Ciência
25/06/2021 às 06:30•2 min de leitura
Naquela fatídica manhã de 22 de novembro de 1963, às 12h30, uma multidão se aglomerou no Dealey Plaza, no centro de Dallas (Texas, EUA) para recepcionar o presidente John F. Kennedy em sua limusine, mal sabendo que presenciaram o triste e emblemático assassinato do chefe de Estado.
Quando o segundo tiro de Lee Harvey Oswald atravessou a garganta de Kennedy, o terror se instaurou, e tudo o que o mundo conseguiu prestar atenção nas imagens capturadas por Abraham Zapruder foi o assassinato em público do presidente.
No entanto, só quando diminuiu o interessa pela cena principal da gravação, que os investigadores identificaram a figura de um homem abrindo um grande guarda-chuva preto e o balançando em direção ao céu em meio ao mar de lenços, mãos e chapéus que eram acenados para o presidente
(Fonte: The New York Times/Reprodução)
Observaram que o 'Umbrella Man' ("Homem de guarda-chuva") ergueu o objeto no momento em que o carro de Kennedy passou, e pareceu balancá-lo no sentido horário, como se sinalizasse algo. Por coincidência, ou não, o movimento coincidiu perfeitamente com os tiros disparados contra o presidente.
Após o caos, o indivíduo foi visto sentado na grama ao lado de outro homem, antes de se levantar calmamente e caminhar em direção ao Texas School Book Depository, de onde Lee Harvey Oswald havia realizado os disparos.
Assim que os investigadores do Comitê de Assassinatos da Câmara dos Estados Unidos teve conhecimento da filmagem do 'Umbrella Man', eles apelaram ao público por informações sobre o homem.
Ao longo de 15 anos, a mídia só fomentou as teorias que surgiram ao redor do indivíduo desconhecido, sempre sendo associado como um comparsa do assassino – embora o próprio Lee Harvey Oswald tivesse negado que soubesse quem era.
(Fonte: Pinterest/Reprodução)
A resposta concreta só veio em 1978, quando um homem chamado Louie Steven Witt se apresentou como sendo o 'Umbrella Man', afirmando até que ainda tinha o objeto guardado.
Witt revelou que usou o guarda-chuva apenas para irritar Kennedy, visto que o pai do presidente apoiava o Primeiro-ministro britânico Neville Chamberlain, que operou como um apaziguador entre as tensões com Adolf Hitler.
Quem se opôs ao seu comportamento começou a zombar de Chamberlain usando guarda-chuvas – item que era sua marca registrada. Ao longo da década de 1930 e 1940, o objeto foi usado como protesto, e Witt esperava que Kennedy tivesse reconhecido seu simbolismo, visto que um amigo dele alegou que o guarda-chuva irritava o homem.
“Se o Guinness Book tivesse uma categoria para pessoas que estavam no lugar errado na hora errada, fazendo a coisa errada, eu estaria em primeiro lugar”, disse Witt em seu depoimento para as autoridades após anos temendo ser incriminado.