Médicos podem ter eliminado HIV da corrente sanguínea de paciente infectado

04/10/2016 às 10:432 min de leitura

Há décadas que os cientistas vêm tentando encontrar formas eficazes de combater o HIV — ou vírus da imunodeficiência adquirida —, e diversos avanços consideráveis foram conquistados ao longo dos anos. Pois, de acordo com Sarah Knapton, do portal The Telegraph, agora médicos britânicos apresentaram uma importantíssima promessa de tratamento para os infectados.

Segundo Sarah, o time — composto por especialistas de cinco universidades diferentes — desenvolveu um novo tratamento e, aparentemente, parece ter eliminado o vírus da corrente sanguínea de um homem de 44 anos de idade portador do HIV. O paciente foi o primeiro de 50 pessoas submetidas à nova terapia no Reino Unido, e o resultado representa um grande passo no sentido de eliminar a doença do organismo dos doentes de uma vez por todas.

Guerra contra o HIV

O problema em combater o HIV, como você deve saber, é que o vírus tem como alvo o sistema imunológico, onde ele invade determinadas células — as T — e se incorpora ao seu DNA. Com isso, o patógeno não só consegue “se esconder” das defesas do organismo, como transforma essas células em fábricas reprodutoras de vírus.

Ele é sorrateiro

As terapias atuais para tratar os doentes — as antirretrovirais — agem nesse processo de reprodução viral, mas, infelizmente, os medicamentos não conseguem detectar as células T infectadas que estão dormentes e, portanto, não são capazes de eliminar a doença por completo.

O tratamento desenvolvido pelos médicos britânicos está focado em agir sobre todas as células do organismo, incluindo as células infectadas que permanecem dormentes, e está dividido em duas fases. Primeiro, os pacientes recebem uma vacina que ajuda o corpo a identificar as células portadoras do HIV e, então, combatê-las.

Depois, um novo medicamento chamado Varinostat é introduzido no organismo dos doentes e ativa as células T dormentes para que elas saiam de seu esconderijo e possam ser detectadas — e combatidas — pelo próprio sistema imunológico.

Paciente (aparentemente) curado

No caso do paciente britânico que passou pelo tratamento, ele não apresenta qualquer vestígio do vírus em sua corrente sanguínea. Entretanto, os médicos destacaram que o caso dele deverá ser acompanhado bem de perto de momento, já que existe a possibilidade de se tratar de um “falso negativo”.

Conforme explicaram, o organismo do homem ainda apresenta traços dos medicamentos da terapia antirretroviral, e isso pode dificultar a leitura dos resultados dos exames. Sendo assim, o paciente passará por uma nova bateria de exames dentro de alguns meses, quando seu organismo já tiver eliminado todos os vestígios dos medicamentos que ele tomava, para comprovar que o HIV foi mesmo eliminado de seu sistema.

Promessa de cura

Além disso, outras pessoas portadoras do vírus estão passando pelo mesmo tratamento promissor, e os resultados delas também servirão para confirmar a sua eficácia. Vale lembrar que, até onde se tem notícia, o único infectado pelo vírus HIV que comprovadamente se curou da doença foi o norte-americano Timothy Ray Brown, que, em 2006, passou por um transplante de medula óssea cujo doador era resistente ao vírus.

O tratamento aplicado — o transplante de células-tronco hematopoiéticas — fez com que as células do doador reconstruíssem seu sistema imunológico e seu organismo eliminasse o vírus. No entanto, essa terapia pode resultar em diversas complicações, sem falar na dificuldade de encontrar doadores compatíveis; portanto, ela não pode ser oferecida para todos os portadores do HIV. Assim, a torcida para que a nova opção funcione é muito, muito grande!

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