Imagem de Como seria a Terra se os humanos modernos nunca existissem? no megacurioso

Se por um lado o planeta poderia ter uma megafauna mais diversa, outros humanoides poderiam ter ocupado o nosso lugar

<head></head><body>É praticamente impossível ir para algum lugar na Terra que não carregue alguma marca da humanidade. Sejam as grandes cidades, as ruínas de antigos impérios, as florestas que viram pastos e áreas para a agricultura ou o lixo que se acumula em oceanos, montanhas e até em florestas. O progresso que a nossa espécie construiu também causou muito estrago.Mas como seriam as coisas se nós não tivéssemos evoluído para o que somos atualmente? E se nós tivéssemos continuado a viver como caçadores-coletores, em pequenos grupos localizados e não nos espalhássemos por todos os continentes?Não há um consenso sobre como seria esta realidade hipotética, mas alguns cientistas defendem a ideia de um planeta com a natureza (quase) intocada e uma diversidade maior de espécies animais. Por outro lado, um mundo sem os humanos modernos também poderia significar que nossos parentes extintos, como os neandertais, ainda estariam por aqui. E eles, sem dúvida, também teriam mudado a paisagem.<h2>Um enorme Serengeti</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/07/28/28121359016141.jpg" alt="">Um exemplo do impacto deixado pelos humanos modernos em sua trajetória evolutiva é a extinção de várias espécies de animais. Foi o que aconteceu com as moas, um grupo de <a href="https://www.megacurioso.com.br/animais/45601-9-passaros-enormes-que-foram-extintos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">pássaros gigantes</a>, semelhantes aos avestruzes, que podiam medir até 3,6 metros de altura. Todas as nove espécies dessas aves que habitaram a Nova Zelândia por milhões de anos, desapareceram em cerca de 200 anos com a chegada dos humanos.&nbsp;E elas se juntam a pelo menos outras 25 espécies de vertebrados, incluindo as águias gigantes de Haast que caçavam as moas. Esse exemplo ilustra um problema que acompanhou o desenvolvimento dos seres humanos modernos: <a href="https://www.megacurioso.com.br/animais/44406-conheca-7-dos-mais-incriveis-animais-ja-extintos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">a extinção de grandes animais</a>.Sören Faurby, professor sênior de zoologia da Universidade de Gotemburgo, na Suécia, acredita que os humanos desempenharam um papel fundamental no desaparecimento de grandes mamíferos. Em 2015, ele e sua equipe publicaram um estudo na revista Diversity and Distributions, sugerindo que, sem humanos, a Terra poderia ser atualmente um grande Serengeti, um ecossistema africano repleto de vida.“Em um mundo sem humanos, haveria uma diversidade muito maior de grandes mamíferos e, se você vir uma diversidade maior de grandes mamíferos, tende a ver um habitat muito mais aberto”, explicou Faurby. Ele se baseia nas extinções de grandes mamíferos que aconteceram no continenteeuropeu e nas Américas, após a chegada dos humanos modernos, há alguns milhares de anos.<h2>Mais espécies de seres humanos</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/08/05/05165515920272.jpg" alt="(Fonte: Gettyimages)">(Fonte: Gettyimages)Chris Stringer, professor no Museu de História Natural de Londres, também acredita que sem os humanos modernos, os <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/104294-e-se-os-neandertais-nunca-tivessem-entrado-em-extincao.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">neandertais</a> poderiam estar por aí ainda. Segundo Stringer, esses nossos primos distantes levavam vidas complexas na Europa, semelhantes aos humanos modernos, mas tinham dificuldade em lidar com as mudanças climáticas. Como eles também eram pouco numerosos, havia também uma baixa diversidade genética.E eles não foram os únicos. Os <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/112137-rosto-de-denisovano-e-recriado-pela-1-vez-gracas-a-amostra-de-dna.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">denisovanos</a> foram uma linhagem próxima dos neandertais e que provavelmente cruzaram o caminho dos nossos antepassados. Caso esses dois grupos tivessem sobrevivido por mais tempo, talvez eles tivessem se tornado os humanos modernos e mudado o cenário do planeta no nosso lugar.“Não há razão para que neandertais ou os denisovanos não pudessem ter feito isso eventualmente”, disse Stringer. “Eles poderiam ter superado qualquer eventual deficiência intelectual através da evolução e poderiam estar cometendo os mesmos erros que cometemos desde então”.</body>

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Como seria a Terra se os humanos modernos nunca existissem?

Imagem de As 5 mais impressionantes restaurações da arqueologia no megacurioso

A arqueologia tem permitido à humanidade conhecer melhor sua própria história

<head></head><body>O trabalho desenvolvido por arqueólogos é um dos mais importantes que existem em termos de pesquisa científica. A atuação destes profissionais permite à humanidade conhecer mais profundamente sua história e suas descobertas ensinam muito sobre quais caminhos podemos seguir.Ao longo das últimas décadas, além das <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/122404-5-descobertas-historicas-sombrias-sobre-sacrificios-humanos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">descobertas</a>, muitas restaurações conduzidas por equipes de arqueólogos permitiram que locais e artefatos ficassem próximos de seu estado natural. Para honrar estes magníficos cientistas, confira conosco 5 incríveis trabalhos de restauração conduzidos recentemente.<h2>1. Parque Arqueológico de Pompeia</h2><iframe width="560" height="315" src="https://www.youtube.com/embed/tlTqOmMSang" title="YouTube video player" frameborder="0" allowfullscreen=""></iframe>Localizado na região de Campânia, bem ao sul da Itália, Pompeia foi uma das mais prósperas e sofisticadas cidades do antigo (e imponente) Império Romano. Ela foi completamente soterrada após a erupção do Monte Vesúvio, no ano 79 d.C., mas um longo e refinado processo de escavações tem trazido muitas coisas à tona.Algumas restaurações permitiram encontrar túmulos e habitações da antiga cidade romana. O <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/122061-5-sitios-arqueologicos-que-foram-campos-de-batalha-pre-historicos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">sítio arqueológico</a> conta com mais de 12 mil metros quadrados, onde estátuas, casas e até pinturas foram encontradas e restauradas. O processo foi intensificado após 2008, permitindo que novos setores sejam abertos à visitação pública.<h2>2. Exército de Terracota</h2><iframe width="560" height="315" src="https://www.youtube.com/embed/ZPugcSVbQgY" title="YouTube video player" frameborder="0" allowfullscreen=""></iframe>Descoberto por acaso, o majestoso <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/112436-a-china-imperial-e-seus-misteriosos-soldados-milenares-de-argila.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Exército de Terracota</a> localizado na China é um dos achados mais incríveis da história recente da arqueologia. Encontrados em 1974 por agricultores que escavam poços, os soldados de terracota foram construídos para guardar o mausoléu do imperador Qin. São 8 mil guerreiros em tamanho natural.Cada um deles é considerado uma peça única e carregam armas reais feitas de bronze. Além dos soldados, o Exército de Terracota é composto por 520 cavalos e 130 carruagens. As restaurações são feitas utilizando sondas e novas escavações são proibidas, para evitar que as estátuas sejam danificadas.<h2>3. Partenon</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/07/24/24180328362010.jpg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons)">(Fonte: Wikimedia Commons)Construído na Grécia Antiga em homenagem à deusa Atena, o <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/120814-a-tentativa-grega-de-recuperar-dos-britanicos-suas-esculturas-do-partenon.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Partenon</a> é um templo localizado na região de Acrópole, levantado entre 447 e 438 a.C. como símbolo da cultura e da riqueza local. Todo elaborado em mármore branco, é símbolo de resistência a diferentes domínios e guerras ao longo dos séculos.Seu processo de restauro segue até os dias atuais. Poucos locais são tão reconhecidos por sua estética e estrutura quanto o Partenon, em grande parte resultado do trabalho minucioso dos arqueólogos. Infelizmente, alguns elementos originais não existem mais, como a estátua de marfim de 12 metros de Atena.<h2>4. Afrescos da Capela Sistina</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/07/24/24175418891008.jpg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons)">(Fonte: Wikimedia Commons)Localizada ao norte da Basílica de São Pedro e entregue no ano de 1481, a <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/121970-por-que-nao-se-pode-fotografar-na-capela-sistina.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Capela Sistina</a> foi construída no Vaticano a pedido do Papa Sisto IV. Para adornar o recinto, ele encomendou trabalhos aos mais conceituados pintores renascentistas da época. Nomes como Ghirlandaio, Perugino e Botticelli estão nas paredes.A obra máxima está no teto, pintado entre 1508 e 1512 por Michelangelo, que também fez o Juízo Final sobre o altar, anos depois. Entre 1980 e 1994, passou por processo de restauração que teve impacto significativo na história da arte. Foi possível identificar detalhes nunca vistos sobre as técnicas de <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/120222-em-poema-michelangelo-reclama-sobre-trabalho-na-capela-sistina.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Michelangelo</a>.O restauro também foi alvo de críticas de especialistas, dizendo que a obra teria sido destruída por remover os acabamentos feitos pelo artista. Se alguns historiadores da arte consideraram que havia ali alguma descoberta, outros entenderam se tratar de um desrespeito com o trabalho original.<h2>5. Pirâmide de Djoser</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/07/24/24180133438009.jpg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons)">(Fonte: Wikimedia Commons)O Egito é famoso por muitas coisas, entre elas suas imponentes pirâmides. A mais antiga delas, <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/113712-piramide-de-djoser-a-mais-larga-e-mais-antiga-piramide-do-egito.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">a de Djoser</a>, com mais de 4700 anos, foi reaberta em 2020, após um longo processo de restauração. Foram gastos mais de US$ 7 milhões e necessários 14 anos para que o restauro ficasse pronto. Ela possui mais de 60 metros de altura.A lenda conta que foi a partir dela que os faraós modificaram a maneira como eram enterrados, optando por suntuosas tumbas ao invés dos simples túmulos de barro. O processo de restauração foi bem-sucedido, mas recebeu críticas da Unesco e de arqueólogos pelas soluções utilizadas pelos técnicos.</body>

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As 5 mais impressionantes restaurações da arqueologia

Imagem de Os insetos gigantes que habitavam a Terra antes dos dinossauros no megacurioso

Há cerca de 300 milhões de anos, milípedes com mais de dois metros e libélulas do tamanho de uma gaivota dominavam a Terra

<head></head><body>Imagina a seguinte cena: você sai para comprar pão e ao atravessar a rua precisa esperar um <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/120803-artropode-do-tamanho-de-um-carro-habitou-a-terra-ha-milhoes-de-anos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">milípede de 2,5 metros</a> passar. Mais tarde, ao chegar na padaria, você olha para cima e vê uma <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/112059-nuvem-com-milhoes-de-libelulas-e-captada-por-radar-meteorologico.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">libélula</a> do tamanho de uma gaivota voando. Parece cena de algum filme de fantasia de baixo orçamento, mas era assim que eram os artrópodes há 300 milhões de anos.Esse grupo que além dos insetos também inclui os miriápodes (lacraias, piolhos-de-cobra, milípedes, entre outros), aracnídeos e crustáceos, conseguiu evoluir em um ambiente rico em oxigênio, que provavelmente foi um fator decisivo para o crescimento exagerado.De acordo com um estudo realizado por cientistas da Universidade de Plymouth, no Reino Unido, foi a maneira como o oxigênio afeta as larvas desses animais que influenciou na evolução deles. “Achamos que não é apenas porque o oxigênio afeta os adultos, mas porque o oxigênio tem um efeito maior nas larvas”, comentou Wilco Verberk, um dos autores do estudo.<h2>O problema do oxigênio</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/07/12/12102636563086.jpg" alt="Cópia do fóssil de uma libélula com envergadura de 68 cm. (Fonte: Wikimedia Commons)">Cópia do fóssil de uma libélula com envergadura de 68 cm. (Fonte: Wikimedia Commons)Ter mais oxigênio disponível pode parecer uma vantagem inicialmente. O problema é que em altas concentrações, ele também pode ser um problema. Em humanos, por exemplo, o excesso de oxigênio pode causar danos celulares, levando a problemas de visão, dificuldade para respirar, náusea e convulsões.Insetos adultos podem regular sua ingestão de oxigênio abrindo ou fechando seus espiráculos — orifícios em seus corpos que são como válvulas. Como as larvas de insetos normalmente absorvem oxigênio diretamente através da pele, elas têm pouco ou nenhum controle sobre a quantidade de gás absorvido.A solução que a natureza encontrou para isso é a proporção entre área da superfície pelo volume. “Se você cresce, sua área de superfície diminui em relação ao seu volume”, explicou Verberk. &nbsp;Portanto, as condições da atmosfera terrestre durante o Carbonífero — entre cerca de 359 a 299 milhões de anos atrás — foram favoráveis às larvas maiores. O resto é <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/119884-6-resultados-bizarros-da-evolucao-das-especies.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">seleção natural e evolução</a>.Mas, se esses artrópodes foram tão bem-sucedidos durante um longo período, por que eles não existem atualmente? A resposta para isso traça o caminho contrário do que fez esses animais crescerem. Conforme os níveis de oxigênio foram diminuindo, animais que precisavam mais desse gás para se locomover foram ficando mais lentos, enquanto os animais menores passaram a ter um maior sucesso.“Com o tempo [a diminuição dos níveis de oxigênio] provavelmente fez com que o desempenho dos insetos maiores diminuísse. Tal desempenho reduzido acabou por possibilitar que outras espécies superassem os gigantes”, concluiu Verberk.</body>

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Os insetos gigantes que habitavam a Terra antes dos dinossauros

Imagem de Niède Guidon: espetáculo conta a história da arqueóloga brasileira no megacurioso

Espetáculo artístico celebra as cinco décadas de preservação do Parque Nacional da Serra da Capivara

A arque&oacute;loga franco-brasileira Ni&egrave;de Guidon pode ser vista como um patrim&ocirc;nio mundial. Seu trabalho cient&iacute;fico ajudou, al&eacute;m de outras coisas, a criar o Parque Nacional da <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/103702-os-14-patrimonios-culturais-mundiais-do-brasil-de-acordo-com-a-unesco.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Serra da Capivara</a>, localizado no estado do Piau&iacute;. &Eacute; l&aacute; que est&aacute; o maior conjunto de s&iacute;tios arqueol&oacute;gicos dentre os presentes nas Am&eacute;ricas. O local &eacute; respons&aacute;vel por preservar boa parte da hist&oacute;ria da humanidade.
Em julho, um espet&aacute;culo realizado no parque ir&aacute; celebrar as cinco d&eacute;cadas que Ni&egrave;de dedicou &agrave; preserva&ccedil;&atilde;o deste parque. A arque&oacute;loga ser&aacute; homenageada em um evento promovido pela &Oacute;pera da Serra da Capivara, no anfiteatro da Pedra Furada, presente no pr&oacute;prio Parque Nacional.
<ul>
<li>Leia mais: <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/121400-niede-guidon-a-arqueologa-que-elevou-a-pesquisa-brasileira.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Ni&egrave;de Guidon, a arque&oacute;loga que elevou a pesquisa brasileira</a></li>
</ul>
O espet&aacute;culo, que havia sido interrompido por conta da pandemia de <a href="https://www.megacurioso.com.br/coronavirus/" rel="noopener noreferrer" target="_blank">covid-19</a>, retorna entre os dias 26 e 30 de julho para sua quarta edi&ccedil;&atilde;o. O show &eacute; um evento multissensorial que envolve m&uacute;sica, dan&ccedil;a, teatro, circo e tecnologia. A partir de proje&ccedil;&otilde;es a laser, videomapping e <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/122476-inteligencias-artificiais-estao-reproduzindo-os-preconceitos-humanos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">intelig&ecirc;ncia artificial</a>, a hist&oacute;ria de Ni&egrave;de Guidon &eacute; narrada de forma emocionante.
As apresenta&ccedil;&otilde;es durar&atilde;o tr&ecirc;s dias e contar&atilde;o tamb&eacute;m com shows de artistas como Roberta S&aacute;, Dona Onete, Cordel do Fogo Encantado, C&aacute;tia de Fran&ccedil;a, Ostiga J&uacute;nior, al&eacute;m da discotecagem de Gil Preto, do projeto Brasilidades. Tudo acontece na Serra da Capivara, no Piau&iacute;.
<h2>A hist&oacute;ria de Ni&egrave;de Guidon</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/07/24/24115041630008.jpg" alt="(Fonte: 360 Meridianos)" />(Fonte: 360 Meridianos)
A arque&oacute;loga Ni&egrave;de Guidon, de 89 anos, &eacute; um dos grandes nomes da ci&ecirc;ncia brasileira. Filha de pai franc&ecirc;s e m&atilde;e brasileira, ela &eacute; formada em Hist&oacute;ria Natural pela Universidade de S&atilde;o Paulo, e fez doutorado em Pr&eacute;-hist&oacute;ria pela Universidade Sorbonne, em Paris.&nbsp;
Sua hist&oacute;ria pessoal e profissional se confundem com a do pr&oacute;prio Parque Nacional da Serra da Capivara. Seu trabalho no local auxiliou na descoberta de v&aacute;rios achados que revelam como foi a presen&ccedil;a do <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/110238-teriam-os-homens-pre-historicos-conhecimento-de-sobre-astronomia.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">homem pr&eacute;-hist&oacute;rico&nbsp;</a>nas Am&eacute;ricas.
Ni&egrave;de teve seu primeiro contato com o parque em 1963, quando trabalhava no Museu do Ipiranga e coordenava uma exposi&ccedil;&atilde;o de pinturas rupestres encontradas em Minas Gerais. Na ocasi&atilde;o, o ent&atilde;o prefeito de Petrolina, Luiz Augusto Fernandes, entregou em suas m&atilde;os algumas fotos de pinturas encontradas nos pared&otilde;es da Serra da Capivara.&nbsp;
Ati&ccedil;ada pela curiosidade e pelo conhecimento cient&iacute;fico, ela logo programou uma viagem at&eacute; o local. No entanto, as fortes chuvas da &eacute;poca impediram que a expedi&ccedil;&atilde;o fosse feita. Ni&egrave;de se exilou em Paris durante a <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/119063-ditadura-militar-no-brasil-6-mentiras-contadas-sobre-o-regime.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">ditadura militar,</a> mas retornou ao Brasil em 1973. Com o apoio do governo franc&ecirc;s, ela liderou uma miss&atilde;o arqueol&oacute;gica at&eacute; o Piau&iacute;, de onde nunca mais saiu.
Sua carreira como pesquisadora e diretora do Parque Nacional da Serra da Capivara envolve tamb&eacute;m a cria&ccedil;&atilde;o da Funda&ccedil;&atilde;o Museu do Homem Americano &nbsp;(FUNDHAM) &mdash; que administra o Parque em parceria com o ICMBio &mdash;, e dois museus: o do Homem Americano e o Museu da Natureza.
<h2>O Parque Nacional da Serra da Capivara</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/07/24/24115930193010.jpg" alt="(Fonte: Viagem e Turismo)" />(Fonte: Viagem e Turismo)
O Parque Nacional da Serra da Capivara &eacute; conhecido internacionalmente como um patrim&ocirc;nio da humanidade por conta de seus registros rupestres pr&eacute;-hist&oacute;ricos datados entre 6 e 12 mil anos. Estes vest&iacute;gios nos contam detalhes sobre a vida de nossos ancestrais &mdash; como seus ritos, costumes e cultura &mdash;, que habitaram a regi&atilde;o durante muitos mil&ecirc;nios.&nbsp;
O local tem mais de 1,3 mil registros pr&eacute;-hist&oacute;ricos da presen&ccedil;a humana em mais de 100 mil hectares de &aacute;rea. Em 1991, a <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/120751-conheca-6-patrimonios-da-unesco-que-voce-nunca-imaginaria.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Unesco</a> incluiu o Parque na lista de Patrim&ocirc;nio Mundial por sua &nbsp;import&acirc;ncia hist&oacute;rico-cultural e, posteriormente, em 1993, ele foi tombado pelo Instituto do Patrim&ocirc;nio Hist&oacute;rico Art&iacute;stico e Nacional (IPHAN).

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Niède Guidon: espetáculo conta a história da arqueóloga brasileira

Imagem de Quilombo Saracura: escavações no Metrô de SP ressuscitam ícone no megacurioso

Em suas reivindicações, membros do movimento negro pedem para que futura estação 14 bis seja renomeada para 'Saracura Vai-Vai'

<head></head><body>Por conta das obras feitas na Linha-6 Laranja do Metrô de São Paulo, um sítio histórico foi encontrado onde será construída a futura estação 14 Bis, localizada no bairro Bixiga — na região central da capital. No século XIX, esse local abrigava diversos colombos em seu entorno, ficando às margens do córrego Saracura.&nbsp;A recente descoberta fez com que líderes do <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/116820-a-origem-do-20-de-novembro-o-dia-nacional-da-consciencia-negra.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">movimento negro</a> e moradores do bairro passassem a organizar uma mobilização reivindicando a fundação de um memorial educativo permanente naquele espaço e também a mudança do nome da estação que será construída para "Saracura Vai-Vai". Conheça mais sobre essa história!<h2>Descoberta do sítio histórico</h2><span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;Reprodução/Alma Preta&nbsp;" data-fonte-url="https://www.terra.com.br/nos/metro-investiga-vestigios-do-quilombo-saracura-no-bixiga,fa66189b8a743e3a7103eaf0a9205d419u8jg3vz.html"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/07/15/15174658276460.jpg" alt="(Fonte: Reprodução/Alma Preta)">(Fonte: Reprodução/Alma Preta)Em abril desse ano, Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) recebeu o cadastro do sítio arqueológico Saracura/14 Bis pela A Lasca, a empresa que foi contratada para fazer o monitoramento arqueológico da Linha-6 Laranja. Durante as escavações, foram encontrados objetos como garrafas e louças.&nbsp;De acordo com os pesquisadores, esses materiais datam para um período entre o século XIX e o século XX. Os primeiros vestígios do Saracura foram interpretados como análise de alta relevância, recebendo autorização para que o resgate do sítio fosse feito de maneira imediata.Como as obras do <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/121027-como-sao-construidos-os-metros-de-sao-paulo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">metrô</a> estão sendo feitas a 3 metros de profundidade, atualmente as equipes arqueológicas fazem um trabalho de contenção para garantir a segurança do local. Ao fim de todas as análises, os pesquisadores terão mais dados para dizer a relação do sítio descoberto com o Quilombo Saracura e com a ocupação do Bixiga. Porém, as equipes já consideram o local como "muito significativo para a história da cidade".<h2>Representação do Quilombo Saracura</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/07/15/15174904263461.jpg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons)">(Fonte: Wikimedia Commons)Desde que os vestígios arqueológicos foram descobertos nas escavações da nova linha do Metrô de São Paulo, existe uma pressão popular para que homenagens sejam prestadas ao Quilombo Saracura. Na visão do movimento negro, a praça que tem em frente à estação já é símbolo da genialidade de Santos Dumont e sua invenção.Logo, a criação de um memorial educativo permanente e a mudança do nome da estação para "Saracura Vai-Vai" seria nada mais do que justo para lembrar sobre a vida dos <a href="https://www.megacurioso.com.br/acontecimentos-historicos/100194-7-punicoes-inaceitaveis-que-ja-foram-usadas-com-escravos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">escravos</a> que escaparam do trabalho forçado e encontraram naquela região um lugar para se refugiar. O nome Vai-Vai, por sua vez, está relacionada à escola de samba de mesmo nome, que muito tem uma história ligada à criação do quilombo e à ocupação do Bixiga.&nbsp;No dia 27 de junho, o "Mobiliza Saracura Vai-Vai" — grupo que encabeça os pedidos de mudança — ouviram da Concessionária Linha Universidade que as empresas responsáveis pela obra ainda estão abertas para que a comunidade do bairro envie uma proposta de projeto educacional diante do que for encontrado. Para as próximas etapas, a mobilização local deve se reunir para elaborar um projeto estruturado, esperando que a concessionária concorde com suas demandas.</body>

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Quilombo Saracura: escavações no Metrô de SP ressuscitam ícone

Imagem de 5 descobertas históricas sombrias sobre sacrifícios humanos no megacurioso

Os sacrifícios humanos foram prática comum ao longo da trajetória da humanidade

Diferentes civilizações ao longo da história da humanidade praticaram o ato de sacrificar seres humanos com diferentes fins, ainda que na maioria dos casos o cunho fosse religioso. Estudos indicam que os <a href="https://www.megacurioso.com.br/historia-e-geografia/103095-9-culturas-que-praticavam-sacrificios-humanos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">sacrifícios humanos</a> iniciaram como uma evolução do desejo das civilizações de agradar algum deus ou força espiritual.Contudo, o tempo fez com que essa prática evoluísse para valorizar a morte de governantes, reis, imperadores e demais membros da alta corte e da nobreza. E mesmo sem o contato entre os diferentes grupos de todos os continentes, é notável que os sacrifícios estivessem presentes em diferentes culturas. Conheça alguns destas sombrias histórias.<h2>1. Sacrifícios da Idade de Bronze em Basur Höyük, na Turquia</h2><iframe width="560" height="315" src="https://www.youtube.com/embed/VGykAaJuKFw" title="YouTube video player" frameborder="0" allowfullscreen=""></iframe>A história turca é muito rica. Quer uma amostra? Em Basur Höyük, na região sudeste da Turquia, arqueólogos encontraram uma tumba datada do ano 3000 a.C., do período conhecido como <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/118619-idade-do-bronze-vila-submersa-de-3-mil-anos-e-encontrada-na-suica.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Idade do Bronze</a>. Após análise, descobriu-se que essa tumba parecia narrar uma estranha história envolvendo sacrifício humano.Em seu interior, os arqueólogos encontraram conjuntos de ossos de um adulto e duas crianças, enquanto em uma câmara separada da mesma tumba havia restos mortais de oito jovens. Apesar da dificuldade em correlacionar os indivíduos, as teorias mais aceitas afirmam se tratar de sacrifício de servos em um ritual complexo para valorizar a morte de alguém superior.<h2>2. Sacrifícios de servos egípcios&nbsp;</h2><iframe width="560" height="315" src="https://www.youtube.com/embed/0K_ICdryKyk" title="YouTube video player" frameborder="0" allowfullscreen=""></iframe><a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/121334-6-mitos-sobre-o-egito-antigo-que-voce-provavelmente-acredita.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">No Egito Antigo</a>, durante a Primeira Dinastia (período compreendido aproximadamente entre 3200 a.C. e 2778 a.C.), a prática de sacrifício humano específico foi bem comum, tanto no caso de mumificação de faraós, como de outros membros da mais alta corte.Os servos do falecido eram sacrificados com o objetivo de que seguissem servindo seus mestres mesmo no pós-vida. Como outras culturas, os egípcios acreditavam que a maneira como sua morte era encarada refletiria na eternidade, razão pela qual eram enterrados com peças de ouro, boas roupas e, claro, os servos sacrificados.<h2>3. Sacrifícios na China Antiga</h2><iframe width="560" height="315" src="https://www.youtube.com/embed/bRk5B0Fll9E" title="YouTube video player" frameborder="0" allowfullscreen=""></iframe>Ao longo da dinastia Shang (1600 a.C.–1046 a.C.), na China Antiga, <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/114319-sacrificio-chines-esqueleto-e-encontrado-decapitado-e-ajoelhado.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">rituais de sacrifício humano foram praticados</a>, descoberta feita a partir de ossos encontrados em sítios arqueológicos no país.Os estudos seguem sendo feitos, já que não há consenso no meio científico, pois os ossos eram parte de oráculos, com informações contidas neles, incluindo descrições sobre os sacrifícios. O receio é que se trate de uma abordagem de fé e não necessariamente de fatos concretos.De todo modo, as inscrições sugerem que os sacrifícios humanos eram realizados com servos e escravizados, muito semelhante com o que era feito no Egito Antigo, isto é, para valorizar a morte do nobre falecido.<h2>4. Sacrifícios de Pömmelte, na Alemanha</h2><iframe width="560" height="315" src="https://www.youtube.com/embed/5OahTj0ubys" title="YouTube video player" frameborder="0" allowfullscreen=""></iframe>Pömmelte é uma vila de uma antiga cidade onde hoje é a Alemanha que teve muita importância para os povos locais que lá viveram por longos séculos. Na região, foram encontradas sete grandes placas de pedra que lembram muito o <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/117669-stonehenge-nao-foi-construido-na-inglaterra-diz-novo-estudo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Stonehenge</a> da Inglaterra.As entradas foram projetadas de modo a se alinharem com o nascer do Sol em determinados períodos e nas pedras foram encontrados restos de ossos esmagados, que sugerem rituais de sacrifício humano. Todos os restos encontrados demonstraram sinais de violência e pertenciam a mulheres e crianças.<h2>5. Sacrifícios de Ur, na Mesopotâmia</h2><iframe width="560" height="315" src="https://www.youtube.com/embed/0hhl9dbOjZs" title="YouTube video player" frameborder="0" allowfullscreen=""></iframe>A história da <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/121007-6-segredos-incriveis-descobertos-na-escrita-cuneiforme.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Mesopotâmia</a> é muito rica. Um bom exemplo foi a cidade de Ur. Nos cemitérios reais que ficavam localizados na cidade foram encontrados alguns dos elementos mais preciosos da arqueologia do século XX. Muito ouro e marfim estavam enterrados por lá, mas também foram encontradas muitas sepulturas contendo indícios de sacrifício humano.Entre elas está o túmulo da rainha Puabi, onde 52 corpos estavam enterrados ao seu lado, muito provavelmente para que servissem à rainha na pós-vida. Exames mostraram que seus corpos foram tratados para serem preservados, mas também detectaram perfurações em seus crânios, o que indica que foram mortos antes do sepultamento.

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5 descobertas históricas sombrias sobre sacrifícios humanos

Imagem de A caverna que leva ao submundo sagrado dos maias no megacurioso

Local possui registros de sacrifícios humanos e oferendas a deuses maias

<head></head><body>No meio de uma região de selva fechada em <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/110910-conheca-o-incrivel-buraco-azul-no-mar-de-belize.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Belize</a>, existe uma <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/119353-caverna-com-obras-de-arte-neandertais-e-descoberta-na-alemanha.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">caverna</a> que por muitos anos foi utilizada pelos maias para reencenar a história da criação. A Actun Tunichil Muknal (caverna ATM) é uma entrada para Xibalba, o submundo sagrado dos <a href="https://www.megacurioso.com.br/historia-e-geografia/70270-20-coisas-interessantes-que-voce-talvez-desconheca-sobre-os-maias.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">maias</a>.Xibalba é descrito na mitologia maia como um lugar no mundo inferior onde espíritos de doenças e morte reinam. Segundo o Popol Vuh — algo como “livro da comunidade”, é um dos principais registros culturais dos maias —, seria uma corte abaixo da superfície da Terra associada à morte e com doze deuses ou governantes poderosos conhecidos como os Senhores de Xibalba. A caverna ATM era utilizada como uma representação deste local.<h2>Uma oferenda aos deuses do submundo</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/07/04/04103549507168.jpg" alt="Esqueleto de uma pessoa que foi utilizada durante um sacrifício maia na caverna ATM.">Esqueleto de uma pessoa que foi utilizada durante um sacrifício maia na caverna ATM.Os primeiros estudos levaram os pesquisadores a concluir que a caverna ATM era um local utilizado para que os maias se conectassem com suas divindades. Mas foi somente em 2021, que um grupo de arqueólogos liderados por Holley Moyes e Jaime J. Awe conseguiu construir uma imagem das cerimônias religiosas que aconteciam ali.&nbsp;De acordo Moyes e Awe, os maias estavam usando a caverna para encenar reconstituições teatrais elaboradas e mortais do mito da criação. Não existem relatos sobre o que realmente acontecia nestas cerimônias, nem sua principal motivação. A principal teoria é que os maias estavam pedindo um “renascimento” do mundo para os deuses durante um período de forte seca.No mito da criação Popol Vuh, duas figuras divinas conhecidas como os Heróis Gêmeos vão ao submundo para acalmar os Senhores de Xibalba e desafiá-los para um jogo. Os gêmeos perdem e são prontamente sacrificados, mas acabam sendo vingados por outros heróis. Um destes heróis vingado renasce como o Deus do Milho, que dá origem a toda a vida humana.Evidências dentro da caverna ATM sugerem que é esse mito que os maias estavam reencenando. “Os maias devem ter acreditado que os senhores de Xibalba estavam triunfando de alguma forma durante o período de seca”, disse Moyes. “Os Senhores de Xibalba não têm permissão para ter coisas boas, e quase tudo o que encontramos na caverna está quebrado, o que me faz pensar que devem ser oferendas para divindades do submundo”.<h2>Dentro da caverna</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/07/04/04103357194161.jpg" alt="Entrada da caverna ATM.">Entrada da caverna ATM.A caverna ATM, que hoje é aberta a visitação, possui alguns rios que se espalham por dentro. Em determinados pontos, é necessário nadar para poder avançar. Os pesquisadores acreditam que era assim também com os maias, que provavelmente precisavam nadar com tochas acesas. Por mais de 1.000 anos, os 5 quilômetros de túneis da ATM permaneceram intactos. Sua descoberta aconteceu em 1986, por moradores da região. Pouco tempo depois os primeiros esqueletos foram encontrados pelo hidrólogo e espeleólogo Thomas Miller.&nbsp;Por ser um sítio arqueológico que se manteve intocado por séculos, ele logo se tornou objeto de muitos estudos, oferecendo aos cientistas um vislumbre único da religião e sociedade maia de cerca de 700 a 900 a.C.. Ao chegar à câmara principal, é possível se deparar com uma parte importante da história dos maias. Quase 1.500 objetos e fragmentos foram registrados até agora, além de 21 esqueletos humanos.</body>

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A caverna que leva ao submundo sagrado dos maias

Imagem de Até 1960, pessoas ainda viviam em cavernas na Capadócia no megacurioso

O hábito surgiu quando os cristãos fugiam da perseguição religiosa dos romanos

<head></head><body>Capadócia significa “Terra dos lindos cavalos” em <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/121436-zoroastrismo-a-religiao-persa-que-influenciou-o-ocidente.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">persa</a>. Quanto aos cavalos, é incerto saber, visto que seria necessário que algo além de pó tivesse sobrevivido desde o século XII a.C., para comprovar. Por outro lado, em questão de terra, realmente o nome faz jus à beleza do nome.Localizada na Turquia, a região é considerada um dos locais mais bonitos do mundo e patrimônio histórico mundial pela UNESCO, formada há 60 milhões de anos pela erosão de camadas macias de lava e cinzas dos montes Erciyes, Hasan e Gullu, com ajuda do vento e chuva ao longo dos milhares de anos.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/06/30/30182351627425.jpg" alt="(Fonte: Nick Travel/Reprodução)">(Fonte: Nick Travel/Reprodução)Testemunha silenciosa da história cultural da <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/122307-como-um-sultao-deu-origem-ao-poderoso-imperio-otomano.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Anatólia</a>, o primeiro assentamento humano na Capadócia data da era <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/115181-conchas-eram-usadas-no-paleolitico-para-adornar-seres-humanos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">paleolítica</a>, culpa do povo indo-europeu hititas, que no II milênio a.C., fundou o poderoso império na Anatólia Central, hospedando colônias comerciais ao longo do tempo, fazendo dele um dos mais importantes entroncamentos para a Rota da Seda — e o mais essencial para o cristianismo nos tempos posteriores.Foi por volta dessa época que o grande paraíso que atrai 2 milhões de turistas anualmente, começou a formar e habitar construções em cavernas.<h2>Morando no subterrâneo</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/06/30/30182042361420.jpg" alt="(Fonte: Pinterest/Reprodução)">(Fonte: Pinterest/Reprodução)De igrejas a casas esculpidas em rochas, esse tipo de arquitetura foi fundamental para os cristãos que precisavam escapar do domínio brutal do Império Romano. Esse também foi o caminho para criarem verdadeiras <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/121766-maior-cidade-subterranea-do-mundo-e-descoberta-na-turquia.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">cidades subterrâneas</a>, temendo que nunca conseguissem viver na superfície podendo ser quem eram.Em 1972, na região de Ozkonak, uma cidade construída na encosta norte do Monte Idis, a 14 quilômetros a nordeste de Avanos, o agricultor local Latif Acar encontrou uma dessas cidades acidentalmente enquanto tentava descobrir o motivo de a água desaparecer de suas plantações.Sua escavação revelou que o subterrâneo poderia abrigar cerca de 60 mil pessoas por até 3 meses em uma estrutura de 10 andares, com profundidade de 40 metros. Estima-se que a cidade tenha sido construída em meados do século II ou III, no auge da antipatia e perseguição cristã, conforme a religião se popularizava.Em 2020, arqueólogos descobriram um complexo com 49 câmaras no sudeste da Turquia, no distrito de Midyat, província de Mardin. O espaço possui poços de água, silos de armazenamento de grãos, passagens, quartos de casas e altares, uma igreja cristã, uma sinagoga e uma mesquita.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/06/30/30182127642421.jpg" alt="(Fonte: Daily Sabah/Reprodução)">(Fonte: Daily Sabah/Reprodução)O descobrimento desses restos históricos deixou não só ainda mais claro que esse povo refugiado construiu aquilo com as próprias mãos porque imaginavam que aquela seria a realidade deles para sempre, quanto também que judeus, cristãos e muçulmanos viveram em harmonia.E, embora eles não tenham vivido para sempre desse jeito, habitar o interior de casas em cavernas se tornou uma das características dos habitantes de várias províncias da Capadócia. Por séculos, foi isso que aconteceu em Zelve, um conjunto de vales, parte do distrito de Avanos e da província de Nevsehir. Não se sabe exatamente quando as pessoas começaram a povoar o espaço, apenas que ele era um centro religioso durante o século IX e XIII, onde os primeiros seminários para sacerdotes aconteceu.A população do local viveu no vale até a década de 1960, quando o governo os evacuou devido à perigosa erosão das cavernas de milhares de anos, movendo-os para uma vila moderna a uma curta distância, que eles chamaram de Yeni Zelve. Atualmente, o vale original de Zelve é um museu que conta a história fascinante de como as pessoas chegaram lá.</body>

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Até 1960, pessoas ainda viviam em cavernas na Capadócia

Imagem de Fogueira mais antiga do mundo é encontrada em Israel no megacurioso

Estudos utilizando Inteligência Artificial (IA) mostraram que povos antigos viviam na pedreira de Evron e queimavam ossos de animais para se aquecer

<head></head><body>A descoberta do fogo foi um dos marcos que permitiu com que a humanidade progredisse em múltiplos sentidos. Entretanto, quando foi que os seres humanos passaram a fazer fogueiras? De acordo com um grupo de cientistas, tudo teria começado há quase 1 milhão de anos — muito antes do que se pensava.Utilizando um software de <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/107151-6-coisas-que-a-google-faz-com-inteligencia-artificial-e-voce-nem-percebe.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Inteligência Artificial</a> (IA), os pesquisadores do Weizmann Institute of Science passaram a estudar ferramentas antigas de pederneira encontradas no sítio arqueológico de Evron Quarry, em Israel, para determinar se elas foram queimadas propositalmente ou não. Veja só quais foram as respostas!<h2>Rastreando o fogo</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/06/22/22013656306000.jpg" alt="(Fonte: Evron Quarry/Reprodução)">(Fonte: Evron Quarry/Reprodução)Ao longo dos séculos, um dos grandes desafios científicos é conseguir rastrear o uso do fogo pelos seres humanos durante a história. Os métodos mais tradicionais encontrados pela ciência costumavam indicar que as primeiras evidências só foram existir há 200 mil anos.No entanto, os pesquisadores do Instituto Weizmann decidiram contrariar essa teoria ao optar por outros métodos de pesquisa na pedreira de Evron, a qual teria sido frequentada entre 800 mil e 1 milhão de anos atrás. Para isso, o objetivo seria olhar de perto as ferramentas de sílex — objetos feitos com rochas sedimentares silicatadas — usadas naquela época.&nbsp;De acordo com os estudiosos, a pederneira, que é um tipo de sílex, muda em nível molecular quando queima. Com isso, os cientistas poderiam recorrer à IA para determinar o quão quente essa substância teria ficado no passado e desvendar se isso seria parte de um processo natural ou do uso de <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/121960-por-que-as-panelas-nao-pegam-fogo-mas-a-comida-queima.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">fogo</a>. Os resultados iniciais se mostraram impressionantes.<h2>Primeiras respostas</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/06/22/22182347216520.jpg" alt="(Fonte: Shutterstock)">(Fonte: Shutterstock) Utilizando um modelo de aprendizado profundo na IA, os pesquisadores determinaram que as ferramentas de sílex foram queimadas a temperaturas de até 600ºC e até mais quentes que isso. Além disso, dezenas de ossos de animais encontrados no local também mostram evidências de mudança molecular devido ao aquecimento.Em entrevista ao Jerusalem Post, os pesquisadores disseram que todas essas informações sugerem que os primeiros humanos estiveram experimentando a queima de diferentes materiais naquela região de Israel há milhares de anos. Resumidamente, a nossa espécie estava tentando aprender a controlar o fogo.O problema do estudo, porém, é que ainda não existe nenhuma evidência arqueológica confirmada sobre como o fogo foi feito pela primeira vez, embora existam múltiplas teorias — algo que levanta uma dúvida sobre se Evron Quarry realmente teria servido como a primeira <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/118968-por-que-fazemos-fogueiras-no-dia-de-sao-joao.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">fogueira</a> de todos os tempos.Para os próximos passos, os pesquisadores estão animados para ver como o novo método de IA pode ser usado em outros sítios arqueológicos de milhões de anos. Na melhor das hipóteses, essa revolucionária ferramenta poderia servir para que nós passássemos a entender melhor a relação da humanidade com o fogo e como tudo teve seu início. Sendo assim, inúmeras oportunidades estão sendo abertas nesse campo científico.&nbsp;</body>

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Fogueira mais antiga do mundo é encontrada em Israel

Imagem de 6 lugares incríveis que carregam muita História no megacurioso

A história humana contém episódios marcantes e alguns lugares em que esses acontecimentos transcorreram ainda existem

<head></head><body>Lugares históricos existem para que não deixemos de levar alguma lição do passado para o presente. Servem, também, para que possamos reavivar as memórias, especialmente as que dizem respeito a bons momentos.E ao redor do globo terrestre nós podemos encontrar esses recortes do passado da humanidade, resistindo ao tempo e mantendo acessa a chama do que nos trouxe até aqui. Pensando em contribuir com a perpetuação da memória histórica, trouxemos a você 6 lugares históricos e contamos um pouco a respeito deles. Confira.<h2>1. Templos da Idade do Ferro</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/06/19/19155339616003.jpg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons)">(Fonte: Wikimedia Commons)<a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/109661-acharam-uma-carruagem-da-idade-do-ferro-sepultada-com-cavalos-e-condutor.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Idade do Ferro</a> é como ficou conhecido o período em que se estabeleceu o acesso de sociedades ao manuseio do ferro, próximo ao ano 1200 a.C., nas regiões que hoje compreendem o Oriente Próximo e o Sudeste da Europa.Em 2020, um grupo de arqueólogos descobriu evidências de um grande complexo de templos datados deste período, na cidade de Armagh, na Irlanda do Norte. O local foi batizado de Forte Navan e as evidências apontam que tenha sido um espaço ocupado por reis no início da era medieval. É considerado um dos maiores e mais complexos templos já descobertos na Europa.<h2>2. Monólitos de Pedra de Badrulchau</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/06/19/19155715133006.jpg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons)">(Fonte: Wikimedia Commons)Palau é um arquipélago de mais de 500 ilhas na Micronésia. Ali se encontra um sítio arqueológico onde 52 <a href="https://www.megacurioso.com.br/misterios/116937-monolito-de-madeira-na-alemanha-tambem-some-misteriosamente.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">monólitos</a> de basalto, conhecidos como Monólitos de Pedra de Badrulchau, descansam nas encostas da ilha de Babeldaob desde o ano 161.Algumas dessas rochas possuem rostos esculpidos nelas e especialistas creem que tenham sido utilizados como pilares de casas por habitantes da ilha. Há toda uma lenda local unindo os monólitos à presença divina, um espaço muito visitado por turistas.<h2>3. Cidade de Salem</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/06/19/19160047135007.jpg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons)">(Fonte: Wikimedia Commons)Salém, no estado de Massachusetts, é uma cidade histórica, conhecida como base de formação da região chamada de Nova Inglaterra. Sua fama se espalhou pelos <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/120340-como-os-julgamentos-das-bruxas-de-salem-mudaram-o-sistema-judicial.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">julgamentos ocorridos na cidade</a>, no fim do século XVII, em que pessoas foram acusadas de bruxaria, principalmente mulheres.Entre fevereiro de 1693 e maio de 1694, 200 pessoas foram acusadas, 30 condenadas e 20 executadas, sendo 19 por enforcamento. A cidade conta com o Parque Memorial das Bruxas de Salem, em que um monumento presta homenagem a Rebecca Nurse, uma das "bruxas" condenadas.<h2>4. Sítio Arqueológico de Taung</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/06/19/19170817442001.jpg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons)">(Fonte: Wikimedia Commons)A descoberta do Sítio Arqueológico de Taung mudou a forma como a ciência encara a história do homem. Taung é uma pequena cidade na África do Sul e lá foram encontrados fósseis muito importantes.Eles foram encaminhados para o paleontólogo Raymond Dart, em Joanesburgo, que o estudou e identificou como sendo de uma criança. O fóssil foi batizado de "<a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/113164-tecnologia-e-arqueologia-se-unem-para-desvendar-enigmas-do-passado.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Criança de Taung</a>" e foi responsável por mudar a interpretação sobre a origem humana de euro-asiática para africana.&nbsp;Na região, outras dezenas de fósseis foram descobertas, a ponto da Unesco declará-la Patrimônio da Humanidade. Nem todo lugar pode ser visitado, já que as pesquisas continuam, mas há uma rota que pode ser feita e que passa próximo ao local de descoberta da "Criança de Taung"<h2>5. Memorial da Escravidão de Zanzibar</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/06/19/19172148974002.jpg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons)">(Fonte: Wikimedia Commons)O Memorial da Escravidão fica em Zanzibar, uma ilha na costa da Tanzânia, na África. Por cerca de sete séculos, a região foi um entreposto de <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/121912-ha-centenas-de-restos-mortais-de-escravos-no-fundo-do-atlantico.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">escravizados</a> controlado por muçulmanos. As pessoas eram capturadas no interior do continente, acorrentadas e levadas a pé por 1.300 quilômetros.No local onde ficava o antigo mercado de escravizados foi levantada uma Catedral Anglicana. No subsolo era onde ficavam as celas, algumas acessíveis aos turistas. Adjacente à construção há o Memorial da Escravidão, cinco esculturas acorrentas pelo pescoço. As correntes são originais, utilizadas no início do século XIX. O espaço é Patrimônio Mundial da Unesco.<h2>6. Portal do Não Retorno de Benin</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/06/19/19172647208004.jpg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons)">(Fonte: Wikimedia Commons)O litoral de Benin, na África, foi um espaço de ativo comércio de escravizados, muito utilizado pelos portugueses. Anteriormente conhecido como Costa dos Escravos, o território foi reconstruído em 1721 e rebatizado de Forte de São João Batista de Ajudá.Percorrendo a Rota do Escravo em direção ao oceano chega-se ao Portal do Não Retorno, local de partida dos escravizados e onde viam a África pela última vez. O monumento, de cerca de 15 metros de altura, foi inaugurado pela <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/120751-conheca-6-patrimonios-da-unesco-que-voce-nunca-imaginaria.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Unesco</a> em 1995 e é símbolo de um dos períodos mais sombrios da humanidade.</body>

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