História e ciência derrubam o mito das oito horas de sono

27/02/2012 às 07:192 min de leitura

Você sabe quantas horas deve dormir por noite? Normalmente, a recomendação é de oito horas, de preferência ininterruptas, certo? Mas você sabia que nem sempre foi assim?

O historiador norte-americano Roger Ekrich, depois de 16 anos pesquisando documentos e referências históricas que remontam desde a antiguidade, apresentou um trabalho onde afirma que as pessoas costumavam dividir suas noites de sono em dois períodos de quatro horas.

De acordo com os documentos que Ekrich encontrou — mais de 500 —, ele descobriu que o normal era de que as pessoas se deitassem duas horas após o pôr do sol. Depois de quatro horas, se despertavam, saiam para caminhar ou realizavam qualquer atividade durante uma ou duas horas, voltando a dormir por mais quatro horas, em um padrão de sono dividido em dois turnos.

O que mais surpreendeu o historiador não foi o enorme número de referências a este padrão de sono, mas o fato de ser mencionado como algo absolutamente normal, como se essa fosse a maneira que todos dormiam.

Descanso entre os sonos

Durante o intervalo entre os turnos de sono, as pessoas costumavam ser muito ativas: era durante esse período que se levantavam para ir ao banheiro, fumar e até mesmo visitar os vizinhos; muitos permaneciam em suas camas lendo, conversando ou fazendo... Coisas mais interessantes com seus parceiros.

O sexo durante esse intervalo, inclusive, era uma recomendação médica. Um manual do século 16 aconselhava os casais a praticarem sexo durante esse tempo, pois estariam mais descansados das atividades cotidianas, e ainda teriam tempo para descansar depois do ato.

Fim do intervalo

Você já percebeu que muitos de nós temos problemas de sono, acordando várias vezes durante a noite? Os cientistas sugerem que isso poderia estar relacionado ao novo padrão de sono imposto de oito horas ininterruptas, que seria antinatural. E mais: eles também sugerem que este padrão que nos foi forçado pode inclusive estar interferindo na capacidade natural que os humanos têm de regular o estresse.

Antigamente, as pessoas utilizavam o intervalo entre os sonos para meditar e relaxar e, de acordo com os especialistas, não é uma surpresa que os níveis de estresse, ansiedade, depressão, alcoolismo e abuso de drogas tenham aumentado tanto na vida moderna.

Portanto, se você é daqueles que se despertam no meio da noite, não se desespere. Tente encarar o sono como os nossos ancestrais, relaxando ou meditando um pouco. Quem sabe essa não seja mesmo a melhor forma de descansar.

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