Estilo de vida
04/01/2024 às 06:30•2 min de leitura
Quem já levou um tombo ou bateu alguma parte do corpo em uma superfície dura — ou seja, todo mundo — sabe muito bem que provavelmente, de forma quase instantânea, um hematoma irá surgir naquele local. Em algumas pessoas de forma mais intensa, em outras nem tanto. E há também os hematomas que aparecem sem nenhuma causa aparente.
De acordo com o MedlinePlus, serviço online da Biblioteca Nacional de Medicina dos EUA, os hematomas são áreas de descoloração na pele, provocadas pelo acúmulo de sangue vazado dos vasos capilares danificados por algum tipo de lesão, trauma ou impacto.
Segundo a ferramenta médica, esse tipo de ocorrência, chamada de “contusão” no jargão clínico, ocorre quando o evento físico deixa a pele intacta, mas causa sangramento subcutâneo. A cor da pele começa então a mudar para uma tonalidade vermelho-azulada, passando depois para o azul, roxo, verde e amarelo à medida que o corpo reabsorve o sangue acumulado.
(Fonte: Getty Images)
O sangue adquire a sua cor característica principalmente da hemoglobina, a proteína que transporta oxigênio nos glóbulos vermelhos na corrente sanguínea. Quando leva esse elemento vital dos pulmões para o resto do corpo, o sangue assume o tom vermelho-brilhante da hemoglobina.
No entanto, quando a hemoglobina está transportando o CO2 nos glóbulos vermelhos que voltam dos tecidos para os pulmões, o sangue aparenta ser ligeiramente mais escuro ou arroxeado. Ao chegar nos pulmões, o gás resíduo do metabolismo celular é liberado dos glóbulos vermelhos e exalado pelos pulmões durante a respiração.
A limpeza do sangue vazado sob a pele durante a formação do hematoma é feita pelos macrófagos. Essas células do sistema imunológico devoram os restos de sangue coagulado e os glóbulos vermelhos rompidos, restaurando gradativamente a área afetada.
(Fonte: Getty Images)
Quando o sangue de vasos sanguíneos lesionados flui para os tecidos mais próximos da superfície da pele, a hemoglobina do sangue começa a perder oxigênio e a capturar dióxido de carbono. A própria proteína começa então a se decompor, formando inicialmente uma forma marrom-escura chamada metemoglobina, na qual o ferro presente oxida, apresentando pigmentos amarelos conhecidos como biliverdina e bilirrubina.
Dessa, o hematoma que, a princípio, aparece como vermelho ou roxo (porque o ferro presente na hemoglobina reage com o oxigênio do ar), logo vai mudando de cor em virtude do processo natural de cicatrização, e também pela forma como o sangue se decompõe aos poucos e é metabolizado e reabsorvido pelo corpo.
Na grande maioria dos casos, os hematomas não representam nenhum perigo em si e tendem a desaparecer espontaneamente entre duas semanas a um mês. No entanto, há algumas condições não causadas por lesões físicas ou traumas que demandam uma avaliação por um profissional de saúde. É o caso de pessoas com baixo nível de plaquetas (trombocitopenia), reações alérgicas e hematomas que afetam órgãos internos ou o fluxo sanguíneo.