Artes/cultura
27/12/2017 às 06:24•1 min de leitura
A pasta verde que aparenta inocência e suavidade é uma iguaria capaz de fazer muito marmanjo lacrimejar por aí. Ardido e forte, o wasabi é encontrado especialmente em restaurantes de culinária asiática e costuma ser amado ou odiado, sem meio termo.
A verdade é que existe uma grande chance de que você, mesmo que seja um amante da culinária japonesa, nunca tenha comido o wasabi verdadeiro. Conhecida oficialmente como Wasabi japonica, a planta é natural de alguns países apenas – Japão, China, Taiwan, Coreia e Nova Zelândia – e cresce à beira dos rios. Para alguns especialistas, o verdadeiro wasabi é a planta mais difícil de ser cultivada para fins comerciais.
O wasabi verdadeiro não é tão picante quanto aquele que estamos acostumados a encontrar nos restaurantes – na verdade, a raspa da raiz precisa ser consumida em até no máximo 20 minutos após sua extração, para que mantenha o sabor original.
Esse wasabi impostor que encontramos por aí é uma mistura tingida de pó de rábano e mostarda, que são especiarias bem mais baratas. Em alguns casos, a mistura pode até conter uma essência do wasabi original, mas como seu sabor se perde depois de 20 minutos de extração, isso não faz muita diferença.
Por ser de difícil cultivo (leva até três anos para atingir a maturidade), o wasabi verdadeiro custa caro, e, quando é oferecido em alguns restaurantes asiáticos, o consumidor paga cerca de US$ 5 pela porção de acompanhamento para o prato. Até mesmo no Japão o wasabi servido não é o verdadeiro, geralmente – a estimativa, no fim das contas, é a de que apenas 5% do wasabi consumido no mundo seja o original.
Em termos de degustação, o wasabi verdadeiro afeta muito mais as passagens aéreas do que o paladar em si. Se você acaba suando frio depois de experimentar o acompanhamento, é sinal de que ele não é autêntico.