Imagem de Kumaris: as meninas adoradas como deusas vivas no Nepal no megacurioso

No vale de Katmandu, as jovens garotas newari são chamadas de kumaris e adoradas como divindades onipotentes

Devido a um terremoto em 2015 que derrubou grande parte da hist&oacute;ria da Pra&ccedil;a Durbar, em Katmandu, diversos templos e pal&aacute;cios que serviam como uma vitrine religiosa do <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/109477-gosta-de-caes-no-nepal-existe-um-festival-dedicado-a-adora-los.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Nepal</a> foram reduzidos a ru&iacute;nas. No entanto, em meio aos destro&ccedil;os, uma estrutura permaneceu intacta: a casa da deusa viva da cidade.
N&oacute;s estamos falando da divindade infantil nepalesa, a Kumari Devi, uma jovem bonita e pomposa que &eacute; capaz de trazer boa sorte atrav&eacute;s de um simples olhar. O curioso dessa hist&oacute;ria, no entanto, &eacute; que algumas das meninas nascidas em Katmandu s&atilde;o adoradas pela popula&ccedil;&atilde;o local como se fossem um reflexo vivo dessa divindade. Entenda mais sobre essa hist&oacute;ria nos pr&oacute;ximos par&aacute;grafos!
<h2>Origem das Kumaris</h2>
<span data-fonte=" Paula Bronstein/Getty Images" data-fonte-url="https://www.gettyimages.com.br/detail/foto-jornalistica/kumari-devi-preeti-shakya-8-years-old-is-carried-foto-jornalistica/73626348" class="img-fc"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/06/14/paula-bronstein-getty-images-14152859856272.jpg" alt="Paula Bronstein/Getty Images" />(Fonte: Paula Bronstein/Getty Images)
Segundo a lenda local, as Kumaris s&atilde;o provenientes da comunidade de Newar, conhecidos por serem os habitantes originais do vale de Katmandu. A regi&atilde;o &eacute; conhecida por cumprir um papel vital na vida cotidiana de planetas, karma e uma s&eacute;rie de deuses existentes nas cren&ccedil;as do Nepal.
A Kumari faz parte de uma fam&iacute;lia budista que adota o sistema de castas hindu e incorpora harmonia em suas rela&ccedil;&otilde;es, sem discriminar os outros. Acredita-se que Kumari seja a encarna&ccedil;&atilde;o da tem&iacute;vel deusa hindu Durga, que antigamente teria entrado em contato com o rei da dinastia Malla para que ele encontrasse uma crian&ccedil;a da casta Shakya e a adorasse como a deusa era adorada.&nbsp;
Assim, com o passar dos anos, novas meninas s&atilde;o escolhidas para exercer a representa&ccedil;&atilde;o de Durga como Kumari. Tradicionalmente, existem simultaneamente tr&ecirc;s Kumaris no Nepal, radicadas nas cidades de Patan, Bhaktapur e Katmandu. Apesar das novas Kumaris nunca terem se pronunciado publicamente, a &uacute;ltima a falar sobre a responsabilidade do cargo foi Chanira Bajracharya.&nbsp;
A jovem de 19 anos tinha apenas 5 quando recebeu o t&iacute;tulo. Quando uma Kumari atinge a puberdade, ela deve abandonar sua posi&ccedil;&atilde;o e retornar &agrave;s fileiras dos meros mortais, abrindo espa&ccedil;o para que uma nova crian&ccedil;a seja adorada como <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/121594-7-deusas-gregas-vitimas-de-machismo-e-misoginia.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">deusa</a>.
<h2>Vida de adora&ccedil;&atilde;o</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/06/14/14031117087006.jpg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons)" />(Fonte: Wikimedia Commons)
Segundo a religi&atilde;o <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/123563-sokushinbutsu-a-antiga-pratica-budista-da-automumificacao.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">budista</a>, toda Kumari pode receber a for&ccedil;a invis&iacute;vel da Deusa Viva, que &eacute; apenas vista por sacerdotes. Em entrevistas concedidas no passado, Chanira Bajracharya, cuja tia tamb&eacute;m foi uma Kumari, afirmou ter sentido uma for&ccedil;a curiosa quando a deusa estava presente nela.
"Sinto calor e meu corpo fica quente. &Eacute; uma sensa&ccedil;&atilde;o muito agrad&aacute;vel", relatou a jovem. Ela ainda destacou que, quando o poder da deusa estava sobre seu corpo, ela "entendia e podia conceder os desejos das pessoas". Em momentos de raiva, no entanto, ela poderia recusar as ora&ccedil;&otilde;es.
"Meu comportamento n&atilde;o est&aacute; sob meu controle. H&aacute; algu&eacute;m supremo sobre mim que me faz ouvir suas ora&ccedil;&otilde;es ou simplesmente ignor&aacute;-las", conta. A passagem de Bajracharya como uma deusa viva terminou quando ela atingiu a puberdade aos 15 anos, momento em que seus poderes foram transferidos para outra garota.
Antes da monarquia do Nepal ser abolida em 2008, era comum que os reis buscassem a ben&ccedil;&atilde;o das Kumaris. Contudo, essa tradi&ccedil;&atilde;o era t&atilde;o forte na regi&atilde;o que, mais tarde, o presidente do pa&iacute;s tamb&eacute;m passou a curvar-se diante das jovens. Logo, n&atilde;o &eacute; de se surpreender que a deusa viva sinta-se "suprema" entre os nepaleses.

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Kumaris: as meninas adoradas como deusas vivas no Nepal

Imagem de 4 maldições e pragas assustadoras escondidas em hieróglifos no megacurioso

Alguns túmulos egípcios carregam mensagens bem apavorantes

Os hier&oacute;glifos eram a escrita sagrada utilizada pelos antigos eg&iacute;pcios, empregadas por eles geralmente por motivos <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/124877-6-religioes-que-sao-consideradas-proibidas-ou-ilegais-ao-redor-do-mundo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">religiosos</a>. Criados por volta de 3200 a.C., est&atilde;o entre os primeiros sistemas de escrita conhecidos no mundo.
Esses s&iacute;mbolos eram usados especialmente para adornar as paredes dos templos e dos t&uacute;mulos, j&aacute; que os eg&iacute;pcios estavam sempre se preparando para a morte. Por serem muito complexos, os hier&oacute;glifos acabavam reservados apenas para a elite, que era formada por escribas e sacerdotes.
Muitos estudiosos se debru&ccedil;am at&eacute; hoje sobre estes misteriosos <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/124613-os-4-mais-enigmaticos-textos-hieroglificos-ja-descobertos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">hier&oacute;glifos</a>, que come&ccedil;aram a ser desvendados a partir do s&eacute;culo XIX pelo estudioso franc&ecirc;s Jean-Fran&ccedil;ois Champollion. A partir da&iacute;, descobriram-se mensagens bastante curiosas e apavorantes, incluindo maldi&ccedil;&otilde;es e advert&ecirc;ncias. Compartilhamos aqui quatro delas!
<h2>1. Maldi&ccedil;&atilde;o da tumba de Amenhotep</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/06/14/wikimedia-commons-14151242159251.jpg" alt="Wikimedia Commons" />(Fonte: Wikimedia Commons)
Na tumba do fara&oacute; Amenhotep, encontrada no Vale dos Reis, foi encontrada uma inscri&ccedil;&atilde;o assustadora que visa afastar os invasores para n&atilde;o perturbarem o sono eterno do monarca.
A inscri&ccedil;&atilde;o diz que quem tentar roubar aquela tumba sofrer&aacute; puni&ccedil;&otilde;es terr&iacute;veis: vai perder sua riqueza terrena, se afogar no mar, ser&aacute; queimado em uma fornalha, n&atilde;o ter&aacute; descendentes nem <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/106228-8-historias-de-funerais-que-vao-te-emocionar.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">funeral</a> e, por fim, vai morrer de fome. E, para completar, ap&oacute;s a morte, os ossos da pessoa ir&atilde;o se perder &ndash; o que significava uma vida ap&oacute;s a morte bem ruim, na tradi&ccedil;&atilde;o eg&iacute;pcia.
<h2>2. As mastabas de Saqqara</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/06/13/13093106707030.jpg" alt="(Fonte: Flickr)" />(Fonte: <a rel="author" href="https://www.flickr.com/photos/sergio_zeiger/" class="owner-name truncate" title="V&aacute; para a galeria de Sergio Zeiger" data-track="attributionNameClick" id="yui_3_16_0_1_1686766411091_1801">Sergio Zeiger</a>/Flickr/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
Embora as <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/124406-como-eram-as-piramides-do-egito-quando-foram-construidas.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">pir&acirc;mides</a> eg&iacute;pcias tenham ficado muito famosas, esse povo tamb&eacute;m construiu um outro tipo de t&uacute;mulo chamado de mastaba. Essa constru&ccedil;&atilde;o tinha um formato mais parecido com a figura do trap&eacute;zio, com teto plano.
Em Saqqara, foram encontrados mais de 160 <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/113712-piramide-de-djoser-a-mais-larga-e-mais-antiga-piramide-do-egito.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">mastabas</a> abrigando corpos embalsamados. Em alguns deles, hier&oacute;glifos coloridos emitiam avisos para as pessoas que talvez quisessem praticar furtos.
Essas advert&ecirc;ncias categorizam os ladr&otilde;es de t&uacute;mulos como "pessoas impuras" que ser&atilde;o castigadas pelos deuses. Na mastaba de Khentika Ikhekhi, por exemplo, h&aacute; uma inscri&ccedil;&atilde;o que diz: &ldquo;quanto a todos os homens que entrarem impuros neste meu t&uacute;mulo, agarrarei seu pesco&ccedil;o como um p&aacute;ssaro&rdquo;.&nbsp;
<h2>3. Os textos de execra&ccedil;&atilde;o</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/06/13/13094053547034.jpg" alt="(Fonte: Wikipedia)" />(Fonte: Wikimedia Commons)
Os textos de execra&ccedil;&atilde;o compreendem inscri&ccedil;&otilde;es de car&aacute;ter m&aacute;gico encontradas em recept&aacute;culos de cer&acirc;mica e argila, e cujo objetivo era eliminar pessoas consideradas inimigas.&nbsp;
Para que a maldi&ccedil;&atilde;o funcionasse, o objeto tinha que ser partido durante uma cerim&ocirc;nia em que o fara&oacute; e sua mulher estivessem presentes. Em alguns lugares do Egito, foram encontrados mais de 350 fragmentos de cer&acirc;mica ligados a essa tradi&ccedil;&atilde;o. Essas figuras muitas vezes mostravam pessoas sem bra&ccedil;os ou com os bra&ccedil;os atados nas costas.
Diferente das maldi&ccedil;&otilde;es inscritas em tumbas, esses textos se direcionavam a grupos espec&iacute;ficos, como vizinhos estrangeiros e inimigos do estado. Os antigos eg&iacute;pcios escreviam os nomes dos inimigos e uma praga nesses itens, e os enterravam em peda&ccedil;os.
Nesses fragmentos j&aacute; foram encontradas mensagens como "mat&aacute;-lo como uma faca" e "feri-lo como uma lan&ccedil;a", manifestando o desejo de uma morte cruel para as pessoas mencionadas.
<h2>4. A tumba de Ankhmahor</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/06/14/kairoinfo4u-flickr-reproducao-14151802937252.jpg" alt="kairoinfo4u/Flickr/Reprodu&ccedil;&atilde;o" />(Fonte: kairoinfo4u/Flickr/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
Ankhmahor foi um m&eacute;dico no antigo Egito, e sua tumba ficou famosa por ilustrar v&aacute;rios procedimentos m&eacute;dicos, incluindo uma <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/124394-circuncisao-por-que-os-judeus-ainda-fazem-e-os-cristaos-nao.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">circuncis&atilde;o</a>. Mas ela tamb&eacute;m carrega amea&ccedil;as para quem ousar invadir o espa&ccedil;o desse doutor.
Uma inscri&ccedil;&atilde;o diz: &ldquo;quanto ao que algu&eacute;m pode fazer contra esta minha tumba, o mesmo ser&aacute; feito com sua propriedade. Eu sou um excelente sacerdote, conhecedor de feiti&ccedil;os secretos e de todas as formas de magia, e quanto a qualquer um que entrar em minha tumba, impuro ou que n&atilde;o se purifique, eu o agarrarei como um ganso e o encherei de medo ao ver fantasmas na terra". Conv&eacute;m passar longe desse local caso um dia voc&ecirc; esteja no Egito.

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4 maldições e pragas assustadoras escondidas em hieróglifos

Imagem de Castelo Itter: a batalha que uniu alemães e americanos contra nazistas no megacurioso

Não é para menos que este é considerado o conflito mais estranho da Segunda Guerra Mundial

<head></head><body>As agruras do resultado das duas Grandes Guerras do século XX construíram um histórico de rivalidade que persiste entre algumas nações que se enfrentaram e se destruíram entre 1914 e 1945.Em um período tão violento como foi a <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/119905-como-teria-sido-o-mundo-sem-a-primeira-guerra-mundial.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Primeira Guerra Mundial</a>, que feriu e matou mais de 25 milhões de pessoas em 3 anos de duração, o cessar-fogo é algo improvável quando nenhum dos lados ergue sua bandeira da paz. Por isso houve um espanto quando os soldados alemães emergiram de suas trincheiras, em 24 de dezembro de 1914, e cruzaram o campo de batalha em direção ao território das tropas aliadas.Esse episódio ficou conhecido como <a href="https://www.megacurioso.com.br/misterios/118414-a-tregua-de-natal-de-1914-quando-a-primeira-guerra-mundial-parou.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">A Trégua de Natal</a>, quando os soldados deixaram de lado desavenças para celebrar a data sagrada, como se não existisse guerra.&nbsp;Já durante a Segunda Guerra Mundial, alemães e americanos lutaram juntos contra os nazistas na Batalha pelo Castelo Itter&nbsp;—&nbsp;um dos conflitos mais estranhos da História.<h2>Um grito de socorro</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/06/14/14135344715192.jpg" alt="Heinrich Himmler. (Fonte: GettyImages/Reprodução)">Heinrich Himmler. (Fonte: GettyImages/Reprodução)O Castelo Itter, uma construção do século XIX localizada no Tirol do Norte, Áustria, foi transformada em uma prisão em 25 de abril de 1943 por <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/121500-hitler-tinha-planos-de-aniquilar-a-etnia-polonesa-em-ate-20-anos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Heinrich Himmler</a>. O intuito era encarcerar membros da elite política e cultural da França. Colocado sob a administração do campo de concentração de Dachau, o castelo abrigou nomes como François de La Rocque, líder de direita e membro da resistência francesa; e Édouard Daladier e Paul Reunaud, ambos ex-primeiros-ministros.Além desses "VIPs", o castelo também abrigou vários prisioneiros do Leste Europeu destacados de Dachau, que foram usados para manutenção e outros trabalhos braçais no local.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/06/14/14135523383193.jpg" alt="(Fonte: The Unravel/Reprodução)">(Fonte: The Unravel/Reprodução)Conforme se aproximaram os últimos dias do Teatro Europeu da Segunda Guerra Mundial, marcado pela derrocada do nazismo de Adolf Hitler, grande parte da Áustria foi liberta do poder do Terceiro Reich. O Castelo Itter, porém, teria permanecido uma cadeia se um prisioneiro iugoslavo e um cozinheiro tcheco não escapassem e buscassem ajuda aliada para libertar o resto dos cativos.Eles encontraram o ex-major da Wehrmacht, Josef Gangl, que havia abandonado seu posto para trabalhar com a Resistência Austríaca contra as tropas itinerantes da Waffen SS.<h2>Um futuro incerto</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/06/14/14135905116194.jpg" alt="Josef Gangl. (Fonte: Wikipedia/Reprodução)">Josef Gangl. (Fonte: Wikipedia/Reprodução)Mas Gangl percebeu que não podia proteger os prisioneiros com apenas 20 soldados leais a sua disposição naquele momento. Portanto, ele hasteou uma grande bandeira branca e se encontrou com a unidade americana mais próxima, o 23º Batalhão de Tanques da 12ª Divisão Blindada dos EUA, liderado pelo capitão Jack Lee. Foi ele quem se ofereceu para liderar a missão de resgate ao castelo.O conflito se formou na madrugada de 5 de maio de 1945, quando um pequeno grupo de americanos, acompanhado por Gangl e alguns de seus homens, dirigiu-se a Itter e foram atacados pelos soldados da SS, que explodiram o tanque americano.Josef Gangl foi morto por um franco-atirador nazista antes mesmo que saraivadas de tiros de metralhadora impregnassem o céu noturno por horas até que os americanos e alemães vencessem.Cerca de 100 homens da SS foram feitos de prisioneiros e levados em caminhões. Se eles tivessem conseguido invadir o castelo antes que os americanos, a história da França do pós-guerra teria sido radicalmente diferente, sobretudo porque aqueles prisioneiros foram responsáveis por formularem políticas que levaram a França ao século XXI. Não dá para saber o que teria acontecido se tivessem sido assassinadas naquele dia.</body>

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Castelo Itter: a batalha que uniu alemães e americanos contra nazistas

Imagem de A queda de Saigon: o dramático fim da Guerra do Vietnã no megacurioso

Depois de 20 anos de uma guerra violenta, os norte-vietnamitas puderam unificar o país com a tomada de Saigon, capital do Vietnã do Sul

<head></head><body>A violenta guerra entre o Vietnã do Norte, socialista, e o do Sul, capitalista, já durava 20 anos. Nesse meio tempo, potências estrangeiras se envolveram no conflito — com destaque para os Estados Unidos, a principal força contra o exército norte-vietnamita. Tudo terminaria em 30 de abril de 1975, com a queda da capital do Vietnã do Sul.Então chamada de Saigon, a cidade foi renomeada para homenagear Ho Chi Minh, maior líder dos socialistas do Norte. Com a vitória desse lado na <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/124361-5-detalhes-sobre-a-guerra-do-vietna-que-nao-te-ensinaram.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Guerra do Vietnã</a>, o Vietnã foi reunificado sob um governo socialista — que dura até hoje.&nbsp;Porém, nos dias que antecederam o 30 de abril de 1975, o caos tomou conta da cidade.&nbsp;<span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;Wikimedia Commons&nbsp;" data-fonte-url="https://en.wikipedia.org/wiki/Fall_of_Saigon#/media/File:CH-53_landing_at_Defense_Attach%C3%A9_Office_compound,_Operation_Frequent_Wind.jpg"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/06/13/13203434379436.jpg" alt="Fonte: Wikimedia Commons">Fonte: Wikimedia Commons<h2>Uma derrota anunciada</h2>A queda de Saigon — também chamada de Libertação de Saigon pelos socialistas — era uma questão de tempo. O Vietnã do Norte e o do Sul lutavam desde o início dos anos 1950, quando os dois se posicionaram como legítimos representantes do novo país, recém-independente da França. O país europeu manteve a colônia da Indochina por sete décadas, na região.&nbsp;Considerando que o Vietnã do Norte era liderado por uma facção socialista, os Estados Unidos logo se dispuseram a auxiliar o governo do Sul.&nbsp;Por um tempo, esse auxílio foi financeiro e estratégico. Mas, desde meados dos anos 1960, ele foi se tornando cada vez mais ativo — até que <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/121233-como-era-a-vida-de-um-soldado-americano-na-guerra-do-vietna.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">os Estados Unidos se tornaram um protagonista no conflito</a>. As coisas começaram a mudar conforme a opinião pública estadunidense mudava, exigindo que o país se retirasse da Guerra do Vietnã.&nbsp;Isso começou a acontecer em 1973, mesmo ano em que os dois lados assinaram acordos de cessar-fogo. Porém, sem a presença dos Estados Unidos, os norte-vietnamitas viram a chance de ganhar a guerra de uma vez por todas.Em meados de 1975, os norte-vietnamitas começaram a conquistar cidades do Sul, chegando cada dia mais perto de Saigon. Eles encontraram muito pouca resistência — se nem o exército estadunidense conseguiu derrotar o Vietnã do Norte, não seria o Sul que conseguiria pará-lo.<ul><li>Leia também:&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/124794-o-massacre-de-my-lai-o-episodio-mais-violento-da-guerra-do-vietna.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">O massacre de My Lai: o episódio mais violento da Guerra do Vietnã</a></li></ul><span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;Wikimedia Commons&nbsp;" data-fonte-url="https://en.wikipedia.org/wiki/Fall_of_Saigon#/media/File:CH-53_landing_at_Defense_Attach%C3%A9_Office_compound,_Operation_Frequent_Wind.jpg"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/06/13/13203525347438.jpg" alt="Fonte: Wikimedia Commons">Fonte: Wikimedia Commons<h2>Os últimos dias de Saigon</h2>Em 21 de abril, o presidente do Vietnã do Sul, Nguyen Van Thieu, renunciou ao cargo. No dia 25, ele fugiu para Taiwan. No dia 27, a cidade já estava sitiada pelas tropas norte-vietnamitas.Então, os Estados Unidos começaram a planejar a Operação Vento Constante. A ideia inicial era evacuar todos os oficiais e cidadãos estadunidenses, mas o embaixador Graham Martin insistiu para levar os cidadãos sul-vietnamitas que colaboraram com os estadunidenses, pois eles também estariam em risco.No dia 29 de abril de 1975, os norte-vietnamitas começaram a bombardear a base aérea de Saigon e a evacuação começou. Como os aviões não podiam pousar, helicópteros saíram de 10 em 10 minutos da Embaixada dos Estados Unidos para um porta-aviões na costa. Conforme mais helicópteros chegavam, outros tinham que ser jogados na água para abrir espaço.&nbsp;Enquanto isso, os sul-vietnamitas simpáticos ao domínio estadunidense se aglomeravam em frente à Embaixada, esperando embarcar em algum helicóptero. Mas os oficiais só permitiam entrada de pessoas com documentos do governo sul-vietnamita.&nbsp;Ao todo, cerca de 7 mil pessoas, incluindo 5.500 sul-vietnamitas foram levadas de helicóptero até os navios estadunidenses.&nbsp;O coronel Bui Tin, do Vietnã do Norte, chegou a assegurar: "Vocês não têm o que temer. Entre vietnamitas, não há vitoriosos ou derrotados. Só os americanos foram vencidos. Se vocês são patriotas, considerem esse um momento de alegria".&nbsp;"A guerra pelo nosso país acabou", afirmou o coronel. No dia 30 de abril de 1975, os tanques do Vietnã do Norte marcharam sobre Saigon.&nbsp;</body>

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A queda de Saigon: o dramático fim da Guerra do Vietnã

Imagem de 2 mitos famosos sobre o nazismo que duram até hoje no megacurioso

Uma pesquisa feita em 2020 mostrou que a maioria dos norte-americanos não sabe nada sobre o Holocausto

<head></head><body>Em setembro de 2020, a Claims Conference divulgou uma pesquisa feita nos 50 estados dos EUA sobre o conhecimento a respeito do <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/122129-quadrinhos-foram-pioneiros-no-ensino-sobre-o-holocausto-aos-americanos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Holocausto</a>. Entre adultos com menos de 40 anos, 1 em cada 10 entrevistados não se lembravam de já ter ouvido a palavra "holocausto" antes, tampouco conhecia sobre fatos básicos do genocídio.Quando <a href="https://www.megacurioso.com.br/misterios/115756-o-homem-que-comecou-a-guerra-o-incidente-de-gleiwitz.htm#:~:text=Em%2031%20de%20agosto%20de,esta%C3%A7%C3%A3o%20estava%20em%20m%C3%A3os%20polonesas." rel="noopener noreferrer" target="_blank">Adolf Hitler invadiu a Polônia em 1939</a>, dando início ao seu Fall Weiss, o Holocausto começava como um plano tático-militar, implementado em larga escala por meio do estabelecimento de <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/123313-sobibor-a-fuga-historica-e-mais-bem-sucedida-de-um-campo-nazista.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">campos de concentração</a>. Até 1945, mais de 6 milhões de judeus foram assassinados em 40 mil <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/125042-os-conselhos-judaicos-que-entregavam-seus-semelhantes-ao-nazismo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">guetos</a> e campos, em um dos maiores genocídios ideológicos da História.&nbsp;Mesmo assim, mais da metade dos entrevistados achava que o número de mortos era inferior a 2 milhões. Ninguém soube citar um campo de concentração, apesar da quantidade de filmes e livros sobre o assunto.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/06/09/09083342025007.jpg" alt="(Fonte: GettyImages/Reprodução)">(Fonte: GettyImages/Reprodução)“A lição mais importante é que não podemos perder mais tempo”, disse Greg Schneider, vice-presidente executivo da Conferência sobre Reivindicações Materiais Judaicas contra a Alemanha, responsável por encomendar o estudo. “Se deixarmos essa tendência continuar por outra geração, as lições cruciais dessa parte terrível da história podem ser perdidas”.Mas esse não é o único problema. A falta de informação sobre o Holocausto e o nazismo, não impediu que mitos criados em propagandas políticas prevalecessem ao longo do tempo, principalmente nos EUA.&nbsp;Esse são os&nbsp;2&nbsp;mitos mais famosos sobre o nazismo.<h2>1. A falta de armas levou ao Holocausto</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/06/09/09083426345008.jpg" alt="(Fonte: GettyImages/Reprodução)">(Fonte: GettyImages/Reprodução)Essa é uma narrativa muito difundida pelos defensores do <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/122021-posse-de-armas-um-problema-que-destroi-a-sociedade-nos-eua.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">controle de armas nos EUA</a>, que alegam que o Holocausto não teria acontecido se os judeus estivessem armados. “Acho que a probabilidade de Hitler ser capaz de realizar seus objetivos teria diminuído muito se o povo estivesse armado”, disse Ben Carson, ex-secretário do Departamento de Habilitação e Desenvolvimento Urbano dos EUA, em 2015.É, no mínimo, apavorante que um neurocirurgião, psicólogo e professor como Carson dissemine uma ideia tão equivocada para milhares de pessoas sobre o que foi o genocídio judeu. Para piorar, alguns de seus argumentos supõem que, como a Alemanha tinha um registro de armas, os soldados nazistas sabiam exatamente quem prender.A posse de armas foi proibida logo após a Primeira Guerra Mundial na Alemanha, mas em 1928, o país aprovou a Lei de Armas de Fogo e Munições, que afrouxou os regulamentos sobre as armas. Ainda assim, eram necessárias licenças e todas as novas compras de armas deveriam ser registradas. Contudo, muitos alemães, inclusive os cidadãos judeus, apenas mantiveram suas armas da Primeira Guerra Mundial, que não foram registradas.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/06/09/09083533948009.jpg" alt="(Fonte: GettyImages/Reprodução)">(Fonte: GettyImages/Reprodução)Quando os nazistas ascenderam ao poder, eles tentaram despojar judeus, comunistas, líderes sindicais e outros que consideraram inimigos de suas armas com a ajuda do registro – que era tão incompleto que muitos mantiveram suas armas até o fim de 1938. Foi então que Hitler desregulamentou ainda mais as armas com a Lei Alemã de Armas, que isentava os membros do Partido Nazista da maioria dos regulamentos e reduzia a idade legal para possuir uma arma.A lei de 1938 privou os cidadãos judeus de suas armas, portanto, mesmo que eles segurassem as empunhassem contra os soldados da SS, alguns rifles não seriam páreos para um exército inteiro apontando armas potentes de volta.Vale ressaltar que, naquela época, havia apenas 214 mil judeus restantes na Alemanha, ou seja, é insano imaginar que um número tão pequeno de judeus poderia ser páreo para os milhares de adeptos ao nazismo.<h2>2. O nazismo foi a única alternativa da Alemanha</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/06/09/09083617668010.jpg" alt="(Fonte: GettyImages/Reprodução)">(Fonte: GettyImages/Reprodução)Existe a narrativa de que os nazistas se tornaram populares porque salvaram da lama a economia alemã. Mas a verdade é que a economia de Hitler foi construída sobre mentiras e planejamentos desastrosos a curto prazo.Tudo foi manipulado. A famosa taxa de desemprego de 0,9% em 1939 era impressionante, principalmente porque estava em 34% quando o partido assumiu o poder. Eles só esqueceram de contar alguns grupos, como judeus, socialistas, pacifistas e todos os tipos de minorias apagadas, cujos empregos foram dados a alemães "puros". Além disso, havia também o 1,4 milhão de homens recrutados para o serviço militar.Nem os considerados "desejáveis" escaparam das políticas. O salário dos fazendeiros, por exemplo, aumentou, mas, graças à Lei das Fazendas Hereditárias de 1933, os proprietários foram confinados para sempre em suas terras. Se você nascesse em uma fazenda, os nazistas queriam que morressem nela, sem jamais poder vendê-la.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/06/09/09083709543011.jpg" alt="(Fonte: GettyImages/Reprodução)">(Fonte: GettyImages/Reprodução)Apesar do aumento geral nos salários, os preços dos alimentos subiram junto, causando uma crise nutricional no país. Uma vez que o foco da economia estava no rearmamento, a falta de produtos básicos do consumidor fez os gatos caírem de 71% da economia em 1929 para 59% em 1938. O padrão de vida em 1939 na Alemanha era metade daquele experimentado nos EUA, e um terço menor do que no Reino Unido.A saída de produtos do país sempre foi uma prioridade para os nazistas. Os sindicatos foram forçados a entrar na Frente Trabalhista Alemã, que teve um aumento de 15% nas horas de trabalho, queda nos salários, aumento de acidentes industriais e listas de preteridos para quem questionasse as condições.Grande parte do "milagre econômico nazista" aconteceu graças aos campos de trabalho forçado que existiam bem antes do início da guerra, encobertos pelo Reich sob a desculpa de como ofereciam aos prisioneiros a "dignidade do trabalho".Sendo assim, a economia nazista já estava desmoronando ainda em 1939, quando ascenderam completamente ao poder. Já em 1941, quando eles não conseguiram pilhar aço e petróleo suficientes dos russos, aquele foi o fim.</body>

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2 mitos famosos sobre o nazismo que duram até hoje

Imagem de 5 provas que a vida na Idade Média não era muito fácil no megacurioso

Guerras, doenças e até uma Pequena Era do Gelo foram apenas alguns dos fatores que deixaram a vida nessa época bem mais complicada

<head></head><body>Ao longo da história, a humanidade passou por diferentes momentos em que a vida foi mais ou menos agradável. Embora a Idade Média tenha sido um momento de <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/124705-5-pessoas-incriveis-que-fizeram-ciencia-na-idade-media.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">crescimento científico</a> e tenha aberto a porta para a circulação de pessoas — e, consequentemente, de suas culturas —, esse também foi um período particularmente complicado.Com guerras acontecendo com certa frequência, doenças se espalhando rapidamente e uma terrível perseguição religiosa, quem nasceu durante a Idade Média não teve uma vida fácil. Abaixo, você pode ver cinco motivos que provam isso.&nbsp;<h2>1. A Peste (e outras doenças)</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/06/07/07122626595165.jpg" alt="(Fonte: GettyImages)">(Fonte: GettyImages)A peste bubônica chegou à Europa em 1347 e não demorou muito para causar um impacto enorme na vida das pessoas. As estimativas são de que cerca de 20 milhões de pessoas tenham morrido, o que representava quase metade da população europeia na época. Com uma taxa de sobrevivência de apenas 10%, a Peste causou uma mudança profunda na sociedade europeia, fragmentou famílias e deixou as pessoas isoladas.Mas ela foi apenas uma das muitas doenças que surgiram na época. Junto com a falta de higiene básica e de um sistema de saneamento adequado, tuberculose, lepra e cólera também conseguiram se espalhar pelo continente, deixando a vida das pessoas ainda mais difícil.<h2>2. Guerras por todos os lados</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/06/07/07122719621166.jpg" alt="(Fonte: GettyImages)">(Fonte: GettyImages)Quando uma pessoa não estava se preocupando com as doenças que poderiam matá-la, era possível que essa preocupação fosse redirecionada às constantes guerras. Isso valia também para os nobres, que quando queriam evitar lutar, tinham que pagar grandes quantias em dinheiro. É claro que esse privilégio não valia para os camponeses pobres. Sem treinamento militar, eles costumavam ser convocados pelos proprietários de terras e liderados por cavaleiros experientes, o que nem sempre ajudava nas batalhas.<h2>3. A medicina não estava avançando</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/06/07/07123719486182.jpg" alt="(Fonte: GettyImages)">(Fonte: GettyImages)Doentes e feridos (seja pela Peste, por guerras ou qualquer outro motivo) precisavam de tratamentos, mas na Idade Média, <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/122176-6-praticas-medicas-da-idade-media-e-suas-eficacias-ou-nao.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">a medicina estagnou</a> — e até mesmo regrediu. Diferente do que civilizações anteriores — como os egípcios e os gregos — buscavam fazer, na Idade Média muitas doenças eram atribuídas a causas sobrenaturais.A astrologia era utilizada para definir os diagnósticos, o que deixava o tratamento mais incerto, e a falta de conhecimento sobre o corpo humano e o uso limitado de anestésicos tornavam as cirurgias ainda mais perigosas. Os riscos de infecção e morte eram altos, e a medicina medieval levou algum tempo até começar a ter avanços significativos.<h2>4. Uma pequena Era do Gelo</h2><span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;Wikimedia Commons&nbsp;" data-fonte-url="https://en.wikipedia.org/wiki/Little_Ice_Age#/media/File:Pieter_Bruegel_the_Elder_-_Hunters_in_the_Snow_(Winter)_-_Google_Art_Project.jpg"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/06/07/07125048892196.jpg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons)">(Fonte: Wikimedia Commons)<a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/118272-o-que-foi-a-pequena-era-do-gelo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">A Pequena Era do Gelo</a> foi um período de resfriamento significativo que ocorreu por vários séculos a partir do ano 1300. A temperatura caiu cerca de 1,5 °C, o suficiente para congelar rios e portos, e destruir colheitas. E como o frio só começou a diminuir durante o século XIX, não eram raros os casos de cidades e vilas onde ocorreram mortes em massa. O evento foi atribuído a causas supersticiosas na época, como a ira divina e a influência de bruxas, agravando a perseguição religiosa e a violência durante o período.<h2>5. A Igreja Católica também não ajudava</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/06/07/07123152422167.jpg" alt="(Fonte: GettyImages)">(Fonte: GettyImages)E falando em perseguição religiosa, a Igreja Católica também foi um fator que tornava a vida complicada durante a Idade Média. Com um poder imenso, ela dominava todos os aspectos da sociedade europeia. O papa, como líder da igreja e representante de Deus, possuía um poder que rivalizava com o dos monarcas europeus, podendo convocar cruzadas que resultaram em inúmeras mortes.Além disso, as minorias religiosas enfrentavam perseguição e ameaças constantes devido à sua fé impopular, já que a diversidade religiosa era arriscada na época. A adoração era fortemente influenciada pelo poder da igreja, com consequências graves para quem desafiava essa autoridade.</body>

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5 provas que a vida na Idade Média não era muito fácil

Imagem de 2 casos de pessoas que morreram pelos próprios protestos no megacurioso

A arte de protestar continua mudando o mundo e é um grande instrumento de transformação social, embora nem sempre usado corretamente

<head></head><body>Em 1215, no século XIII, o <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/120121-como-a-peste-bubonica-ajudou-a-civilizacao-humana.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">sistema feudal</a> mantinha muitos dos ingleses servos dos senhores feudais. A maioria dos barões, descendentes dos invasores normandos de 1066, ressentiam de serem súditos de uma monarquia tão poderosa. Com isso, em uma tentativa de fazer a paz, a Magna Carta deu a esses barões proteção legal contra o regime monárquico arbitrário.A maioria dos ingleses ficou sem direitos individuais e os barões acabaram lançando uma insurreição contra o rei João I da Inglaterra. Esse foi um dos <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/122018-6-protestos-causados-por-motivos-bizarros.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">protestos</a> mais antigos documentados, mostrando que a luta contra os poderosos é uma tradição que remonta gerações, bem como uma grande arma de transformação social.O ato de protestar mudou o mundo e ainda continua, mas nem sempre é pelos motivos certos. Esses são&nbsp;dois casos de pessoas que morreram pelos próprios protestos.<h2>1. Emily Davison (1913)</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/06/07/07170840876338.jpg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons)">(Fonte: Wikimedia Commons)Apesar de todas as bandeiras e causas essenciais que as <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/121296-6-marchas-muito-importantes-para-o-movimento-feminista.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">sufragistas</a> ergueram, sobretudo no início do século XX, muitas delas também foram contaminadas por aspectos extremistas do movimento. Na Inglaterra, elas fizeram campanha usando bombas, causando incêndios criminosos e repetidas tentativas de matar o primeiro-ministro.Em junho de 1913, a sufragista Emily Davison mostrou que estava disposta a fazer tudo em prol de uma causa quando invadiu a pista da famosa corrida de cavalos Epsom Derby para tentar colocar um lenço em um dos animais como forma de protesto. Como resultado, ela foi atingida pelo cavalo do rei George V, chamado Anmer, causando sua morte alguns dias depois.Embora ninguém saiba o exato motivo pelo qual Davison tomou essa atitude, ela já era conhecida por seu comportamento imprevisível. Uma vez, a mulher havia se escondido em um armário na Abadia de Westminster.Saiba mais:&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/121302-emily-davison-a-mulher-que-se-sacrificou-publicamente-pelo-direito-ao-voto.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Emily Davison: a mulher que se sacrificou publicamente pelo direito ao voto</a><h2>2. Philip A. Contos (2011)</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/06/02/02145157237227.jpg" alt="(Fonte: Getty Images)">(Fonte: Getty Images)De acordo com um levantamento do Centro de Controle de Doenças (CDC), o uso do capacete para motociclistas salva mais de 1.800 vidas a cada ano.Philip A. Contos era um caminhoneiro, motociclista e gostava de atividades ao ar livre, quando decidiu deixar seu capacete em casa para exercer sua "liberdade" em não usá-lo, durante um protesto contra o uso dos capacetes, em 2011.Ele pilotava sua Harley em meio aos manifestantes quando teve que frear muito rápido para evitar uma colisão, acabou caindo da moto e morreu. Durante a autópsia, os médicos legistas informaram à imprensa que o homem teria sobrevivido se estivesse usando o capacete.Philip foi um de 550 motociclistas no 11º encontro da American Bikers Aimed Toward Education (ABATE), que faz o mesmo protesto todo 4 de julho. Diferente do que você pensa, o ABATE não é um grupo formado para se opor aos capacetes, mas à lei de que o não uso deles causa mais acidentes. Segundo um porta-voz do movimento, a lei não impediu a morte de Philip, na verdade, a causou.</body>

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2 casos de pessoas que morreram pelos próprios protestos

Imagem de O extermínio de cães de Londres que dividiu os habitantes em 1760 no megacurioso

Mais do que uma matança, o abate de cães de Londres inaugurou uma mentalidade sobre o papel dos animais dentro da comunidade

<head></head><body>Chamada de "grande abate dos cães", <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/118534-holocausto-pet-quando-os-londrinos-sacrificaram-seus-animais.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">uma matança de animais</a> dividiu, em 1760, a população de Londres entre os que viam os bichos como ameaça à saúde pública e os que os consideravam os melhores amigos do homem. O evento histórico é considerado até hoje um divisor de águas no comportamento dos seres humanos em relação a animais de estimação na Grã-Bretanha.Tudo começou em uma reunião do Conselho dos Comuns da cidade Londres realizada em 26 de agosto de 1760 que, em meio aos relatos sobre um surto de raiva na cidade, determinou o abate generalizado de cães durante um período de dois mese<s>s</s>. Da mesma forma que ocorre com as doenças de gado atuais, <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/114109-na-china-caes-ganham-status-de-animais-de-estimacao.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">o abate de animais era uma prática padrão</a> para zoonoses na época.&nbsp;Embora grande parte dos londrinos argumentassem que o extermínio em massa era excessivo e imoral, isso não impediu que o prefeito Sir Thomas Chitty iniciasse os procedimentos para que, durante os meses seguintes, todos os cães encontrados nas ruas da cidade fossem executados e enterrados em valas comuns.&nbsp;<h2>Como foi feito o abate de cães de Londres em 1760?</h2><span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;Stephanie Howard-Smith/Journal of Eighteenth-Century Studies&nbsp;" data-fonte-url="https://onlinelibrary.wiley.com/cms/asset/a0b90a37-b5ad-4b91-8d5d-cd5deb319f4d/jecs12592-fig-0001-m.jpg"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/06/01/01201105878000.jpg" alt="(Fonte: Stephanie Howard-Smith/Journal of Eighteenth-Century Studies/Reprodução)">(Fonte: Stephanie Howard-Smith/Journal of Eighteenth-Century Studies/Reprodução)<a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/109475-confira-13-fatos-e-curiosidades-sinistros-relacionados-com-a-raiva.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Além da iminente disseminação da raiva</a> na cidade, as autoridades londrinas não sabiam o que fazer com matilhas de cães vadios que perambulavam pelas ruas. Ao optar pelo extermínio, a administração municipal acreditava piamente que a eliminação dos cães ajudaria a restringir a propagação de doenças.&nbsp;Embora haja controvérsias entre os detalhes e métodos específicos utilizados na execução de cães vadios no ano de 1760, acredita-se que recompensas monetárias foram oferecidas tanto para os abatedores municipais, como para as pessoas que se dispusessem a capturar os animais e os entregassem às autoridades.&nbsp;Isso acabou gerando situações de violência, com animais de estimação sendo perseguidos nas portas das casas ou afogados quando passeavam com os seus donos. "Não se passa por cima de nada além de pobres cachorros mortos! As criaturas queridas, de boa índole, honestas e sensatas! Cristo! Como alguém pode machucá-los?", registrou o escritor Horace Walpole.<h2>Uma nova consciência sobre a causa animal?</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/06/01/01220246649000.jpg" alt="Hoje, Londres é considerada uma das cidades mais amistosas para cães no mundo.(Fonte: Getty Images)">Hoje, Londres é considerada uma das cidades mais amistosas para cães no mundo.(Fonte: Getty Images)As reações da população londrina ao massacre dos cães de 1760 confundiram e envergonharam os partidários do abate. Um defensor da causa animal escreveu na época que os cachorros de Londres foram vítimas "de homens mais inúteis do que os animais que eles destruíram".A violência do passado acabou inaugurando uma visão de mundo em que os animais de estimação são considerados mais do que companhias desejáveis ou criaturas semelhantes. Muitos consideram os cães modernos seres de pura bondade, superando em alguns aspectos os próprios seres humanos.&nbsp;</body>

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O extermínio de cães de Londres que dividiu os habitantes em 1760

Imagem de Dr. Condom: a verdade sobre o "pioneiro" no uso da camisinha no megacurioso

Ele teria sido o médico do rei Charles II que o ajudou a parar de ter filhos ilegítimos

Em 2011, Michael S. Zedalis, vice-presidente s&ecirc;nior encarregado de ci&ecirc;ncia e tecnologia da fabricante de preservativos Ansell Limited, disse que mais de 5 bilh&otilde;es de camisinhas eram vendidas anualmente em todo o mundo.
Apesar de terem se tornado popular no in&iacute;cio do s&eacute;culo XX, <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/105483-voce-conhece-a-historia-da-camisinha.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">a hist&oacute;ria dos preservativos</a> come&ccedil;ou bem antes. Por volta de 3.000 a.C., o rei Minos de Creta usava a ves&iacute;cula biliar de uma cabra para proteger sua esposa de seu <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/119636-semen-de-cavalo-o-liquido-mais-caro-do-planeta.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">s&ecirc;men</a>, cuja cultura da &eacute;poca dizia ser "infestado de serpentes e escorpi&otilde;es".
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/06/02/02083638883005.jpg" alt="(Fonte: GettyImages/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: Getty Images)
Antes do s&eacute;culo XV, na China e no Jap&atilde;o, eram usados de maneira limitada os preservativos que cobriam apenas a glande do <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/124285-a-obsessao-historica-das-pessoas-pelo-penis-de-napoleao-bonaparte.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">p&ecirc;nis</a>. A documenta&ccedil;&atilde;o m&eacute;dica mostra que os chineses o faziam com papel de seda ou intestino de cordeiro; enquanto no Jap&atilde;o, as camisinhas eram feitas de carapa&ccedil;a de tartaruga ou chifre de animal.
Como sempre, a moderniza&ccedil;&atilde;o ficou a cargo dos eg&iacute;pcios antigos, que usavam bainhas de linho tingidas em cores diferentes tanto para distinguir entre classes de pessoas, quanto proteger contra o s&ecirc;men. Os romanos antigos foram mais rudimentares, chegando a usar desde intestino de animais at&eacute; m&uacute;sculos de seus <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/119901-fluidos-corporais-dos-gladiadores-ja-foram-usados-como-cosmetico.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">combatentes mortos</a> como preservativo.
Reza a lenda que o pioneiro no preservativo foi o m&eacute;dico particular do rei Charles II da Inglaterra, conhecido como Dr. Condom.
<h2>Contendo a alegria do monarca</h2>
<span data-fonte="Wikimedia Commons" data-fonte-url="https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/5/51/King_Charles_II_by_John_Michael_Wright_or_studio.jpg/803px-King_Charles_II_by_John_Michael_Wright_or_studio.jpg" class="img-fc"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/06/05/wikimedia-commons-05185024619354.jpg" alt="Wikimedia Commons" />Rei Charles II da Inglaterra. (Fonte: Wikimedia Commons)
Charles II era conhecido como o "monarca alegre" devido ao seu comportamento hedonista, e tamb&eacute;m por fazer o poss&iacute;vel para acabar com o <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/123070-4-provas-que-o-sexo-na-era-vitoriana-era-cheio-de-contradicoes.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">puritanismo</a> em rela&ccedil;&atilde;o &agrave; realeza quando ascendeu ao trono. Por isso, foi bastante aberto sobre sua vida pessoal.
O monarca teve pelo menos 12 filhos ileg&iacute;timos que reconheceu, de sete mulheres diferentes, e tamb&eacute;m um n&uacute;mero desconhecido de filhos n&atilde;o reconhecidos. Quase tanto quanto Eduardo II da Inglaterra, despudorado, Charles fazia sexo quase ao vivo com prostitutas e atrizes. Por isso, sua vida era infame, com mulheres apresentando seus filhos diante de todo mundo &ndash; algo que ele encarava com naturalidade.
Sendo assim, Charles teria sido presenteado com preservativos de linho pelo seu m&eacute;dico real para impedi-lo de gerar mais filhos ileg&iacute;timos. Com isso, em plena metade de 1600,&nbsp;o m&eacute;todo de<a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/122701-quiverfull-a-doutrina-religiosa-contra-o-controle-de-natalidade.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">&nbsp;controle de natalidade</a> teria popularizado, a princ&iacute;pio, em meio a membros da corte e da realeza, depois espalhando entre a popula&ccedil;&atilde;o, ainda que de maneira diferente &ndash; ou seja, mais barata.
Foi assim que surgiu a imagem do Dr. Condom ("Dr. Preservativo", no portugu&ecirc;s), um m&eacute;dico da realeza que teria inventado uma maneira de os homens n&atilde;o engravidarem as mulheres. Essa hist&oacute;ria consta no poema de 1667 de John Wilmot, o Conde Rochester, intitulado A Panegyric Upon Cundum. O poema &eacute; uma esp&eacute;cie de ode e homenagem formal ao "inventor" da camisinha.
<h2>A verdade</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/06/02/02084048575007.jpg" alt="(Fonte: GettyImages/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: Getty Images)
Contudo, como o British Medical Journal salientou, os historiadores que investigaram a hist&oacute;ria, n&atilde;o encontraram evid&ecirc;ncias da exist&ecirc;ncia de um Dr. Condom, apenas men&ccedil;&otilde;es em grafias diferentes, como Dr. Condon ou Dr. Condum.
Devido ao hist&oacute;rico sobre o comportamento jocoso e irreverente de Rochester, &eacute; poss&iacute;vel que o Dr. Condom tenha sido uma inven&ccedil;&atilde;o sua. E, como a hist&oacute;ria tem a mania de "aumentar um ponto a cada conto", acabou sendo associada a vida pessoal muito p&uacute;blica de Charles II.
A verdade &eacute; que a fabrica&ccedil;&atilde;o da camisinha de borracha como conhecemos, ou pelo menos similar, come&ccedil;ou durante a Revolu&ccedil;&atilde;o Industrial, em 1839, quando Charles Goodyear inventou a vulcaniza&ccedil;&atilde;o da borracha. Os primeiros preservativos feitos com esse material foram fabricados em 1855, sendo que demorou mais 5 anos para que uma produ&ccedil;&atilde;o em massa come&ccedil;asse.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/06/02/02084151850008.jpg" alt="John Wilmot. (Fonte: National Portrait Gallery/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />John Wilmot. (Fonte: National Portrait Gallery/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
Na d&eacute;cada de 1920 surgiu o l&aacute;tex, feito a partir de um processo com borracha e &aacute;gua, o que barateou os preservativos e tamb&eacute;m tornou sua produ&ccedil;&atilde;o mais f&aacute;cil. Rapidamente, os preservativos feitos de borracha foram substitu&iacute;dos em popularidade.
O primeiro preservativo lubrificado s&oacute; surgiu em 1957, pela Durex. Nessa &eacute;poca, o uso aumentou, com 42% das pessoas sexualmente ativas entre 1955 e 1965 contando com os preservativos lubrificados para controle de natalidade e preven&ccedil;&atilde;o contra ISTs.
Dizer que esse tal de Dr. Condom inventou a camisinha, quando ela j&aacute; era usada bem antes, &eacute; algo muito forte. Talvez, o certo seria dizer que ele apenas contribuiu na dissemina&ccedil;&atilde;o dela e do m&eacute;todo de controle de natalidade &ndash; e de maneira despretensiosa, como parte de seu trabalho como m&eacute;dico do rei.

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Dr. Condom: a verdade sobre o 'pioneiro' no uso da camisinha

Imagem de Ossos revelam brutalidade do trabalho infantil na Revolução Industrial no megacurioso

É a primeira vez que as consequências do trabalho infantil utilizado na Revolução Industrial são analisadas através dos corpos dos trabalhadores

Um estudo publicado em maio na revista cient&iacute;fica PLOS ONE forneceu, pela primeira vez na hist&oacute;ria, evid&ecirc;ncias bioarqueol&oacute;gicas<a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/109162-13-fotos-que-retratam-os-horrores-do-trabalho-infantil-no-seculo-passado.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">&nbsp;sobre o impacto do trabalho infantil</a> na sa&uacute;de, crescimento e mortalidade de crian&ccedil;as durante a Revolu&ccedil;&atilde;o Industrial na Inglaterra do s&eacute;culo XIX.
A an&aacute;lise das ossadas de jovens aprendizes de f&aacute;bricas localizadas em zonas rurais, feita por cientistas da Universidade de Durham, foram desenterradas por acaso durante uma escava&ccedil;&atilde;o na vila de Fewston, no distrito de Harrogate de North Yorkshire. Os mais de 150 esqueletos foram encontrados ao lado de uma antiga igreja.
O estudo mostra a face sombria de <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/124831-em-1920-pessoas-tinham-que-ser-convencidas-que-eletricidade-era-util.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">um per&iacute;odo de grande progresso na Gr&atilde;-Bretanha</a>, no qual a r&aacute;pida industrializa&ccedil;&atilde;o e novas tecnologias e m&eacute;todos de produ&ccedil;&atilde;o provocaram um aumento consider&aacute;vel na produ&ccedil;&atilde;o de bens e servi&ccedil;os. O fen&ocirc;meno teve reflexos importantes no panorama socioecon&ocirc;mico da &eacute;poca. &nbsp;
<h2>Desenvolvimento econ&ocirc;mico e raquitismo</h2>
<span data-fonte="Edward Gooch Collection/Getty Images" data-fonte-url="https://www.gettyimages.com.br/detail/foto-jornal%C3%ADstica/child-labour-in-a-mill-during-the-industrial-foto-jornal%C3%ADstica/3373484" class="img-fc"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/06/07/edward-gooch-collection-getty-07192045094383.jpg" alt="Edward Gooch Collection/Getty" />(Fonte: Edward Gooch Collection/Getty Images)
Da mesma forma que liberais afirmam que "n&atilde;o h&aacute; almo&ccedil;o gr&aacute;tis", tamb&eacute;m &eacute; imposs&iacute;vel pensar em um milagre econ&ocirc;mico sem a exist&ecirc;ncia do <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/124903-homens-superestimam-sua-inteligencia-e-mulheres-subestimam-seu-qi.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">trabalho mal pago de mulheres e crian&ccedil;as</a>. Isso permitiu com que as manufaturas brit&acirc;nicas fossem competitivas em um mercado cada vez mais globalizado, diz o estudo.&nbsp;
De acordo com os autores, no ano de 1845, 43% dos trabalhadores nas ind&uacute;strias algodoeiras tinham menos de 18 anos, percentual que era ainda maior em outros setores da economia. Embora esse fato seja largamente descrito em documentos hist&oacute;ricos, esta &eacute; a primeira vez que se v&ecirc; mal-estar, desnutri&ccedil;&atilde;o, infec&ccedil;&otilde;es e doen&ccedil;as ocupacionais estampados diretamente nos ossos.
Conhecidas como "moinhos de algod&atilde;o" ou fia&ccedil;&otilde;es, essas f&aacute;bricas eram estrategicamente instaladas em regi&otilde;es rurais onde a mat&eacute;ria-prima &mdash; e a m&atilde;o de obra &mdash; eram mais baratas.
<h2>O que os cientistas descobriram nos ossos dos "aprendizes"?</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/06/04/04154221818000.jpg" alt="Estudo dos dentes mostrou sinais de desnutri&ccedil;&atilde;o. (Fonte: John Buglass Archeology/Durham University/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />Estudo dos dentes mostrou sinais de desnutri&ccedil;&atilde;o. (Fonte: John Buglass Archeology/Durham University/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
O estudo dos esqueletos dos chamados aprendizes da ind&uacute;stria de Fewston, muitos deles enviados de par&oacute;quias distantes, "revelaram as condi&ccedil;&otilde;es brutais existentes nas f&aacute;bricas". Al&eacute;m de deformados, os ossos das crian&ccedil;as eram claramente menores quando comparados aos de outras crian&ccedil;as daquela &eacute;poca, e apresentavam sinais de defici&ecirc;ncia vitam&iacute;nica e doen&ccedil;as respirat&oacute;rias.&nbsp;
A an&aacute;lise de is&oacute;topos de carbono e nitrog&ecirc;nio mostrou aos cientistas que os menores se alimentavam com baix&iacute;ssimo teor de prote&iacute;nas, resultando em raquitismo e escorbuto. Falando &agrave; BBC, a primeira autora do estudo e professora de Bioarqueologia da Durham, Rebecca Gowland, explica que, "quando uma crian&ccedil;a n&atilde;o se alimenta o suficiente, seu corpo prioriza outras fun&ccedil;&otilde;es biol&oacute;gicas, especialmente o c&eacute;rebro e o sistema imunol&oacute;gico".
Comovida com "as pen&uacute;rias dessas crian&ccedil;as escritas nos seus ossos", Gowland espera que as conclus&otilde;es do estudo sirvam para que a hist&oacute;ria n&atilde;o se repita. "Estas crian&ccedil;as foram desumanizadas e tratadas como &lsquo;o outro&rsquo; ao longo da vida, <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/123379-shein-como-a-moda-fast-fashion-fatura-as-custas-do-trabalho-escravo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">e o mesmo acontece hoje pelo mundo</a>".

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