Tá sem criatividade? Estas 9 dicas vão resolver o seu problema

10/07/2019 às 02:305 min de leitura

Criatividade é um conceito abstrato que, convenhamos, pode até ser fácil de definir, mas difícil mesmo é colocar em prática. Nós sabemos que pessoas criativas são aquelas que pensam e enxergam além do óbvio, que buscam inspirações em coisas ou situações inusitadas, que resolvem problemas de forma eficaz e diferente. E aí você se pergunta: mas como é que EU posso me tornar uma pessoa criativa?

A verdade é que o assunto vem há muito tempo servindo como base para cientistas e pesquisadores de todo o mundo. O Mother Nature Network publicou uma série de dicas cientificamente comprovadas que prometem fazer de você uma pessoa mais criativa. Confira e, mais do que isso, inspire-se com cada uma delas:

1 – A boa e velha natureza

Um estudo realizado pela Universidade do Kansas concluiu que passar um tempo ao ar livre pode aumentar seus níveis de criatividade em até 50%. A equipe da psicóloga Ruth Ann Atchley avaliou o desempenho criativo de um grupo de 56 mochileiros. O resultado? Depois de três dias de acampamento, eles alcançaram seu pico criativo.

“É quando você tem um período extenso de tempo rodeado por um ambiente suave e fascinante que você começa a ver todos os tipos de efeitos positivos na forma como sua mente trabalha”, explicou ela.

Lógico que nem sempre temos a oportunidade de passar alguns dias seguidos acampando e contemplando a natureza, mas, se você tem acesso a algum parque ou a um belo jardim, por exemplo, já ajuda. Ler um livro em um ambiente como esses ou simplesmente sentar e olhar o que acontece à sua volta já vai, certamente, fazer com que sua mente tenha algumas boas ideias.

2 – Barulhinho bom

A ideia de que pessoas criativas precisam de recolhimento e silêncio não tem muitos fundamentos, viu? Já se sabe, por exemplo, que um pouco de barulho ambiente é um bom estímulo à criatividade. De acordo com uma pesquisa sobre o assunto, barulhos de chuva ou de uma cafeteria, por exemplo, são ótimos.

Para chegar a essa conclusão, os pesquisadores submeteram diversas pessoas a ambientes com barulhos distintos e descobriram que aquelas que estavam em uma cafeteria tiveram um desempenho bem mais criativo.

Nós até temos duas sugestões de sites que podem ajudar você nesse sentido: o A Soft Murmur, que possibilita que você crie seu mix de barulhos agradáveis; e o Coffitivity, que nada mais é do que um site que reproduz áudios gravados dentro de cafeterias, casas de chá e bistrôs de algumas partes do mundo.

3 – Viaje!

É uma baita obviedade falar sobre viagens aqui, mas é verdade. Viajar funciona. Faz bem de toda forma possível, afinal conhecer lugares, costumes, etnias, pessoas, arquiteturas e culturas diferentes é sempre um imenso prazer. Isso acontece porque somos influenciados sempre pelos ambientes que nos cercam.

No que diz respeito à criatividade, vale viajar para qualquer lugar. Você não vai precisar fazer um intercâmbio ou atravessar o mundo para ficar mais criativo. Conhecer uma cidadezinha ao lado da sua, não importa o que ela tenha a oferecer, já vai ser suficiente.

Para Adam Galinsky, que estuda a relação entre viagens e criatividade, não basta conhecer um lugar novo. É preciso mergulhar na cultura local para ter esse pico de criatividade. Não adianta, portanto, viajar e ficar trancafiado em um hotel de luxo. Bom mesmo é bater perna, se perder, falar com estranhos e se aventurar.

4 – Tudo azul

Ao que tudo indica, a cor azul tem o poder de nos deixar mais criativos. Uma pesquisa realizada pela Universidade da Colúmbia Britânica avaliou o perfil de 600 pessoas e descobriu que, quando os voluntários tinham que resolver tarefas cognitivas em um computador com a tela azul, eles conseguiam alcançar duas vezes mais resultados positivos e criativos.

De acordo com a autora da pesquisa, Juliet Zhu, isso ocorre porque nosso cérebro tem respostas inconscientes aos estímulos provocados pelas cores. Segundo ela, quando fazem associações com o céu, com a água e com o oceano, a maioria das pessoas relaciona isso a abertura, paz e tranquilidade.

5 – As vantagens de ser um sonhador

Já deve ter acontecido com você: de repente, sem perceber, você ativa seu “mute mental” e parece ignorar tudo à sua volta, por causa de algum pensamento ou devaneio que levou sua cabeça para longe.

Essa coisa de sonhar com os olhos abertos parece ser uma boa também para melhorar seus níveis de criatividade. Hoje sabemos disso graças a um grupo de pesquisadores da Universidade da Califórnia, que conseguiu descobrir uma relação entre os devaneios nossos de cada dia e a resolução de problemas de forma criativa.

Quando os voluntários que participaram do estudo precisaram resolver uma tarefa que fazia suas mentes viajarem, eles tiveram um desempenho muito melhor e mais criativo. É por isso, também, que algumas pessoas têm boas ideias enquanto realizam tarefas cotidianas, como tomar banho ou lavar a louça – são momentos em que a mente viaja com mais facilidade.

6 – Vá dar uma volta

Um estudo realizado pela Universidade de Stanford avaliou um grupo de 176 estudantes. Adivinha só: os níveis de criatividade iam às alturas nesses alunos depois que eles davam uma voltinha pela área externa da instituição. Nós já dedicamos uma publicação inteirinha aqui no Mega só para falar da relação entre andar e ser mais criativo – e menos estressadinho também.

7 – Rabiscar é bom

São 8h da manhã, seu cérebro ainda não terminou de acordar, e você descobre que as três primeiras aulas serão substituídas por uma palestra de 3 horas, ministrada por um expert em economia política, assunto relevante e interessante, mas não para uma sala entupida de adolescentes de 16 anos. A ordem maior é manter o respeito pelo cara que está falando, e, para não dormir na frente dele, você começa a fazer rabiscos sem sentido. Quem nunca?

A má notícia é que escolas nem sempre acertam a relação entre idade de alunos e assuntos para se discutir durante 3 horas. A boa notícia é que esse tipo de situação faz de você uma pessoa mais criativa, afinal já é cientificamente comprovado que rabiscar coisas aleatórias é um baita estímulo visual e criativo.

De acordo com Sunni Brown, rabiscar nos dá acessos neurológicos que não são alcançados quando estamos no modo linguístico tradicional. Um dos exercícios recomendados por ela é pegar o desenho de dois objetos que não têm uma relação direta entre si (uma maçã e um pneu, por exemplo) e desenhar em cima deles, de modo que, ao final, eles estejam conectados.

8 – Que nos perdoem os insones, mas cochilar é fundamental

Fundamental mesmo. Algumas pesquisas recentes já mostraram que dormir por alguns minutos durante o dia é algo capaz de aumentar as atividades do lado direito do cérebro, geralmente associado ao pensamento criativo. Só não vale perder a noção da vida e dormir demais. O ideal é que você tire aquele cochilo de 20 minutinhos, se for possível.

9 – Pense como uma criança

Crianças são criaturas sem preconceitos, que vivem com a ideia de que Papai Noel existe e de que ursos de pelúcia gostam de carinho. Crianças desenham universos coloridos e se divertem com coisas banais, como tampas de panela, e itens que estimulam a criatividade, como massinha de modelar e peças de LEGO. Crianças conversam com todo mundo e fazem muitas perguntas. Crianças acham um baita programa legal quando a vó pede companhia para ir até a farmácia. Crianças são incríveis.

O cantor Alexander Ebert, vocalista da banda Edward Sharpe & the Magnetic Zeros, disse, em uma entrevista, que voltou a pensar como criança para compor algumas de suas músicas, como a do clipe abaixo. Deu certo.

Cientificamente, isso já foi comprovado por um grupo de pesquisadores da Universidade Estadual da Dakota do Norte. Eles usaram como base para o estudo dois grupos de universitários. Um deles recebeu a instrução de que deveriam pensar como crianças de 7 anos que receberam a notícia de que não teriam aula naquele dia e que, portanto, teriam o dia todo para fazer o que quisessem. Eles deveriam relatar detalhadamente como seria o seu dia.

O outro grupo de estudantes teve a mesma orientação, exceto pela parte de que deveriam pensar como se tivessem apenas 7 anos de idade. Depois, os dois grupos passaram por testes de criatividade e, como você deve imaginar, os universitários que se imaginaram como crianças na tarefa anterior tiveram os melhores resultados criativos e, em questão de ideias legais, tiveram simplesmente o dobro do que foi registrado pelo outro grupo. E aí, que tal libertar a criança que existe em você?

*Publicado em 18/08/2015

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