Imagem de Boeing 727 Angola: um dos casos mais controversos da aviação no megacurioso

Roubo ou esquema criminoso? É o que até hoje o FBI e a CIA tentam descobrir


<p>Na história da aviação contemporânea, entre os 90 voos que se perderam no ar nos últimos 70 anos e nunca mais foram localizados, uma das perdas mais chocantes aconteceu na madrugada de 8 de março de 2014, quando o Boeing 777 da <a href="https://www.megacurioso.com.br/acidentes-estranhos/42350-o-que-pode-ter-acontecido-com-o-aviao-da-malaysia-airlines-.htm" target="_blank" rel="noopener noreferrer">Malaysia Airlines </a>desapareceu no Oceano Índico e nem seus destroços foram encontrados.</p>



<p>Apesar de o caso ser cercado por muitas teorias da conspiração e uma constante aura de mistério, é possível imaginar qual tenha sido o seu destino, diferentemente do Boeing 727 da American Airlines.</p>



<h2>Encontrando um comprador</h2>



<figure class="mt-2"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/12/04/04071946358420.jpg" alt="(Fonte: Plane & Pilot Magazine/Reprodução)" /><figcaption>(Fonte: Plane & Pilot Magazine/Reprodução)</figcaption></figure>



<p>Fabricado em 1975 e operado durante 25 anos pela American Airlines, o Boeing 727-223 realizou viagens nacionais e internacionais até ser colocado à venda em fevereiro de 2002, entrando em negociações através da Aerospace Sales & Leasing (ASL) para fechar acordo com a TAAG Angola Airlines.</p>



<p>A aeronave ficou estacionada no aeroporto de Luanda durante o acordo, resultando em uma dívida portuária retroativa, o que gerou uma polêmica judicial sobre qual companhia aérea deveria assumir a despesa por causa da lentidão de ambas as partes no processo de compra e venda.</p>



<figure class="mt-2"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/12/04/04072319678421.png" alt="(Fonte: Air Cargo Eye/Reprodução)" /><figcaption>(Fonte: Air Cargo Eye/Reprodução)</figcaption></figure>



<p>Nesse ínterim, Maury Joseph, proprietário da ASL, encontrou um comprador, o empresário sul-africano Keith Irwin, que representava uma empresa conjunta<em> </em>chamada Cargo Air Transport Systems. O Boeing 727 seria usado para transportar diesel como apoio a uma operação de mineração de diamantes na África, por isso os assentos de passageiros foram removidos e substituídos por tanques. Como adiantamento, a empresa fez um depósito de US$ 450 mil do valor completo de US$ 1 milhão.</p>



<p>Apesar de sua manutenção estar em dia, a máquina não estava em conformidade com os regulamentos da aviação angolana para sua conversão de aeronave de passageiros para aeronave de carga, ou seja, ela não tinha permissão para operar. Para deixar o Boeing pronto para que fosse levado para Joanesburgo (África do Sul), Irwin enviou Ben Charles Padilla, um mecânico e piloto privado, que levou o ajudante John Mikel Mutantu, da República do Congo, também mecânico.</p>



<h2>Sem permissão</h2>



<figure class="mt-2"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/12/04/04072605863422.jpg" alt="Ben Padilla. (Fonte: Anchor/Reprodução)" /><figcaption>Ben Padilla. (Fonte: Anchor/Reprodução)</figcaption></figure>



<p>Por volta das 17h de 25 de maio de 2003, dois homens embarcaram no Boeing 727 estacionado no Aeroporto Internacional Quatro de Fevereiro (Luanda), Padilla e Mutantu, que tinham passado o dia trabalhando na aeronave, inclusive já abastecida.</p>



<p>Irwin já havia programado para que uma tripulação chegasse em Angola no dia seguinte para poder fazer o transporte da aeronave para Joanesburgo, visto que Mutantu não era piloto e a licença de Padilla valia apenas para conduzir aeronaves menores como piloto privado, portanto não lhe permissão para conduzir um Boeing.</p>



<figure class="mt-2"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/12/04/04072713925423.jpg" alt="(Fonte: The Wall Street Journal/Reprodução)" /><figcaption>(Fonte: The Wall Street Journal/Reprodução)</figcaption></figure>



<p>Apesar disso, funcionários do aeroporto viram quando o avião começou a taxiar em uma das pistas de maneira errática, mas ninguém na cabine de comando entrou em contato com a torre, que também não conseguiu estabelecer uma comunicação com a aeronave. Em seguida, o transponder foi desligado manualmente.</p>



<p>Padilla manobrou o avião e fez uma decolagem arriscada, pois tinha pouca amplitude e, com todas as luzes apagadas e ignorando as ordens de parada, o Boeing 727 partiu para sudoeste, em direção ao Oceano Atlântico, e desapareceu para sempre.</p>



<h2>Terrorismo, roubo ou esquema criminoso?</h2>



<figure class="mt-2"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/12/04/04072921503424.jpg" alt="(Fonte: Dayonline/Reprodução)" /><figcaption>(Fonte: Dayonline/Reprodução)</figcaption></figure>



<p>Uma vez que o incidente aconteceu em um período em que o mundo ainda era assombrado pelos atentados de <a href="https://www.megacurioso.com.br/acontecimentos-historicos/45613-alguns-fatos-que-voce-provavelmente-desconhecida-sobre-o-11-de-setembro.htm" target="_blank" rel="noopener noreferrer">11 de setembro</a>, a inteligência do governo dos Estados Unidos entrou em alerta máximo e moveu todos os esforços para conseguir localizar a aeronave em algum país, porém não encontrou nada.</p>



<p>Fraude foi uma das hipóteses levantadas, apesar de terrorismo ter sido a mais alarmante. Maury Joseph  havia feito um acordo de compra de US$ 1 milhão que deveria ser pago em 30 dias após o depósito inicial feito por Irwin, entretanto 14 meses se passaram e o comprador não cumpriu sua parte do acordo, deixando que o Boeing 727 acumulasse mais de US$ 4 milhões em dívidas aeroportuárias.</p>



<p>Para o Departamento Federal de Investigação (FBI) dos Estados Unidos, Padilla teria sido contratado para roubar o avião como parte de um esquema orquestrado por Irwin. Foi descoberto que a Comissão de Valores Mobiliários o havia processado por falsificar demonstrações financeiras e fraudar investidores, então agentes do FBI submeteram Irwin a um teste do polígrafo, mas ele passou.</p>



<figure class="mt-2"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/12/04/04073221645425.jpeg" alt="(Fonte: MensXP/Reprodução)" /><figcaption>(Fonte: MensXP/Reprodução)</figcaption></figure>



<p>Por outro lado, Maury Joseph também possuía um longo histórico de fraude contábil envolvendo outra empresa de sua propriedade. Mastin Roveson, general da Marinha dos EUA e na época comandante das tropas armadas no sudeste africano, disse que não conseguiram encontrar pistas sólidas que indicassem se a aeronave fora roubada em um ato terrorista, roubada pelo comprador em um esquema de fraude ou até mesmo pelo proprietário para tentar culpar o contratante devedor.</p>



<p>Em entrevista ao jornal <em>South Florida Sun-Sentinel </em>em 2004, Benita Padilla-Kirkland, irmã de Ben Padilla, revelou que a família acreditava que havia um terceiro homem na cabine que teria obrigado seu irmão a pilotar a aeronave. Sobre o paradeiro, ela arriscou que o voo tenha caído em algum lugar da África ou que tenha sido detido por forças armadas aéreas angolanas, hipótese aceita por Maury Joseph.</p>



<h2>Nunca mais</h2>



<figure class="mt-2"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/12/04/04073333505426.png" alt="(Fonte: Africa Global News/Reprodução)" /><figcaption>(Fonte: Africa Global News/Reprodução)</figcaption></figure>



<p>Em meio à palpável e obscura disputa de negócios e golpes, coexiste a possibilidade de que Padilla tenha deliberadamente roubado o avião para seu próprio ganho financeiro. Alguns acreditam que ele tenha chegado ao seu destino com sucesso – o que suspeitam ser perto de Kinshasa (Congo) – e vendido a aeronave por peças, mudado de identidade e sumido no mapa.</p>



<p>Em 17 anos, ninguém teve uma pista sequer do paradeiro do Boeing 727. Em relatórios vazados da Agência Central de Inteligência (CIA), a National Geospatial-Intelligence Agency teria entrado em contato para informar sobre seus satélites terem encontrado manchas de óleo no Altântico, próximo ao Congo, o que poderia sinalizar um acidente. Nenhuma das agências, entretanto, quis comentar sobre a informação e o caso foi supostamente dado como encerrado, apesar de ainda existir a retumbante dúvida: o que poderia ter acontecido?</p>


thumb-image-2024-02-29T14:05:11.717Z

Boeing 727 Angola: um dos casos mais controversos da aviação

Imagem de OVNI em forma de cubo é revelado por força-tarefa do Pentágono no megacurioso

Relatório escrito anexado às imagens supostamente descreveria OVNI como proveniente de tecnologia "alien" ou "não humana".


<p>O Departamento de Defesa dos Estados Unidos teve supostamente dois relatórios de inteligência vazados a respeito de um objeto voador não identificado (OVNI), incluindo fotos que mostram uma misteriosa nave em formato cúbico sobrevoando pelos céus norte-americanos.</p>



<p>Segundo o jornal <em>Daily Mail</em>, os supostos documentos foram publicados sob a tutela da Força-Tarefa de Fenômenos Aéreos Não Identificados (UAPTF), um programa da Inteligência Naval Americana sediada no Pentágono. As informações teriam sido obtidas pelo <em>The Debrief, </em>um portal sobre tecnologia e defesa, datando para o começo de 2018 e também para o início de 2020.</p>



<h2>Análise de OVNIs</h2>



<figure class="mt-2 size-large"><img loading="lazy" width="634" height="476" src="https://mega.ibxk.com.br/sites/2/2020/12/5fd28e0dea897.jpg" alt="" class="wp-image-127361" srcset="https://mega.ibxk.com.br/sites/2/2020/12/5fd28e0dea897.jpg 634w, https://mega.ibxk.com.br/sites/2/2020/12/5fd28e0dea897-75x55.jpg 75w" sizes="(max-width: 634px) 100vw, 634px" /></figure>



<p>Os dados obtidos através do vazamento indicam que as fotografias teriam sido feitas dentro do cockpit do jato de batalha F/A-18 pela câmera pessoal do piloto. Esse seria o principal motivo para as imagens possuírem baixa qualidade e estarem bastante granuladas — um fator que aparenta ser bastante frequente na análise de <a href="https://www.megacurioso.com.br/misterios/116849-ovni-visto-no-nordeste-era-foguete-de-missao-chinesa-a-lua.htm" target="_blank" rel="noopener noreferrer">OVNIs</a>.</p>



<p>Entretanto, as fotografias parecem mostrar claramente a figura de uma nave prateada em formato cúbico. Segundo o documento, o objeto estaria planando pelas águas da costa leste dos EUA quando foi avistado pela primeira vez. De maneira anônima, três oficias norte-americanos garantiram que esta era a mesma espaçonave descrita em um relatório inicial da UAPTF em 2018.</p>



<p>De acordo com os relatos, a altitude do objeto era de 30 mil a 35 mil pés, cerca de 9,1 mil a 10,6 mil metros, e aproximadamente a 300 metros de distância do piloto que a fotografou. Entretanto, nenhuma das informações chegou a ser confirmada pelo <a href="https://www.megacurioso.com.br/historia-e-geografia/46846-conheca-9-fatos-curiosos-sobre-o-pentagono.htm" target="_blank" rel="noopener noreferrer">Pentágono</a>.</p>



<h2>Ligação alienígena</h2>



<figure class="mt-2 size-large"><img loading="lazy" width="634" height="419" src="https://mega.ibxk.com.br/sites/2/2020/12/5fd28e23a38f0.jpg" alt="" class="wp-image-127362" /></figure>



<p>Apesar dos documentos vazados por si só já demonstrarem o interesse do governo americano em monitorar fenômenos aéreos, a notícia não é exatamente uma grande novidade no setor. Em agosto de 2020, o Pentágono liberou uma nota oficial reconhecendo a existência da UATPF e de algumas de suas operações desde, pelo menos, 2019. </p>



<p>Recentemente, as autoridades estadunidenses têm se mostrado cada vez mais disposta a discutir a existência de OVNIs de maneira clara e concisa. Mesmo assim, os supostos vazamentos demonstram que alguns segredos possam estar sendo mantidos em segredo do público em geral.</p>



<p>Na visão das fontes anônimas que conversaram com o <em>The Debrief</em>, as imagens obtidas em 2020 surgiram junto de uma lista de possibilidades para explicá-las. Para os oficiais, existe uma chance legítima da nave avistada ser derivada de tecnologia “<a href="https://www.megacurioso.com.br/misterios/109891-produtor-do-video-da-autopsia-do-alien-de-roswell-admite-que-foi-tudo-fake.htm" target="_blank" rel="noopener noreferrer">alien</a>” ou “não humana”.</p>


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OVNI em forma de cubo é revelado por força-tarefa do Pentágono

Imagem de Como os tripulantes de um avião dormem durante os voos longos? no megacurioso

Descanso 'secreto' de pilotos e comissários de bordo parece ser muito mais confortável do que se imagina e é todo equipado para que nada falte


<p>O analista de viagens do portal<em> The Points Guy</em>, Zach Griff, compartilhou em suas redes sociais uma série de imagens e comentários que relatam o cotidiano da tripulação de aviões durante voos longos, apresentando como são os seus curiosos períodos de descanso e a forma como se organizam para que todos estejam saudáveis na hora de trabalhar.</p>



<p>Segundo Griff, pilotos e comissários de bordo utilizam as instalações superiores dos aviões, logo acima do convés dos passageiros, em uma espécie de local secreto onde apenas funcionários e colaboradores têm acesso. O local abriga vários colchões dedicados para que todo o espaço seja ocupado, utilizados pelos membros dos voos para se recuperarem da fadiga após longas horas de serviço.</p>



<p>O acesso ao ambiente de repouso ocorre através de uma porta localizada na cozinha, que se abre para uma escadaria secreta. “Alguns podem pensar que isso leva a um armário ou banheiro”, diz Zach. “Em vez disso, abra a porta e você encontrará um conjunto de escadas que leva ao local de descanso da tripulação. Mas tenha cuidado, suba rápido demais e você vai bater com a cabeça — é realmente muito apertado. Uma vez lá em cima, você encontrará seis camas. Três estão lado a lado e as outras três estão dispostas em forma de ferradura.”</p>



<blockquote class="instagram-media" data-instgrm-captioned="" data-instgrm-permalink="https://www.instagram.com/p/CHfvg86BKdU/?utm_source=ig_embed&utm_campaign=loading" data-instgrm-version="13" style="background:#FFF;border:0;border-radius:3px;margin: 1px;max-width:540px;min-width:326px;padding:0;width:99.375%"><div style="padding:16px"> <a href="https://www.instagram.com/p/CHfvg86BKdU/?utm_source=ig_embed&utm_campaign=loading" style="background:#FFFFFF;line-height:0;padding:0 0;text-align:center;text-decoration:none;width:100%" target="_blank" rel="noopener noreferrer"> <div style="flex-direction: row;align-items: center"> <div style="background-color: #F4F4F4;border-radius: 50%;flex-grow: 0;height: 40px;margin-right: 14px;width: 40px"></div> <div style="flex-direction: column;flex-grow: 1;justify-content: center"> <div style="background-color: #F4F4F4;border-radius: 4px;flex-grow: 0;height: 14px;margin-bottom: 6px;width: 100px"></div> <div style="background-color: #F4F4F4;border-radius: 4px;flex-grow: 0;height: 14px;width: 60px"></div></div></div><div style="padding: 19% 0"></div> <div style="height:50px;margin:0 auto 12px;width:50px"></div><div style="padding-top: 8px"> <div style="color:#3897f0;font-family:Arial,sans-serif;font-size:14px;font-style:normal;font-weight:550;line-height:18px"> Ver essa foto no Instagram</div></div><div style="padding: 12.5% 0"></div> <div style="flex-direction: row;margin-bottom: 14px;align-items: center"><div> <div style="background-color: #F4F4F4;border-radius: 50%;height: 12.5px;width: 12.5px"></div> <div style="background-color: #F4F4F4;height: 12.5px;width: 12.5px;flex-grow: 0;margin-right: 14px;margin-left: 2px"></div> <div style="background-color: #F4F4F4;border-radius: 50%;height: 12.5px;width: 12.5px"></div></div><div style="margin-left: 8px"> <div style="background-color: #F4F4F4;border-radius: 50%;flex-grow: 0;height: 20px;width: 20px"></div> <div style="width: 0;height: 0;border-top: 2px solid transparent;border-left: 6px solid #f4f4f4;border-bottom: 2px solid transparent"></div></div><div style="margin-left: auto"> <div style="width: 0px;border-top: 8px solid #F4F4F4;border-right: 8px solid transparent"></div> <div style="background-color: #F4F4F4;flex-grow: 0;height: 12px;width: 16px"></div> <div style="width: 0;height: 0;border-top: 8px solid #F4F4F4;border-left: 8px solid transparent"></div></div></div> <div style="flex-direction: column;flex-grow: 1;justify-content: center;margin-bottom: 24px"> <div style="background-color: #F4F4F4;border-radius: 4px;flex-grow: 0;height: 14px;margin-bottom: 6px;width: 224px"></div> <div style="background-color: #F4F4F4;border-radius: 4px;flex-grow: 0;height: 14px;width: 144px"></div></div></a><p style="color:#c9c8cd;font-family:Arial,sans-serif;font-size:14px;line-height:17px;margin-bottom:0;margin-top:8px;overflow:hidden;padding:8px 0 7px;text-align:center"><a href="https://www.instagram.com/p/CHfvg86BKdU/?utm_source=ig_embed&utm_campaign=loading" style="color:#c9c8cd;font-family:Arial,sans-serif;font-size:14px;font-style:normal;font-weight:normal;line-height:17px;text-decoration:none" target="_blank" rel="noopener noreferrer">Uma publicação compartilhada por Zach Griff (@_zachgriff)</a></p></div></blockquote>



<h2>Dormindo com segurança</h2>



<p>A tour pelo recém-lançado Boeing 787-8 Dreamliner também revelou diversos outros segredos sobre o <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/116848-marilia-guimaraes-a-brasileira-que-sequestrou-um-aviao.htm" target="_blank" rel="noopener noreferrer">avião</a>, incluindo a presença de inúmeros equipamentos, como cintos de segurança e itens pessoais, que transformam a experiência de sono em algo super confortável, já que os integrantes aparentemente não sentem falta de nada.</p>



<p>“Achei fascinante a variedade de itens na área de descanso da tripulação. Existem detectores de fumaça, extintores de incêndio, lanternas e recipientes portáteis de oxigênio para uso em caso de emergência”, relatou Zach. “Há também itens de conforto como tomadas, um pequeno espelho, cabides e um telefone para ligar para as demais estações de comissários.”</p>



<p>Apesar do local ser caracterizado como confortável, o guia turístico também menciona o pouco espaço para movimentação, sendo um ambiente essencialmente feito para o <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/113218-mito-ou-verdade-8-horas-de-sono-por-noite-e-o-ideal.htm" target="_blank" rel="noopener noreferrer">sono</a>, e não para ser uma área social. Porém, a “atração” aérea não deixa de ser algo megacurioso e, até então, desconhecida para muitos!</p>


thumb-image-2024-02-29T14:05:09.799Z

Como os tripulantes de um avião dormem durante os voos longos?

Imagem de Tripulação de helicóptero descobre monólito misterioso em montanha no Megacurioso

O monólito descoberto nas montanhas de Utah tem forma cuboide, mede mais de 3 metros e está firmemente preso ao solo


<p>Na semana passada (18), um helicóptero do Departamento de Segurança Pública do estado de Utah, nos Estados Unidos, estava auxiliando alguns oficiais da Divisão de Recursos da Vida Selvagem (DWR) a contar <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/116773-ibexes-as-cabras-que-desafiam-a-gravidade-em-busca-de-sal.htm" target="_blank" rel="noopener noreferrer">carneiros-selvagens</a> (Bighorns), quando a equipe avistou um objeto estranho: <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/106392-conheca-5-fatos-sobre-o-uluru-australiano.htm" target="_blank" rel="noopener noreferrer">um monólito</a> prateado de 3 metros de altura.</p>



<p>Segundo a equipe, a estrutura parecia estar plantada ao solo e era feita de algum tipo de metal cujo brilho contrastava com as enormes pedras vermelhas da montanha ao redor. Após o piloto ter encontrado <a href="https://www.megacurioso.com.br/misterios/46817-10-objetos-misteriosos-de-suposta-origem-alienigena.htm" target="_blank" rel="noopener noreferrer">o estranho objeto</a>, a patrulha rodoviária de Utah começou a postar as imagens dos carneiros e no monólito.</p>



<p>“Contando Bighorns com a DWR esta semana. Durante as contagens, nos deparamos com isso, no meio do nada, enterrado bem fundo na rocha. Mentes questionadoras querem saber, o que diabos é isso? Alguém? ???”, escreveram os patrulheiros.</p>



<h2>Aproximando-se do monólito</h2>



<p>Um dos biólogos que estava no helicóptero foi o primeiro a avistar o objeto, conforme informações do piloto Bret Hutchings ao canal local <em>KSLTV</em>. Imediatamente o profissional começou a gritar “vira, vira”, até que o piloto fez a volta e pousou o helicóptero para olhar, incrédulos, “a coisa mais estranha que eu encontrei em todos os meus anos de voo”, segundo Hutchings.</p>



<figure class="wp-block-embed is-type-rich is-provider-twitter wp-block-embed-twitter"><div class="wp-block-embed__wrapper">
<blockquote class="twitter-tweet" data-width="550" data-dnt="true"><p lang="en" dir="ltr">The <a href="https://twitter.com/UtahDPS?ref_src=twsrc%5Etfw">@UtahDPS</a> helicopter was assisting the <a href="https://twitter.com/UtahDWR?ref_src=twsrc%5Etfw">@UtahDWR</a> in counting bighorn sheep in remote southern Utah Wednesday when the crew encountered something entirely &#39;out of this world&#39;&#8230;<a href="https://twitter.com/KSL5TV?ref_src=twsrc%5Etfw">@KSL5TV</a> <a href="https://twitter.com/hashtag/KSLTV?src=hash&amp;ref_src=twsrc%5Etfw">#KSLTV</a> <a href="https://twitter.com/hashtag/Utah?src=hash&amp;ref_src=twsrc%5Etfw">#Utah</a><br><br>Photojournalist: <a href="https://twitter.com/Photog_Steve5?ref_src=twsrc%5Etfw">@Photog_Steve5</a> <a href="https://t.co/f8P0fayDIS">pic.twitter.com/f8P0fayDIS</a></p>&mdash; Andrew Adams (@AndrewAdamsKSL) <a href="https://twitter.com/AndrewAdamsKSL/status/1330191662518312962?ref_src=twsrc%5Etfw">November 21, 2020</a></blockquote><script async src="https://platform.twitter.com/widgets.js" charset="utf-8"></script>
</div></figure>



<p>Conforme o piloto, o objeto parecia um artefato humano firmemente fixado no solo e não caído do céu. Logo, dois membros da tripulação, vestidos com seus macacões parecidos com astronautas, subiram nos ombros um do outro para ver o que havia acima do objeto cuboide retangular.</p>



<p>Como o monólito encontra-se numa área perigosa para que aventureiros invadam o local, os tripulantes do helicóptero optaram por manter a localização em segredo. O grupo fez fotos, vídeos, mas saiu intrigado com a ocorrência.&nbsp;</p>


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Tripulação de helicóptero descobre monólito misterioso em montanha

Imagem de Marília Guimarães: a brasileira que sequestrou um avião no megacurioso

Perseguida pela ditadura militar, a guerrilheira decidiu fugir do Brasil e mandar um recado para o governo


<p>Entre 1964 e 1985, o período da Ditadura Militar, consumado através de um golpe de Estado, ficou marcado pela aplicação dos Atos Institucionais do marechal Humberto de Alencar Castello Branco. Estes colocavam em prática a perseguição política, todos os tipos de censura, supressão de direitos constitucionais, a ausência de democracia, fim das eleições diretas e repressão total a todos que fossem contrários ao regime militar.</p>



<p>Foi nesse cenário conturbado que Marília Guimarães, professora de Letras com, então, 22 anos, decidiu não se calar.</p>



<h2>Caçada</h2>



<figure class="mt-2"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/11/11/11162259989093.jpg" alt="(Fonte: BBC/Reprodução)" /><figcaption>(Fonte: BBC/Reprodução)</figcaption></figure>



<p>A guerrilheira – ou terrorista, como a ditadura preferia chamar – integrou o movimento radical de extrema-esquerda chamado Vanguarda Popular Revolucionária (VPR) junto de seu marido, Fausto Machado.</p>



<p>Na época, a mulher era dona da escola Coelho Neto, localizada no subúrbio do Rio de Janeiro, perto da comunidade Acari. O colégio tinha cerca de 800 estudantes, em sua maioria bolsistas da comunidade, e passou a ser usado como ponto de encontro para reuniões da VPR. Lá, Marília também fabricou em mimeógrafos vários panfletos que criticavam o regime vigente.</p>



<p>A sua vida começou a desmoronar quando um dos membros do movimento acabou sendo preso pelos militares durante as férias escolares de 1969. Na casa do homem, eles encontraram o mimeógrafo e diversos materiais de “rebeldia”. Demoraram muito tempo para ligar o equipamento a ela. Seu marido foi levado pelos militares, enquanto ela teve que enfrentar um interrogatório hostil e agressivo de 72 horas.</p>



<figure class="mt-2"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/11/11/11162606564096.jpg" alt="(Fonte: Deutsche Welle/Reprodução)" /><figcaption>(Fonte: Deutsche Welle/Reprodução)</figcaption></figure>



<p>“Eu só conseguia pensar em Che Guevara. Pedia forças a ele para não fraquejar, para não deixar que os militares vissem a verdade nos meus olhos”, relatou Marília.</p>



<p>A partir do momento em que os militares tiveram certeza de seu envolvimento no movimento, a mulher passou a ser perseguida. Junto de seus dois filhos, Eduardo e Marcelo, então com 3 e 2 anos, Marília viveu escondida de todos por mais de 1 ano, pois qualquer par de olhos poderia significar uma ameaça expressiva para a sua vida.</p>



<p>A família dormia cada noite em um lugar diferente para não correr o risco de ser flagrada, movendo-se por becos e vielas do subúrbio da cidade apenas durante a madrugada. No meio daquele ano, com mais 6 membros do movimento, ela decidiu que isso precisava acabar.</p>



<h2>As bases de um plano</h2>



<figure class="mt-2"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/11/11/11162848454100.jpg" alt="ss" /><figcaption>(Fonte: O Globo/Reprodução)</figcaption></figure>



<p>Determinados em tirar Marília do Brasil a todo custo, uma vez que o país já não era mais seguro para ela, Cláudio Galeno Linhares, o coordenador da Vanguarda Armada Revolucionária de Palmares, no Rio Grande do Sul, sugeriu que os membros do movimento arquitetassem um plano para sequestrar um voo e desviá-lo para Cuba. Naquela época, a prática de sequestro de aviões foi uma ferramenta contra a ditadura, pois incitava o governo a libertar pessoas presas e torturadas, dar fuga aos perseguidos e também chamar atenção do mundo para o que acontecia no país.</p>



<p>O plano era perigoso, mas nada superava o que os militares poderiam fazer a ela e aos meninos se os capturassem. Além disso, o plano forçaria o governo a dar um parecer sobre Fausto Machado e os outros membros do movimento que estavam desaparecidos, tendo que arcar com a responsabilidade da integridade física deles.</p>



<p>Marília e os filhos viajaram de carro para Minas Gerais, depois pegaram um ônibus para Porto Alegre, onde ela se encontrou com cinco membros do movimento VPR, incluindo James Allen da Luz (integrante da Ala Vermelha, vertente radical da organização), que comandaria o sequestro.</p>



<h2>Voo 114 — Cruzeiro do Sul</h2>



<figure class="mt-2"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/11/11/11162943126101.jpg" alt="(Fonte: GZH/Reprodução)" /><figcaption>(Fonte: GZH/Reprodução)</figcaption></figure>



<p>Depois de meses de planejamento, o grupo viajou de carro para Montevidéu, no Uruguai. Foi em 1º de janeiro de 1970 que Marília entrou no Aeroporto Internacional de Carrasco carregando muitos brinquedos, fraldas, os 2 filhos e mais 6 revólveres, que ela distribuiu entre os membros do grupo.</p>



<p>Às 19h32, exatamente, todos embarcaram no voo 114 da companhia aérea Cruzeiro do Sul, em uma aeronave Caravelle, com destino ao Rio de Janeiro e com escalas em Porto Alegre e São Paulo. Assim que o avião decolou com seus 21 passageiros e 7 tripulantes, James Allen se levantou com a arma em punho e anunciou o sequestro. </p>



<p>Ele fez o piloto desviar para Buenos Aires para reabastecer. Àquela altura, a notícia do sequestro já corria o Brasil todo por ordem dos guerrilheiros. Fotógrafos capturavam os sequestradores e transmitiam por telex para o mundo inteiro, enquanto uma multidão de curiosos se amontoava do lado de fora do aeroporto.</p>



<figure class="mt-2"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/11/11/11163337565104.jpg" alt="(Fonte: Aventuras na História/Reprodução)" /><figcaption>(Fonte: Aventuras na História/Reprodução)</figcaption></figure>



<p>O avião voou para Antofagasta, no Chile, para mais um reabastecimento antes de ir para Lima, no Peru, onde permaneceu fechado com todos a bordo por mais de 24 horas devido a um defeito na bateria do aparelho que causou uma pane elétrica no motor direito. Jornalistas cercaram o avião junto de soldados armados, e Allen deu entrevista pela janela da aeronave.</p>



<p>O general Velasco Alvarado, então presidente do Peru, ordenou aos soldados peruanos que negociassem à exaustão uma rendição. Foi oferecido a Marília e às crianças asilo político em troca dos reféns. “Não aceitei, lógico. Eles invadiriam o avião com meus companheiros lá dentro”, declarou ela.</p>



<p>Na madrugada de 3 de janeiro, sem chegar a um acordo, e com a bateria do avião trocada, eles decolaram para o Panamá.</p>



<h2>Repercussão histórica</h2>



<figure class="mt-2"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/11/11/11163529707106.jpg" alt="(Fonte: RedeTV/Reprodução)" /><figcaption>(Fonte: RedeTV/Reprodução)</figcaption></figure>



<p>O segundo oficial de voo Hélio Borges foi interceptado por oficiais brasileiros na Cidade do Panamá quando desceu do Caravelle para comprar combustível. Ele foi coagido pelos militares a voltar com uma arma em punho e atirar em todo mundo, mas se recusou. Também lhe foi oferecido a possibilidade de colocar gás lacrimogêneo na tubulação de ar do avião ou dar comida envenenada aos sequestradores. Ele também se negou a isso.</p>



<p>Cinco horas depois, o Caravelle decolou para Havana, mas pousou 2 horas depois no Aeroporto Internacional José Martí, em Cuba, a 18 km de seu destino, por causa de uma falta de lubrificação nas turbinas.</p>



<figure class="mt-2"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/11/11/11163648880107.jpg" alt="(Fonte: O Globo/Reprodução)" /><figcaption>(Fonte: O Globo/Reprodução)</figcaption></figure>



<p>Com o sequestro terminado, a recepção cubana foi fria, visto que o país não tinha relações diplomáticas com o Brasil. Depois de serem interrogados, fotografados e obrigados a tirar suas impressões digitais, os tripulantes e passageiros foram hospedados em um hotel, enquanto os guerrilheiros foram embora. O Caravelle só voltou para o Brasil depois que pagou milhares de dólares em taxas aeroportuárias, já que não tinha autorização para pousar em Cuba.</p>



<p>“Eu cheguei em Havana quase delirando. Passei a maior parte do tempo sem comer nem beber praticamente nada, por medo de envenenamento”, revelou Marília. Ela ainda não sabia que Carlos Lamarca, um dos chefes da VPR, tinha mandado uma carta para Fidel Castro pedindo que o governo prestasse assistência a ela.</p>



<p>Marília Guimarães viveu em Cuba com os filhos por 10 anos, acabou se formando em Medicina e só voltou ao Brasil em 1980, depois de aprovada a Lei de Anistia. Ela enriqueceu como empresária no ramo de Informática e retratou toda a sua saga em seu livro <em>Nesta terra, neste instante</em>. Até hoje Marília tem os retratos de Che Guevara e Fidel Castro pendurados na parede de sua casa.</p>


thumb-image-2024-02-29T14:05:08.866Z

Marília Guimarães: a brasileira que sequestrou um avião

Imagem de Copiloto pousou avião com piloto pendurado para fora da janela no megacurioso

Caso real e aconteceu em 1990 em um voo da British Airways


<p>Nos últimos dias, surgiu na internet uma história curiosa sobre um copiloto que teria aterrissado um avião enquanto o <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/115898-piloto-heroi-impediu-11-de-setembro-brasileiro-em-1988.htm" target="_blank" rel="noopener noreferrer">piloto </a>estava pendurado para fora da janela da cabine. Mas será que isso é verdade? A resposta é um surpreendente <strong>sim</strong>! Calma aí que a gente vai explicar como isso aconteceu.</p>



<h2>Como surgiu a história?</h2>



<p>No dia 13 de novembro, um homem chamado David Farrier compartilhou em seu Twitter uma postagem explicando que em 1990 um piloto teria sido sugado quase completamente para fora da cabine do avião após o para-brisa da aeronave quebrar. O piloto foi agarrado pelas pernas por um dos tripulantes enquanto o copiloto precisou fazer um pouso de emergência.</p>



<figure class="wp-block-embed-twitter wp-block-embed is-type-rich is-provider-twitter"><div class="wp-block-embed__wrapper">
<blockquote class="twitter-tweet" data-width="550" data-dnt="true"><p lang="en" dir="ltr">in 1990 the window of a plane fell off and one of the pilots got sucked out so they just held onto his legs while the plane landed <a href="https://t.co/dp4mINhWy9">pic.twitter.com/dp4mINhWy9</a></p>— David Farrier (@davidfarrier) <a href="https://twitter.com/davidfarrier/status/1327292226628583425?ref_src=twsrc%5Etfw">November 13, 2020</a></blockquote><script async src="https://platform.twitter.com/widgets.js" charset="utf-8"></script>
</div></figure>



<h2>Como aconteceu o acidente?</h2>



<p>O voo 5390 da <a href="https://www.megacurioso.com.br/bizarro/69545-aviao-da-meia-volta-apos-passageiro-com-dor-de-barriga-infestar-o-banheiro.htm" target="_blank" rel="noopener noreferrer">British Airways</a> partiu de Birmingham, na Inglaterra, em 10 de junho de 1990, com destino à Málaga, na Espanha. Quando o avião estava a cerca de 5.300 metros (17.300 pés) de altitude, a janela da cabine dos pilotos foi arremessada para longe do avião.</p>



<p>Segundo as informações, alguns dias antes o avião havia passado por uma manutenção, onde um mecânico — mesmo sem conhecimento no assunto — resolveu trocar o para-brisa da <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/116553-aeronave-sovietica-gigantesca-esta-enferrujando-no-mar-caspio.htm" target="_blank" rel="noopener noreferrer">aeronave</a>.</p>



<p>Ele encontrou apenas cinco dos parafusos necessários para fazer a troca. Ele foi até outro local para encontrar os parafusos restantes, porém era noite e o ambiente estava mal iluminado. O mecânico pegou qualquer parafuso que encontrou e instalou o novo para-brisa com peças menores do que o indicado para a manutenção. O resultado foi desastroso.</p>



<h2>O piloto foi sugado para fora</h2>



<p>O capitão Tim Lancaster foi lançado para fora do avião, mas por sorte, seus joelhos ficaram presos ao console do avião. Um dos tripulantes o agarrou. Para piorar a situação, o piloto automático desligou, o que fez o avião descer rapidamente.</p>



<figure class="wp-block-embed-youtube wp-block-embed is-type-video is-provider-youtube wp-embed-aspect-16-9 wp-has-aspect-ratio"><div class="wp-block-embed__wrapper">
https://www.youtube.com/watch?v=uDLvbzDu72U
</div></figure>



<p>O copiloto Alastair Atchison assumiu o controle do voo e foi forçado a pousar o avião com Lancaster pendurado para fora.</p>



<p>O pouso foi bem-sucedido e nenhum passageiro ficou ferido. O comissário que segurou o piloto teve ferimentos leves, enquanto o piloto teve fraturas no braço e no pulso direito, polegar esquerdo quebrado, hematomas, ulceração pelo frio e, compreensivelmente, choque pelo acidente.</p>



<p>Apesar do caso ter acontecido de verdade, vale ressaltar que as fotos que circulam na internet são, na verdade, de uma reconstituição feita para a TV.</p>



<figure class="wp-block-embed-twitter wp-block-embed is-type-rich is-provider-twitter"><div class="wp-block-embed__wrapper">
https://twitter.com/Jegrayy/status/1327643952061833216
</div></figure>



<figure class="wp-block-embed-twitter wp-block-embed is-type-rich is-provider-twitter"><div class="wp-block-embed__wrapper">
<blockquote class="twitter-tweet" data-width="550" data-dnt="true"><p lang="und" dir="ltr"> <a href="https://t.co/lzurR9ZnDD">pic.twitter.com/lzurR9ZnDD</a></p>— Olayinka Jegs (@Jegrayy) <a href="https://twitter.com/Jegrayy/status/1327646473182384138?ref_src=twsrc%5Etfw">November 14, 2020</a></blockquote><script async src="https://platform.twitter.com/widgets.js" charset="utf-8"></script>
</div></figure>


thumb-image-2024-02-29T14:05:08.790Z

Copiloto pousou avião com piloto pendurado para fora da janela

Imagem de Aeronave soviética gigantesca está enferrujando no mar Cáspio no megacurioso

O veículo, um misto de avião e navio, era usado pela União Soviética para abater embarcações inimigas


<p>Construído para proteger o território marítimo da <a href="https://www.megacurioso.com.br/politica/96918-5-coisas-relevantes-que-a-uniao-sovietica-deixou-para-o-mundo.htm" target="_blank" rel="noopener noreferrer">União Soviética</a> durante a Guerra Fria, o <a href="https://www.megacurioso.com.br/veiculos/89419-lun-ekranoplano-surpreenda-se-com-esta-maravilha-da-engenharia-sovietica.htm" target="_blank" rel="noopener noreferrer">gigantesco ecranoplano MD-160</a> tem sofrido com o abandono e as ações do tempo. O modelo, uma mistura de avião e barco, está encalhado e enferrujando em uma praia do litoral russo, para onde foi levado no último mês de julho.</p>



<p>Apelidada pelo serviço de inteligência americano (<a href="https://www.megacurioso.com.br/historia-e-geografia/71497-7-truques-utilizados-pela-cia-na-uniao-sovietica.htm" target="_blank" rel="noopener noreferrer">CIA</a>) de Caspian Sea Monster, ou “Monstro do Mar Cáspio”, em tradução livre, a aeronave experimental fez parte de um programa soviético cujo objetivo era desenvolver modelos que voassem a baixa altitude, para enfrentar os porta-aviões norte-americanos.</p>



<p>Lançado na década de 1980, o ecranoplano possui 73 metros de comprimento, 44 metros de envergadura e peso máximo de decolagem em torno de 500 toneladas. Ele conta com 10 motores e podia se aproximar muito superfície aquática, indo a até 4 metros acima do nível do mar, no máximo.</p>



<figure class="mt-2"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/10/18/18210121464075.jpg" alt="(Fonte: Vitaly Raskalov/Instagram)" /><figcaption>(Fonte: Vitaly Raskalov/Instagram)</figcaption></figure>



<p>Voando em baixas altitudes, a uma velocidade máxima de até 500 km/h, o modelo de classe Lun MD-160 dificilmente era detectado pelos radares inimigos. Dessa forma, conseguia lançar seus mísseis supersônicos bem perto do alvo, com enorme precisão.</p>



<h2>De arma de guerra a atração turística</h2>



<p>Desenvolvido pelo engenheiro naval soviético Alexeev Rostislav Evgenievich, o veículo com características peculiares foi utilizado pelas forças armadas da União Soviética e da Rússia, entre 1987 e o início dos anos 1990.</p>



<p>Desde a sua aposentadoria, algum tempo depois do fim da <a href="https://www.megacurioso.com.br/historia-e-geografia/102864-13-coisas-interessantes-que-voce-vai-curtir-saber-sobre-a-guerra-fria.htm" target="_blank" rel="noopener noreferrer">Guerra Fria</a>, o ecranoplano ficou abandonado em uma base naval no <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/103375-praga-biblica-nao-apenas-mais-um-dia-comum-em-uma-estrada-da-russia.htm" target="_blank" rel="noopener noreferrer">Daguestão</a>, república da Federação Russa. Em julho, ele foi rebocado para a região litorânea de Derbent, perto da base militar.</p>



<figure class="mt-2"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/10/18/18210225824076.jpg" alt="(Fonte: Vitaly Raskalov/Instagram)" /><figcaption>(Fonte: Vitaly Raskalov/Instagram)</figcaption></figure>



<p>A ideia das autoridades russas é usar o Monstro do Mar Cáspio como atração principal de um parque temático militar, que ainda será construído e também terá veículos blindados e helicópteros. Mas enquanto aguarda a inauguração do local, sem previsão, a aeronave parece ter sido abandonada novamente.</p>



<p>Há diversos relatos de moradores sobre as péssimas condições do ecranoplano, incluindo danos no casco, ferrugem e buracos. Algumas pessoas temem que ele seja totalmente saqueado antes de virar atração turística, apesar da promessa da prefeitura de Derbent, de rebocá-lo para terra firme e fazer todos os reparos, antes da abertura do novo local.</p>


thumb-image-2024-02-29T14:05:05.579Z

Aeronave soviética gigantesca está enferrujando no mar Cáspio

Imagem de Voo Varig 820 e a bituca que transformou a aviação no megacurioso

Em 11 de julho de 1973, o voo 820 da Varig estava programado para sair do Aeroporto Internacional Tom Jobim, no Rio de Janeiro, com destino a Londres


<p>Em 11 de julho de 1973, o voo 820 da Varig estava programado para sair do Aeroporto Internacional Tom Jobim, no Rio de Janeiro, com destino a Londres (Inglaterra) e uma escala no Aeroporto de Orly, em Paris (França).</p>



<p>O Boeing 707-320C era comandado pelo experiente capitão Gilberto Araújo da Silva, que tinha mais de 17 mil horas de voo, 4.613 só no 707; pelo primeiro oficial de voo Alvio Basso, que tinha 5.055 horas de voo naquele avião; pelo engenheiro de voo Claunor Bello e pelo navegador Zilmar Gomes de Cunha, com 9.655 mil horas de voo e 14.140 horas, respectivamente.</p>



<p>No Rio de Janeiro, com os 17 membros da tripulação embarcaram 117 passageiros, incluindo figuras famosas como o velejador olímpico Jorg Bruder, o senador Filinto Muller, o famoso cantor Agostinho dos Santos e Julio Delamare, jornalista esportivo do jornal <em>O Globo</em>. Toda a tripulação extra estava a bordo para permitir uma mudança de turno na metade do longo trajeto.</p>



<h2>Cheiro de queimado</h2>



<div class="mt-2"><figure class="aligncenter"><a class="fonte_imagem" href="https://1.bp.blogspot.com/_uRX1wGVlxMw/S4nR3Qtc_dI/AAAAAAAABLQ/-zbK1DcNoWE/w1200-h630-p-k-no-nu/VJJ+KJFK+26aug66.jpg"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/09/24/24203908657017.jpg" alt="(Fonte: Cultura Aeronautica/Reprodução)" /></a><figcaption>(Fonte: Cultura Aeronautica/Reprodução)</figcaption></figure></div>



<p>Às 13h56, o Boeing 707 já fazia sua descida para pousar no Aeroporto de Orly quando uma passageira saiu do banheiro se queixando de uma fumaça branca acumulada em outra cabine. Naquela época não era proibido fumar no interior de aviões depois que eles já haviam decolado.</p>



<p>Acredita-se que alguém tenha jogado uma bituca acesa na lixeira do banheiro da aeronave, apesar de haver um cinzeiro na pia. Presume-se que o cigarro tenha começado um pequeno incêndio no lixo e se espalhando pelos acessórios de plástico e madeira da pia. A perícia da Administração Federal de Aviação (FAA) dos Estados Unidos confirmou que esses materiais eram facilmente inflamáveis, embora estivessem de acordo com os requisitos antichamas.</p>



<div class="mt-2"><figure class="aligncenter"><a class="fonte_imagem" href="https://farm3.static.flickr.com/2807/9070447798_5f3b3ef611.jpg"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/09/24/24204334487018.jpg" alt="(Fonte: Flickriver/Reprodução)" /></a><figcaption>(Fonte: Flickriver/Reprodução)</figcaption></figure></div>



<p>Um comissário de bordo foi avisado do cheiro de queimado, porém a falta de detectores de fumaça para informar à tripulação fez com que ninguém conseguisse localizar a fonte do incêndio a tempo de controlá-lo. A essa altura, uma fumaça branca já enchia a área dos banheiros e estava quase na metade do teto. Os comissários Carmelino Pires de Oliveira Jr., Sérgio Carvalho Balbino, Luiz Edmundo Coelho Brandão, Alan Henri Tersis e Edmar Gonçalves Mascarenas não conseguiram enxergar as chamas.</p>



<p>Apesar disso, Mascarenas esvaziou o extintor em todas as seções do banheiro enquanto Tersis tentava interromper a energia. Outros membros da equipe foram informados do que estava acontecendo e seguiram até os fundos da aeronave para saber no que poderiam ajudar.</p>



<p>Em poucos minutos, a fumaça ficou escura e começou a se encaminhar para a classe econômica do avião, preocupando os passageiros. Quando os comissários não conseguiram mais entrar no banheiro sem ter que usar uma máscara de oxigênio, situação perdeu o controle de vez.</p>



<h2>A queda</h2>



<div class="mt-2"><figure class="aligncenter"><a class="fonte_imagem" href="https://blog.aviationgeeks1.com/wp-content/uploads/2020/07/0_V0xP2XbZFZ_qfSRD-600x400.jpg"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/09/24/24204508191020.jpg" alt="(Fonte: Aviation Geeks/Reprodução)" /></a><figcaption>(Fonte: Aviation Geeks/Reprodução)</figcaption></figure></div>



<p>Assim que os pilotos foram informados, o primeiro oficial comunicou à torre de comando que havia uma situação de incêndio a bordo do voo 820 e pediu prioridade na aproximação da pista mais próxima.</p>



<p>No instante seguinte, os disjuntores estouraram na estação principal do engenheiro de voo, uma vez que o fogo consumia a eletricidade ligada aos banheiros. Quando as luzes falharam e apagaram, um dos comissários foi instruído a abrir uma das saídas de emergência para dissipar a fumaça que intoxicava os passageiros, mas isso nunca aconteceu. Os pilotos despressurizaram o avião e usaram o sistema de ar-condicionado para reduzir a fumaça tóxica, que já enchia metade da aeronave.</p>



<div class="mt-2"><figure class="aligncenter"><a class="fonte_imagem" href="https://caisdamemoria.files.wordpress.com/2015/07/02098042100.jpg"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/09/24/24204616848022.jpg" alt="(Fonte: Cais da Memória/Reprodução)" /></a><figcaption>(Fonte: Cais da Memória/Reprodução)</figcaption></figure></div>



<p>A aproximadamente 18 quilômetros do aeroporto de Orly, o voo 820 já havia atingido uma situação de fogo total a bordo, e os passageiros estavam morrendo asfixiados, incluindo três membros da tripulação. Escura e densa, a fumaça se infiltrou na cabine de comando com nove pessoas e impediu que os pilotos enxergassem o painel e a pista. Abrir as janelas laterais não adiantou muito.</p>



<div class="mt-2"><figure class="aligncenter"><a class="fonte_imagem" href="https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/7/77/CrashVarig820.jpg/995px-CrashVarig820.jpg"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/09/24/24204918099024.jpg" alt="(Fonte: Wikipedia/Reprodução)" /></a><figcaption>(Fonte: Wikipedia/Reprodução)</figcaption></figure></div>



<p>Com a visibilidade prejudicada e certo de que não conseguiria aterrissar na pista antes de ser nocauteado pela fumaça, o capitão decidiu realizar um pouso de emergência em um campo de cebola da vila Saulx-les-Chartreux, ao sul de Paris, a cerca de 5 quilômetros do Aeroporto de Orly.</p>



<p>Às 14h04, o Boeing 707 sofreu o impacto com o chão e deslizou por cerca de 500 metros, perdendo os quatro motores, o trem de pouso e a asa esquerda. Quando o resgate chegou, já havia 123 pessoas mortas por conta da fumaça.</p>



<h2>A nova lei</h2>



<div class="mt-2"><figure class="aligncenter"><a class="fonte_imagem" href="https://s2.glbimg.com/Usqdfuzoo-9DXwKf13pihRhmRvc=/0x0:1280x902/600x0/smart/filters:gifv():strip_icc()/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_59edd422c0c84a879bd37670ae4f538a/internal_photos/bs/2018/C/a/O3uoLmTaWDA5GE2FYpbw/whatsapp-image-2018-07-10-at-20.43.50.jpeg"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/09/25/25073535754081.jpeg" alt="(Fonte: G1/Reprodução)" /></a><figcaption>(Fonte: G1/Reprodução)</figcaption></figure></div>



<p>O carioca e estudante de engenharia Ricardo Trajano, então com 20 anos, foi o único passageiro a sobreviver entre os 11 tripulantes vivos, e isso só aconteceu porque ele decidiu desrespeitar a ordem de um dos comissários e não permaneceu sentado em sua poltrona.</p>



<p>&#8220;Era meu primeiro voo e eu tinha lido que a cauda do avião ficava mais protegida em um acidente aéreo, então decidi me sentar atrás&#8221;, revelou ele, em uma entrevista à <em>BBC</em>. Isso também garantiu a sua sobrevivência, visto que ele rapidamente percebeu o cheiro de queimado. Seu comportamento transgressor na época o levou a ficar na área que separa a cabine do piloto e a primeira classe, enquanto os demais passageiros sufocavam em seus lugares.</p>



<p>Quando foi resgatado e encaminhado para um hospital em Paris, os médicos não deram mais do que 6 dias de vida para o jovem, que entrou em coma por 30 horas devido a queimaduras nos pulmões e múltiplas fraturas causadas pelo impacto da aeronave. Após 52 dias em um hospital parisiense e mais 1 mês internado no Rio de Janeiro, ele conseguiu se recuperar. &#8220;Eu nadava e jogava basquete. Tinha uma boa saúde. Foi o condicionamento físico que me salvou&#8221;, contou Trajano.</p>



<div class="mt-2"><figure class="aligncenter"><a class="fonte_imagem" href="https://www.mixpalestras.com.br/assets/img/galeria/ricardo-trajano_09122019_200437-G.jpg"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/09/25/25073736849082.jpg" alt="Ricardo Trajano atualmente. (Fonte: Mix Palestras/Reprodução)" /></a><figcaption>Ricardo Trajano atualmente. (Fonte: Mix Palestras/Reprodução)</figcaption></figure></div>



<p>A perícia nunca conseguiu determinar o que causou o início do incêndio, muito embora tenha considerado o cigarro na lixeira do banheiro como a possibilidade mais provável. Em 1976, o governo francês chegou a apresentar relatórios que apontavam uma falha elétrica como causa, porém isso também nunca foi comprovado.</p>



<p>De qualquer forma, a tragédia revolucionou a história da aviação mundial, pois fez a Administração Federal de Aviação (FAA) banir para sempre a liberação de fumar dentro dos aviões, o que evitou que diversos acidentes banais acontecessem por causa de um descuido como aquele.</p>


thumb-image-2024-02-29T14:05:03.245Z

Voo Varig 820 e a bituca que transformou a aviação

Imagem de Bahia Bakari sobreviveu ao desastre mais letal da aviação no megacurioso

Nascida em 15 de agosto de 1996 na comuna francesa de Évry, na prefeitura de Essonne, a cerca de 26 km a sudeste de Paris, Bahia Bakari só queria apr


<p>Nascida em 15 de agosto de 1996 na comuna francesa de Évry, na prefeitura de Essonne, a cerca de 26 km a sudeste de Paris, Bahia Bakari só queria aproveitar as férias de verão junto de sua mãe em 2009.</p>



<p>Filha de Kasim Bakari, que trabalhava como zelador, e Aziza Aboudou, que era dona de casa, a garota tinha três irmãos mais novos que ficaram de fora da visita que sua mãe decidiu fazer aos seus familiares nativos de Comores, um país localizado no leste da África.</p>



<p>Mãe e filha iniciaram a viagem pegando o voo 749 da Yemenia Airways, operado em um Airbus A330-200, com uma escala intermediária no Aeroporto de Marselha, antes de pousar no Aeroporto Internacional de Saná, no Iêmen.&nbsp;</p>



<p>Uma vez lá, elas embarcaram no voo 626, um Airbus A310-325 com destino a Comores e com escala em Djibouti. O voo estava programado para chegar ao Aeroporto Internacional Prince Said Ibrahim por volta das 2h30 do horário local, no dia 30 de junho de 2009.</p>



<h2>Caindo</h2>



<div class="mt-2"><figure class="aligncenter"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/09/18/18150634958238.jpg" alt="(Fonte: Journal Aviation/Reprodução)" /><figcaption>(Fonte: Journal Aviation/Reprodução)</figcaption></figure></div>



<p>O capitão do voo 626 era o iemenita Khalid Hajeb, de 44 anos, que trabalhava para a Yemenia desde 1989 e operava o Airbus A310 desde 2005, com um total de 7.936 horas de voo, sendo 5.314 horas só naquela aeronave. O primeiro oficial de voo Ali Atif estava na companhia aérea desde 1980 e tinha qualificação no 310 desde 2004, totalizando 3.641 horas de voo, sendo que 3.076 era só no A310.</p>



<p>Assim, era por volta de 1h50 do horário local (22h50 de 29 de junho, UTC) quando a aeronave sobrevoava a costa norte de Grande Comore, no oceano Índico, a alguns minutos do Aeroporto Internacional Prince Said Ibrahim. O avião deveria pousar na pista 2 do aeroporto, porém continuou além do ponto onde exigia que fizesse uma curva e virou à esquerda, em direção ao norte, saindo totalmente do curso de pouso.</p>



<div class="mt-2"><figure class="aligncenter"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/09/18/18151309679248.jpeg" alt="Bahia Bakari. (Fonte: Alchetron/Reprodução)" /><figcaption>Bahia Bakari. (Fonte: Alchetron/Reprodução)</figcaption></figure></div>



<p>No momento, uma atípica frente fria se moveu pelas Ilhas Comores com ventos de aproximadamente 64 km/h, o que era favorável para causar turbulências, de leve a moderada. A aeronave começou a tremer e sofreu um estrondo antes de as luzes se apagarem e causar um caos entre os 153 passageiros a bordo.</p>



<p>Também aterrorizada, Bakari olhou pela janela do avião e conseguiu ver luzes antes de decidir abaixar a cabeça, sentindo uma onda de eletricidade atravessar o seu corpo. “Eu queria falar com a minha mãe, mas meu corpo parecia esticado ao máximo, prestes a arrebentar”, descreveu ela. “Então o barulho aconteceu”, disse a menina.</p>



<p>O Airbus A310 se chocou fortemente com as águas do oceano e se estraçalhou.</p>



<h2>A solidão de Bakari</h2>



<div class="mt-2"><figure class="aligncenter"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/09/18/18151623851252.jpg" alt="(Fonte: Sécurité Aérienne/Reprodução)" /><figcaption>(Fonte: Sécurité Aérienne/Reprodução)</figcaption></figure></div>



<p>Bakari se lembra de uma escuridão intensa, mas não do momento em que foi arremessada para fora do avião. A memória mais recente é a de quando acordou já na água, engasgando e tossindo, sentindo como se os pulmões tivessem rasgado.</p>



<p>Apesar da noite sem lua, à distância, a garota pôde enxergar quatro pedaços de destroços brancos flutuando a poucos metros de onde estava. Nem por um instante Bakari imaginou que o avião havia caído, devido ao trauma que cercava a sua mente e a maneira como tudo aconteceu tão rápido.</p>



<p>“Eu não queria entender aquela realidade”, disse ela no microfone da<em>&nbsp;</em>Europa 1. “Eu simplesmente me agarrei à ideia de encontrar minha mãe, que eu tinha certeza de que havia chegado a Comores”. Ela não sabia que a mãe estava morta, assim como os outros 151 passageiros que estavam a bordo da aeronave.</p>



<p>Bakari ouviu mulheres gritando por socorro, assim tentou se aproximar para ajudá-las e também para não ficar sozinha, porém seus braços doíam demais com o peso de seu corpo. “As vozes pararam depois de um tempo”, confessou com tristeza a garota.</p>



<p>Portanto, ela simplesmente decidiu se esforçar para conseguir alcançar um dos destroços. Ela tentou escalar um pedaço da fuselagem, mas o metal tombou com o peso dela. Bakari então se contentou em apenas deitar com a metade do corpo sobre ele, enquanto suas pernas boiavam na água.</p>



<p>A céu aberto, sem água e comida, Bakari ficou cerca de 9 horas à deriva, apenas com a esperança de ser encontrada e com os fantasmas em sua mente.</p>



<h2>O grande salvador</h2>



<div class="mt-2"><figure class="aligncenter"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/09/18/18151915119257.jpeg" alt="(Fonte: Alchetron/Reprodução)" /><figcaption>(Fonte: Alchetron/Reprodução)</figcaption></figure></div>



<p>À medida que o Sol ia nascendo, sem ter o que fazer, Bakari se concentrou nas colinas verdes que havia no horizonte. Com o passar do tempo, foi ficando claro para ela que estava se afastando da terra firme, então ela acabou entrando em desespero com a ideia de não ser encontrada por estar longe demais do que havia sobrado do avião.</p>



<p>No pico de um ataque de euforia, Bakari estava a ponto de se lançar nas águas para nadar de volta, apesar de não saber muito bem para onde, quando viu um barco pesqueiro vindo em sua direção.</p>



<p>A notícia do acidente já havia se espalhado e dezenas de barcos de pescadores partiram para o mar em busca de sobreviventes, enquanto a guarda costeira e as autoridades não chegavam para efetuar o resgate adequado. Foi o pescador Libouna Matrafi que localizou os olhos assustados de Bahia Bakari pairando em meio à catástrofe.</p>



<p>Uma onda virou o pedaço de fuselagem onde a garota estava e ela desapareceu de vista. Matrafi não hesitou em mergulhar para tentar pegá-la, apesar dos riscos de colidir com os destroços ou ficar preso em algum deles. Ele conseguiu alcançar Bakari a 100 metros de seu barco e segurou-a até que seus companheiros se aproximassem para apanhá-los.</p>



<h2>A &#8220;milagrosa&#8221;</h2>



<div class="mt-2"><figure class="aligncenter"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/09/18/18152118412259.jpg" alt="(Fonte: Welt/Reprodução)" /><figcaption>(Fonte: Welt/Reprodução)</figcaption></figure></div>



<p>No dia seguinte, Bakari foi transportada de volta a Paris em um jato privado oferecido pelo governo francês, que a considerou &#8220;um verdadeiro milagre&#8221;. Ela foi internada no hospital Armand-Trousseau, no leste de Paris, com fratura de pélvis e clavícula, queimaduras nos joelhos, hematomas, cortes e profunda exaustão física.&nbsp;</p>



<p>Foi lá que ela recebeu a notícia sobre a morte de todos, inclusive de sua mãe, pelo então presidente Nicolas Sarkozy em pessoa. Depois de 3 semanas internada, ela recebeu alta e foi se reunir com a sua família para recomeçar a vida.</p>



<p>Até hoje as causas da queda do avião são inconclusivas. O Escritório de Pesquisas e Análises para Segurança da Aviação Civil (BEA) da França e a Agência Nacional de Aviação Civil e Meteorológica (ANACM) de Comores investigaram e descobriram que, em 2007, o Airbus 310-324 foi inspecionado e apresentou diversas falhas, mas continuou a voar pela Europa, apesar das proibições.</p>



<p>Em janeiro de 2010, Bakari lançou a sua biografia <em>Moi Bahia, la miraculée</em> (&#8220;Eu sou Bahia, a garota milagrosa&#8221;), o título refere-se a exatamente como a menina ficou conhecida pela imprensa mundial. Segundo o banco de dados da Rede de Segurança de Aviação, Bahia Bakari se tornou a sobrevivente do acidente oceânico mais letal e o segundo mais mortal de todos os tempos. Um título do qual, em partes, ela não se orgulha.</p>


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Bahia Bakari sobreviveu ao desastre mais letal da aviação

Imagem de Keith Sapsford: o garoto que caiu do céu no megacurioso

O vício do jovem de 14 anos por aventuras o fez embarcar clandestinamente em um voo para o Japão

<head></head><body><p>“Ele sempre teve um desejo por aventuras que o mantivesse em constante movimento”, descreveu Charles Sapsford, um professor universitário de Engenharia Mecânica e Industrial. O homem estava falando de seu filho, Keith Sapsford, nascido em 1956, na região de Randwick, um subúrbio localizado em Nova Gales do Sul, na Austrália.</p><p>O garoto tinha um comportamento imparável e se machucava com frequência devido à necessidade que tinha de gastar energia e sentir que estava em uma espécie de aventura. Tudo muito pacato e “normal” atormentava Sapsford de uma maneira incontrolável, e os pais já tinham perdido as contas de quantas vezes o garoto tinha fugido de casa.</p><p>Em meados de 1970, a família decidiu fazer uma viagem de férias ao exterior, porém boa parte dela o casal passou procurando pelo filho, que desapareceu para poder se sentir um pouquinho mais "livre". Depois de semanas de mais preocupação do que descanso e paz, eles imaginavam que o garoto estaria um pouco mais quieto quando voltaram para a casa, mas não foi o que aconteceu.</p><h2>A decisão de Keith</h2><p><span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;NZ Herald&nbsp;" data-fonte-url="https://www.nzherald.co.nz/resizer/Kcfx5p4Mmdtt_OR86_vWKKxtUMI=/620x486/smart/filters:quality(70)/arc-anglerfish-syd-prod-nzme.s3.amazonaws.com/public/RMDJHGUYNJDRNJURO4SDHUPOCI.jpg"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/09/09/09182522250153.webp" alt="(Fonte: NZ Herald/Reprodução)"><span class="desc">(Fonte: NZ Herald/Reprodução)</span></span></p><p>Charles acreditava que o filho sofria de alguma falta de disciplina e que uma estrutura educacional desenvolvida em padrões mais rígidos fosse remodelar o comportamento errático e instável dele. Portanto, o pai decidiu matricular Sapsford em Boy’s Town, uma instituição católica romana localizada no sul de Sydney.</p><p>No entanto, os muros do instituto não foram páreos para o desejo insaciável de Keith Sapsford de desbravar o mundo, tampouco a segurança do local. Semanas após sua chegada, ele fugiu para o Aeroporto Internacional de Sydney e assim passou três dias se escondendo da polícia local, que foi acionada pela instituição.</p><p><span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;Aviation Security International&nbsp;" data-fonte-url="https://www.asi-mag.com/wp-content/uploads/2018/04/stowaway-scenario.jpg"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/09/09/09182727937154.jpg" alt="Homem encontrado escondido em compartimento de avião. (Fonte: Aviation Security International/Reprodução)"><span class="desc">Homem encontrado escondido em compartimento de avião. (Fonte: Aviation Security International/Reprodução)</span></span></p><p>Até hoje, ninguém tem como afirmar se o jovem de 14 anos sabia ou não para onde o avião com destino a Tóquio, no Japão, estava indo quando ele burlou a segurança e conseguiu subir no trem de pouso da aeronave — certamente porque seria uma viagem mais interessante do que embarcar em qualquer outro lugar mais normal.</p><p>A única certeza, porém, é de que Sapsford não havia simplesmente decidido embarcar clandestinamente. Meses antes de matriculá-lo na Boy’s Town, Charles Sapsford contou a história de um garoto espanhol que morreu após se esconder no trem de pouso de um avião. Ele achava que evitaria os perigos ficando dentro do compartimento.</p><h2>Caindo do céu</h2><p><span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;Hypeness&nbsp;" data-fonte-url="https://www.hypeness.com.br/wp-content/uploads/2018/05/KS1.jpg"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/09/09/09182906374156.jpg" alt="Keith Sapsford caindo do avião. (Fonte: Hypeness/Reprodução)"><span class="desc">Keith Sapsford caindo do avião. (Fonte: Hypeness/Reprodução)</span></span></p><p>Certamente, o garoto Sapsford desprezou a possibilidade de ser esmagado quando o trem de pouso fosse recolhido, de sofrer alguma ulceração interna com a pressão, de perder a audição ou ser vítima de acidose respiratória — o acúmulo de dióxido de carbono no sangue devido à insuficiência pulmonar, que pode levar à morte. Além disso, quando o avião atingisse 5.490 metros de altura, ele poderia sofrer de hipóxia e também de hipotermia em virtude das temperaturas que podem alcançar até -63 ºC.</p><p>Infelizmente, Sapsford contou com a fragilidade no sistema de segurança dos aeroportos daquela época, por isso conseguiu alcançar rapidamente a pista de voos. Naquele fatídico dia, uma aeronave McDonnell Douglas DC-8 havia acabado de estacionar.</p><p><span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;RMY Auctions&nbsp;" data-fonte-url="https://rmyauctions.com/images_items/item_35819_1.jpg"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/09/09/09183032937160.jpg" alt="(Fonte: RMY Auctions/Reprodução)"><span class="desc">(Fonte: RMY Auctions/Reprodução)</span></span></p><p>Algumas horas depois daquele 22 de fevereiro de 1970, a aeronave finalmente decolou. Quando reabriu o compartimento para recolher o trem de pouso, Keith Sapsford caiu de cerca de 60 metros de altura e morreu na hora.</p><p>Sem nem imaginar o que estava prestes a acontecer, o fotógrafo amador John Gilpin estava tirando fotos do aeroporto quando, sem querer, registrou a queda fatal do jovem. Ele só foi se dar conta depois que revelou o filme, cerca de uma semana após o incidente. A fotografia estampou as manchetes de vários jornais pelo país e foi literalmente o retrato trágico de alguém muito jovem cometendo um erro.</p><p>“Tudo o que meu filho queria fazer era ver o mundo”, declarou Charles Sapsford. “Acho que ele tinha 'coceira nos pés', mas sua determinação em ver o mundo custou-lhe a vida”, o pai afirmou.</p><p>De acordo com os números apresentados em 2015 pela Administração Federal de Aviação (FAA) dos Estados Unidos, foram registradas 96 tentativas de viagens clandestinas entre 1947 e 2012 no compartimento do trem de pouso de aeronaves. Dessas pessoas, apenas 23 sobreviveram para contar a história.</p></body>

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