Ciência
06/10/2023 às 09:00•2 min de leitura
Todos nós carregamos conosco uma série de crenças que supostamente nos ajudariam a sobreviver caso enfrentássemos certas situações limítrofes, como desastres naturais. Contudo, mal imaginamos que muitas dessas ideias estão erradas, e que é bem provável que, se as colocássemos em prática durante uma catástrofe, terminaríamos provavelmente mortos.
Abaixo, listamos 4 dessas crenças para você começar a esquecer agora mesmo.
(Fonte: GettyImages)
Por muitas décadas, circulou a ideia de que, caso ocorresse um terremoto, o lugar mais seguro para se ficar dentro de uma casa seria debaixo do batente de uma porta. Isso até já chegou a ser verdade, só que no passado, quando os materiais das portas e a arquitetura das casas eram muito mais resistentes. Hoje em dia, debaixo de um batente nessa situação vai expô-lo a riscos maiores de ferimentos.
Hoje, o protocolo padrão em casos de terremoto é conhecido como o método “drop, cover, and hold on”. Basicamente, a recomendação é: abaixe-se, cubra a cabeça e o pescoço e se arraste para um lugar que pareça mais protegido (como, por exemplo, embaixo de uma mesa), e fique lá até o socorro chegar. Esta é a forma mais segura de enfrentar esse tipo de situação.
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Quando você faz um corte superficial na pele, é bem provável que imediatamente corra para pegar água oxigenada ou álcool para desinfetar a ferida, certo? Se você tem esse hábito, pare agora. Hoje já sabemos que essas substâncias são muito agressivas à pele e podem irritar os tecidos e inclusive prejudicar na cicatrização.
O mais recomendado é limpar o local com água e sabão neutro. Só isso já é o suficiente para eliminar bactérias indesejadas. Depois que a região estiver higienizada, aplique um curativo.
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Certamente você já viu essa cena em um filme: alguém leva uma picada de cobra e imediatamente suga o local com a boca na tentativa de tirar o veneno antes que ele chegue na corrente sanguínea. Mas, mais uma vez, trata-se de um mito que pode ser muito prejudicial à saúde.
A razão é que a boca não é um órgão "sugador" eficiente para retirar a substância. Além disso, ela provavelmente vai levar mais bactérias na ferida, aumentando o risco de infecção.
Se você enfrentar esse tipo de situação, o mais recomendado é manter o membro afetado pela picada imobilizado e posicionado levemente abaixo do nível do coração. Isso reduz a chance de propagação de veneno no sistema linfático. Em seguida, procure o atendimento médico para receber o antídoto adequado.
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Ok, a neve é feita de água. Portanto, caso você fique preso numa nevasca, parece uma boa ideia comer a neve para aplacar a sede e hidratar o corpo, certo?
Acontece que essa não é uma boa ideia. Isto porque a neve é água congelada e, caso você a consuma, o seu corpo usará o calor interno para derretê-la, o que pode diminuir a temperatura corporal e até aumentar a desidratação. Quando se está em um ambiente frio, o ideal é tentar manter a temperatura corporal sempre na normalidade para ter melhores chances de sobrevivência.
Para além desse aspecto, vale lembrar que a neve não é composta por água limpa. Portanto, ela pode estar cheia de sujeiras e impurezas que irão causar problemas digestivos ou algo mais grave, tornando sua situação ainda pior. Em caso de necessidade de consumo dessa água, o mais desejado seria aquecer a neve para derretê-la e purificá-la antes de beber.