
Estilo de vida
15/09/2016 às 08:49•1 min de leitura
Pessoas são singulares e diferentes umas das outras, não há dúvida, mas algumas são muito mais intensas e, quando alguma coisa negativa acontece, se desesperam, choram, sofrem; quando algo bom toma conta, saem saltitando pelo mundo – por outro lado, há quem reaja de maneira mais comedida. Por que será?
Um novo estudo sugere que essa diferença de reação emocional pode ter a ver com questões genéticas. Para isso, foram realizados testes que avaliam o processamento de emoções dentro do cérebro, o que pode explicar por que algumas pessoas são mais suscetíveis ao estresse pós-traumático, por exemplo.
“As pessoas realmente veem o mundo de forma diferente. Para as que têm essa variação genética, as coisas emocionalmente relevantes no mundo se destacam muito mais”, explicou a professora Rebecca Todd, responsável pelo estudo, em declaração publicada no Psy Blog.
O gene estudado é o ADRA2b, responsável pela regulação do neurotransmissor norepinefrina. Segundo outro líder pela pesquisa, o professor Adam Anderson, as emoções não são processadas puramente da maneira como acontecem, mas sim influenciadas também pela maneira como o cérebro as percebem.
Anderson explica que isso nos mostra que nossos genes realmente interferem na forma como enxergamos os aspectos positivos e negativos da vida, e que algumas pessoas tendem a ver experiências ruins como grandes ameaças.
Todd explica que, apesar de parecer ruim ter respostas mais intensas às emoções, a verdade é que isso pode ter seu lado positivo também, já que essa variação genética ajuda as pessoas que reagem com mais emoção a perceberem o que é, de fato, relevante no mundo. Ela cita Marcel Proust como exemplo de pessoa altamente sensível que transformou o que sentia em criatividade e produção literária de excelente qualidade. Agora nos conte: você se encaixa em qual tipo de pessoa?