Estilo de vida
15/07/2022 às 09:00•2 min de leitura
Muita gente criativa por aí vive tentando encontrar seu lugar ao sol, ou pelo menos colocar seu nome na história com algo de relevante para a humanidade. Foi mais ou menos dessa maneira que a tragédia entrou na vida dos inventores desta lista, que tiveram a infelicidade de ver seus dias chegarem ao fim por intermédio das próprias criações.
Alguns pela baixa segurança para testar seus produtos, outros pelo excesso de confiança de que sabiam o que estavam fazendo, as histórias destas pessoas criativas possuem erros semelhantes. Para deixar de ensino (e entreter a nossa audiência), conheça 5 mortíferas criações e seus finados criadores.
(Fonte: Wikimedia Commons)
Pioneiro na construção de automóveis e motocicletas, o norte-americano Sylvester H. Roper é uma lenda entre amantes da velocidade. Com muito talento em mecânica, aos 12 anos ele fez uma máquina a vapor sem nunca ter visto uma de perto e construiu um motor de locomotiva com apenas 14 anos.
Trabalhando em sua oficina em Boston, Roper desenvolveu um velocípede a vapor, considerado a primeira motocicleta da história. Ansioso para exibir sua invenção, Sylvester a levou até a pista de ciclismo do rio Charles, deu três voltas, atingiu 40 km/h e, na quarta volta, caiu, bateu a cabeça e morreu. O velocípede foi introduzido no Motorcycle Hall of Fame em 2002.
(Fonte: Wikimedia Commons)
As Cinco Punições é o nome que recebeu um conjunto de penalidades físicas impostas pelo sistema legal da China durante a era pré-moderna. Segundo historiadores da Universidade de Stanford, Li Si, chanceler do país por quatro décadas, teria criado o conjunto de punições.
Servidor leal de dois imperadores chineses, Li Si acabou sendo preso em 208 a.C., acusado de conspirar contra o sucessor do trono, Fusu. Condenado por traição, foi morto enquanto era punido com o uso do método por ele inventado.
(Fonte: Wikimedia Commons)
Ainda que fosse advogado, Horace Lawson Hunley era muito inventivo. Foi isso que o motivou a colocar seus talentos na construção de um submarino, que seria amplamente utilizado durante a Primeira Guerra Mundial. Os EUA enfrentavam a Guerra Civil e Hunley construiu um equipamento capaz de imergir, como forma de pegar os "ianques" desprevenidos.
No primeiro teste, cinco soldados morreram afogados. Horace não desistiu, melhorou o protótipo e, dias depois, conseguiu imergir e afundar um navio da União. Acontece que, no trajeto de retorno, o submarino afundou e toda a tripulação, incluindo Hunley, morreu.
O tcheco Karel Soucek foi um dublê sedento por adrenalina. Conhece a cena clássica do Pica Pau que um dos personagens desce as Cataratas do Niágara dentro de um barril? Então, Soucek fez isso, mas sobreviveu. Para o feito, ele desenvolveu uma cápsula acolchoada, que fazia às vezes de barril, e simplesmente se jogou. Feito atingido, partiu aposentadoria, certo?
Errado. Seis meses depois, Karel levou sua cápsula para outro desafio: despencar o topo do Astrodome, ginásio em Houston, direto em um tanque cheio de água. A queda não foi como planejada e, ainda que tenha sobrevivido ao impacto, morreu dias depois. Como homenagem, seu corpo descansa às margens das Cataratas do Niágara, do lado canadense.
(Fonte: Wikimedia Commons)
Marie Curie é uma das maiores cientistas de todos os tempos. A polonesa naturalizada francesa não foi apenas uma grande pesquisadora ou a primeira mulher a receber dois Prêmios Nobel. Em diferentes áreas, feito sem igual até hoje. Contudo, seu trabalho, que levou à descoberta dos elementos radioativos rádio e polônio também a matou.
Para desenvolver sua pesquisa, precisou ser exposta a cargas de radiações ionizantes por períodos prolongados. Até o início do século XX, pouco se sabia sobre os efeitos nocivos da exposição a substâncias radioativas. Ela adoeceu e, em 1934, com apenas 66 anos, acabou falecendo em decorrência de anemia aplástica.