Como as tradicionais três cores dos semáforos foram escolhidas?

Embora não pareça, existe uma boa explicação para as luzes do semáforo serem do jeito que são. Desde pequenos aprendemos que o vermelho significa parar, o verde representa segurança para avançar e o amarelo é o sinal da atenção. Porém, nunca nos ensinaram o motivo dessas serem as cores escolhidas para tal função.

Afinal, por que não optar por azul, rosa e laranja? São tantas opções cromáticas existentes no mundo que essa combinação parece ser somente aleatória. No entanto, todas essas escolhas possuem motivos históricos e nada disso está relacionado com padrões estéticos. Entenda mais sobre esse assunto nos próximos parágrafos!

Criação dos semáforos

(Fonte: Shutterstock)

Os primeiros semáforos surgiram nos Estados Unidos, devido ao aumento do número de viajantes nas estradas do país em 1920. Por conta da crescente preocupação com acidentes de carro, diversas cidades passaram a instalar as torres de tráfego para facilitar o fluxo em suas vias.

Cada torre era controlada por um grupo de policiais, que contavam com as luzes vermelhas, verdes e amarelas para indicar aos motoristas quando deveriam parar ou partir. O primeiro semáforo tricolor e quadridirecional surgiu das mãos de William Potts naquele ano, sendo instalado na cidade de Detroit, no estado de Michigan.

Porém, ainda havia muitos sistemas de semáforos e padrões diferentes em funcionamento espalhados pelos EUA. Como isso poderia causar confusão entre os motoristas, a Administração Rodoviária Federal decidiu criar o "Manual de Dispositivos de Controle de Tráfego Uniforme" em 1955, o que estabeleceu uma vez por todas o vermelho, o verde e o amarelo como as cores padrões.

A história por trás das cores

(Fonte: Shutterstock)

Antes mesmo dos sinais para automóveis existirem, é importante lembrar que os semáforos já eram usados para trens. No início, as empresas ferroviárias usavam o vermelho para significar pare, o branco para ir e o verde como cautela. No entanto, o branco trazia diversos problemas, uma vez que era facilmente confundido com o brilho das estrelas durante a noite.

Sendo assim, muitos condutores de trem pensavam que podiam avançar quando não deviam. Não demorou muito para que o verde virasse o padrão para avançar, visto que era facilmente distinguível das outras cores. Para substituir o branco, o amarelo então passou a significar cautela e assim tem sido desde então.

Esse é um padrão praticamente universal — exceto no Japão. A escolha do vermelho como a cor principal se deve por ser a cor com maior comprimento de onda, o que quer dizer que ela se difunde menos ao atravessar as moléculas de ar, podendo ser vista em maiores distâncias. Há quem diga, inclusive, que a escolha do vermelho também pode estar relacionada com a associação natural ao sangue, o que representaria perigo. 

Vale também destacar que, como o amarelo é uma cor que pode ser vista com mais facilidade independente do momento do dia, é comum que zonas escolares e alguns sinais de trânsito permaneçam usando ela para representar cautela na conduta do veículo.