5 explicações que vão melhorar o seu conhecimento sobre a gripe

23/09/2017 às 02:004 min de leitura

A gripe é uma doença que todos os anos ataca milhares de pessoas no mundo. Por mais que seja comum e muitas vezes não desperte grande preocupação por parte da população, ela ainda deixa muitos hospitalizados e também causa diversas mortes. A desinformação das pessoas é uma das coisas que mais agrava a situação provocada pela gripe.

Assim como a própria doença, os mitos e equívocos sobre ela voltam a circular regularmente, sempre que há algum surto ou durante períodos em que ocorre um maior número de casos de infecção. Aqui no Mega, nós já abordamos uma dessas informações equivocadas da população quando esclarecemos se a vacina da gripe pode realmente nos deixar doentes. Mas, além dessa questão, há outros boatos e mitos que as pessoas creem.

Mesmo com as campanhas de conscientização promovidas pelos governos, é sempre importante se manter informado sobre alguns pontos. Pensando nisso, o pessoal do site How Stuff Works reuniu algumas informações que circulam sobre a gripe para esclarecer o que é verdade e o que não é. Baseados nessa publicação, nós apresentamos cinco explicações que vão melhorar o seu conhecimento sobre a gripe. Confira:

5. Uma gripe não é tão diferente de um resfriado forte

As pessoas tendem a pensar que a gripe é muito pior que o resfriado e, de fato, não estão erradas, mas, do ponto de vista dos sintomas e da recuperação, as doenças não são tão diferentes. Sim, a gripe causa problemas debilitantes e que derrubam qualquer um, como febre, tosse, dor de garganta, dores musculares e de cabeça e fadiga, mas os pacientes levam de dias até algumas semanas para se recuperarem. Somente alguns casos mais graves apresentam sintomas de desidratação e sepsia, que são toxinas no sangue que podem provocar falência de órgãos.

No entanto, o que gera grande número de óbitos em função da gripe é a baixa imunidade causada pela infecção. Isso pode potencializar problemas crônicos e aumentar o risco de a pessoa contrair outras doenças, principalmente por bactérias, como no caso da pneumonia. Aqueles com histórico de asma, insuficiência cardíaca congestiva ou outros distúrbios pulmonares crônicos podem ter complicações a partir de infecção pelo vírus da gripe. Esses casos é que realmente tornam a doença mais fatal.

4. Tomar a vacina em um ano não previne contra a contaminação no ano seguinte

A vacina contra a gripe não oferece 100% de imunidade mesmo se tomada regularmente. Mesmo assim, muitas pessoas acreditam que o efeito que o medicamento produz no organismo é suficiente para permanecer imune por mais de um ano e deixam de tomar a vacina no período seguinte.

O grande fator aqui é que os vírus, para se manterem vivos, precisam se reproduzir. Para conseguir isso, eles invadem um organismo e injetam material genético nas células. Esse conteúdo, por sua vez, faz com que a célula crie diversas cópias do vírus e acabe espalhando por suas semelhantes. Enquanto isso, o sistema imunológico vai trabalhando para identificar o vírus e atacá-lo toda vez que ele invadir o organismo. Como uma forma de defesa contra esse recurso, o vírus passa por diversas mutações, fazendo com que cada nova identificação genética tenha que ser reconhecida novamente pelo sistema imunológico.

Ou seja, a vacina tomada neste ano não vai estar preparada para as “novidades” do ano que vem. Pelo menos não até que a ciência consiga desenvolver uma solução imunológica vitalícia, como a que vem sendo testada por alguns cientistas e que nós também noticiamos por aqui.

3. Você não está mais suscetível a uma gripe por sair no tempo frio e úmido

Quantas vezes você não ouviu, durante a sua vida, da sua mãe ou da avó, que deveria levar um casaco ou não sair com o cabelo molhado no sereno para não pegar uma gripe? Muitas, certamente. Pois é, mas, de fato, segundo o médico-chefe do escritório da rede de saúde da cidade de Tucson, Estados Unidos, Donald Denmark, essa situação não agrava o risco de pegar uma gripe. A doença somente é transmitida por meio do contato da pessoa com outra contaminada, inalando o vírus exalado pela tosse ou pela coriza.

Assim sendo, acredita-se que essa informação equivocada tenha surgido em função dos períodos de maior incidência da gripe, que acontecem no inverno, quando o tempo está frio e úmido. Por isso as pessoas costumam ter esse fato como senso comum. De qualquer forma, a verdade é que o maior número de transmissões ocorre exatamente porque as pessoas passam mais tempos juntas, em ambientes totalmente fechados, nesses períodos.

2. A chamada “gripe de estômago” não é causada pelo mesmo vírus da gripe comum

A gripe tradicional, como conhecemos, também é chamada de influenza. Por mais que ela possa causar alguns distúrbios gastrointestinais como diarreia e vômito, principalmente nas crianças, não é a mesma coisa que a chamada “gripe de estômago”. A gripe comum é uma doença respiratória que afeta os pulmões e as vias aéreas. Já a gripe de estômago é um desconforto que pode ser causado por outros tipos de vírus, bactérias ou até parasitas.

É importante mencionar que essa enfermidade que afeta o sistema digestivo é transmitida, na maioria das vezes, pelos próprios alimentos, conforme explicou ao How Stuff Works o Dr. Tony Brayer, do centro médico Sutter Health de West Bay, na Califórnia. Porém, ambas são igualmente comuns e, além disso, perigosas, afetando um grande número de pessoas. Cerca de 3 mil morrem anualmente em virtude de infecções alimentares nos EUA.

1. Antibióticos não curam a gripe

Em tempos mais antigos, mais precisamente até os anos 1970, era comum os médicos receitarem antibióticos para qualquer caso de infecção. As pessoas chegavam até a se sentir melhores, mas, de fato, como explica o professor de pediatria e medicina da Universidade de Utah Andrew Paiva, o efeito era o mesmo de receitar pílulas de açúcar para os pacientes. Esses medicamentos só funcionam contra bactérias e não possuem qualquer efeito contra os vírus que causam a gripe.

Isso faz com que algumas pessoas, até hoje, acreditem que o uso de antibióticos pode curar a gripe, mas os médicos já não receitam mais esse tipo de remédio com facilidade. Na verdade, existe até um controle rigoroso para a venda desse item junto às redes de farmácia. E isso tudo tem uma razão bem plausível: o uso dessas substâncias sem qualquer necessidade pode desenvolver bactérias resistentes ao medicamento.

Em casos de infecções mais graves por esse tipo de microrganismo, os antibióticos não farão mais efeito. Além disso, os fortes efeitos colaterais que alguns desses produtos podem causar também motivam o controle sobre a sua venda.

*Publicado em 05/01/2016

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