3 vezes que bombeiros causaram desastres

31/05/2023 às 11:003 min de leitura

Desde o século II, a humanidade já tentava combater os incidentes que o fogo pode causar. Em Alexandria, no século III, um egípcio chamado Ctesibus construiu uma bomba manual básica que poderia esguichar um jato de água, mas sua invenção acabou se perdendo ao longo do tempo — e demorou praticamente até o ano de 1500 para ressurgir.

Depois de a antiga cidade de Roma quase ser totalmente destruída por conflagrações incontroláveis, foi criada a primeira brigada de incêndio da história, composta por 7 mil brigadistas pagos. Eles não só combateram incêndios como também serviram como uma espécie de polícia para impor punições corporais naqueles que violassem os códigos de prevenção de incêndios.

Há pelo menos 400 anos que a humanidade sofre ainda mais com incêndios catastróficos, que ganharam força entre os séculos XVII e XIX. Isso aconteceu devido às novas práticas no que diz respeito ao uso do fogo, a falta de controle na queima de carvão doméstico durante a Revolução Industrial, e o vertiginoso aumento da população nas cidades que se industrializavam.

Os bombeiros foram feitos para impedir que desastres acontecessem, mas nem sempre foi assim. Essas são as 3 vezes que bombeiros causaram desastres.

1. O Grande Incêndio de Vancouver (1886)

(Fonte: Vancouver is Awesome/Reprodução)(Fonte: Vancouver is Awesome/Reprodução)

A primeira brigada de incêndio de Vancouver, no Canadá, foi formada por cidadãos em 29 de maio de 1886 para tentar pôr um fim no reinado de incêndios que atingiam a cidade. Ironicamente, dois meses depois, a cidade inteira foi consumida pelas chamas em apenas 45 minutos.

A culpa? Dos bombeiros. Eles atearam fogo para limpar um terreno a oeste da cidade para que fosse construída uma nova estação de trem. O vento, no entanto, soprou as labaredas que saíram de controle e alcançaram os edifícios da cidade. A única coisa que os bombeiros fizeram foi avisar aos cidadãos para fugirem. Felizmente, muitos o fizeram, enquanto outros ficaram para trás para efetuar saques a mercados e lojas.

Estima-se que de 600 a 1 mil edifícios foram torrados pelo erro dos profissionais, que também não fizeram muita coisa para extinguir as chamas — até porque não meios para isso eles tinham.

2. A colisão de Boulder (1920)

(Fonte: Paterson Fire History/Reprodução)(Fonte: Paterson Fire History/Reprodução)

Até meados da década de 1920, a cidade de Boulder, no Colorado, Estados Unidos, teve equipes de bombeiros equipadas em cavalos e carroças responsáveis por carregá-los até os incêndios.

Portanto, quando o departamento de bombeiros ganhou o primeiro carro de bombeiro, foi uma novidade e tanta, sobretudo porque veículos motorizados naquela época eram, por si só, um fenômeno para a maioria das pessoas. 

Ninguém sabia como operá-los corretamente e isso ficou claro em 18 de março de 1920, quando um incêndio foi notificado na cidade e o primeiro caminhão de bombeiros disparou em direção ao local. O desespero para combater o fogo e a falta de traquejo com o novo veículo fez com que o automóvel se chocasse com um carro da polícia, que também seguia para o mesmo destino.

Lawrence P. Bass, chefe de polícia, após 21 anos em serviço, morreu no acidente. Ocupantes do carro de bombeiros também morreram na colisão, bem como as pessoas vitimadas pelo incêndio que nunca foi atendido pela única brigada da cidade.

3. A Roma de Crasso (53 a.C.)

(Fonte: Boca Grande Fire Department/Reprodução)(Fonte: Boca Grande Fire Department/Reprodução)

Quando surgiu a primeira brigada de bombeiros da história, criado por Marco Licínio Crasso, a corporação era totalmente aparelhada e não era feita para servir à sociedade. Além disso, todos os bombeiros eram escravos do romano.

Crasso ordenava que os bombeiros se oferecessem para comprar a propriedade em chamas de uma pessoa em vez de apagar o fogo. Se o proprietário recusasse a oferta inicial, eles ofereciam de novo, só que com um preço mais baixo, visto que a casa estava em chamas e perdia o seu valor a cada instante. Apenas se o proprietário concordasse com a oferta, o fogo era apagado.

O objetivo de Crasso era revender a terra ao proprietário ou para outra pessoa por muito mais do que havia pago. Foi assim que ele se tornou o homem mais rico da Roma Antiga.

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