeiam ecos de uma forma que os permite <a href="https://www.megacurioso.com.br/animais/70129-para-confundir-morcegos-mariposas-emitem-som-com-orgaos-sexuais.htm" target="_blank" rel="noopener noreferrer">localizar insetos</a> para se alimentar e, no caminho, evitar obstáculos.</p>



<figure class="mt-2"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/12/30/30160758298158.jpg" alt="Fonte: Steve Taylor/University of Illinois/Reprodução" /><figcaption>(Fonte: Steve Taylor/University of Illinois/Reprodução)</figcaption></figure>



<h2>Como usar a ecolocalização para salvar os morcegos?</h2>



<p>Atualmente, o uso da ecolocalização dos morcegos pode ser uma ferramenta para que possamos salvá-los. No leste da América do Norte, uma doença fúngica mortal chamada síndrome do nariz branco (WNS na sigla em inglês) já dizimou cerca de mais de 90% das populações de morcegos.</p>



<p>Uma vez que os morcegos não são facilmente observáveis devido aos seus hábitos noturnos, um grupo de cientistas está tentando compreender a forma pela qual esses mamíferos ecolocalizam, para poder registrá-los e conseguir salvar as populações da Colúmbia Britânica e de Alberta, no Canadá, onde o fungo mortal ainda não chegou.</p>



<figure class="mt-2"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/12/30/30160514967157.jpg" alt="Fonte: BBC Earth/YouTube/Reprodução" /><figcaption>(Fonte: BBC Earth/YouTube/Reprodução)</figcaption></figure>



<p>Alguns morcegos têm <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/103835-sera-que-quem-tem-orelhas-maiores-ouve-melhor.htm" target="_blank" rel="noopener noreferrer">grandes orelhas</a> para captar os seus ecos, mas, como os insetos dos quais se alimentam são pequenos, são obrigados a emitir sons de alta frequência, o ultrassom, que ouvidos humanos não conseguem ouvir.</p>



<p>E é justamente a maneira com a qual as diferentes espécies usam suas frequências sonoras, o que pode constituir uma importante ferramenta para que cientistas, usando detectores acústicos, consigam identificar as espécies que <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/115576-12-incriveis-fotos-de-animais-noturnos-que-nao-se-ve-facilmente.htm" target="_blank" rel="noopener noreferrer">voam sem serem vistas</a> nos céus noturnos.</p>


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Os superpoderes dos morcegos podem nos ajudar a salvá-los da morte

Imagem de Quiosque de 'fast food' é descoberto na antiga cidade de Pompeia no Megacurioso

Os pequenos muros da praça de alimentação apresentavam um pouco do cardápio gastronômico de Pompeia


<p>Arqueólogos do Parque Arqueológico de <a href="https://www.megacurioso.com.br/misterios/116467-maldicao-faz-turistas-devolverem-objetos-roubados-de-pompeia.htm" target="_blank" rel="noopener noreferrer">Pompeia</a> descobriram indícios do que pode ser o vestígio da primeira &#8216;loja de fast food&#8217; já encontrada no planeta. Sob as ruínas do sítio Regio V, na Itália, foram identificados muros coloridos com inúmeras referências à gastronomia local, apontando as tradições culinárias e a forma de serviço e atendimento do quiosque.</p>



<p>No ano de 2019, escavadores do Projeto Grande Pompeia localizaram um sugestivo muro colorido entre as regiões de Vicolo delle Nozze d&#8217;Argento e Vicolo dei Balconi, onde uma Nereida cavalgando em um cavalo-marinho havia sido desenhada dentro de uma enorme moldura.&nbsp;</p>



<p>Parcialmente coberta e bastante desgastada pela intensa ação histórica do Monte Vesúvio, a obra levou um longo tempo para ser completamente restaurada, mas os esforços concentrados dos pesquisadores acabaram revelando a natureza das rochas esculpidas.</p>



<figure class="mt-2"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/12/30/30100525227003.jpg" alt="(Fonte: pompeiisites / Reprodução)" /><figcaption>(Fonte: Pompeii Sites/Reprodução)</figcaption></figure>



<figure class="mt-2"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/12/30/30100556634004.jpg" alt="(Fonte: pompeiisites / Reprodução)" /><figcaption>(Fonte: Pompeii Sites/Reprodução)</figcaption></figure>



<figure class="mt-2"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/12/30/30100620509006.jpg" alt="(Fonte: pompeiisites / Reprodução)" /><figcaption>(Fonte: Pompeii Sites/Reprodução)</figcaption></figure>



<p>Segundo os estudos, as imagens faziam parte de uma antiga loja de lanches rápidos e o entalhe da sereia era aparentemente a logomarca da banca de <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/117009-5-origens-curiosas-para-comidas-e-bebidas.htm" target="_blank" rel="noopener noreferrer">comidas</a>. Além disso, foram reveladas diversas outras artes ao redor da original, apresentando inúmeros animais domésticos, restos de ossos espalhados pelo piso e instrumentos utilizados na preparação de iguarias.</p>



<figure class="mt-2"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/12/30/30100708182007.jpg" alt="(Fonte: pompeiisites / Reprodução)" /><figcaption>(Fonte: Pompeii Sites/Reprodução)</figcaption></figure>



<figure class="mt-2"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/12/30/30100730995008.jpg" alt="(Fonte: pompeiisites / Reprodução)" /><figcaption>(Fonte: Pompeii Sites/Reprodução)</figcaption></figure>



<figure class="mt-2"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/12/30/30100752604009.jpg" alt="(Fonte: pompeiisites / Reprodução)" /><figcaption>(Fonte: Pompeii Sites/Reprodução)</figcaption></figure>



<p>A barraca de &#8216;fast food&#8217; era apenas uma das maravilhosas riquezas enterradas em Pompeia, sendo enfeitada com uma decoração ímpar e chamativa incrivelmente preservada mesmo após séculos.&nbsp;</p>



<p>Como é possível observar nas fotos, a porção superior dos muros possuía buracos assim como existem em restaurantes atuais, sendo locais nos quais as comidas e bebidas eram postas enquanto os clientes se serviam.</p>



<h2>Inúmeros achados no thermopolium </h2>



<figure class="wp-block-embed-youtube wp-block-embed is-type-video is-provider-youtube wp-embed-aspect-16-9 wp-has-aspect-ratio"><div class="wp-block-embed__wrapper">
<iframe title="Pompei: riaffiora intatto il Termopolio della Regio V. Le parole di Massimo Osanna" width="1366" height="768" src="https://www.youtube.com/embed/qrrqCd7eSV4?feature=oembed" frameborder="0" allow="accelerometer; autoplay; clipboard-write; encrypted-media; gyroscope; picture-in-picture" allowfullscreen></iframe>
</div></figure>



<p>Na loja, chamada de thermopolium (no latim), foram encontrados instrumentos de transporte e carga como ânforas, potes, ossos e correntes, indicando que toda a preparação, desde o abate até a hora de servir os alimentos, era executada ali mesmo.</p>



<p>Supostamente a &#8220;barraca&#8221; também funcionava com um sistema de <a href="https://www.tecmundo.com.br/mercado/155886-golpe-delivery-rendeu-r-600-mil-prejuizos-em-sp.htm" target="_blank" rel="noopener noreferrer">delivery</a> no qual os animais e outros tipos de comidas eram entregues a pedido, movimentando um dinâmico comércio com um vasto catálogo de opções para todo tipo de público.</p>


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Quiosque de 'fast food' é descoberto na antiga cidade de Pompeia

Imagem de 3 coisas que aprendemos sobre alienígenas em 2020 no megacurioso

Nós estamos mais pertos de encontrar nossos vizinhos espaciais? Relembre alguns dos acontecimentos que marcaram o ano de 2020


<p>O que falta para deixar o ano de 2020 ainda mais bizarro? A resposta é simples: aliens. Um dos grandes mistérios da Terra é o infindável questionamento se somos a única forma de vida existente no universo. Apesar dessa pergunta estar longe de um fim, os últimos meses trouxeram novas perspectivas para o futuro.</p>



<p>Então, vamos relembrar algumas coisas que nós descobrimos sobre os <a href="https://www.megacurioso.com.br/misterios/116401-2-encontros-alienigenas-que-abalaram-os-eua.htm" target="_blank" rel="noopener noreferrer">alienígenas</a> durante esse ano? Confere só!</p>



<h2>1. Vida em Vênus</h2>



<figure class="mt-2"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/12/29/29184408639010.png" alt="(Fonte: Wikimedia Commons)" /><figcaption>(Fonte: Wikimedia Commons/Reprodução)</figcaption></figure>



<p>Em setembro, uma grande teoria chocou a comunidade científica. Após uma série de estudos, cientistas descobriram traços de moléculas de fosfina na atmosfera de <a href="https://www.megacurioso.com.br/exploracao-espacial/100460-por-que-ninguem-fala-de-colonizar-venus-em-vez-de-marte.htm" target="_blank" rel="noopener noreferrer">Vênus</a>, o que poderia ser um indicativo de que existem formas de vida no segundo planeta do sistema solar.</p>



<p>Na Terra, a fosfina é associada a algumas bactérias que não utilizam oxigênio para respirar, assim como também algumas atividades humanas. Essa é uma molécula comum em planetas gasosos, mas não há motivos aparentes para ela ser produzida em Vênus.</p>



<p>Porém, os pesquisadores ainda acham altamente improvável que os dados signifiquem alguma forma de vida.</p>



<h2>2. Civilizações alienígenas</h2>



<figure class="mt-2"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/12/29/29184552031011.jpg" alt="(Fonte: Pixabay)" /><figcaption>(Fonte: Pixabay/Reprodução)</figcaption></figure>



<p>De acordo com uma pesquisa publica no <em>The Astrophysical Journal</em>, existe 36 civilizações alienígenas dividindo a Via Láctea com nós, seres humanos. A estimativa foi feita através da Equação de Drake, um argumento probabilístico inventado em 1961 para determinar a possibilidade de civilizações que poderiam entrar em contato com a nossa existência baseado na formação das estrelas.</p>



<p>Porém, mesmo que os números se comprovassem, a civilização mais próxima ainda estaria a 17 mil anos-luz de distância do nosso pequeno planeta.</p>



<h2>3. Mundos promissores</h2>



<figure class="mt-2"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/12/29/29184637797012.jpg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons)" /><figcaption>(Fonte: Wikimedia Commons/Reprodução)</figcaption></figure>



<p>Em 2020, a ciência revelou quatro lugares dentro do nosso sistema solar que são promissores para o desenvolvimento de vida: Marte, Europa, Encélado e Titã. No começo do ano, um enorme lago foi descoberto de baixo de uma camada de gelo no hemisfério sul do planeta vermelho, criando a possibilidade para o desenvolvimento de micróbios. </p>



<p>Europa, lua de Júpiter, e Encélado e <a href="https://www.megacurioso.com.br/saturno/44805-oceano-de-tita-lua-de-saturno-pode-ser-tao-salgado-quanto-o-mar-morto.htm" target="_blank" rel="noopener noreferrer">Titã</a>, luas de Saturno, são tão promissoras quanto. A primeira, assim como Marte, possui a promessa de água e é coberta por uma camada de gelo que poderia esconder um oceano de mais de 100 km de profundidade. O mesmo vale para Encélado, que também possui uma grossa camada de gelo na superfície.</p>



<p>Por fim, Titã é a única lua em nosso sistema solar com uma atmosfera considerável e rica em nitrogênio, o qual serve como uma importante peça na construção de proteínas em todas as formas de vida conhecidas.</p>


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3 coisas que aprendemos sobre alienígenas em 2020

Imagem de 3 incríveis descobertas sobre buracos negros feitas em 2020 no megacurioso

Além de ser um ano completamente atípico para o mundo, 2020 foi marcado por diversos novos estudos sobre buracos negros no campo da Física


<p>Não foi apenas a pandemia do novo coronavírus que despertou novas descobertas no campo da ciência. Em 2020, físicos de diversas partes do mundo fizeram grandes avanços para compreender um dos fenômenos mais intrigantes sobre o universo que nos rodeia: os <a href="https://www.megacurioso.com.br/astronomia/55567-nasa-explica-o-que-e-um-buraco-negro.htm" target="_blank" rel="noopener noreferrer">buracos negros</a>.</p>



<p>Por isso, nós criamos uma retrospectiva com três descobertas únicas e excitantes apresentadas nos últimos meses para você entrar numa jornada de conhecimento. Se liga aí!</p>



<h2>1. Prêmio Nobel</h2>



<figure class="mt-2"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/12/29/29172143208136.webp" alt="(Fonte: NASA)" /><figcaption>(Fonte: NASA/Reprodução)</figcaption></figure>



<p>Como prova de que 2020 foi marcado pelos buracos negros, o <a href="https://www.megacurioso.com.br/personalidades/102101-4-genios-que-ganharam-o-premio-nobel-mais-de-uma-vez.htm" target="_blank" rel="noopener noreferrer">Prêmio Nobel de Física</a> deste ano foi entregue para profissionais que dedicaram suas vidas a compreender a profundidade desse tópico.</p>



<p>Roger Penrose, da Universidade de Oxford, recebeu metade da premiação por ter descoberto que a formação destas regiões espaicias é “uma previsão robusta da teoria da relatividade”. </p>



<p>Já a outra metade foi entregue a Andrea Ghez, da Universidade da Califórnia, e Reinhard Genzel, da Universidade de Bonn, que juntos encontraram um objeto compacto supermassivo no centro de nossa galáxia.</p>



<h2>2. Colisão de buracos negros</h2>



<figure class="mt-2"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/12/29/29171950462133.webp" alt="(Fonte: LIGO)" /><figcaption>(Fonte: LIGO/Reprodução)</figcaption></figure>



<p>Conhecido pela sigla LIGO, o Observatório de Ondas Gravitacionais por Interferômetro Laser identificou a maior colisão entre buracos negros de toda a história durante o ano de 2020. </p>



<p>Em maio, o centro de observação científica anunciou que o choque entre estes buracos envolveu um de massa 85 vezes maior que a do nosso Sol e outro 66 vezes maior, que juntos formaram um novo com massa de 142 vezes superior ao da estrela central do nosso Sistema Solar.</p>



<p>Essa, inclusive, é a primeira vez que astrônomos conseguiram identificar buracos negros de tamanhas proporções.</p>



<h2>3. Buraco negro vizinho</h2>



<figure class="mt-2"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/12/29/29171809518132.jpg" alt="(Fonte: L. Calçada/ESO)" /><figcaption>(Fonte: L. Calçada/ESO/Reprodução)</figcaption></figure>



<p>Estar perto de um buraco negro não é exatamente um cenário ideal, visto que sua enorme força gravitacional é capaz de sugar qualquer objeto que se atreva a passar ao seu lado. Entretanto, certos tipos de descoberta não podem passar batido.</p>



<p>Em maio, astrônomos do Observatório La Silla, no Chile, descobriram o mais próximo da Terra até o momento. Utilizando o <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/111172-historico-telescopios-na-terra-registram-a-imagem-de-um-buraco-negro.htm" target="_blank" rel="noopener noreferrer">telescópio</a> MPG/ESO, o objeto chamado de HR 6819 foi encontrado há mil anos-luz do nosso planeta ao sul da constelação de Telescopium.</p>



<p>Apesar do objeto em si não poder ser observado diretamente pelo olho humano, os cientistas puderam comprovar sua existência através da sua influência sobre os outros astros da constelação. </p>


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3 incríveis descobertas sobre buracos negros feitas em 2020

Imagem de 8 descobertas científicas que marcaram 2020 no megacurioso

Animais bizarros, parasitas horripilantes e múmias falantes: a ciência nos fez enxergar o mundo de uma forma diferente esse ano


<p>A ciência precisou trabalhar bastante em 2020, especialmente depois que o mundo virou de cabeça para baixo, com o início da pandemia de covid-19. Mas especialistas de todas as áreas do conhecimento — mesmo aquelas que pouco tem a ver com a situação atual — ofereceram descobertas muito interessantes à sociedade. </p>



<p>Como dezembro é o mês oficial das retrospectivas, nós aproveitamos para relembrar as 8 descobertas científicas que mais nos surpreenderam em 2020. </p>



<h2>1. O braço transplantado que mudou de cor</h2>



<figure class="mt-2"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/12/23/23135719392444.jpg" alt="Essa jovem indiana recebeu um transplante de braço em 2017 — e ele mudou de cor, em 2020 (Fonte: The Straits Times/Reprodução)" ><figcaption>(Fonte: The Straits Times/Reprodução)</figcaption></figure>



<p>A indiana Shreya Siddanagowda sofreu um grave acidente de ônibus e precisou amputar seus dois braços, em 2016. Uma chance de recomeço foi oferecida à jovem, um ano depois, com um transplante duplo. Os médicos disseram que os membros transplantados teriam uma cor de pele diferente do resto do corpo, mas Shreya aceitou a condição, desde que ela pudesse voltar a usar seus braços normalmente. </p>



<p>Em 2020, <a href="https://www.google.com/url?sa=t&rct=j&q=&esrc=s&source=web&cd=&cad=rja&uact=8&ved=2ahUKEwjZzurm3-TtAhUuHLkGHdlOCYoQFjABegQIAxAC&url=https%3A%2F%2Fwww.megacurioso.com.br%2Fciencia%2F113701-garota-recebe-maos-transplantadas-e-elas-adotam-seu-tom-de-pele.htm&usg=AOvVaw1KDMBpuwMwA0uGOvXc8fCR" target="_blank" rel="noopener noreferrer">a moça chamou a atenção</a> de especialistas ao redor do globo, quando descobriu-se que o braço transplantado estava com o tom da pele da jovem. Pouco mais de 100 transplantes desse tipo foram realizados no mundo e Shreya é um dos primeiros casos a observar uma mudança deste tipo. </p>



<p>Embora os cientistas ainda não consigam explicar como isso ocorreu, acredita-se que as células de melanina do corpo da jovem tenham substituído as do membro. </p>



<h2>2. A voz da múmia</h2>



<p>Uma das notícias mais inusitadas de 2020 — não só na ciência, mas de modo geral — envolve a voz de uma múmia de 3 mil anos. Isso porque egiptólogos da Universidade de York, no Reino Unido, conseguiram reproduzir as cordas vocais de um sacerdote egípcio mumificado, chamado <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/113265-como-a-voz-de-uma-mumia-com-mais-de-3-mil-anos-poderia-soar.htm" target="_blank" rel="noopener noreferrer">Nesyamun</a>. </p>



<p>Para isso, a equipe escaneou o corpo, que ainda estava em perfeito estado de conservação. Depois, o modelo foi impresso em 3D e conectado a uma laringe eletrônica. Assim, foi possível reproduzir sons simples como “ah!” e “eh!” com um tom semelhante ao que o homem teria em vida. </p>



<p>Segundo os cientistas, esse tipo de tecnologia poderá servir como atração em museus.</p>



<h2>3. Qual foi o lugar mais perigoso da Terra em todos os tempos?</h2>



<figure class="mt-2"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/12/23/23142201701447.jpg" alt="O carcarodontossauro é só um dos adoráveis bichinhos que tornam o Saara de 100 milhões de anos atrás o lugar mais perigoso da história (Fonte: MegaCurioso/Reprodução)" ><figcaption>(Fonte: Mega Curioso/Reprodução)</figcaption></figure>



<p>Como <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/114284-qual-foi-o-lugar-mais-perigoso-da-terra-em-todos-os-tempos.htm" target="_blank" rel="noopener noreferrer">nós publicamos por aqui em abril</a>, um estudo paleontológico bastante curioso se propôs a descobrir qual teria sido o local mais perigoso do nosso planeta, não apenas agora, mas ao longo de sua história. </p>



<p>Segundo os cientistas, trata-se da região do Saara, por volta de 100 milhões de anos atrás: com uma incrível concentração de predadores famintos competindo por comida, um humano viajando no tempo viraria lanche num piscar de olhos. “Este foi sem sombra de dúvida o lugar mais perigoso da história do planeta”, afirmou o Dr. Nizar Ibrahim, um dos autores do estudo. </p>



<h2>4. Que tal ter um piolho no lugar da sua língua?</h2>



<figure class="mt-2"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/12/23/23143359711001.jpeg" alt="Sim, essa coisinha roxa na imagem é o piolho que ficou no lugar da língua do peixe (Fonte: Kory Evans PhD/Twitter)" ><figcaption>Sim, essa coisinha roxa na imagem é o piolho que ficou no lugar da língua do peixe (Fonte: Kory Evans PhD/Twitter)</figcaption></figure>



<p>Ter <a href="https://www.megacurioso.com.br/misterios/115615-parasita-vampiro-se-transforma-em-lingua-viva-apos-se-alimentar.htm" target="_blank" rel="noopener noreferrer">um piolho no lugar da língua</a> é algo que acontece com certas espécies de arenque, segundo descobertas de um ictiólogo da Rice University, no Texas (Estados Unidos). O inseto invade o corpo do peixe pelas guelras e se hospeda na mucosa de sua boca. Ele, então, começa a absorver todo o sangue da língua do bicho até que ela caia fora. </p>



<p>A partir daí, o piolho começa a agir como se fosse a língua do peixe, degustando tudo que ele come. Por mais bizarro que pareça, a relação é simbiótica e pode se estender por vários anos, sem que o pobre arenque sequer perceba.</p>



<h2>5. A barata “Darth Vader”</h2>



<p>Esse item da lista não terá uma imagem para que o pobre redator não tenha pesadelos com esse animal horripilante — se você quiser ver, <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/115730-inseto-gigante-darth-vader-e-descoberto-nas-aguas-da-indonesia.htm" target="_blank" rel="noopener noreferrer">acesse a matéria sobre o crustáceo batizado como “Darth Vader” por sua conta e risco</a>. </p>



<p>O crustáceo descoberto em 2020, que mais parece uma barata gigante, recebeu essa alcunha porque sua carapaça lembra o traje espacial do vilão de <em>Star Wars</em>. Por gigante, queremos dizer que ele é muito maior que qualquer barata que você já tenha matado na sua casa: eles tem 33 centímetros, em média, podendo chegar a 50. Haja chinelo!</p>



<h2>6. Ursos estão praticando mais canibalismo que nunca</h2>



<p>Agora uma notícia que, além de assustadora, é preocupante: os ursos polares estão praticando mais canibalismo do que nunca, graças à ação humana em seu habitat. Por mais que essa prática já tenha sido observada na espécie, a escassez de alimentos causada pelas atividades industriais no Ártico e a diminuição das calotas polares está fazendo com que ela se torne comum. Cada vez mais ursos estão atacando animais da mesma espécie e se alimentando deles para sobreviver. </p>



<h2>7. Ovos ou bebês? Sim!</h2>



<figure class="mt-2"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/12/23/23152358254034.jpg" alt="Para não correr risco de ficar sem filhotes, esse lagarto reproduz de todos os jeitos! (Fonte: All That's Interesting/Reprodução)" ><figcaption>Para não correr risco de ficar sem filhotes, esse lagarto reproduz de todos os jeitos! (Fonte: All That’s Interesting/Reprodução)</figcaption></figure>



<p>Em algumas espécies de animais, os filhotes nascem direto do útero de suas mães, enquanto outras colocam ovos, que chocam. Mas com esse lagarto de três dedos da Austrália, as duas coisas podem acontecer. </p>



<p>Segundo os cientistas, animais que vivem mais próximos da cidade são mais propensos a botar ovos; já aqueles que moram em terras mais altas, com tempo mais frio e úmido, tendem a parir seus filhotes.</p>



<h2>8. Híbrido bizarro de peixes é criado por acidente</h2>



<figure class="mt-2"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/12/23/23152825328037.jpg" alt="Sturddlefish é híbrido entre o peixe-espátula (paddlefish) e esturjão (sturgeon)" ><figcaption>(Fonte: Mega Curioso/Reprodução)</figcaption></figure>



<p>Esse bichinho da foto parece estranho — e é! Trata-se de um <em>sturddlefish</em>: um híbrido entre duas espécies: o peixe-espátula (paddlefish) e o esturjão (sturgeon). O mais louco nessa história é que a nova espécie alienígena foi criada totalmente por acidente, como você pode ler <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/115324-cientistas-criam-hibrido-de-peixes-pre-historicos-acidentalmente.htm" target="_blank" rel="noopener noreferrer">nessa matéria que publicamos em julho</a>. </p>



<p>Resumindo o causo, os cientistas estavam fazendo experiências de reprodução assexuada, já que os dois tipos de peixe estão ameaçados de extinção. Mas, em algum momento, o sêmen e os óvulos se misturaram e deram origem ao híbrido. </p>



<p>Essas oito notícias estão entre as mais interessantes novidades que a ciência trouxe para a gente em 2020. Para ficar por dentro dos novos conhecimentos que podemos adquirir no ano que vem, fique sempre ligado aqui no Mega Curioso. </p>


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8 descobertas científicas que marcaram 2020

Imagem de A montanha ardente: o mais antigo incêndio de carvão do mundo no megacurioso

Esta montanha na Austrália atrai curiosos com o raro fenômeno da queima lenta de seu carvão natural


<p>O Mount Wingen, situado em New South Wales, região do sudeste da <a href="https://www.megacurioso.com.br/proxima-parada/45378-proxima-parada-australia-um-selvagem-e-fascinante-pais-cheio-de-belezas.htm" target="_blank" rel="noopener noreferrer">Austrália</a>, ganhou o apelido de “Montanha Ardente” (em inglês, “Burning Mountain”) devido ao raro fenômeno da contínua queima de carvão em seu subsolo, abaixo a uma camada de arenito.</p>



<p>Até existem outros episódios similares no mundo, como o de Jhaira, na Índia, que já dura 100 anos, ou o de <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/112805-conheca-a-historia-do-incendio-que-ja-dura-mais-de-50-anos.htm" target="_blank" rel="noopener noreferrer">Centralia</a>, nos EUA, que condena um povoado há décadas. Mas o caso australiano é o único que está queimando há impressionantes seis mil anos.</p>



<h2>Origem do fenômeno</h2>



<figure class="mt-2"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/12/23/23090029473315.jpg" alt="(Fonte: Weekend Notes / Reprodução)" /><figcaption>(Fonte: Weekend Notes/Reprodução)</figcaption></figure>



<p>O incêndio foi datado com base na sua atual velocidade de queima em relação a área que já atingiu. A camada de carvão está 30 metros abaixo da superfície, então o que se vê são os seus efeitos na vegetação e no solo da montanha, além da liberação de fumaça e gases tóxicos.</p>



<p>Como o oxigênio é limitado no subsolo, a queima é inevitavelmente lenta. Contudo, conforme visto em outros casos no mundo, a mineração e outras atividades humanas podem ajudar a acelerar o processo, ao fornecer acesso ao ar da superfície.</p>



<p>Cientistas debatem que a origem do fogo da Montanha Ardente pode ter sido natural – causado por um raio, por exemplo – ou fruto de atividades dos aborígenes de seis milênios atrás.</p>



<h2>Importância do Mount Wingen para os locais</h2>



<figure class="mt-2"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/12/23/23091411374316.jpg" alt="(Fonte: NSW National Parks / Reprodução)" /><figcaption>(Fonte: NSW National Parks/Reprodução)</figcaption></figure>



<p>Para os <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/104911-para-fugir-de-escravidao-3-criancas-andaram-mais-de-2-mil-km-na-australia.htm" target="_blank" rel="noopener noreferrer">nativos</a> que habitavam a região, que era antes conhecida como Wanaruah, as partes da camada de carvão em combustão são as lágrimas de fogo de uma mulher transformada em pedra por Biami, deus do céu.</p>



<p>Há evidência de atividade humana milenar no local e acredita-se que o enxofre seja o principal elemento explorado ali em diferentes épocas, devido a suas possíveis utilizações como pigmento ou medicamento.</p>



<p>Atualmente, a montanha possui infraestrutura criada pelo governo australiano para visitas turísticas, sendo possível realizar uma trilha de aproximadamente quatro quilômetros e observar os efeitos do incêndio pelo caminho.</p>


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A montanha ardente: o mais antigo incêndio de carvão do mundo

Imagem de Chernobyl: cientistas reanalisam doses de radiação 30 anos depois no megacurioso

A reanálise dos impactos da radiação utilizando dados individualizados confirmou a hipótese original de redução de mamíferos na Zona de Exclusão de C


<p>Mais de 34 anos após o acidente nuclear da <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/208636-plantacoes-50km-chernobyl-ainda-guardam-alta-radioatividade.htm" target="_blank" rel="noopener noreferrer">usina de Chernobyl</a>, na cidade de Pripiat, na Ucrânia, uma faixa de terra num raio de 29 quilômetros permanece sem qualquer tipo de atividade humana: é a chamada Zona de Exclusão de Chernobyl (ZEC), que acabou se transformando em um refúgio para a vida selvagem.</p>



<figure class="mt-2"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/12/29/29230650630017.jpg" alt="Fonte? Anton Petrus/Getty Images/Reprodução" /><figcaption>(Fonte: Anton Petrus/Getty Images/Reprodução)</figcaption></figure>



<p>Em um estudo, publicado no segundo semestre deste ano na revista <em>Nature</em>, um grupo de cientistas reanalisou os dados de campo referentes aos possíveis efeitos da <a href="https://www.megacurioso.com.br/radiacao/" target="_blank" rel="noopener noreferrer">radiação ionizante</a> na presença de mamíferos observados na ZEC sob o conhecimento atualmente existente sobre relações radiológicas de dose-resposta.</p>



<p>Em consonância com um trabalho também recente realizado em outra usina acidentada, a de <a href="https://www.megacurioso.com.br/explosoes-atomicas/26274-governo-japones-admite-falha-humana-no-desastre-de-fukushima.htm" target="_blank" rel="noopener noreferrer">Fukushima no Japão</a>, o artigo reviu os dados de um censo realizado em fevereiro de 2009 na ZEC, onde estes mesmos pesquisadores atuais usaram rastros na neve para estimar a abundância de 12 espécies de mamíferos, de ratos a javalis, em 161 locais dos 777 quilômetros quadrados do local.</p>



<figure class="mt-2"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/12/29/29225913545014.jpeg" alt="Fonte: Getty Imagens/Reprodução" /><figcaption>(Fonte: Getty Images/Reprodução)</figcaption></figure>



<h2>Resultados da nova análise</h2>



<p>Porém, na nova análise, foi usada uma estimativa das doses reais de radiação que os animais recebem em várias partes da zona, em vez da dose total utilizada anteriormente. Foram também analisados os componentes externos e internos da dose com base nas características morfológicas e ecológicas simplificadas dos mamíferos de interesse, e também as concentrações de radioisótopos dos solos. </p>



<p>Essa nova abordagem, mais realista, buscou rever fatores de confusão relevantes e estabeleceu uma correlação entre as alterações na abundância de mamíferos com o tempo decorrido desde a última nevasca e a taxa de dose à qual foram expostos, além de considerar as diferenças entre presas e predadores.</p>



<figure class="mt-2"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/12/29/29231512548018.jpeg" alt="Fonte: Sergey Gaschack/Proyecto TREE/Reprodução" /><figcaption>(Fonte: Sergey Gaschack/TREE Project/Reprodução)</figcaption></figure>



<p>As taxas de doses obtidas da reanálise são compatíveis com os níveis de exposição registrados na literatura como passíveis de provocar transtornos fisiológicos em mamíferos, a ponto de explicar a redução de sua abundância na área da ZEC.</p>



<p>Coautor do novo estudo, o biólogo da Universidade da Carolina do Sul Timothy Mousseau explicou que os efeitos observados são consistentes com  os saberes tradicionais sobre radiação. Para ele, “o que é surpreendente é que demorou tanto tempo para começarmos a olhar para isso de uma forma rigorosa e abrangente”.</p>


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Chernobyl: cientistas reanalisam doses de radiação 30 anos depois

Imagem de NASA colhe primeiros rabanetes plantados no Espaço no megacurioso

A astronauta Kate Rubins realizou a colheita dos primeiros rabanetes a serem plantados em microgravidade


<p>A NASA acaba de dar mais um passo para criar missões de longo-prazo à Lua e a Marte no final de 2020. Após 27 dias de maturação, a astronauta Kate Rubins colheu no dia 30 de novembro 20 rabanetes plantados em microgravidade na Estação Espacial Internacional. </p>



<p>Os alimentos cresceram dentro da estrutura do Advanced Plant Habitat (APH), uma estrutura criada para testar o cultivo de comida no Espaço. Eles foram embrulhados em papel alumínio, colocados em um armazém refrigerado e devem ser enviados de volta à Terra durante a próxima missão de reabastecimento da <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/115725-spacex-divulga-video-de-barco-capturando-pedaco-de-foguete.htm" target="_blank" rel="noopener noreferrer">SpaceX</a>.</p>



<h2>Produção de alimentos no Espaço</h2>



<figure class="wp-block-embed-youtube wp-block-embed is-type-video is-provider-youtube wp-embed-aspect-16-9 wp-has-aspect-ratio"><div class="wp-block-embed__wrapper">
https://www.youtube.com/watch?v=UT0K3GmNV7E&feature=emb_imp_woyt
</div></figure>



<p>A hortaliça foi escolhida para fazer parte do <span lang="pt">experimento Plant Habitat-02 (PH-02) por ser bem compreendida pelos cientistas e também por alcançar maturidade em apenas 27 dias.</span></p>



<p><span lang="pt">Além disso, o </span><a href="https://www.megacurioso.com.br/humor/32602-confira-as-aventuras-do-rabanete-fujao-galeria-.htm" target="_blank" rel="noopener noreferrer"><span lang="pt">rabanete</span></a><span lang="pt"> é uma planta-teste viável para as missões espaciais de longo-termo justamente por ser comestível e muito nutritivo, o que permitiria aos astronautas plantarem seu próprio alimento. A agência norte-americana ressaltou ainda que o vegetal é geneticamente parecido com a <em>Arabidopsis, </em>uma flor semelhante a um repolho e que tem sido estudada frequentemente em microgravidade.</span></p>



<p><span lang="pt">O experimento PH-02 permitiu aos cientistas da NASA avaliarem o equilíbrio ideal para o cultivo de plantas no Espaço. Segundo o relatório, os rabanetes receberam uma quantidade precisa de minerais para não necessitar de manutenção constante por parte da equipe. </span></p>



<h2><span lang="pt">Funcionamento da APH</span></h2>



<figure class="mt-2"><a class="fonte_imagem" href="https://cdn.mos.cms.futurecdn.net/eFKMp4Vfavhnnd3icuTjTG-970-80.jpg"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/12/28/28184714900032.jpg" alt="(Fonte: NASA/Divulgação)" /></a><figcaption>(Fonte: NASA/Divulgação)</figcaption></figure>



<p>A câmara da APH é equipada com luzes de LED vermelhas, azuis, verdes e brancas de amplo espectro, as quais fornecem o estimulo necessário para o crescimento das plantas. Por fim, um sofisticado sistema de controle garante a quantidade exata de água quando necessário.</p>



<p>Conforme o comunicado da <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/114935-helicoptero-da-nasa-para-viagem-a-marte-esta-pronto-para-voar.htm" target="_blank" rel="noopener noreferrer">NASA</a>, a APH também contém 180 sensores que ajudam os cientistas do Centro Espacial John F. Kennedy, localizado nos Estados Unidos, a monitorar o crescimento das hortaliças e regular a temperatura, umidade e níveis de dióxido de carbono dentro da câmara. </p>



<p>Para a próxima etapa, a agência espacial norte-americana pretende aumentar o plantio de rabanetes no Espaço para poder compará-los com amostras plantadas na Terra, o que ajudará no aperfeiçoamento das plataformas para o futuro.</p>


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NASA colhe primeiros rabanetes plantados no Espaço

Imagem de Fragmento de meteorito da África veio de um asteroide gigante no megacurioso

Análise de fragmento de meteorito que caiu na África revela sua origem em planeta-anão que já desapareceu


<p>Recentemente, uma equipe de cientistas liderada pelo Southwest Research Institute publicou um estudo na revista <em>Nature Astronomy</em>, no qual identifica a origem de um meteorito cravejado de diamantes que explodiu sobre o Sudão em 2008.</p>



<p>Segundo  os pesquisadores, o fragmento batizado de <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/106974-meteorito-que-caiu-na-africa-pode-ter-diamantes-de-planeta-extinto.htm" target="_blank" rel="noopener noreferrer">Almahata Sitta (AhS)</a> veio de um asteroide do tamanho de <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/115562-ceres-teria-um-mar-de-agua-salgada-abaixo-da-superficie.htm" target="_blank" rel="noopener noreferrer">Ceres, o planeta-anão</a> localizado no cinturão de asteroides, e pode ser definido como uma condrito carbonáceo (CC), tipo de meteorito formado por alterações aquosas de baixa temperatura e pressão.</p>



<figure class="mt-2"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/12/28/28235208944002.jpg" alt="Fonte: NASA/Divulgação" /><figcaption>Almahata Sitta (Fonte: NASA/Divulgação)</figcaption></figure>



<h2>A chegada do asteroide na Terra</h2>



<p>A  história do Almahata Sitta teve início em outubro de 2008, quando cientistas da NASA descobriram um asteroide em rota de colisão com a Terra. Eles sabiam que a maior parte da rocha iria queimar ao entrar em nossa atmosfera, e que o material que sobrasse cairia nas areias do deserto da Núbia.</p>



<p>Quando a NASA avistou o meteoro de 8,2 mil quilos e 4 metros antes do impacto, posicionou sua equipe para antecipar a possível queda das rochas, e vasculhar a areia para localizar fragmentos. Foi a primeira vez na história que um asteroide foi localizado, e seus restos encontrados logo após o impacto na atmosfera.</p>



<h2>A análise do meteorito</h2>



<p>Desde a recuperação desses <a href="https://www.megacurioso.com.br/astronomia/35626-qual-e-a-diferenca-entre-asteroide-meteoro-meteorito-e-meteoroide-.htm" target="_blank" rel="noopener noreferrer">materiais meteoríticos</a>, pequenos fragmentos do Almahata Sitta foram analisados. A amostra estudada na presente pesquisa, catalogada como AhS 202, era tão pequena que 10 cópias dela poderiam ser facilmente colocadas em cima de uma cabeça de prego.</p>



<p>A equipe analisou a amostra de 50 miligramas do AhS utilizando um microscópio infravermelho para identificar sua composição mineral. A análise espectral revelou um conjunto incomum de minerais que se formam em temperaturas e pressões “intermediárias”, maiores do que as de um asteroide típico, mas inferiores às de um planeta.</p>



<figure class="mt-2"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/12/28/28235531666003.jpg" alt="Fonte: NASA/Divulgação" /><figcaption>(Fonte: NASA/Divulgação)</figcaption></figure>



<p>Entre esses minerais hidratados, um chamou a atenção dos pesquisadores: o anfibólio, cuja presença é raríssima em meteoritos CC. Para a geóloga planetária Vicky Hamilton, coautora do estudo: “o AhS é uma fonte acidental de informações sobre os primeiros materiais do Sistema Solar”. </p>



<p>Ao apontar a origem do fragmento num planeta-anão de 940 quilômetros de diâmetro, os cientistas acreditam que esse corpo celeste já deve ter colapsado há algum tempo, pois um objeto dessa magnitude não passaria despercebido da comunidade científica. </p>


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