Ecogastronomia: alimentação saudável e consciente

06/12/2011 às 14:584 min de leitura

Ser sustentável está na moda, não é mesmo? Ter consciência ambiental e zelar pelo planeta e seus recursos naturais é um discurso que tem feito parte das mais diversas áreas da sociedade. A sustentabilidade abriu os olhos de pessoas e empresas para a mudança de hábitos prejudiciais ao planeta e para o desenvolvimento e compartilhamento de boas ideias que nos ajudem a crescer junto com o mundo.

Desde que esse assunto começou a ganhar destaque, já vimos projetos de casas, móveis, roupas e cosméticos que passaram a trazer o selo de sustentabilidade. Mas em algum momento você pensou que a nossa alimentação também poderia levar em consideração esses conceitos para melhorar nossa saúde e preservar o planeta?

No meio desse turbilhão de informações, tem surgido um movimento que preza pela busca de uma alimentação saudável, com a crença de que através da mudança nos hábitos alimentares é possível viver de maneira mais saudável e ainda ajudar o planeta.

Slow food

Planejar uma alimentação balanceada e mantê-la diariamente é um privilégio de poucos. Na correria do dia a dia, é muito fácil comermos alimentos calóricos, gordurosos e nada saudáveis. Nessas horas, o famoso fast food acaba sendo a alternativa mais prática. Mas sabemos que os alimentos vendidos por grandes redes de restaurantes no mundo todo não garantem uma alimentação adequada com hábitos saudáveis.


Na contramão dessa cultura moderna da alimentação rápida – em que todo o processo, desde o crescimento dos vegetais, o desenvolvimento dos animais e até o preparo dos pratos acontece em um tempo recorde graças ao uso de hormônios e agrotóxicos maléficos à saúde humana e ao meio ambiente –, existe uma nova corrente que pretende prezar pelo acontecimento natural das coisas: a slow food.

O novo movimento tem como palavra de ordem a ecogastronomia e ganha cada vez mais adeptos. Mas você já ouviu falar nisso? Os ecogastrônomos e os entusiastas da ideia defendem o uso de ingredientes frescos, cultivados sem quaisquer agrotóxicos, com o objetivo de valorizar os sabores dos alimentos locais sem abrir mão de fatores importantes como a conscientização ambiental, a responsabilidade social, a biodiversidade agrícola e a sustentabilidade.


A dieta ecogastronômica

Existem três adjetivos que definem de maneira simples o ideal de um alimento que esteja de acordo com os princípios da ecogastronomia: bom, limpo e justo.

Bom significa fresco, saboroso, sazonal e com capacidade para estimular os sentidos. Os adeptos da slow food acreditam que a busca pelo prazer deve estar aliada à nossa alimentação. Portanto, tudo o que consumimos deve ter qualidade, boa procedência e permitir o encontro com o prazer da boa culinária.

Limpo aponta diretamente para os meios de produção de carnes, frutas, vegetais e derivados. O cultivo e a criação devem respeitar a natureza, preservar o ecossistema e o meio ambiente. É fundamental que o processo não prejudique a saúde da terra nem a do homem.

Justo é o adjetivo que vai lidar com as relações de comércio. As condições e o pagamento devem ser benéficas para todos os envolvidos no processo. Produtores, comerciantes e consumidores precisam estar em acordo com a justiça social.

Esses três princípios resumem ainda outras características importantes para a ecogastronomia: a valorização e recuperação da culinária regional, o interesse pessoal na própria alimentação, a preservação de espécies vegetais e animais em risco de extinção e o impacto que a mudança de hábitos alimentares pode causar no mundo.


Bom para você, bom para o planeta

Além de ser uma alternativa balanceada e amiga do planeta, a ecogastronomia ainda proporciona um emagrecimento saudável.

Basicamente, uma dieta que siga os princípios da ecogastronomia deve ser baseada no consumo de alimentos frescos e preferencialmente de origem orgânica. Uma alimentação desse tipo é rica em cores e texturas e pode explorar os sabores locais e sazonais para criar pratos saborosos.

Ao optar por esse tipo de dieta, é natural que o consumo de gorduras, açúcares e sais diminua consideravelmente, permitindo que o emagrecimento aconteça de maneira natural e totalmente balanceada.


Passos simples para ter uma alimentação consciente

A ecogastronomia não pretende ser uma grande revolução na dieta de cada um de nós. Ela propõe apenas um processo de conscientização e um novo olhar para a relação que temos com a nossa alimentação.

Por esse motivo, é bastante simples aderir a uma alimentação consciente. Já existem restaurantes e lojas especializados em fornecem produtos que atendam aos princípios desse tipo de alimentação. No entanto, você pode conferir algumas dicas práticas para fazer em casa e aproveitar os benefícios da ecogastronomia:

  • Cultive algumas plantinhas em casa. Temperos são ideais para quem possui um espaço limitado, pois podem ser colocados em pequenos vasinhos. Se você dispuser de um jardim, aproveite para cultivar pequenas hortaliças. Ao ter plantinhas frescas e sem agrotóxico no seu próprio quintal, sua alimentação pode ficar ainda mais diversificada e saborosa;

  • Carnes, frutas, vegetais e derivados orgânicos são cultivados de maneira mais saudável, que dispensa o uso de agrotóxicos, fertilizantes e pesticidas, além de preservar o meio ambiente. Sempre que possível, dê preferência a esses alimentos;
  • Cada estação do ano revela uma grande variedade de alimentos diferentes. Outro fator que influencia na variedade é a região em que vivemos. Aproveite esses dois fatores para incluir na sua dieta frutas e vegetais produzidos na sua região. Ao comprar esses produtos, você ajuda a preservar a cultura local e ainda gasta menos, pois eles costumam ser mais baratos;
  • A criação de bovinos é um dos processos que mais colabora para o efeito estufa. Uma alimentação baseada em hortaliças, frutas, grãos e cereais é mais saudável para você e para o planeta. Quando quiser consumir algum tipo de carne, lembre-se de procurar as versões orgânicas dos produtos;
  • Prefira os alimentos frescos, que são muito mais saudáveis do que os industrializados. Além disso, o processo de industrialização encarece o produto. Ainda devemos levar em consideração a quantidade de conservantes e outras substâncias químicas adicionadas aos alimentos para que durem mais tempo. Lembre-se também de que as fábricas consomem grandes quantidades de energia e geram muito mais lixo durante a industrialização;

  • Sempre que possível, programe seu cardápio semanal. Com um planejamento antecipado e uma lista de compras, você consegue encontrar versões frescas e saudáveis de todos os ingredientes que precisa e ainda evita o desperdício de alimentos;
  • Experimente na cozinha. Faça combinações inusitadas e busque o prazer na alimentação – desde o preparo até a degustação. Divirta-se enquanto prepara os alimentos e prove sabores únicos criados por você.
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