Estilo de vida
07/01/2024 às 09:00•2 min de leitura
Você já ouviu falar em "exolangs"? Assim são chamadas as línguas "alienígenas", construídas por humanos que tentam imaginar como poderia ser a comunicação estabelecida por seres fora da Terra. Você talvez até conheça algumas das mais famosas, como o Klingon, usada na série Star Trek.
Mas saiba que há outros códigos linguísticos que você pode conhecer e aprender, caso sonhe em manter uma conversa com ETs. Neste texto, compartilhamos quatro deles.
(Fonte: Reprodução)
Jeffrey Henning é um sujeito que resolveu inventar "uma linguagem que violasse especificamente os universais linguísticos e nunca pudesse ser falada por um humano na prática”. Para isso, ele tirou inspiração de dois lugares: das calculadoras de notação pós-fixada e da linguagem de computador Forth (foi daí que ele bolou o nome Fith).
Ela pode ser traduzida pelos humanos de forma escrita, mas foi codificada de maneira que vai além das limitações da nossa memória. O Fith também pode ser combinado com sinais de mão que não pode ser replicado pelos humanos, já que os "Fithianos" seriam criaturas parecidas com marsupiais, que possuem dois polegares em cada mão.
(Fonte: Reprodução)
O Rikchik é um idioma inventado por Denis Moskowitz que seria falado pelos rikchiks, que são alienígenas verdes, com apenas um olho, que habitariam um planeta no sistema estelar de Alfa Centauri, próximo à Terra.
O curioso é que os rikchiks não escutam, mas têm 49 tentáculos, o que possibilitaria a eles se comunicar por meio de uma complexa linguagem gestual. De todos esses tentáculos, sete são usados como "braços", o que os tornaria capazes de compartilhar uma rica coleção de gestos.
Por conta disso, os humanos teriam uma impossibilidade irreversível de estabelecer uma comunicação por meio dessa linguagem. Além disso, diferente da nossa linguagem de sinais, que utiliza muito os movimentos das mãos e do corpo, os sinais de Rikchik são estáticos.
(Fonte: Reprodução)
Já a iljena é uma língua alienígena criada por Peter Bleackley com inspiração em outra exolang chamada Kelen. Enquanto a Kelen funcionava como uma linguagem sem verbos, a iljena foi pensada como uma língua em que cada substantivo funciona também como verbo.
Durante a Conferência de Criação de Linguagem de 2015, Bleackley afirmou que imagina os "Leyen", que seriam os alienígenas falantes dessa língua, como seres com “pêlos sensoriais - vibrissas por todo o corpo, semelhantes aos bigodes dos gatos”. Por conta disso, eles seriam hiperconscientes de mudanças sutis no fluxo de ar, o que impacta também a sua linguagem.
(Fonte: Reprodução)
O psicanalista austríaco Wolfgang John Weilgart imaginou uma linguagem a partir de uma visão que ele teve na infância, quando disse ter testemunhado a visita de um alienígena. Mais tarde, quando a propaganda nazista começou a usar slogans se comunicavam de forma inconsciente com a população, ele começou a resgatar o seu interesse pelo funcionamento das línguas.
Weilgart então quis imaginar uma linguagem tida como transparente, ou seja, que não passasse por certas inconsistências provocadas pelo conflito entre som e significado. Assim, na edição de 1958 da International Language Review, ele descreveu a UI, uma língua que, segundo ele, poderia ser aprendida em questão de horas por humanos e alienígenas.
O psicanalista então apelidou a UI de “a linguagem do espaço”. Ela é composta por 31 símbolos compostos por conceitos básicos que podem ser combinados para elaborar outros significados, tais como nossas letras do alfabeto. Mais tarde, Weilgart continuou explorando essa linguagem em dois livros: Cosmic Elements of Meaning, de 1975, e aUI: The Language of Space, de 1979.