Ciência
05/08/2018 às 04:00•3 min de leitura
Não pense que as cirurgias são algo recente, muito menos que esses procedimentos surgiram na Idade Média. Ao longo da História, os seres humanos lançaram mão de toda classe de artimanha para preservar a vida e tratar enfermidades. Para a nossa sorte, ao longo do tempo as técnicas foram sendo aperfeiçoadas, e hoje em dia o foco está no desenvolvimento da tecnologias e intervenções o menos invasivas possível.
A seguir você pode conferir uma breve história que mostra alguns marcos importantes — selecionados a partir de um artigo publicado pelo site NewScientist — na evolução das técnicas cirúrgicas:
Fonte da imagem: Reprodução/NewScientist
O crânio acima é um exemplo de muitos outros que foram encontrados em várias partes do mundo e que apresenta evidências de que a trepanação já era realizada desde a Pré-História. Esse procedimento consistia em perfurar o crânio, e provavelmente era realizado para tratar casos de enxaqueca e epilepsia, por exemplo, no intuito de "expulsar os maus espíritos" causadores do problema.
O espécime da foto foi descoberto na Palestina, mas a trepanação era uma prática comum em muitas culturas. E apesar do grande risco de infecção, pelo menos o dono do crânio acima sobreviveu durante um bom tempo depois do procedimento, o que pode ser comprovado pela presença de anéis que indicam que o osso voltou a crescer nas áreas perfuradas.
Fonte da imagem: Reprodução/NewScientist
A pintura da imagem acima foi descoberta no interior de uma tumba e é apenas mais um dos inúmeros registros sobre o conhecimento dos antigos egípcios sobre medicina. Na ilustração, um médico aparece tratando uma infecção ocular, mas em outros exemplos é possível ver procedimentos mais avançados, como uma reconstrução de nariz após um acidente. Plástica, gente!
Fonte da imagem: Reprodução/NewScientist
A cesárea é realizada desde a época da Roma Antiga, e até existe o mito de que Júlio César teria sido o primeiro bebê do mundo a nascer através desse procedimento. Acima você pode ver uma ilustração do final do século 16 feita por Scipione Mercurio que mostra um obstetra em atividade. Mercurio publicou um livro no qual recomendava a cirurgia para mulheres com pelve muito estreita, embora na época as chances de sobrevivência da mãe fossem mínimas.
Fonte da imagem: Reprodução/NewScientist
Apesar do abuso do álcool e de drogas como o ópio ser coisa de muitos e muitos séculos, as substâncias anestésicas só foram entrar em evidência mesmo no século 19, para o alívio de quem, até então, tinha que entrar na faca sem tomar nada! O desenho que você viu mostra o dentista norte-americano William Morton durante a primeira demonstração pública de um procedimento cirúrgico indolor realizado sob a ação do éter como anestésico.
Fonte da imagem: Reprodução/NewScientist
Com o avanço da medicina e dos equipamentos cirúrgicos, os médicos começaram a experimentar procedimentos até então inimagináveis envolvendo órgãos vitais. Uma operação que se tornou um marco na História foi o primeiro implante de coração artificial, realizada em 1960 pelo norte-americano Denton Cooley. A foto mostra o pioneiro observando uma equipe preparando a sala para mais uma dessas cirurgias.
Fonte da imagem: Reprodução/NewScientist
O surgimento dos endoscópios permitiu que os médicos desenvolvessem novas técnicas para que os cirurgiões operem através de incisões muito menores e menos invasivas, como é o caso dos procedimentos por videolaparoscopia. As cirurgias oftalmológicas com o uso de laser também são um bom exemplo disso, já que permitem que os cirurgiões possam corrigir imperfeições na córnea e até outros problemas com bastante precisão.
Fonte da imagem: Reprodução/NewScientist
Um avanço importante que está se popularizando são as intervenções robóticas, nas quais os cirurgiões nem sequer precisam estar no mesmo local que os pacientes. Aliás, os médicos podem operar até mesmo de outros países. Na imagem você pode ver o robô “da Vinci”, que já realizou vários tipos de procedimentos, como a histerectomia e cirurgias para a reparação de hérnias.
Fonte da imagem: Reprodução/NewScientist
Da forma como os procedimentos cerebrais eram realizados na Pré-História — como você viu no item 1 desta matéria — a como eles ocorrem hoje em dia, a diferença é absurda. Assim, longe de realizar perfurações enormes no crânio, uma técnica que ainda está em testes, mas vem ganhando espaço, faz uso da ultrassonografia em uma variedade de procedimentos, sem que seja necessário fazer nenhum corte sequer.
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E você, leitor, se lembra de outros marcos importantes ou interessantes para contar para a gente? Compartilhe nos comentários!
*Publicado originalmente em 10/01/2014.
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