
Ciência
02/07/2013 às 13:00•2 min de leitura
Crédito: Shutterstock
Conversas em família estão se transformando em uma coisa do passado, já que atualmente a maioria dos pais se comunica regularmente com seus filhos através de redes sociais, é o que aponta um estudo recente divulgado no jornal The Daily Mail.
Surpreendentemente, os números que os pesquisadores encontraram apontam que 7 em cada 10 pais utilizam o Facebook ou o Twitter como um canal de comunicação regular com a família. Mais de 10% dos pais ainda revelaram que não tinham conversas significativas com seus filhos durante uma semana regular.
Os cientistas notaram que, enquanto um britânico costuma, em média, mandar cinco e-mails, escrever na timeline de amigos três vezes e comentar fotos duas vezes por semana, ele conversa frente a frente com sua família apenas seis vezes por semana, o que representa menos de uma vez por dia.
Em redes sociais como o Pinterest ou o Instagram, mais de um terço dos pais assume que utiliza seu perfil para buscar entender melhor as crianças. Ainda, 62% costumam conferir as preferências dos filhos nessas redes sociais pelo menos uma vez ao dia.
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Dos pais que utilizam a internet para se interar sobre o cotidiano do filho – seja um hobby, o interesse por uma roupa ou um lugar para visitar –, 80% acreditam que isso ajudou significativamente a melhorar o relacionamento com a criança. Além disso, praticamente todos os pais (98%) admitiram que não desejam ser “amigos” ou “seguidores” dos filhos nas redes sociais, mas sentem essa necessidade para poder acompanhar o que acontece mais de perto.
“Conforme as crianças se desenvolvem, elas passam mais tempo longe dos pais, o que faz com que mães e pais não saibam o que eles estão fazendo e tenham a sensação de que os conhecem menos. Quando os pais podem conferir online o que o filho gosta e o que não gosta, também é possível adiantar o comportamento da criança. Isso não vai melhorar a relação pai-filho, mas pode garantir a segurança da criança online. Embora a comunicação face a face seja importante para manter o funcionamento da família, também temos que aceitar que vivemos em uma era digital e precisamos nos adaptar a novas maneiras de interagir”, explica Karen Pine, professora e psicóloga da University of Hertfordshire.