Ciência
17/02/2021 às 13:00•2 min de leitura
ATENÇÃO: esse texto pode trazer conteúdos sensíveis por abordar um caso real.
Entre os séculos XVI e XVII, a morte de mais de 650 camponesas aterrorizou a Hungria. Em tempos incertos, mulheres eram sequestradas e nunca mais retornavam para seus lares ou eram vistas por alguém.
Além disso, o sistema feudal priorizava os monarcas e dava mais atenção para a guerra entre católicos e protestantes, sem se importar com o desaparecimento de centenas, causado apor apenas uma nobre conhecida como a maior serial killer da história, Elizabeth Bathory.
Elizabeth nasceu em 1560, na cidade de Byrbathor, na Transilvânia (atual Hungria). Sua família era protestante e tinha muita influência na sociedade. Aos 15 anos de idade, ela casou com seu primo, príncipe Ferenc Nádasdy, que muitos historiades acreditam ter sido aquele que introduziu a mulher aos hábitos violentos.
Seu marido passava muito tempo fora de casa em batalhas, então coube à jovem assumir o controle de suas propriedades. Não demorou muito para que os primeiros rumores de sua crueldade surgissem, com servos sendo punidos severamente por seus erros.
Porém, o ápice dos crimes de Bathory teriam começado aos 40 anos de idade, quando ela passou a atrair jovens camponesas virgens para seu castelo com a promessa de emprego. Porém, cenas verdadeiramente horrorosas aconteciam por trás dos muros.
Segundo documentos históricos, as sessões de tortura cometidas por ela incluíam dedos cortados, espancamentos, mãos queimadas e banhos extremamente gelados em dias ainda mais frios. Quando as jovens morriam – de fome, dor ou congeladas – a Elizabeth então se banhava em seu sangue, acreditando que o ato retardaria o envelhecimento, ato responsável pelo seu apelido de Condessa Sangrenta.
As mortes de 650 camponesas foram atribuídas em seu nome, sendo o maior número creditado a uma mulher na história. O horror acabou apenas quando o rei Matias II designou o Palatino da Hungria para comandar a investigação, que reuniu 300 testemunhos de nobres, servos, padres e possíveis cúmplices do crime.
Por mais que o rei Matias tenha sugerido a pena de morte, a linhagem nobre de Elizabeth garantiu apenas a sentença de prisão perpétua em seu próprio castelo, enquanto seus cúmplices foram queimados na fogueira. Porém, Elizabeth morreu em 1614, devido aos problemas de seu confinamento, que não era mais do que um buraco na parede com apenas espaço para ventilação e passagem de alimentos. Até hoje, não se sabe onde seu corpo foi sepultado.