Imagem de 15 imagens raras de personalidades do século passado em viagem a Veneza no megacurioso

Os registros foram feitos entre as décadas de 1950 e 1960

Veneza &eacute; uma cidade de 261 mil habitantes que virou s&iacute;mbolo do turismo de massa: sozinha, ela recebe anualmente mais turistas do que o Brasil inteiro. Fundada h&aacute; mais de 1,5 mil anos e localizada em 117 ilhas diferentes interligadas por uma s&eacute;rie de canais e pontes, n&atilde;o &eacute; de hoje que a capital da regi&atilde;o italiana de V&ecirc;neto &eacute; explorada turisticamente.
Nas d&eacute;cadas de 1950 e 1960, a Cidade das &Aacute;guas j&aacute; despontava como um badalado destino de f&eacute;rias e era frequentemente visitada por artistas internacionais. Boa parte dos registros dessas viagens estelares foi documentada por fot&oacute;grafos de um est&uacute;dio chamado Cameraphoto &mdash; que abriga um dos maiores arquivos fotogr&aacute;ficos da Europa.
Entre os mais de 320 mil negativos conservados, est&atilde;o imagens de protagonistas de grandes produ&ccedil;&otilde;es do cinema, pintores e escritores famosos, manifesta&ccedil;&otilde;es culturais curiosas e, como n&atilde;o poderia faltar, cenas dos tradicionais passeios de g&ocirc;ndola &mdash; as embarca&ccedil;&otilde;es caracter&iacute;sticas dos canais da cidade. A seguir, voc&ecirc; v&ecirc; uma sele&ccedil;&atilde;o desses registros:
<h3>1. O pintor espanhol Salvador Dal&iacute;</h3>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2018/12/08/08130004422000.jpg" alt="" />
<h3>2. Brigitte Bardot, atriz francesa</h3>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2018/12/08/08130256778001.jpg" alt="" />
<h3>3. A atriz Catherine Deneuve pintando uma tela</h3>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2018/12/08/08130309997002.jpg" alt="" />
<h3>4. Mick Jagger, vocalista da banda The Rolling Stones</h3>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2018/12/08/08130339215003.jpg" alt="" />
<h3>5. O pintor espanhol Pablo Picasso</h3>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2018/12/08/08130355512004.jpg" alt="" />
<h3>6. Walt Disney segurando o boneco Pato Donald</h3>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2018/12/08/08130411606005.jpg" alt="" />
<h3>7. Registro de um desfile de elefantes no centro da cidade</h3>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2018/12/08/08130532683006.jpg" alt="" />
<h3>8. O escritor norte-americano Ernest Hemingway</h3>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2018/12/08/08130554730007.jpg" alt="" />
<h3>9. O ator italiano Marcello Mastroianni</h3>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2018/12/08/08130609449008.jpg" alt="" />
<h3>10. Outro registro da atriz Brigitte Bardot</h3>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2018/12/08/08130631386009.jpg" alt="" />
<h3>11. Roger Moore, que interpretou sete vezes o agente secreto James Bond</h3>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2018/12/08/08130714136010.jpg" alt="" />
<h3>12. Seis vezes como 007, o ator Sean Connery tamb&eacute;m esteve em Veneza</h3>
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<h3>13. A atriz italiana Claudia Cardinale</h3>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2018/12/08/08131250665012.jpg" alt="" />
<h3>14. Chet Baker, trompetista e cantor de jazz norte-americano&nbsp;</h3>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2018/12/08/08131348665013.jpg" alt="" />
<h3>15. A atriz italiana Sophia Loren</h3>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2018/12/08/08131401556014.jpg" alt="" />

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15 imagens raras de personalidades do século passado em viagem a Veneza

Imagem de 10 fatos que você ainda não sabe sobre a mitologia grega no megacurioso

Os clássicos da Antiguidade como você nunca viu antes: conheça fatos bizarros e sombrios sobre os seres mitológicos gregos

A mitologia grega &eacute; respons&aacute;vel por uma s&eacute;rie de hist&oacute;rias que conhecemos hoje em dia. Lendas, como as de H&eacute;rcules, da Medusa, do Minotauro e da Caixa de Pandora, inspiram in&uacute;meras produ&ccedil;&otilde;es culturais &ndash; s&atilde;o incont&aacute;veis filmes, livros, pinturas e at&eacute; s&eacute;ries e desenhos animados (al&ocirc;, f&atilde;s de "Os Cavaleiros do Zod&iacute;aco"!). Mas, olhando bem de perto, ela pode conter fatos muito mais sombrios e bizarros do que imaginamos:
<h3>1. Hades n&atilde;o &eacute; a personifica&ccedil;&atilde;o do mau<o:p></o:p></h3>
Dizer que o senhor do submundo n&atilde;o &eacute; um vil&atilde;o absoluto pode soar meio absurdo. Acontece que Hades foi erroneamente associado ao conceito de inferno crist&atilde;o. O engano ocorre por sua rela&ccedil;&atilde;o com as almas dos mortos e localiza&ccedil;&atilde;o de seu reino &ndash; nas profundezas da Terra. Ele&nbsp;n&atilde;o julga as almas, para isso, o mundo inferior conta com tr&ecirc;s ju&iacute;zes: &Eacute;aco, Radamanto e Minos. A tortura dos condenados tamb&eacute;m n&atilde;o cabe ao deus, essa fun&ccedil;&atilde;o &eacute; desempenhada pelas er&iacute;nias, esp&iacute;ritos femininos da justi&ccedil;a e da vingan&ccedil;a. <o:p></o:p>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2018/12/07/07222852683697.jpg" alt="" />
<h3>2. Nem todos os deuses s&atilde;o adorados<o:p></o:p></h3>
Embora Ares seja conhecido como deus da guerra, divide o t&iacute;tulo com sua irm&atilde;, Atena. Filhos de Zeus e Hera, um &eacute; a ant&iacute;tese do outro: o primeiro personifica o derramamento de sangue enquanto o segundo representa a batalha justa e estrat&eacute;gica. De acordo com as hist&oacute;rias, Ares era um deus detestado pelos outros &ndash; mesmo seus pais o olhavam com desd&eacute;m.<o:p></o:p>
<o:p>&nbsp;<img src="https://mega.ibxk.com.br/2018/12/07/07223032855698.jpg" alt="" /></o:p>
<h3>3. Uma sanguin&aacute;ria deusa da pureza<o:p></o:p></h3>
Irm&atilde; g&ecirc;mea de Apolo e filha de Zeus e&nbsp;Leto, Artemis &eacute; a deusa da ca&ccedil;a e protetora dos animais. Representando a Lua, na mitologia grega, ela &eacute; casta e a imagem da pureza. Ainda assim, &eacute; tamb&eacute;m a deusa do parto. Mantendo essa faceta dupla, &eacute; respons&aacute;vel pelo assassinato das filhas de N&iacute;obe, uma mortal que debochou de Leto por ter mais filhos do que ela. Como deusa virgem, Artemis tamb&eacute;m coleciona uma s&eacute;rie de vingan&ccedil;as contras os homens que, de alguma forma, tentaram ferir sua pureza.<o:p></o:p>
<o:p>&nbsp;<img src="https://mega.ibxk.com.br/2018/12/07/07223446371700.jpg" alt="" /></o:p>
<h3>4. Um her&oacute;i &agrave;s avessas<o:p></o:p></h3>
Teseu aventurou-se bravamente pelo labirinto de Creta e matou o Minotauro (uma criatura de corpo humano e cabe&ccedil;a de touro). O her&oacute;i era filho de Egeu, governante de Atenas &ndash; que, todos os anos, enviava jovens para serem sacrificados, devorados pelo ser m&iacute;tico.&nbsp;<o:p></o:p>Ningu&eacute;m jamais havia sa&iacute;do do labirinto, mas Teseu s&oacute; conseguiu tal fa&ccedil;anha porque recebeu ajuda de Ariadne, filha do rei Minos. Na volta para casa, o her&oacute;i a abandona &agrave; pr&oacute;pria sorte.<o:p></o:p>
A canalhice n&atilde;o parou por a&iacute;. O rei Egeu havia pedido ao filho que, quando voltasse, deixasse claro&nbsp;&ndash;&nbsp;pelas velas de seu navio&nbsp;&ndash;&nbsp;se a miss&atilde;o havia fracassado ou dado certo. Se Teseu sobrevivesse, as velas deveriam ser vermelhas, caso contr&aacute;rio, negras. Esquecendo o pedido do pai, o jovem retorna a Atenas com velas negras &ndash; o rei fica t&atilde;o desesperado que se mata, lan&ccedil;ando-se ao mar.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2018/12/07/07223657840701.jpg" alt="" />&nbsp;
<h3>5. As irm&atilde;s de Medusa<o:p></o:p></h3>
Quem nunca ouviu falar de Medusa, a mulher com cabelos de serpentes, cujo olhar podia transformar homens em pedra? O que muitos n&atilde;o sabem &eacute; que o monstro era uma g&oacute;rgona &ndash; uma de tr&ecirc;s irm&atilde;s com a mesma apar&ecirc;ncia e poderes. Eur&iacute;ale e Esteno eram imortais enquanto Medusa n&atilde;o tinha a mesma sorte. Filhas de duas divindades marinhas, F&oacute;rcis e sua irm&atilde;, Ceto, o trio era encarregado de proteger o submundo.<o:p></o:p>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2018/12/07/07223959074702.jpg" alt="" />&nbsp;
<h3>6. A m&atilde;e dos monstros<o:p></o:p></h3>
Meio mulher, meio serpente, Equidna &eacute; tamb&eacute;m filha de F&oacute;rcis e Ceto. Junto com T&iacute;fon, um drag&atilde;o de cem cabe&ccedil;as, a mulher-serpente gerou bastante dor de cabe&ccedil;a no mundo grego: &eacute; dela uma boa parcela dos monstros que desafiaram her&oacute;is e deuses. Integram a lista criaturas como C&eacute;rbero, o c&atilde;o de tr&ecirc;s cabe&ccedil;as de Hades; Ladon, o drag&atilde;o guardi&atilde;o das ma&ccedil;&atilde;s douradas de Hesp&eacute;rides; Quimera, a esfinge enigm&aacute;tica; e at&eacute; a &aacute;guia que comia o f&iacute;gado de Prometeu.<o:p></o:p>
<o:p>&nbsp;<img src="https://mega.ibxk.com.br/2018/12/07/07224339293703.jpg" alt="" /></o:p>
<h3>7. Nem tudo s&atilde;o flores no Olimpo<o:p></o:p></h3>
Outro ser mitol&oacute;gico com uma longa lista de filhos &eacute; Zeus. O senhor do Olimpo teve algumas rela&ccedil;&otilde;es &ndash; nem sempre saud&aacute;veis &ndash; com mortais e imortais. Sua primeira esposa, M&eacute;tis, foi devorada por ele quando uma profecia revelou que um de seus filhos o trairia. O deus tamb&eacute;m enganava as mulheres que desejava: transformou-se em &aacute;guia, touro, cisne, chuva de ouro e marido de uma das pretendentes. Muitas hist&oacute;rias relatam estupros, com Zeus as tomando &agrave; for&ccedil;a.<o:p></o:p>
<o:p>&nbsp;<img src="https://mega.ibxk.com.br/2018/12/07/07224536887704.jpg" alt="" /></o:p>
<h3>8. Os primeiros imortais<o:p></o:p></h3>
Ainda que a maior parte dos mitos mais conhecidos remonte ao nascimento dos deuses do Olimpo, n&atilde;o foram eles os primeiros imortais. Na mitologia grega, o mundo teria se originado de uma entidade intitulada Caos, uma massa confusa que continha a ess&ecirc;ncia de todas as coisas. Depois teriam surgido os tit&atilde;s &ndash; entre eles, Cronos, pai de Zeus.
<o:p>&nbsp;<img src="https://mega.ibxk.com.br/2018/12/07/07225138325705.jpg" alt="" /></o:p>
<h3>9. A av&oacute; da humanidade<o:p></o:p></h3>
Pandora &eacute; famosa pela libera&ccedil;&atilde;o de todos os males do mundo, mas &eacute; tamb&eacute;m av&oacute; da ra&ccedil;a humana. Criada por Zeus, foi a primeira mulher da mitologia grega, feita de &aacute;gua e terra. Casada com o tit&atilde; Epimeteu, teve uma filha mortal chamada de Pirra &ndash; respons&aacute;vel por repovoar o mundo no epis&oacute;dio em que Zeus destruiu a humanidade com um dil&uacute;vio. &Uacute;nicos sobreviventes da ira do Olimpo, Pirra e seu marido, Deucali&atilde;o, lan&ccedil;aram pedregulhos que amoleceram e tomaram forma humana.<o:p></o:p>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2018/12/07/07230244902707.jpg" alt="" />&nbsp;
<h3>10. Nem s&oacute; de amor vive Afrodite<o:p></o:p></h3>
Conhecida como a deusa do amor e da beleza, Afrodite teve um caso com Ares (deus da guerra). O relacionamento entre eles rendeu uma liga&ccedil;&atilde;o que se estendeu tamb&eacute;m para seus cultos. N&atilde;o &eacute; &agrave; toa que h&aacute; representa&ccedil;&otilde;es de Afrodite trajando armaduras e portando armas (em parte da Gr&eacute;cia Antiga). Al&eacute;m disso, existem evid&ecirc;ncias textuais que a deusa era patrona dos oficiais navais e protetora do direito civil.
<o:p></o:p>
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10 fatos que você ainda não sabe sobre a mitologia grega

Imagem de Direitos Humanos: 70 anos da declaração da ONU e a polêmica no Brasil no megacurioso

Por que humanos brasileiros acham que os direitos humanos só servem para os bandidos?

A <a href="https://www.megacurioso.com.br/guerras/101610-10-ideias-equivocadas-que-as-pessoas-tem-sobre-a-segunda-guerra-mundial.htm" target="_blank">Segunda Guerra Mundial</a> foi o <a href="https://www.megacurioso.com.br/guerras/39134-conheca-5-das-batalhas-mais-sangrentas-da-segunda-guerra-mundial.htm" target="_blank">pior conflito da hist&oacute;ria da humanidade</a>, acarretando na morte de ao menos 50 milh&otilde;es de pessoas em diferentes pa&iacute;ses. Logo ap&oacute;s o fim do conflito, em 1945, foi fundada a Organiza&ccedil;&atilde;o das Na&ccedil;&otilde;es Unidas (ONU), com o intuito de prevenir o mundo de outra guerra semelhante. Na &eacute;poca, 51 pa&iacute;ses aderiram &agrave; organiza&ccedil;&atilde;o, hoje j&aacute; s&atilde;o 193.
Uma das primeiras e maiores a&ccedil;&otilde;es da ONU foi a divulga&ccedil;&atilde;o, em 10 de dezembro de 1948, da Declara&ccedil;&atilde;o Universal dos Direitos Humanos (DUDH), que foi criada por diferentes autores, mas, principalmente, pelo jurista canadense John Peters Humphrey. Ainda que n&atilde;o tenha o respaldo de ser uma lei, a DUDH serve como diretriz para que os pa&iacute;ses criem artif&iacute;cios que promovam os direitos humanos b&aacute;sicos &ndash; a Constitui&ccedil;&atilde;o brasileira de 1988 &eacute; um desses frutos.
Para o <a href="http://www.buffalo.edu/ubnow/stories/2015/12/qa_welch_udhr.html" target="_blank">cientista pol&iacute;tico Claude Welch</a>, a DUDH &eacute; um dos documentos mais importantes do s&eacute;culo XX, tendo sido o mais traduzido &ndash; ela est&aacute; no Guinness Book por j&aacute; ter vers&otilde;es em ao menos 508 l&iacute;nguas, <a href="https://www.ohchr.org/EN/UDHR/Pages/Language.aspx?LangID=por" target="_blank">leia em portugu&ecirc;s neste link</a>. &ldquo;A DUDH provou ser uma base extraordinariamente flex&iacute;vel para o cont&iacute;nuo aprofundamento do pr&oacute;prio conceito de direitos humanos&rdquo;, explica o professor.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2018/12/10/eleanor-roosevelt-10195708412326.jpg" alt="Eleanor Roosevelt" />Eleanor Roosevelt segura um cartaz com a Declara&ccedil;&atilde;o Universal dos Direitos Humanos
<h2>Um breve hist&oacute;rico dos direitos humanos</h2>
A Declara&ccedil;&atilde;o Universal dos Direitos Humanos completou 70 anos nesta segunda-feira &ndash; algo curioso, visto que a humanidade est&aacute; circulando pela Terra h&aacute; milhares de anos. Antes de ela ser escrita e divulgada, outros documentos importantes tentaram assegurar os direitos humanos de toda a popula&ccedil;&atilde;o.
A <a href="https://www.megacurioso.com.br/historia-e-geografia/47987-magna-carta-danificada-e-lida-pela-primeira-vez-em-283-anos.htm" target="_blank" title="Magna Carta danificada &eacute; lida pela primeira vez em 283 anos ">Magna Carta</a>, de 1215, imp&ocirc;s limites &agrave; monarquia da Inglaterra, que enfrentava conflitos com a Igreja Cat&oacute;lica e com grandes bar&otilde;es da &eacute;poca. A Declara&ccedil;&atilde;o dos Direitos do Homem e do Cidad&atilde;o, de 1789, &eacute; um dos resultados da Revolu&ccedil;&atilde;o Francesa e estabelecia os direitos individuais e coletivos dos franceses. Esta &uacute;ltima saiu no mesmo ano da Declara&ccedil;&atilde;o dos Direitos dos Estados Unidos, que &eacute; como s&atilde;o conhecidas as 10 primeiras emendas da Constitui&ccedil;&atilde;o do pa&iacute;s.
Aqui no Brasil, podemos destacar a Lei &Aacute;urea, de 1888, que foi assinada pela Princesa Isabel e extinguiu a escravid&atilde;o no pa&iacute;s. Ainda que muitos questionem a efetividade dessa lei, na teoria ela deveria ter libertado todos os trabalhadores em regime escravo, que eram predominantemente negros.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2018/12/10/direitos-humanos-10195845486328.jpg" alt="direitos humanos" />Direitos humanos, direitos de todos
<h2>Por que os direitos humanos geram tanta pol&ecirc;mica no Brasil?</h2>
A DUDH &eacute; um documento com 30 artigos que tentam determinar que todos os seres humanos merecem um tratamento digno e igualit&aacute;rio. O artigo 3&ordm;, por exemplo, fala que &ldquo;todo indiv&iacute;duo tem direito &agrave; vida, &agrave; liberdade e &agrave; seguran&ccedil;a pessoal&rdquo;. J&aacute; o artigo 10&ordm; fala que &ldquo;toda pessoa tem direito, em plena igualdade, a que sua causa seja equitativa e publicamente julgada por um tribunal independente e imparcial, que decida dos seus direitos e obriga&ccedil;&otilde;es ou das raz&otilde;es de qualquer acusa&ccedil;&atilde;o em mat&eacute;ria penal que contra ela seja deduzida&rdquo;.
Ou seja, por mais que uma pessoa descumpra o artigo 3&ordm; e acabe atentando contra a vida de um semelhante, a DUDH garante que ela tenha um julgamento justo e imparcial. Aqui no Brasil, muita gente pensa que, por isso, os direitos humanos s&oacute; privilegiam os bandidos, o que &eacute; de uma desinforma&ccedil;&atilde;o gigantesca. E desinforma&ccedil;&atilde;o &ndash; ou fake news, como preferir &ndash; &eacute; a maior arma de pessoas de m&aacute;-f&eacute; que manipulam a opini&atilde;o alheia distorcendo os fatos.
Outros direitos b&aacute;sicos citados DUDH incluem o direito &agrave; propriedade, &agrave; nacionalidade, &agrave; liberdade de pensamento e de religi&atilde;o, ao trabalho, ao descanso, ao lazer, &agrave; sa&uacute;de, ao bem-estar, &agrave; educa&ccedil;&atilde;o etc. Todos esses direitos, como voc&ecirc;s podem deduzir, n&atilde;o s&atilde;o &ldquo;direitos de bandidos&rdquo;, mas sim direitos de todos. E cabe a n&oacute;s cobrarmos para que direitos humanos sejam respeitados por todos os governos e por todas as autoridades mundiais.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2018/12/10/charge-10200229747330.jpg" alt="charge" />
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Direitos Humanos: 70 anos da declaração da ONU e a polêmica no Brasil

Imagem de Drops Históricos #37: Sua dose semanal de História aqui no Mega no megacurioso

Você quer história? Então chega mais que a coluna desta semana está recheada de bons causos para quem curte relembrar fatos antigos.

Os &uacute;ltimos 200 anos foram efervescentes, com duas grandes guerras e diversos conflitos menores, alguns inclusive continuam rolando at&eacute; hoje. Mas n&atilde;o h&aacute; como negar que o desenrolar desses 2 &uacute;ltimos s&eacute;culos foi fundamental para moldar o mundo como o vemos hoje.
At&eacute; mesmo as grandes guerras tiveram seu papel na conquista da fr&aacute;gil civilidade que hoje impera internacionalmente, ainda que com tantos percal&ccedil;os e dificuldades. Por exemplo: n&atilde;o fosse o Holocausto promovido por Hitler e seus apoiadores na d&eacute;cada de 40, talvez n&atilde;o tiv&eacute;ssemos hoje no mundo esfor&ccedil;os globais t&atilde;o dedicados a tomar conta dos direitos humanos e garantir o m&iacute;nimo de sobreviv&ecirc;ncia aos cidad&atilde;os.
&Eacute; com essa deixa que a gente come&ccedil;a nossa coluna Drops Hist&oacute;ricos da semana, que, salvo duas exce&ccedil;&otilde;es, passa-se no intervalo de 2 s&eacute;culos, em que grandes conquistas foram alcan&ccedil;adas.
<h2>10 de dezembro</h2>
1948: Declara&ccedil;&atilde;o Universal dos Direitos Humanos &eacute; adotada pela ONU
H&aacute; 70 anos, neste dia, a Organiza&ccedil;&atilde;o das Na&ccedil;&otilde;es Unidas (ONU) adotava oficialmente, por meio de sua Assembleia Geral, a Declara&ccedil;&atilde;o Universal dos Direitos Humanos&nbsp;&ndash;&nbsp;que, na foto abaixo, est&aacute; nas m&atilde;os de Eleanor Roosevelt, ent&atilde;o primeira-dama dos Estados Unidos.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2018/12/06/06091430622296.jpg" alt="" />
Embora hoje em dia exista uma certa confus&atilde;o com rela&ccedil;&atilde;o ao que significa, no fim das contas essa express&atilde;o "direitos humanos" &eacute; um conjunto de pr&aacute;ticas e quest&otilde;es que devem ser asseguradas a todos os cidad&atilde;os do mundo pelas suas respectivas na&ccedil;&otilde;es.
Hoje traduzida em 514 idiomas e dialetos, a Declara&ccedil;&atilde;o &eacute; o documento mais traduzido do mundo&nbsp;&ndash;&nbsp;est&aacute; at&eacute; no "Guinness"! Ela veio em um momento de p&oacute;s-guerra em que as pessoas tiveram suas condi&ccedil;&otilde;es b&aacute;sicas de vida anuladas ou desrespeitadas, de forma que sentiam, ent&atilde;o, uma grande necessidade de estabelecer limites para toda e qualquer tipo de barb&aacute;rie.
<h2>11 de dezembro</h2>
1946: Funda&ccedil;&atilde;o da Unicef
A preocupa&ccedil;&atilde;o com as condi&ccedil;&otilde;es b&aacute;sicas de vida do ser humano, no entanto, n&atilde;o nasceu somente com a Declara&ccedil;&atilde;o Universal dos Direitos Humanos, ela j&aacute; existia. Algumas atitudes demonstram isso atrav&eacute;s dos tempos, por exemplo a funda&ccedil;&atilde;o, em Nova York, da Unicef, uma entidade voltada para o atendimento das necessidades b&aacute;sicas das crian&ccedil;as no mundo.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2018/12/06/06091236419295.jpg" alt="" />
Foi tamb&eacute;m durante uma Assembleia Geral da ONU, 2 anos antes, que foi criado o Fundo das Na&ccedil;&otilde;es Unidas para a Inf&acirc;ncia, tamb&eacute;m motivado pelo p&oacute;s-guerra, visando arrecadar recursos para milh&otilde;es de crian&ccedil;as em situa&ccedil;&otilde;es emergenciais em pa&iacute;ses da Europa e da &Aacute;sia.
No Brasil, a Unicef chegou bem antes que o Renato Arag&atilde;o come&ccedil;asse a descer de helic&oacute;ptero no meio do Crian&ccedil;a Esperan&ccedil;a. J&aacute; em 1950, foi instalado no pa&iacute;s, em Jo&atilde;o Pessoa, na Para&iacute;ba, o primeiro escrit&oacute;rio da entidade.
Embora hoje combater a fome ainda seja um do objetivo da Unicef, o Fundo agora tamb&eacute;m se preocupa com direitos que v&atilde;o al&eacute;m das necessidades b&aacute;sicas, chegando a a&ccedil;&otilde;es de forma&ccedil;&atilde;o profissional, seguran&ccedil;a, migra&ccedil;&atilde;o, entre outros.
<h2>12 de dezembro</h2>
2000: Chernobyl &eacute; desligada
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2018/12/06/06091108575294.jpg" alt="" />
J&aacute; se v&atilde;o 18 anos desde o fechamento da Usina Nuclear de Chernobyl, respons&aacute;vel por um dos piores acidentes nucleares da hist&oacute;ria da humanidade, ocorrido em 1986.
Em abril daquele ano, o reator 4 da usina explodiu, eliminando grandes quantidades de materiais radioativos na regi&atilde;o, afetando diversos pa&iacute;ses em todo o continente. A usina, no entanto, continuou ativa por 9 anos depois desse epis&oacute;dio, vivenciando ainda, 4 anos depois, um inc&ecirc;ndio no reator 2.
Uma d&eacute;cada depois, os reatores come&ccedil;aram a ser fechados, em 1996, de forma que o terceiro teve suas atividades encerradas em 2000.
<h2>13 de dezembro</h2>
1968: Ato Institucional N&ordm; 5
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2018/12/06/06091056450293.jpg" alt="" />
Exatamente 50 anos atr&aacute;s, o governo militar declarava oficialmente a assinatura daquele que foi talvez o mais violento e antidemocr&aacute;tico decreto de uma administra&ccedil;&atilde;o nacional na hist&oacute;ria do Brasil, o AI-5.
N&atilde;o &agrave; toa, essa data &eacute; considerada por muitos como o in&iacute;cio oficial do per&iacute;odo mais intenso da ditadura militar, que come&ccedil;ou 4 anos antes, com o golpe de 1964. Com ele, o poder Executivo, por meio do presidente Costa e Silva, colocava-se acima de tudo e de todos, podendo legislar para a na&ccedil;&atilde;o, algo que &eacute; atribui&ccedil;&atilde;o do poder Legislativo&nbsp;&ndash;&nbsp;ou seja, de deputados e senadores.
Garantias institucionais:&nbsp;como as asseguradas pela Declara&ccedil;&atilde;o dos Direitos Humanos, de d&eacute;cadas antes, eram ent&atilde;o ignoradas com o respaldo da lei, que fazia vista grossa a pr&aacute;ticas como a tortura.
<h2>14 de dezembro</h2>
1918: As mulheres brit&acirc;nicas votam pela primeira vez
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A hist&oacute;ria das sufragistas do Reino Unido correu o mundo infinitas vezes na forma de livro, conto, filme, a partir de muitas vozes diferentes, que sempre passaram a mesma importante mensagem: a de um grupo de mulheres que, ainda que com recortes sociais e de ra&ccedil;a, deu passos fundamentais para a igualdade de g&ecirc;neros na atualidade.
Foi gra&ccedil;as &agrave; luta de mulheres como Emily Wilding Davison, que literalmente deu sua vida para que os olhos do governo e da realeza se voltassem para a causa, que as mulheres foram &agrave;s urnas em elei&ccedil;&otilde;es gerais pela primeira vez na Inglaterra exatamente 100 anos atr&aacute;s, j&aacute; com a possibilidade tamb&eacute;m de se candidatarem a fun&ccedil;&otilde;es p&uacute;blicas.
Gra&ccedil;as ao Ato de Representa&ccedil;&atilde;o do Povo daquele ano, 8,4 milh&otilde;es de mulheres puderam votar e, j&aacute; no ano seguinte, Nancy Astor se tornou a primeira mulher a ocupar um lugar na House Of Commons, a C&acirc;mara dos Comuns, do pa&iacute;s. A primeira a ser eleita parlamentar, no entanto, foi Constance Markievicz, 10 anos depois.
<h2>15 de dezembro</h2>
1891: James Naismith inventa o basquetebol
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Foi no estado de Massachusetts, nos Estados Unidos, que um professor de educa&ccedil;&atilde;o f&iacute;sica pela primeira vez tentou elaborar as regras para o jogo que hoje conhecemos como basquetebol. Ele queria algo que pudesse ser jogado no frio, em lugares fechados, j&aacute; que os esportes mais comuns naquela &eacute;poca, final do s&eacute;culo 19, eram outdoor.
Neste v&iacute;deo, a TV Escola conta a hist&oacute;ria do esporte desde as primeiras regras criadas por James Naismith at&eacute; a forma como ele &eacute; jogado atualmente.
<iframe width="853" height="480" src="http://www.youtube.com/embed/UqayB0hgJUI&amp;feature=youtu.be&amp;list=PLjzl1Kvpa9BKid5yO6Elm29uJhJw5CSFM?start=0" frameborder="0" allowfullscreen="allowfullscreen"></iframe>
<h2>16 de dezembro</h2>
1773: Festa do Ch&aacute; de Boston
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O epis&oacute;dio que se passou na ba&iacute;a de Massachusetts, em Boston, no dia 16 de dezembro de 1773, de festa s&oacute; tem mesmo o nome. Os norte-americanos, devido &agrave; explora&ccedil;&atilde;o vinda de seu colonizador, a Inglaterra, j&aacute; estavam cansados de pagar impostos e enviar boa parte de suas riquezas para o outro lado do oceano.
Naquele dia, no entanto, eles simplesmente explodiram. Em protesto, os colonos lan&ccedil;aram ao mar o carregamento inteiro de tr&ecirc;s navios da Companhia Brit&acirc;nica das &Iacute;ndias Orientais, em um evento que se tornou um dos mais importantes epis&oacute;dios rumo &agrave; independ&ecirc;ncia dos Estados Unidos, que aconteceu menos de 2 anos depois, tendo justamente Boston como uma das cidades-chave para o processo de ganho de autonomia nacional.
E sabe qual foi um dos principais nomes da Festa do Ch&aacute; de 1973? George Washington, que mais tarde foi presidente dos Estados Unidos e hoje d&aacute; nome &agrave; capital e sede do governo do pa&iacute;s, Washington.
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Drops Históricos #37: Sua dose semanal de História aqui no Mega

Imagem de Pintura rupestre de 40 mil anos foi descoberta na Ásia no megacurioso

A ilha de Bornéu, localizada no sudeste do continente asiático, abriga o que provavelmente é o desenho mais antigo do mundo de um animal

Sob a cadeia de montanhas de Kalimantan, na Indon&eacute;sia, repousa uma verdadeira galeria de arte pr&eacute;-hist&oacute;rica, conhecida pelos moradores da ilha de Born&eacute;u h&aacute; s&eacute;culos. As marcas de m&atilde;os que se situam nas paredes, deixadas por indiv&iacute;duos h&aacute; dezenas de milhares de anos nas cavernas em tinta vermelha e laranja, no entanto, n&atilde;o s&atilde;o as &uacute;nicas lembran&ccedil;as desse passado t&atilde;o distante.
<h2>Artistas do passado</h2>
Um estudo realizado por pesquisadores da Griffith University, na Austr&aacute;lia, e divulgado pela revista Nature, mostrou que, entre as imagens de m&atilde;os, existem tamb&eacute;m pinturas figurativas de criaturas que lembram vacas. Enquanto os desenhos datam de entre 40 e 52 mil anos de hist&oacute;ria, esses retratos de bichos&nbsp;&ndash;&nbsp;tr&ecirc;s deles, para ser mais exata&nbsp;&ndash;&nbsp;feitos dentro da caverna de Lubang Jeriji Sal&eacute;h, localizada na ilha, tamb&eacute;m s&atilde;o de provavelmente 40 mil anos atr&aacute;s.
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As figuras n&atilde;o s&atilde;o mais antigas do que as m&atilde;os, mas deixam para tr&aacute;s as pinturas de animais que se pensava serem as mais antigas at&eacute; ent&atilde;o, todas inclusive na mesma regi&atilde;o de Kalimantan.
"A mais antiga imagem de arte rupestre que n&oacute;s datamos &eacute; uma grande pintura de um animal n&atilde;o identificado, provavelmente uma esp&eacute;cie de gado selvagem ainda encontrado nas selvas de Born&eacute;u&nbsp;&ndash;&nbsp;essa tem uma idade m&iacute;nima de 40 mil anos e &eacute; agora a mais antiga obra de arte figurativa conhecida", disse Maxime Aubert, um dos autores da pesquisa.
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As cavernas n&atilde;o s&atilde;o novidade como objeto de pesquisa. Elas inclusive j&aacute; foram estudadas pelo mesmo grupo na d&eacute;cada de 1990. Mas, entre 2016 e 2017, os pesquisadores retornaram para o s&iacute;tio arqueol&oacute;gico para coletar novas amostras que pudessem fornecer dados mais exatos sobre as pinturas rupestres.
Agora, eles analisaram 15 amostras de carbonato de c&aacute;lcio extra&iacute;das de seis cavernas de regi&otilde;es pr&oacute;ximas &agrave;s pinturas.&nbsp;Para os exploradores, foi uma surpresa perceber a possibilidade de as pinturas rupestres serem mais antigas do que o esperado. Isso porque os novos dados ajudam a compreender uma mudan&ccedil;a na representa&ccedil;&atilde;o de animais na vis&atilde;o dos humanos da &eacute;poca, definindo tr&ecirc;s etapas da arte paleol&iacute;tica na regi&atilde;o.
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Você soube da incrível pintura de 40 mil anos que foi descoberta na Ásia?

Imagem de Conheça a ilha de Goreia, um dos maiores símbolos históricos da escravidão no megacurioso

Localizado perto de Senegal, o local era utilizado como ponto de comércio de escravos; milhares ou até milhões de africanos eram mantidos durante meses em celas

Voc&ecirc; j&aacute; ouviu falar sobre a ilha de Goreia tamb&eacute;m conhecida como Gor&eacute;e? Localizado perto da costa de Dakar, no Senegal (&Aacute;frica Ocidental), o local hoje em dia &eacute; um ponto tur&iacute;stico t&atilde;o pac&iacute;fico que, de acordo com relatos de turistas, d&aacute; para se sentir &ldquo;um peregrino visitando um templo sagrado&rdquo;. Por&eacute;m, a hist&oacute;ria da regi&atilde;o n&atilde;o tem absolutamente nada a ver com paz, tranquilidade e felicidade. Pelo contr&aacute;rio: a ilha foi, durante muitos anos, um dos maiores pontos de tr&aacute;fico de escravos do mundo.
<h2>Hist&oacute;rico</h2>
A primeira civiliza&ccedil;&atilde;o a colocar os p&eacute;s na ilha foram os portugueses, que desembarcaram por l&aacute; em 1444; por&eacute;m, em 1588, eles perderam o territ&oacute;rio para os holandeses. Ao longo do tempo, o local ainda passou pelas m&atilde;os dos brit&acirc;nicos e at&eacute; dos franceses, at&eacute; que, em 1960, Senegal declarou sua independ&ecirc;ncia e tomou Goreia como parte de seu territ&oacute;rio. Por&eacute;m, seu uso como &ldquo;estoque&rdquo; e &ldquo;loja&rdquo; de escravos ocorreu durante 1536 e 1848, especialmente no &ldquo;reinado&rdquo; da Holanda.
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A ilha de Goreia &eacute; um local min&uacute;sculo &mdash; ela possui apenas 45 acres (cerca de 180 m&sup2;) de extens&atilde;o. Al&eacute;m disso, por ser razoavelmente distante da costa de Dakar, era imposs&iacute;vel fugir nadando: os poucos escravos que tentaram fazer isso acabaram morrendo afogados. Ao perceber que a regi&atilde;o era prop&iacute;cia para tal atividade, os holandeses constru&iacute;ram em 1776 a Casa dos Escravos e passaram a utiliz&aacute;-la como um ponto de parada entre a captura dos escravos africanos e a venda para os pa&iacute;ses interessados.
<h2>Loja da escravid&atilde;o</h2>
Em determinado per&iacute;odo hist&oacute;rico, a ilha contou com nada menos do que 28 casas desse tipo. Todas eram equipadas com celas min&uacute;sculas &mdash; cada uma com 2,6 metros &mdash; nas quais eram acomodados de 15 a 20 escravos homens. As mulheres e as crian&ccedil;as eram mantidas em locais separados, sendo muitas vezes abusadas por seus &ldquo;donos&rdquo;. Os africanos ficavam sempre presos, sendo alimentados e liberados uma vez por dia para fazer suas necessidades fisiol&oacute;gicas.
Muitas vezes, os escravos eram mantidos nessas condi&ccedil;&otilde;es durante meses, at&eacute; que um &ldquo;cliente&rdquo; fosse visit&aacute;-los para discutir pre&ccedil;os e &ldquo;avaliar a qualidade das mercadorias&rdquo;. Os escolhidos eram removidos da sala e levados para a &ldquo;porta sem retorno&rdquo;, pela qual era feito o embarque no navio do comprador, sendo transportados at&eacute; seu destino final. Obviamente, muitos deles morriam por conta da falta de condi&ccedil;&otilde;es de higiene nas quais eram mantidos.
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Os historiadores costumam discutir na hora de calcular o n&uacute;mero de escravos que passou pela ilha. Os mais c&eacute;ticos afirmam que suas dimens&otilde;es tornam imposs&iacute;vel &ldquo;milh&otilde;es&rdquo; de africanos terem sido mantidos presos l&aacute;; a quantidade mais razo&aacute;vel que se fala &eacute; de 26 mil escravos, o que ainda assim &eacute; uma quantia assustadora. Felizmente, a Casa dos Escravos se transformou em um museu em 1962; em 1978, a UNESCO a designou como um Patrim&ocirc;nio Mundial, recebendo cerca de 200 mil turistas por ano.
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Conheça a ilha de Goreia, um dos maiores símbolos históricos da escravidão

Imagem de 5 palavras da ciência com origens fascinantes que usamos no cotidiano no megacurioso

Todo mundo sabe o que é eletricidade, célula, câncer… mas de onde surgiram essas palavras? Descubra as origens inusitadas desses termos nesta lista!

A ci&ecirc;ncia rodeia nossas vidas, ela vai da televis&atilde;o que ligamos pelo controle remoto enquanto estamos jogados no sof&aacute; at&eacute; o arroz e feij&atilde;o em nosso prato, que passou por um longo processo de produ&ccedil;&atilde;o at&eacute; chegar ali. Palavras criadas por cientistas tamb&eacute;m fazem parte da nossa linguagem cotidiana, como c&acirc;ncer e eletricidade. Mas voc&ecirc; j&aacute; parou para pensar na origem desses termos?
Confira, abaixo, o surgimento curioso dessas e de outras palavras cient&iacute;ficas:&nbsp;
<h2>Eletricidade&nbsp;</h2>
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N&atilde;o conseguimos mais viver sem eletricidade, desde a l&acirc;mpada que ilumina nossas casas at&eacute; as tomadas que carregam nossos celulares. O americano Benjamin Franklin &eacute; muito famoso por suas experi&ecirc;ncias realizadas com fluxos de carga el&eacute;trica no s&eacute;culo 18, mas a verdade &eacute; que estes despertam a curiosidade dos seres humanos desde a Antiguidade.&nbsp;
Por volta de 600 a.C., o fil&oacute;sofo grego Tales de Mileto fez uma s&eacute;rie de observa&ccedil;&otilde;es esfregando um peda&ccedil;o de &acirc;mbar em uma lasca de pele de carneiro. Ele percebeu que o atrito gerava cargas que atraiam pequenos objetos pelo pr&oacute;prio &acirc;mbar e que friccionando as superf&iacute;cies por muito tempo surgiam fa&iacute;scas. E qual &eacute; a palavra grega para &acirc;mbar? Elektron, que batizou a eletricidade.
<h2>C&eacute;lula</h2>
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As c&eacute;lulas foram descobertas pelo f&iacute;sico Robert Hooke na d&eacute;cada de 1660. Ele as identificou pela primeira vez quando observou uma lasca de corti&ccedil;a sob um microsc&oacute;pio e se deparou com pequenas estruturas que pareciam estar envoltas por min&uacute;sculas paredes.
Em 1665, Hooke publicou um livro em que comparou as c&eacute;lulas da corti&ccedil;a com os pequenos quartos onde os monges viviam. Ele pr&oacute;prio batizou a palavra, inspirado no termo em latim cellula (quarto pequeno).
<h2>C&acirc;ncer&nbsp;</h2>
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J&aacute; parou para pensar por que c&acirc;ncer &eacute; tanto o nome de uma doen&ccedil;a como o de uma constela&ccedil;&atilde;o no c&eacute;u? N&atilde;o &eacute; uma mera coincid&ecirc;ncia. A palavra vem do grego karkinos, que significa caranguejo.&nbsp;
Assim como o formato da constela&ccedil;&atilde;o lembra o crust&aacute;ceo, o grego Hip&oacute;crates, considerado o pai da medicina, percebeu a semelhan&ccedil;a de alguns tumores ramificados sob a pele de seus pacientes falecidos por volta de 400 a.C. com a forma do animal.&nbsp;
Cerca de 450 anos depois, o m&eacute;dico greco-romano Celsus fez a mesma analogia, mas em latim: ele relacionou a doen&ccedil;a ao termo carcinoma, que tamb&eacute;m significa caranguejo.
<h2>Planeta</h2>
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As estrelas se movem no c&eacute;u, mas est&atilde;o t&atilde;o distantes de n&oacute;s que parecem fixas, sempre na mesma forma&ccedil;&atilde;o em rela&ccedil;&atilde;o uma a outra. J&aacute; os planetas, bem mais pr&oacute;ximos da Terra, mudam de posi&ccedil;&atilde;o no c&eacute;u de maneira muito mais r&aacute;pida. Por esse motivo, os gregos batizaram esses corpos celestes como asters planetai, que significa estrelas errantes.
<h2>Gal&aacute;xia</h2>
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Gal&aacute;xia vem do grego g&aacute;la, que quer dizer leite. Sim, mesmo na Gr&eacute;cia Antiga, os astr&ocirc;nomos comparavam a linha branca do c&eacute;u noturno formada por bilh&otilde;es de estrelas &mdash; que hoje chamamos de Via L&aacute;ctea &mdash; com o leite. Posteriormente, o significado da palavra foi ampliado para descrever outros sistemas estelares.
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5 palavras da ciência com origens fascinantes que usamos no cotidiano

Imagem de Drops Históricos #36: Sua dose semanal de História aqui no Mega no megacurioso

Já parou para pensar que, todos os dias, alguém está inventando moda e desenvolvendo coisas novas que, no futuro, podem mudar sua vida? Venha ver!


<a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/110181-drops-historicos-35-sua-dose-semanal-de-historia.htm">Na semana passada, a gente mencionou por aqui</a> uma das inven&ccedil;&otilde;es &ndash; entre tantas! &ndash; de um carinha chamado Thomas Edison. Se existia algo que esse mo&ccedil;o gostava de fazer desde muito cedo, era inventar coisas.
A curiosidade ali parou e fez ninho, de modo que, na conta do tal do Edison, est&atilde;o geringon&ccedil;as como um sistema el&eacute;trico que enviava sinais sonoros, parecido com o que hoje chamamos de despertador; uma ratoeira el&eacute;trica; uma m&aacute;quina que lembrava uma urna eletr&ocirc;nica, e tinha exatamente essa finalidade; um indicador de cota&ccedil;&otilde;es para a bolsa de valores de Nova York; um fon&oacute;grafo; e, claro, a l&acirc;mpada el&eacute;trica. A verdade &eacute; que Edison patenteou mais de 300 engenhocas&nbsp;&ndash;&nbsp;ele era realmente um g&ecirc;nio.
Se organizar direitinho, &eacute; poss&iacute;vel perceber que todos os dias do ano ele esteve inventando ou aperfei&ccedil;oando alguma coisa. N&atilde;o &eacute; uma loucura? Pois bem, acontece que nem s&oacute; de Thomas Edison se faz o mundo da inventividade, e, entre inaugura&ccedil;&otilde;es, funda&ccedil;&otilde;es, grandes feitos e cria&ccedil;&otilde;es, diariamente aparecem novidades e evolu&ccedil;&atilde;o. A gente separou algumas aqui para voc&ecirc; conhecer neste Drops Hist&oacute;ricos de n&uacute;mero 36!
<h2>3 de Dezembro</h2>
1967: Primeiro transplante de cora&ccedil;&atilde;o ocorre na &Aacute;frica do Sul
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Christiaan Neethling Barnard, um sul-africano que hoje teria 96 anos de vida, foi o m&eacute;dico respons&aacute;vel pelo primeiro transplante de cora&ccedil;&atilde;o bem-sucedido na hist&oacute;ria da humanidade. V&aacute;rias tentativas foram feitas anteriormente, mas somente em 3 de dezembro de 1967 que, no Hospital Groote Schuur, na Cidade do Cabo, &Aacute;frica do Sul, um cora&ccedil;&atilde;o de uma pessoa bateu saudavelmente dentro do peito de outra.
O paciente sobreviveu por algumas semanas, por&eacute;m, acabou falecendo. Ainda assim, o procedimento marcou a hist&oacute;ria da medicina. Meses depois, Barnard realizou um segundo transplante, que, dessa vez, deu cerca de 2 anos de vida a mais &agrave; pessoa que recebeu o cora&ccedil;&atilde;o.
<h2>4 de Dezembro</h2>
1888: &Eacute; registrada a c&acirc;mera Kodak
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George Eastman, um norte-americano do estado de Nova York, trabalhava como guarda-livros em um banco na cidade de Rochester quando come&ccedil;ou a desenvolver o interesse pela fotografia&nbsp;&ndash;&nbsp;e um pouco de implic&acirc;ncia pela complexidade do processo de registrar uma imagem. Na d&eacute;cada de 70, ele encontrou um m&eacute;todo diferente de realizar a captura de fotos: registrar as formas em uma chapa fotogr&aacute;fica seca.
Ele levou quase uma d&eacute;cada no processo de cria&ccedil;&atilde;o, patentea&ccedil;&atilde;o e funda&ccedil;&atilde;o de sua empresa, a Eastman Dry Plate and Film Company, que, junto com o rolo de filmes para o cinema, desenvolvido por William Walker, inovava e revolucionava a forma como as fotografias eram feitas.
Foi somente 4 anos depois, em 1888, que Eastman registrou a marca Kodak e lan&ccedil;ou sua primeira c&acirc;mera fotogr&aacute;fica.
Nos anos seguintes, a empresa foi aprimorando suas tecnologias at&eacute; gerar c&acirc;meras mais elaboradas e evolu&iacute;das, como a que leva um filme de 16 mil&iacute;metros lan&ccedil;ada pela marca em 1932.
<h2>5 de Dezembro</h2>
1908: Funda&ccedil;&atilde;o da Cruz Vermelha Brasileira
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Afinal de contas, voc&ecirc; sabe o que faz a Cruz Vermelha e qual a diferen&ccedil;a entre esta e outras associa&ccedil;&otilde;es voltadas &agrave; sa&uacute;de? Tudo remete a sua funda&ccedil;&atilde;o!
Criada em 1908, a Cruz Vermelha &eacute; uma organiza&ccedil;&atilde;o humanit&aacute;ria voltada a trabalhos de socorro e primeiro atendimento a pessoas em situa&ccedil;&atilde;o de risco. Hoje, ela tamb&eacute;m se dedica &agrave; forma&ccedil;&atilde;o de socorristas, com cursos e aulas de enfermagem.
A institui&ccedil;&atilde;o foi inspirada em organiza&ccedil;&otilde;es humanit&aacute;rias internacionais, a partir da iniciativa do m&eacute;dico Joaquim de Oliveira Botelho. Um ano depois de acontecerem as primeiras articula&ccedil;&otilde;es para a cria&ccedil;&atilde;o de uma institui&ccedil;&atilde;o desse tipo, a sociedade foi fundada no Rio de Janeiro, tendo como primeiro presidente um sanitarista chamado Oswaldo Cruz&nbsp;&ndash;&nbsp;cujo nome voc&ecirc; j&aacute; deve ter ouvido, pois nomeia pra&ccedil;as e ruas pelo pa&iacute;s afora.
Logo em seus primeiros anos de atividade, a Cruz Vermelha j&aacute; teve uma forte atua&ccedil;&atilde;o devido ao envolvimento do pa&iacute;s na Primeira Guerra Mundial.
A institui&ccedil;&atilde;o foi essencial para enraizar a participa&ccedil;&atilde;o da mulher nas organiza&ccedil;&otilde;es de sa&uacute;de, j&aacute; que, com a cria&ccedil;&atilde;o da se&ccedil;&atilde;o feminina, a sociedade conseguiu incentivar tamb&eacute;m a cria&ccedil;&atilde;o de uma Escola Pr&aacute;tica de Enfermagem.
A atua&ccedil;&atilde;o da Cruz Vermelha &eacute; muito parecida com a do corpo de bombeiros, por&eacute;m, ela &eacute; a &uacute;nica com autoriza&ccedil;&atilde;o para atender em qualquer lugar do pa&iacute;s, diferente dos demais socorristas, que t&ecirc;m atua&ccedil;&atilde;o regional&nbsp;&ndash;&nbsp;por estado ou cidade.
<h2>6 de Dezembro</h2>
1946: Willard Libby apresenta o rel&oacute;gio de precis&atilde;o
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Qu&iacute;mico integrante do Projeto Manhattan durante a Segunda Guerra Mundial, Willard Frank Libby foi respons&aacute;vel por desenvolver o m&eacute;todo de medi&ccedil;&atilde;o de datas mais preciso do mundo.
Voc&ecirc; j&aacute; se perguntou, por exemplo, como os cientistas determinam a idade de itens arqueol&oacute;gicos? Parte dessas informa&ccedil;&otilde;es se d&aacute; justamente com a ajuda do Libby!
Seu m&eacute;todo, a data&ccedil;&atilde;o por radiocarbono, utiliza o carbono-14 para determinar a idade de materiais feitos desse elemento e que tenham at&eacute; 60 mil anos.
No dia 6 de dezembro de 1946, ele apresentou um rel&oacute;gio at&ocirc;mico que utiliza essa tecnologia e &eacute; capaz de medir o tempo com tanta precis&atilde;o que atrasaria apenas 1 segundo em 300 mil anos! Interessante, n&atilde;o &eacute;?
<h2>7 de Dezembro</h2>
1988: Primeiro transplante simult&acirc;neo de cora&ccedil;&atilde;o e pulm&atilde;o
Foi aqui no Brasil que, 30 anos atr&aacute;s, realizou-se o primeiro transplante mundial de dois &oacute;rg&atilde;os important&iacute;ssimos para o corpo em uma mesma opera&ccedil;&atilde;o. Um paciente de 46 anos que sofria de uma doen&ccedil;a do cora&ccedil;&atilde;o teve os pulm&otilde;es prejudicados, e, ao conseguir um doador, a equipe m&eacute;dica optou por transplantar ambos os &oacute;rg&atilde;os em um &uacute;nico procedimento.
Esse fato ocorreu quase 20 anos depois que o cirurgi&atilde;o Eurycl&iacute;des Zerbini realizou o primeiro transplante de cora&ccedil;&atilde;o no Brasil, em 1968.
<h2>8 de Dezembro</h2>
1994: Sintetiza&ccedil;&atilde;o do roentg&ecirc;nio
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Seu s&iacute;mbolo &eacute; Rg, seu n&uacute;mero at&ocirc;mico, 111, mas pode chamar de roentg&ecirc;nio. O elemento qu&iacute;mico sintetizado pela primeira vez por uma equipe de pesquisadores liderados por Peter Armbruster e Sigurd Hofmann, em 1994, &eacute; um dos mais jovens da tabela per&iacute;odica. Ele s&oacute; foi nomeado assim oficialmente uma d&eacute;cada depois.
Antes disso, no entanto, ele era chamado de unununium, com o divertid&iacute;ssimo s&iacute;mbolo Uuu, e tamb&eacute;m de eka-ouro, por ter caracter&iacute;sticas similares ao ouro.
Um dos &aacute;tomos mais pesados, o roentg&ecirc;nio &eacute; considerado um metal de transi&ccedil;&atilde;o, mas n&atilde;o existe em ambiente natural: foi criado a partir da fus&atilde;o do bismuto-209 com &iacute;ons de n&iacute;quel-64.
<h2>9 de Dezembro</h2>
1996: O navegador Opera &eacute; lan&ccedil;ado
Apresentado inicialmente em abril de 1996, o Opera foi lan&ccedil;ado de maneira oficial no dia 9 de dezembro do mesmo ano, depois de dois anos em desenvolvimento pela empresa Telenor, a maior operadora telef&ocirc;nica norueguesa.
Ainda em uso, o Opera &eacute; um dos navegadores para web que possui maior variedade de disponibilidade para diferentes tipos de dispositivos, de computadores a celulares e consoles de video game.
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Drops Históricos #36: Sua dose semanal de História aqui no Mega

Imagem de 100 dias de morte: o genocídio de Ruanda, ignorado pelo mundo no megacurioso

Ao longo de 100 dias, pelo menos 800 mil ruandeses foram assassinados em 1994. Conheça a história de um dos mais sinistros genocídios da Era moderna

Embora a ideia de um genoc&iacute;dio possa parecer coisa do passado, nossa hist&oacute;ria moderna conta com um massacre sinistro, de propor&ccedil;&otilde;es gigantescas. De abril a junho de 1994, estima-se que pelo menos 800 mil ruandeses, a maioria de origem tutsi, foram assassinados ao longo de 100 dias.
Localizado na &Aacute;frica Central, Ruanda possui &ndash; como muitos pa&iacute;ses africanos &ndash; uma hist&oacute;ria de coloniza&ccedil;&atilde;o. Primeiro vieram os alem&atilde;es, em 1894: &agrave; &eacute;poca, o rei ruand&ecirc;s submeteu-se a eles sem resist&ecirc;ncia. Assim, o pa&iacute;s passou a integrar o protetorado alem&atilde;o. Mais tarde, durante a Primeira Guerra Mundial, tropas belgas expulsaram os alem&atilde;es e tomaram o controle do territ&oacute;rio de Ruanda.
<h2>Uma na&ccedil;&atilde;o dividida</h2>
Foi durante esse per&iacute;odo de coloniza&ccedil;&atilde;o que as tens&otilde;es &eacute;tnicas do pa&iacute;s come&ccedil;aram a piorar. Embora falassem a mesma l&iacute;ngua, habitassem as mesmas &aacute;reas e tivessem tradi&ccedil;&otilde;es similares, as duas etnias presentes no territ&oacute;rio sempre estiveram em atrito. A divis&atilde;o entre hutus, parte majoritaria da popula&ccedil;&atilde;o, e uma minoria tutsi existia antes da coloniza&ccedil;&atilde;o, mas se agravou diante de algumas pol&iacute;ticas colonialistas.&nbsp;Em 1916, a administra&ccedil;&atilde;o belga instituiu carteiras de identidade classificadas por etnia.
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A segrega&ccedil;&atilde;o dos hutus e tutsis n&atilde;o parou por a&iacute; &ndash; os colonizadores consideravam os tutsis superiores aos hutus, por isso, ao longo dos mais de 20 anos que se seguiram, os membros da minoria tiveram melhores empregos, educa&ccedil;&atilde;o e uma s&eacute;rie de oportunidades.
Essa prefer&ecirc;ncia teria existido em raz&atilde;o do diferente modo de vida dessas etnias. Enquanto os hutus, primeiros habitantes da regi&atilde;o, seriam mais voltados &agrave; produ&ccedil;&atilde;o agr&iacute;cola, os tutsis eram criadores de gado &ndash; o que teria lhes proporcionado mais riqueza e, consequentemente, mais posi&ccedil;&otilde;es de poder.
A insatisfa&ccedil;&atilde;o se espalhou com o passar dos anos e, em 1959, os hutus deram in&iacute;cio a uma violenta revolu&ccedil;&atilde;o. Mais de 20 mil tutsis foram mortos e outros muitos fugiram, buscando ref&uacute;gio nos pa&iacute;ses vizinhos. Pouco tempo depois, ainda nesse constante clima de tens&atilde;o, os belgas sa&iacute;ram de cena, declarando a independ&ecirc;ncia ruandesa em 1962.
<h2>Independ&ecirc;ncia e guerra civil</h2>
Sob o governo dos hutus, Ruanda tornou-se efetivamente palco de uma guerra entre as etnias. O conflito aconteceu em 1990, com uma s&eacute;rie de retalia&ccedil;&otilde;es dos tutsis exilados. Sob o comando de Paul Kagame, a Frente Patri&oacute;tica Ruandesa (FPR) &ndash; composta por tutsis e hutus moderados &ndash; invade o pa&iacute;s a partir de Uganda e d&aacute; in&iacute;cio a uma guerra civil.
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Com uma forte crise econ&ocirc;mica de pano de fundo, os confrontos seguiram at&eacute; agosto de 1993. Ap&oacute;s muitos ataques e meses de negocia&ccedil;&atilde;o, o ent&atilde;o presidente ruand&ecirc;s Juvenal Habyarimana, um hutu, assinou um acordo de paz. A concilia&ccedil;&atilde;o n&atilde;o durou muito: em abril de 1994, um atentado derrubou o avi&atilde;o em que Habyarimana e outros l&iacute;deres pol&iacute;ticos da regi&atilde;o estavam.
Ainda hoje n&atilde;o se sabe exatamente quem foi o respons&aacute;vel pela morte do presidente. Ambos os lados se acusaram, chegando ao estopim que deu in&iacute;cio ao genoc&iacute;dio ruand&ecirc;s.&nbsp;Menos de uma hora ap&oacute;s a queda do avi&atilde;o, a capital de Ruanda, Kigali, j&aacute; estava tomada por uma onda de pris&otilde;es e mortes tutsis, iniciada pela guarda presidencial. O caos se espalhou rapidamente pelo restante do pa&iacute;s, incitando a viol&ecirc;ncia generalizada.
<h2>O genoc&iacute;cio</h2>
Lideran&ccedil;as pol&iacute;ticas foram brutalmente mortas junto com suas fam&iacute;lias; os assassinatos tamb&eacute;m aconteceram entre vizinhos ou mesmo familiares. Muitos civis participaram do massacre por press&atilde;o do governo, ou mesmo daqueles ao seu redor. Outros receberam incentivos, como &aacute;gua e comida ou os bens daqueles que matavam.&nbsp;Bloqueios foram organizados, resultando na morte de qualquer ruand&ecirc;s que portasse a classifica&ccedil;&atilde;o tutsi em sua identidade. Centenas de mulheres tutsis foram aprisionadas e feitas de escravas sexuais.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2018/11/24/24155531342007.jpg" alt="" />Um dos piores massacres aconteceu na Igreja de Ntarama, a 40 minutos de Kigali. Procurando ref&uacute;gio, muitos tutsis se abrigaram em igrejas na esperan&ccedil;a de que esses espa&ccedil;os seriam respeitados. No entanto, em 15 de abril de 1994, militantes hutus entraram no local assassinando a maior parte dos presentes. Os corpos s&oacute; foram encontrados tr&ecirc;s meses depois e removidos apenas no ano seguinte. Hoje, a igreja foi convertida em um memorial, que abriga mais de 6 mil v&iacute;timas.
<h2>Sem a&ccedil;&atilde;o</h2>
Antes do in&iacute;cio do genoc&iacute;dio em Ruanda, for&ccedil;as das Na&ccedil;&otilde;es Unidas (ONU) e da b&eacute;lgica estavam instaladas no pa&iacute;s. Proibidas de usar sua for&ccedil;a militar, as tropas da ONU estavam em miss&atilde;o de paz desde outubro de 1993. Com a morte de dez belgas em 1994, ambos os grupos foram retirados de Ruanda.
Envolvidos em outro conflito recente na &Aacute;frica, os Estados Unidos tamb&eacute;m decidiram n&atilde;o auxiliar na quest&atilde;o. A Fran&ccedil;a foi o &uacute;nico pa&iacute;s diretamente ligado &agrave; situa&ccedil;&atilde;o: aliadas do governo hutu, tropas francesas foram enviadas a Ruanda em junho de 1994. A ideia era estabelecer zonas de seguran&ccedil;a, que, se por um lado salvaram vidas, tamb&eacute;m permitiram que agressores escapassem.
<h2>Um ponto final?</h2>
Com ajuda do ex&eacute;rcito de Uganda, a FPR foi gradualmente conquistando territ&oacute;rios. Em julho, a Frente conseguiu tomar a capital de Kigali &ndash; a&ccedil;&atilde;o que imp&ocirc;s o fim da matan&ccedil;a. Estima-se que, com a vit&oacute;ria da FPR, 2 milh&otilde;es de hutus tenham fugido por medo de retalia&ccedil;&otilde;es.
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Por fim, o l&iacute;der da FPR, Paul Kagame, tornou-se presidente. Desde ent&atilde;o, o governo ruand&ecirc;s adotou uma s&eacute;rie de medidas para acabar com os conflitos causados pelas diferen&ccedil;as &eacute;tnicas: n&atilde;o h&aacute; mais diferencia&ccedil;&atilde;o nas carteiras de identidades, e discursos de &oacute;dio sobre etnias s&atilde;o pass&iacute;veis de pris&atilde;o. No entanto, muitas s&atilde;o as cr&iacute;ticas &agrave;s pol&iacute;ticas governamentais.
Juridicamente, os l&iacute;deres e organizadores do genoc&iacute;dio foram julgados por um Tribunal Criminal Internacional. Para aqueles que foram linha de frente do genoc&iacute;dio, adotou-se um sistema de justi&ccedil;a comunit&aacute;ria, chamado gacaca. A ideia era julgar os muitos criminosos, mas ao mesmo tempo promover o perd&atilde;o e a reconcilia&ccedil;&atilde;o em suas comunidades. Mais de 1 milh&atilde;o de pessoas foram julgadas por 1,2 milh&atilde;o de casos, distribu&iacute;dos em 12 mil tribunais comunit&aacute;rios.

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100 dias de morte: o genocídio de Ruanda, ignorado pelo mundo

Imagem de Documento histórico, carta de Einstein previu a ascensão do nazismo no megacurioso

Vivendo na Alemanha da década de 1920, Einstein alertou para os perigos do antissemitismo no país. Em carta escrita em 1922, o físico falou sobre seus medos e sua fuga de Berlim

Escrita em 1922, uma carta de Albert Einstein endere&ccedil;ada &agrave; sua irm&atilde; mais nova, Maja, revelou os medos do matem&aacute;tico e f&iacute;sico alem&atilde;o diante do assassinato do ministro das Rela&ccedil;&otilde;es Exteriores da Alemanha. Mesmo 10 anos antes da ascens&atilde;o do partido nazista ao poder, a carta escrita por Einstein j&aacute; levantava alertas para o antissemitismo no pa&iacute;s.<o:p></o:p>
O documento hist&oacute;rico foi vendido por US$ 39.350 em um leil&atilde;o em Jerusal&eacute;m. Respons&aacute;vel pela venda, a casa de leil&otilde;es Kedem acredita que Einstein estivesse em Kiel, no norte da Alemanha, ao escrever a carta. O f&iacute;sico n&atilde;o menciona sua localiza&ccedil;&atilde;o, e o documento n&atilde;o conta com o endere&ccedil;o do remetente. &ldquo;Ningu&eacute;m sabe onde estou; acreditam que estou desaparecido&rdquo;, afirma Einstein &agrave; sua irm&atilde;.<o:p></o:p>
<o:p>&nbsp;<img src="https://mega.ibxk.com.br/2018/11/22/22210007415355.jpg" alt="" /></o:p>
O medo de ser encontrado veio ap&oacute;s o assassinato de Walther Rathenau, ministro das Rela&ccedil;&otilde;es Exteriores do pa&iacute;s, judeu e amigo de Einstein. Com receio de que o j&aacute; conhecido ganhador do Pr&ecirc;mio Nobel de F&iacute;sica fosse o pr&oacute;ximo alvo de extremistas de direita, a pol&iacute;cia o alertou. O f&iacute;sico, ent&atilde;o, teria deixado sua resid&ecirc;ncia em Berlim e se instalado na cidade portu&aacute;ria de Kiel.<o:p></o:p>
&Agrave; &eacute;poca, Einstein estava a caminho de fazer uma s&eacute;rie de palestras pela &Aacute;sia. A &ldquo;turn&ecirc;&rdquo; garantiria sua aus&ecirc;ncia por algum tempo: &ldquo;Estou muito bem, apesar de todos os antissemitas entre meus colegas alem&atilde;es... Aqui est&atilde;o se formando tempos econ&ocirc;mica e politicamente sombrios, ent&atilde;o estou feliz de poder ficar longe de tudo por meio ano&rdquo;, ressaltou.<o:p></o:p>
Parte de uma fam&iacute;lia de origem judaica, o f&iacute;sico foi perseguido pelos nazistas ap&oacute;s a ascens&atilde;o do partido ao poder, em 1932. Quando Hitler tornou-se chanceler da Alemanha, Einstein fazia palestras fora da Alemanha. Antes do in&iacute;cio da Segunda Guerra, renunciou sua cidadania alem&atilde; e se estabeleceu nos Estados Unidos, onde permaneceu at&eacute; o fim de sua vida, em 1955.
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