Ciência
12/07/2018 às 06:14•3 min de leitura
É indiscutível a importância religiosa da Terra Santa, disputada ao longo de séculos por diversos povos. Inclusive, o local pode ser chamado de centro espiritual do mundo, devido ao valor histórico que possui para as três grandes religiões monoteístas do mundo: cristianismo, judaísmo e islamismo.
Com o registro de uma infinidade de conflitos, diferentes povos habitaram a região, deixando vestígios que hoje são uma fonte importantíssima de pesquisa. Por isso, o Live Science organizou uma lista com 7 incríveis descobertas arqueológicas feitas por lá.
Esses pequenos pergaminhos de prata, que na época eram utilizados como amuletos, foram encontrados em 1979, no sítio arqueológico de Ketef Hinnom, em Jerusalém. Escritos em hebraico arcaico, eles são os registros mais antigos de passagens bíblicas, datados de aproximadamente 2,6 mil anos atrás. O trecho inscrito neles, que faz parte de uma bênção sacerdotal, pode ser encontrado em Números 6:24-26.
Localizada a 30 quilômetros de Jerusalém, na direção sudoeste, a estrutura foi construída há 3 mil anos. O assentamento de 2,3 hectares é rodeado por muralhas e possui dois portões, levando os arqueólogos a acreditarem que essa seria a cidade bíblica de Sha’arayim. Em 2013, foi identificada uma nova área, com 1 mil metros quadrados, onde provavelmente existiu um palácio que foi utilizado pelo próprio rei David.
Em 2013, pesquisadores encontraram uma grande estrutura no fundo do Mar da Galileia, que está a 10 metros acima do fundo e possui 70 metros de diâmetro, valor que é o dobro da largura do círculo externo de Stonehenge. Com peso estimado em 60 toneladas, a composição foi construída há mais de 4 mil anos, em uma época em que o nível da água estava muito mais baixo do que o atual. Também existem registros de uma cidade que existiu, na época, a menos de 2 quilômetros da formação de pedras, chamada “Bet Yerah” ou “Khirbet Kerak”. Não se sabe exatamente o propósito de algo tão grande, mas os arqueólogos acreditam que a área possuía fins funerários.
A região é tão rica em história que até mesmo arqueólogos amadores fazem descobertas incríveis, como essa que aconteceu em 1986. Eles estavam explorando o Mar da Galileia, em uma época em que o nível da água fica mais baixo, e acabaram encontrando os restos de uma embarcação de madeira enterrada. Arqueólogos profissionais analisaram o material e concluíram que o barco tinha 2 mil anos de idade. Pela coincidência temporal, a embarcação ganhou o nome de “barco de Jesus”, apesar de não existir qualquer indício de que ele a tenha utilizado.
Em 1947, um jovem pastor, chamado Muhammed Edh-Dhib, descobriu pergaminhos antigos perto do sítio arqueológico de Qumran. Na década seguinte, arqueólogos encontraram mais de 900 manuscritos, dentro de 11 cavernas na região. Entre eles existiam obras canônicas da Bíblia hebraica, calendários, hinos, obras bíblicas apócrifas e regras comunitárias. Também foi localizado um pergaminho feito de cobre, que descrevia um tesouro escondido. Os textos datam de 200 a.C. a 70 d.C., época em que os romanos controlaram uma revolta em Jerusalém, e Qumran foi abandonada.
Localizada em Israel, próxima ao Mar Morto, a elevação montanhosa foi um importante marco na rebelião dos judeus contra os romanos. Análises mostraram que o local abrigou dois palácios com edificações auxiliares e uma muralha com 27 torres, construídas pelo rei Herodes (70 a.C.- 4 a.C.). O local é famoso por ter abrigado os zelotes, que resistiram a ataques romanos por anos. Quando a fortaleza caiu, eles preferiram cometer suicídio a se tornarem prisioneiros do inimigo.
Descoberto em 1884, dentro de um igreja, o mapa é a representação cartográfica da Terra Santa mais antiga de que se tem notícia. O mosaico data de 560 d.C. e, apesar de bastante degradado, representa uma área que se estende do sul da Síria ao centro do Egito. O que chama a atenção é a representação detalhada de Jerusalém, com seu muro em formato oval, portões e torres. Na época da elaboração do mapa, o Império Bizantino governava a Terra Santa.
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