Penas de dinossauro em âmbar: por que essa descoberta é tão importante?

13/12/2016 às 06:342 min de leitura

Você deve ter ouvido nos últimos dias a respeito da descoberta de algumas penas presas em âmbar, ou seja, em uma peça de resina fossilizada. O item tem 99 milhões de anos e foi datado pelos cientistas como sendo do período Cretáceo e, além de insetos e fragmentos de plantas, ele guarda algo extremamente notável: os ossos preservados da cauda de um jovem dinossauro — e é isso o que torna esse fóssil tão importante. Você sabe o motivo?

Confirmação esperada

Na realidade, essa não é a primeira vez que penas de animais pré-históricos são encontradas em âmbar, nem é a primeira vez que rochas fossilizadas trazendo a impressão de plumas são descobertas. Aliás, é justamente por conta dessas evidências que os cientistas suspeitavam fortemente de que, ao contrário do que sempre foi retratado, em vez de serem lagartões com escamas como o Godzilla, muitos dinossauros tinham os corpos cobertos por plumagens.

Âmbar extraordinário

Entretanto, esta é a primeira vez na História que uma peça de âmbar é encontrada com penas ainda conectadas aos ossos preservados de um dinossauro, confirmando, finalmente, o que muitos paleontólogos desconfiavam há muito, muito tempo. Em outras palavras, esta é a primeira vez que os cientistas foram capazes de ligar as duas coisas — plumas e dinossauros — sem qualquer sombra de dúvida.

E além de confirmar a teoria de que os animais pré-históricos tinham, sim, corpos emplumados, a peça de âmbar permitirá que os pesquisadores descubram uma porção de coisas a respeito de como as penas de dinossauro eram e como elas evoluíram ao longo dos anos.

Achado sem precedentes

Segundo os paleontólogos responsáveis pela descoberta (Ryan McKellar, do Museu Royal Saskatchewan, no Canadá, e Lida Xing, da Universidade de Geociências da China), o fóssil foi adquirido em um mercado de rua da Birmânia em 2015.

Descoberta sem precedentes

O item se encontrava à venda como um simples pedaço de âmbar qualquer quando os cientistas perceberam que se tratava de algo inédito. Ademais de ser uma evidência sem precedentes, trazendo ossos e penas perfeitamente preservados, a peça ainda permite que as plumas sejam observadas tridimensionalmente e com uma enorme riqueza de detalhes.

Cientistas com seu âmbar mágico

O âmbar pesa míseros 6,5 gramas e “guarda” um fragmento da cauda de um dinossauro que pertence a um grupo conhecido como Coelurosauria — caracterizado por predadores de pequeno porte parecidos com galinhas, mas que também englobam criaturas mais ilustres, como os tiranossauros e os velociraptores.

Essa era a possível aparência do dinossauro

Conforme explicaram os pesquisadores que se depararam com esse pedaço de âmbar extraordinário, o dinossauro em questão — apelidado de Eva pelos cientistas — tinha o tamanho aproximado de um pardal quando morreu, embora essa classe de animais chegasse a ficar um pouco menor do que um avestruz na idade adulta.

Detalhe de uma das penas

Sua cauda teria o formato semelhante à de um rato — só que coberta de penas — e, além disso, a resina fossilizada preservou a pigmentação das plumas, permitindo que os cientistas determinassem a tonalidade do animal, que provavelmente era castanho e branco. De qualquer forma, a descoberta apoia a teoria de que os lagartões que já tocaram o terror no cinema podem ter tido uma aparência muito mais... fabulosa que escamosa.

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