Artes/cultura
04/03/2013 às 06:10•2 min de leitura
Crédito: Thinkstock
Para os pais, uma dúvida é constante: deixar os filhos assistirem a programas de televisão violentos pode torná-los mais agressivos? Segundo uma pesquisa divulgada na última semana pela Universidade de Washington, vale ficar de olho na programação, pois desenhos que remetem à violência podem sim influenciar de maneira negativa o modo como as crianças agem.
De acordo com o site Mashable, o estudo avaliou o impacto da televisão e da alimentação no comportamento de crianças com idade entre três e cinco anos. Ao todo, 565 pais foram orientados a relatar os hábitos televisivos de seus filhos no período de um ano. Eles também foram divididos em dois grupos: um deveria cuidar do controle remoto, fazendo com que os pequenos assistissem apenas a programas positivos, como Vila Sésamo. Já o segundo deveria garantir uma alimentação saudável a eles.
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Depois de seis meses, todas as crianças apresentaram uma melhora de comportamento, mas no caso daqueles que evitaram os programas violentos, os benefícios foram mais significativos. Além disso, a melhora também foi melhor entre os pequenos de famílias de baixa renda.
Apesar dos resultados positivos, o estudo apresenta algumas falhas. A primeira delas é que, com o passar do tempo, os benefícios de uma programação saudável desapareceram no comportamento infantil. Outra falha é que os pais não ficaram sabendo dos objetivos da pesquisa, mas teriam percebido depois de um tempo e, por isso, podem ter influenciado os efeitos.
Ainda assim, não há como discordar que a televisão tem um impacto no comportamento dos pequenos. Um estudo de outubro de 2012 realizado pela Universidade de Otago, na Nova Zelândia, também já abordou o tema. De acordo com os pesquisadores, cada hora extra de TV assistida pelas crianças durante a semana aumenta a chance de ela ter uma condenação penal quando se tornar um adulto.
Esse estudo contou com a participação de aproximadamente 1.000 neozelandeses nascidos em 1972 e 1973, que foram entrevistados regularmente até os 26 anos. Entre os aspectos analisados estão a saúde mental dos voluntários e seus antecedentes criminais.