Imagem de 5 coisas que você pode não saber sobre 1984 no megacurioso

Conheça algumas curiosidades sobre um dos livros mais importantes do século XX

O livro <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/121501-1984-como-uma-das-maiores-obras-da-ficcao-matou-george-orwell.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">1984</a> &eacute; uma das obras mais influentes e importantes da literatura do s&eacute;culo XX. Um dos livros mais populares de <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/121501-1984-como-uma-das-maiores-obras-da-ficcao-matou-george-orwell.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">George Orwell</a> &mdash; ao lado de A Revolu&ccedil;&atilde;o dos Bichos &mdash;, ele est&aacute; ao lado de Fahrenheit 451 e Admir&aacute;vel Mundo Novo&nbsp;como uma das <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/115032-fordlandia-a-utopia-que-virou-distopia-no-meio-da-amazonia.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">distopias</a> mais importantes j&aacute; publicadas.
Abaixo, n&oacute;s contamos alguns detalhes sobre o romance que talvez voc&ecirc; ainda n&atilde;o conhe&ccedil;a.
<h2>1. Ele quase n&atilde;o se chamou 1984</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/06/10/10005355117008.jpg" alt="" />
O primeiro nome que Orwell pensou para o livro foi O &Uacute;ltimo Homem na Europa. Por&eacute;m, por muito tempo o autor ficou em d&uacute;vida sobre qual deveria ser o t&iacute;tulo da obra. A escolha veio apenas quando ele j&aacute; estava quase concluindo o texto, e que ele decidiu que a hist&oacute;ria iria se passar no ano de 1984. Ele tamb&eacute;m considerou ambientar a trama em 1980 e 1982.
<h2>2. George Orwell baseou o Quarto 101 em um escrit&oacute;rio da BBC</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/06/10/10004958879005.jpg" alt="" />
Em 1984, o Minist&eacute;rio do Amor tortura os cidad&atilde;os no Quarto 101. O local &eacute; uma c&acirc;mara de tortura, na qual as pessoas s&atilde;o colocadas diante dos seus maiores medos. E para criar este local, Orwell recordou da sua pr&oacute;pria experi&ecirc;ncia como propagandista na BBC.
Durante a <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/112268-entenda-como-comecou-a-segunda-guerra-mundial.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Segunda Guerra Mundial</a>, Orwell trabalhou para a emissora, criando e supervisionando um programa que era enviado &agrave;s redes indianas. O objetivo era incentivar um sentimento pr&oacute;-Aliados e estimular o voluntariado. O Quarto 101 foi inspirado em um escrit&oacute;rio com o mesmo n&uacute;mero, possivelmente onde o Minist&eacute;rio da Informa&ccedil;&atilde;o aprovava o conte&uacute;do feito para o programa.
<h2>3. David Bowie queria transformar 1984 em um musical</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/06/10/10004739408002.jpg" alt="" />
O m&uacute;sico <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/114451-david-bowie-inspira-nome-de-dinossauro-recem-descoberto.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">David Bowie</a> era um grande f&atilde; do livro de Orwell. Em 1974, ele tentou adaptar o romance em um musical para a TV. Segundo o cantor, a televis&atilde;o poderia atingir um p&uacute;blico maior, uma vez que muitas pessoas tinham um aparelho em casa, mas nem todo mundo se disp&otilde;e a ir ao cinema. &ldquo;Pela natureza do livro, ter&aacute; mais impacto na televis&atilde;o. N&atilde;o acredito no cinema, ele n&atilde;o tem a for&ccedil;a da televis&atilde;o&rdquo;, afirmou Bowie em uma entrevista para a Rolling Stones na &eacute;poca.&nbsp;
Por&eacute;m, a ideia n&atilde;o foi para frente porque a vi&uacute;va de Orwell, Sonia Brownell, n&atilde;o gostou das ideias do m&uacute;sico. Mesmo assim, para o &aacute;lbum Diamond Dogs, tamb&eacute;m de 1974, Bowie comp&ocirc;s as m&uacute;sicas 1984 e Big Brother, ambas inspiradas no livro.
<h2>4. George Orwell escreveu 1984 enquanto lutava contra a tuberculose</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/06/10/10005047380007.jpg" alt="" />
Quando come&ccedil;ou a escrever o livro, Orwell j&aacute; estava bastante debilitado e vivia uma vida reclusa. A maior parte da obra foi escrita na ilha de Jura, na Esc&oacute;cia, entre 1947 e 1948. Enquanto estava no local, ele foi diagnosticado com tuberculose, doen&ccedil;a que o acompanhou at&eacute; o fim da sua vida. A vers&atilde;o final do texto foi encaminhada para os editores no dia 4 de dezembro de 1948, e em 8 de junho de 1949 o livro foi publicado. Sete meses depois, em 21 de janeiro de 1950, Orwell faleceu devido a complica&ccedil;&otilde;es da tuberculose.
<h2>5. 1984 j&aacute; est&aacute; em dom&iacute;nio p&uacute;blico em diversos pa&iacute;ses</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/06/10/10005604368009.jpg" alt="Edi&ccedil;&atilde;o &aacute;rabe de 1984." />Edi&ccedil;&atilde;o &aacute;rabe de 1984.
N&atilde;o existe uma lei universal para que uma determinada obra entre em dom&iacute;nio p&uacute;blico. De maneira geral, cada pa&iacute;s possui uma regra para a circula&ccedil;&atilde;o interna. Por esse motivo, &eacute; poss&iacute;vel encontrar 1984 com mais facilidades em alguns lugares e menos em outros, onde poucas editoras t&ecirc;m os direitos sobre a obra. Em lugares como Canad&aacute;, Austr&aacute;lia, Argentina, &Aacute;frica do Sul, Om&atilde;, Uni&atilde;o Europeia e R&uacute;ssia, o livro est&aacute; em dom&iacute;nio p&uacute;blico. O Brasil entrou para esta lista no dia 1&ordm; de janeiro de 2021, enquanto nos Estados Unidos isso s&oacute; ir&aacute; acontecer em 2044.

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5 coisas que você pode não saber sobre 1984

Imagem de Quadrinhos foram pioneiros no ensino sobre o Holocausto aos americanos no megacurioso

Uma pesquisa de 2020 chocou a mídia americana ao revelar que quase 2 terços dos jovens adultos entrevistados não sabiam o massacre que foi o Holocausto

Em 2020, uma pesquisa encomendada pela Confer&ecirc;ncia sobre Reivindica&ccedil;&otilde;es Materiais Judaicas Contra a Alemanha chocou a m&iacute;dia norte-americana ao divulgar os n&uacute;meros que mostram o quanto os jovens n&atilde;o sabem quase nada sobre a era do <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/119291-paul-gruninger-ajudou-milhares-de-judeus-a-escaparem-do-holocausto.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Holocausto</a>, que aconteceu durante o governo de <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/121500-hitler-tinha-planos-de-aniquilar-a-etnia-polonesa-em-ate-20-anos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Adolf Hitler</a>, na Alemanha, de 1938 a 1945, na <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/117281-germania-o-plano-de-hitler-de-destruir-a-arquitetura-de-berlim.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Segunda Guerra Mundial</a>, respons&aacute;vel pela morte de 11 milh&otilde;es de pessoas.
Foi divulgado que quase 2 ter&ccedil;os dos jovens adultos dos Estados Unidos n&atilde;o sabem que 6 milh&otilde;es de judeus foram dizimados durante esse per&iacute;odo, e mais: de 1 em cada 10 acredita que os judeus causaram o Holocausto.
Praticamente metade dos adultos considerados pertencentes &agrave;s&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/119725-geracao-z-e-sua-relacao-com-a-saude-mental.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">gera&ccedil;&otilde;es Y e Z</a>&nbsp;(48%), com idades entre 18 anos e 39 anos, n&atilde;o consegue citar um <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/121561-campo-de-concentracao-uma-historia-muito-anterior-a-auschwitz.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">campo de concentra&ccedil;&atilde;o</a> ou gueto onde aconteceram massacres coordenados pelo Terceiro Reich, nem mesmo Auschwitz-Birkenau, o mais famoso campo da hist&oacute;ria, presente em livros, s&eacute;ries, filmes e difundido amplamente pela sociedade.
Um quarto dos entrevistados (23%) alegaram que o Holocausto &eacute; um mito, que foi exagerado pela m&iacute;dia e por aqueles que &ldquo;venceram a guerra&rdquo; ou que n&atilde;o tinham certeza de sua verdade. Assim, 1 em cada 8 jovens disse que n&atilde;o tinha ouvido falar ou achava que n&atilde;o tinha ouvido sobre o acontecimento mais emblem&aacute;tico do s&eacute;culo XX. Nacionalmente, por&eacute;m, 63% dos entrevistados n&atilde;o sabiam dos assassinatos dos judeus, e 36% deles achavam que 2 milh&otilde;es ou menos haviam sido mortos.
<h2>Ensinando sobre o passado</h2>
<span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;The Independent&nbsp;" data-fonte-url="https://www.independent.co.uk/news/world/europe/remains-of-86-jewish-holocaust-victims-used-for-human-experiments-by-nazis-found-hidden-in-strasbourg-lab-10400263.html"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/06/06/06151633301409.jpg" alt="(Fonte: The Independent/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: The Independent/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
Quando a professora Roselle Kline Chartock, ent&atilde;o com 28 anos, ouviu seu colega Jack Spencer se lamentar da falta de textos sobre o massacre sistem&aacute;tico desempenhado pelos nazistas &agrave;s minorias na Segunda Guerra Mundial em livros did&aacute;ticos nas escolas p&uacute;blicas eram meados de 1972, e ele trabalhava na Monument Mountain Regional High School em Nova Jersey (EUA).
Mesmo consumida pelo idealismo e pela vontade de tentar fazer seus alunos entenderem que era necess&aacute;rio tornar o mundo um lugar melhor ap&oacute;s todos os horrores daquele s&eacute;culo, Chartock chegou &agrave; conclus&atilde;o de que tudo o que ela sabia sobre o Holocausto vinha do romance &Ecirc;xodo (1952), de Leon Uris, apesar de sua educa&ccedil;&atilde;o judaica.
Ent&atilde;o ela teve dificuldade para procurar uma maneira de despertar uma sensa&ccedil;&atilde;o de empatia em seus alunos pelo sofrimento alheio e entendimento sobre os perigos de ficar calado diante do mal usando o Holocausto como instrumento de refer&ecirc;ncia.
No ver&atilde;o daquele ano, Chartock reuniu livros de prosa e poesia, lembran&ccedil;as de sobreviventes, reflex&otilde;es filos&oacute;ficas e at&eacute; letras de m&uacute;sicas que fizessem refer&ecirc;ncia ao Holocausto, a fim de ter como base para discuss&otilde;es sobre o t&oacute;pico em sua aula de hist&oacute;ria mundial. Naquele momento, surgiu a primeira grade educacional sobre o que Hitler fez com milhares de pessoas, com adi&ccedil;&atilde;o do assassinato em massa de arm&ecirc;nios ap&oacute;s a <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/119905-como-teria-sido-o-mundo-sem-a-primeira-guerra-mundial.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Primeira Guerra Mundial</a>, o deslocamento de nativos americanos, a <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/120203-e-se-a-escravidao-nao-tivesse-existido.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">escravid&atilde;o</a> e o com&eacute;rcio de pessoas escravizadas.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/06/06/06151748176412.jpg" alt="(Fonte: History Today/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: History Today/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
Enquanto isso, em outras partes do pa&iacute;s, professores de Hist&oacute;ria e de estudos sociais tamb&eacute;m tinham a mesma ideia, desenvolvendo os pr&oacute;prios m&eacute;todos para ensinar a nova gera&ccedil;&atilde;o sobre o Holocausto, enxergando como uma oportunidade de conduzir os alunos aos primeiros est&aacute;gios do que o renomado psic&oacute;logo Lawrence Kohlberg chamava "desenvolvimento moral".
A Anti-Difamation League (ADL) uniu Chartock a esses demais professores na empreitada contra o esquecimento do nazismo, cruzando o caminho de Harry Furman, o &uacute;nico judeu e professor de Ensino M&eacute;dio, filho de um pai que havia sobrevivido a Auschwitz e de uma m&atilde;e transportada aos 14 anos da Pol&ocirc;nia para um campo de concentra&ccedil;&atilde;o na Tchecoslov&aacute;quia.
O desejo de Furman em conscientizar as pessoas&nbsp;dos horrores do passado foi inspirado pela pr&oacute;pria nega&ccedil;&atilde;o de seus pais, que apenas queriam deixar tudo o que sofreram para tr&aacute;s na Europa, esfor&ccedil;ando-se para dar um senso de normalidade a tudo o que viveram, como se aquilo fosse algum tipo de "ossos do of&iacute;cio" da guerra.
Demorou at&eacute; 1978 para ser desenvolvida a grade curricular "O Holocausto e o genoc&iacute;dio: uma busca pela consci&ecirc;ncia", testada em todo o estado de Nova Jersey em 1980 e incorporada aos planos de aula de estudos sociais em todas as escolas.&nbsp;
Dois anos mais tarde, a iniciativa ganhou o maior impulso que poderia ter, quando o governador Thomas Kean criou um Conselho Consultivo de Educa&ccedil;&atilde;o sobre o Holocausto, com o Estado fornecendo um or&ccedil;amento para isso.
<h2>Os pioneiros da hist&oacute;ria</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/06/06/06152009567418.jpg" alt="(Fonte: Rolling Stone/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: Rolling Stone/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
Antes de a implementa&ccedil;&atilde;o do estudo sobre as causas e os efeitos do nazismo no s&eacute;culo XX se infiltrar na sociedade por meio dos livros did&aacute;ticos das crian&ccedil;as, os artistas de hist&oacute;ria em quadrinhos (HQ) j&aacute; estavam fazendo isso desde a d&eacute;cada de 1950, quando toneladas de rel&iacute;quias do Holocausto ainda eram resgatadas dos campos de concentra&ccedil;&atilde;o.
Com isso, os quadrinhos considerados "obscuros", devido ao teor s&oacute;lido e ilustrativo sobre o destino das pessoas que entravam nas c&acirc;maras de g&aacute;s, ganharam conhecimento dos americanos, levando-os para a realidade de muitos sobreviventes do Holocausto.
Em janeiro de 1945, poucos antes da liberta&ccedil;&atilde;o de Auschwitz, um grupo de jornalistas e artistas, muitos dos quais eram imigrantes europeus, publicou uma revista de 50 p&aacute;ginas intitulada The Bloody Record of Nazi Atrocities, impressa pela Arco Publishing Company, uma editora com sede em Nova York.
Apesar de a HQ ter omitido que a etnia das v&iacute;timas foi o fator motivador do nazismo, pensando em fomentar a m&aacute;quina da guerra para os Aliados, focando apenas a ampla desumanidade nazista, ela combinava fotografias, ilustra&ccedil;&otilde;es, desenhos e textos fi&eacute;is ao que realmente aconteceu por tr&aacute;s dos muros e cercas de arame farpado dos campos.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/06/06/06152224630422.jpg" alt="(Fonte: The New York Times/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: The New York Times/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
Acompanhando a revista, o intitulado&nbsp;Nazi Death Parade, o quadrinho de 6 p&aacute;ginas criado em 1944, pelo emigrante austro-h&uacute;ngaro August Maria Froehlich, foi considerada a mais antiga representa&ccedil;&atilde;o do destino que as v&iacute;timas do Holocausto tiveram ao chegar &agrave;s c&acirc;maras de g&aacute;s.
A narrativa mostra que os presos eram desnudados de roupas e pertences, depois encaminhados para banhos que abriam seus poros para um envenenamento mais r&aacute;pido antes de serem expostos ao g&aacute;s letal. O quadrinho tamb&eacute;m descreve soldados nazistas resgatando os dentes de ouro das v&iacute;timas e colocando os cad&aacute;veres em um forno para crema&ccedil;&atilde;o.
Na &eacute;poca em que Froehlich desenhou o quadrinho, em 1944, poucas informa&ccedil;&otilde;es sobre o que acontecia nos campos de concentra&ccedil;&atilde;o estavam dispon&iacute;veis, e os americanos, em espec&iacute;fico, esfor&ccedil;avam-se menos ainda para saber pelo que as v&iacute;timas do Holocausto estavam passando.
Os l&iacute;deres Aliados se preocupavam mais em n&atilde;o se entregarem &agrave; propaganda que falava do lado ruim da guerra, porque poderia aparentar um comportamento comunista. Al&eacute;m disso, eles tamb&eacute;m temiam que, ao relatar o sofrimento dos judeus, sucumbiriam &agrave; manipula&ccedil;&atilde;o judaica. Nos Estados Unidos, o sentimento anti-imigra&ccedil;&atilde;o, o nativismo e antissemitismo enorme ajudaram a atenuar o sentimento de indigna&ccedil;&atilde;o causado pelos crimes dos nazistas.
<h2>O legado das p&aacute;ginas</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/06/07/07184209505479.jpg" alt="(Fonte: Jewcy/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: Jewcy/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
&ldquo;Os criadores de quadrinhos foram realmente pioneiros desconhecidos na educa&ccedil;&atilde;o sobre o Holocausto&rdquo;, disse Rafael Medoff, historiador e diretor do Instituto David S. Wyman para Estudos do Holocausto, em Washington, em uma mat&eacute;ria ao Huffpost.
Em uma &eacute;poca em que a globaliza&ccedil;&atilde;o ainda n&atilde;o havia acontecido, sem a expans&atilde;o da internet ou da televis&atilde;o, os quadrinhos eram uma esp&eacute;cie de compuls&atilde;o social, principalmente entre os jovens, por isso os pais temiam que o ve&iacute;culo "atrofiasse" suas mentes.
Enquanto isso, os quadrinistas se aproveitaram do fato de que as revistas eram f&aacute;ceis de produzir e estavam em alta, para contar uma hist&oacute;ria que estava acontecendo em outra parte do mundo, com pessoas que, em tese, ningu&eacute;m se preocupava.
Por&eacute;m, o apelo do Holocausto tamb&eacute;m fez parte da ansiedade do capitalismo. Uma vez que os jovens estavam gastando dinheiro para comprar quadrinhos, e n&atilde;o livros, os artistas, sobrecarregados e mal pagos, ansiosos por um sucesso, fizeram de tudo por isso, inclusive tocar em assuntos mais complicados, como o nazismo, para prender o leitor por meio de hist&oacute;rias perturbadoras que ficavam "melhores ainda" sendo verdadeiras.
<span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;The Smithsonian Magazine&nbsp;" data-fonte-url="https://www.smithsonianmag.com/history/the-holocaust-comic-that-brought-americans-into-the-nazis-gas-chambers-180980114/"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/06/07/07184652287484.jpg" alt="(Fonte: The Smithsonian Magazine/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: The Smithsonian Magazine/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
Quando as editoras perceberam essa "f&oacute;rmula para o sucesso", narrativas nazistas se tornaram cada vez mais frequentes. No caso da Marvel ou DC Comics, o tema foi absorvido em aspectos fict&iacute;cios do pr&oacute;prio universo dos quadrinhos, dando uma pitada a mais na narrativa.
Ainda que esse tipo de quadrinho n&atilde;o tenha sido criado com um tom moral ou educativo em mente, eles refletiram a consci&ecirc;ncia social de seus artistas por tr&aacute;s das p&aacute;ginas. E funcionou, ainda mais sob a necessidade de universalizar horrores de uma mancha hist&oacute;rica para um p&uacute;blico americano c&eacute;tico, preconceituoso, autocentrado e at&eacute; maldoso &mdash; ainda que, por vezes, muitos achassem que aquilo n&atilde;o passasse de pura fic&ccedil;&atilde;o.

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Quadrinhos foram pioneiros no ensino sobre o Holocausto aos americanos

Imagem de Como uma cena de "Cantando na Chuva" quase custou a vida de um ator no megacurioso

Donald O'Connor nunca soube dizer como conseguiu sobreviver à cena que lhe garantiu um Globo de Ouro de Melhor Ator

<head></head><body>Existe um motivo pelo qual o filme musical Cantando na Chuva foi um sucesso. Ele se tornou a maior realização artística em todos os níveis possíveis de produção cinematográfica em estúdio da história do século passado, em que cada fase foi controlada por especialistas experientes que ajudaram a revolucionar a indústria.E muito diferente do que muitas pessoas pensam, o filme não vive apenas por sua estrela principal, o notório Gene Kelly, responsável por eternizar seu papel de Don Lockwood ao cantar sob uma torrente de água misturada com leite que se tornou o pináculo mais alto da <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/119950-as-doentias-regras-contratuais-de-hollywood-em-1930.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Hollywood&nbsp;</a>da década de 1952, quando foi lançado.Mas ao lado de Kelly, havia também Debbie Reynolds, como Kathy Selden, e o glorioso Donald O’Connor, como Cosmo Brown, ganhador de um Globo de Ouro de Melhor Ator em Filme Musical ou Comédia por sua atuação no longa.Poucas pessoas sabem que para atingir esse nível de perfeição em desempenho em Cantando Na Chuva, O’Connor quase morreu durante as gravações.<h2>Um homem brilhante</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/06/06/06143053136339.jpg" alt="Donald O'Connor. (Fonte: Vintage Everyday/Reprodução)">Donald O'Connor. (Fonte: Vintage Everyday/Reprodução)Nascido em 28 de agosto de 1925, em Chicago, em uma família de artistas de <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/120848-cherry-sisters-as-irmas-famosas-por-serem-pessimas-artistas.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">vaudeville</a>, O’Connor aprendeu a arte da dança e do canto desde a mais tenra idade. Ainda que pertencesse a uma trupe exibicionista que atravessava os Estados Unidos mostrando o talento em família com todos os tipos de números, as habilidades cênicas do jovem transcendiam qualquer aprendizado. Ele aprendeu a fazer coisas que nem mesmo seu pai, John Edward O’Connor, sabia fazer.Ou seja, O’Connor havia nascido para o estrelato, e percorreu esse caminho até alcançar o posto mais alto na indústria. Até lá, porém, ele sofreu muito por nunca ter colocado os pés em uma escola de dança ou passado por um treinamento formal para fazer tudo o que sabia.Ao entrar para o ramo cinematográfico, em 1937, aos 11 anos, onde fez sua estreia em Melody for Two, O’Connor simplesmente não era capaz de absorver nenhum tipo de coreografia, e se considerou um amador e sem capacidade em contraste com dançarinos que praticamente nasceram em companhias de danças para chegar onde estavam.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/06/06/06143205229343.jpg" alt="(Fonte: TV Tropes/Reprodução)">(Fonte: TV Tropes/Reprodução)Foi então que ele percebeu que dançar em família e profissionalmente eram realidades completamente diferentes. Sendo assim, a partir dos 15 anos, ele realmente começou a aprender a dançar da maneira que deveria.Aos 27 anos, quando foi escalado para estrelar ao lado de Kelly em Cantando na Chuva, O’Connor já era uma estrela em ascensão, mas não fazia ideia de para onde aquele filme o levaria quando aceitou fazer parte do projeto.<h2>Desafiando a própria vida</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/06/06/06143436526350.jpg" alt="(Fonte: The Kid Should See This/Reprodução)">(Fonte: The Kid Should See This/Reprodução)Foi na cena "Faça Rir" (Make ‘Em Laugh) do filme que O’Connor mostrou todas as suas habilidades em canto e dança, culminando em uma performance solo tão soberba que garantiu seu prêmio como Melhor Ator.Toda a sequência com uma rotina de dança que exigia muita fluidez, precisão e notas bem encaixadas foi capturada em um take, sem cortes para preservar a qualidade do número.Como resultado, O’Connor teve que ser hospitalizado por 3 dias para se recuperar devido ao nível de estresse causado em seu corpo. No entanto, o que contribui para isso foi uma falha da câmera que não estava devidamente preparada, forçando o ator a executar o número novamente após uma apresentação impecável.Um dos diretores de Cantando na Chuva, Kelly indagou o homem se ele conseguiria refazer o número com tamanha perfeição no dia seguinte, O’Connor disse que sim, ainda que sem saber o que aquilo o causaria.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/06/06/06143540495353.jpg" alt="(Fonte: Youtube/Reprodução)">(Fonte: Youtube/Reprodução)Outro fator que contribuiu para o exaurimento físico de O’Connor, é que naquela época, ele fumava até quatro maços de cigarro por dia, o que foi quase um assassinato desempenhar o longo número mais de uma vez, além dos ensaios intensos. Os pulmões dele não eram adequados para tamanha resistência que a cena exigia.Até sua morte, em 2003, ele também não sabia como havia sido capaz de fazer a cena mais de uma vez sem que isso lhe custasse sua saúde física. Mas tudo valeu a pena no final das contas, porque o número se tornou uma das sequências de dança mais emblemáticas da história do cinema musical, referência para correógrafos e diretores que vieram depois dele.</body>

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Como uma cena de 'Cantando na Chuva' quase custou a vida de um ator

Imagem de 6 curiosas versões alternativas do quadro da Mona Lisa no megacurioso

Uma das pinturas mais famosas da história, o quadro da Mona Lisa também possui algumas curiosas versões alternativas

<head></head><body>Certamente uma das pinturas mais conhecidas em todo o mundo, a Mona Lisa ultrapassou os limites da arte e é um símbolo muito forte da cultura popular. Trabalho mais reconhecido de Leonardo da Vinci, a eterna musa do sorriso hipnótico vive no acervo do Museu do Louvre, mas também em curiosas versões alternativas.Seus traços serviram de inspiração para que outros artistas fizessem interferências, dando a ela novos significados e interpretações. Sem fazer juízo de valor, queremos apresentar algumas dessas versões. Conheça-as.<h2>1. A Mona Lisa de Banksy</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/06/04/04202720748003.jpg" alt="(Fonte: Banksy Explained/Reprodução)">(Fonte: Banksy Explained/Reprodução)<a href="https://www.megacurioso.com.br/artes/102979-seria-esta-a-cara-do-misterioso-grafiteiro-banksy.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Banksy</a> é um dos mais famosos artistas de rua. Uma rápida busca no Google e você terá acesso a inúmeras de suas intervenções - sem contar a famosa peça de arte que ele triturou após ela ser leiloada por US$ 25 milhões.No ano de 2007, o artista riscou de sua lista de intervenções a Mona Lisa, criando uma versão própria da musa de Da Vinci com, digamos, um poder a mais. A versão do artista do grafite mostrava ela segurando uma bazuca.Muitas pessoas se incomodaram com essa peça específica de Banksy, crendo que a justaposição era excessivamente bélica. O mais curioso é que o desenho é usado em cartelas de LSD.<h2>2. A Monna Vanna de Salai</h2><iframe width="560" height="315" src="https://www.youtube.com/embed/TQ9B4KYiWd4" title="YouTube video player" frameborder="0" allowfullscreen=""></iframe>Salai é como era conhecido Gian Giacomo Caprotti, um dos assistentes mais próximos de <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/119320-leonardo-da-vinci-tem-14-parentes-diretos-vivos-aponta-estudo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Leonardo da Vinci</a>, apontado como suposto amante do gênio renascentista. Da Vinci foi responsável por educar Salai na arte da pintura.Há teorias que sugerem que tenha sido a inspiração para o trabalho do mestre, mas o que se sabe certamente é que Caprotti produziu uma versão da Mona Lisa chamada Monna Vanna. A postura é semelhante a da obra que reside no Louvre, com a nada sutil diferença que a modelo do trabalho de Salai está com os seios expostos.<h2>3. A Mona Lisa de Sapeck</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/06/04/04194056034002.jpg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons)">(Fonte: Wikimedia Commons)Arthur Spacek foi o pseudônimo pelo qual o francês Eugène Bataille, um ilustrador performático, ficou conhecido. Artista excêntrico, Spacek produziu, em 1887, uma Mona Lisa diferente.Além de estar completamente em preto e branco, a versão do artista aparecia fumando um cachimbo. Seu trabalho é considerado vanguardista de movimentos como o dadaísmo e o surrealismo.<h2>4. A Mona Lisa de Botero</h2><iframe width="560" height="315" src="https://www.youtube.com/embed/y1sMFu2walc" title="YouTube video player" frameborder="0" allowfullscreen=""></iframe>O colombiano Fernando Botero é um dos <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/109827-mais-10-interessantes-esculturas-ao-redor-do-mundo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">maiores artistas contemporâneos</a>, com um estilo tão próprio que lhe conferiu o que chamam no segmento artístico de "boterismo". Suas figuras redondas são entendidas como uma crítica social à ganância humana e dela faz parte uma interpretação da Mona Lisa, produzida em 1978.Em seu trabalho, Botero realizou várias adaptações do trabalho de Da Vinci, mas a que está no vídeo que ilustra este tópico é a mais famosa. Sua outra reprodução conhecida, "<a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/109079-por-que-tao-seria-medicos-descobriram-o-segredo-do-sorriso-de-monalisa.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Mona Lisa</a>, Age Twelve", está no Museo de Botero, localizado em Bogotá, na Colômbia.<h2>5. A Mona Lisa de Salvador Dali</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/06/04/04201116576000.jpg" alt="(Fonte: DaliPaintings/Reprodução)">(Fonte: DaliPaintings/Reprodução)O espanhol <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/117643-necrofilia-estupro-e-violencia-o-lado-sombrio-de-salvador-dali.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Salvador Dalí</a> transitou por diferentes movimentos estéticos, mas é famoso mesmo por seus trabalhos no movimento surrealista. Porém, seu trabalho foi além das pinturas, tendo atuado como uma espécie de artista performático, colaborando com muitos outros artistas na construção de trabalhos ímpares.Um deles é "Dalí Mona Lisa", uma fotomontagem produzida em colaboração com Phillipe Halsman, em 1954. É uma obra de arte que faz uma brincadeira com a interpretação que outro grande artista teve da obra de Da Vinci, a "L.H.O.O.Q.", de Marcel Duchamp, vulgarmente conhecida como a "Mona Lisa de bigode".<h2>6. A Mona a'la Mace de Lennie Mace</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/06/04/04201347498001.jpg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons)">(Fonte: Wikimedia Commons)Lennie Mace é um artista contemporâneo norte-americano. Sua carreira foi construída a partir de desenhos feitos utilizando apenas <a href="https://www.megacurioso.com.br/papo-de-bar/42142-voce-sabe-para-que-serve-aquele-furinho-lateral-da-caneta-bic-.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">canetas esferográficas</a> para criar obras de arte extremamente complexas.Pois Mace resolveu criar sua própria versão da Mona Lisa, a "Mona a'la Mace", sua obra mais famosa. Ela integra o que o artista batizou de PENtings e foi idealizada como parte de uma campanha publicitária para a marca de canetas Pilot.</body>

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6 curiosas versões alternativas do quadro da Mona Lisa

Imagem de Fyre Festival: o evento fake que iludiu milionários e influencers no megacurioso

Conheça a história do Fyre Festival, o desastroso evento musical que enganou celebridades e milionários e virou documentário da Netflix

<head></head><body>Era para ter sido um dos maiores e mais exclusivos festivais de música da história, mas o Fyre Festival acabou se mostrando um golpe midiático. O evento ocorreria em uma ilha paradisíaca das <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/104459-o-incrivel-resort-nas-bahamas-que-so-recebe-visitantes-obesos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Bahamas</a>, mas deixou prejuízo financeiro a fornecedores e levou milionários e celebridades a viverem um "inferno".Programado para ser realizado em 2017, o festival oferecia pacotes que podiam custar até US$ 100 mil para as acomodações, em tese, de maior luxo. Estavam entre os artistas do line-up do evento os grupos Blink-182, Major Lazer, Disclosure e Kaytranada.Assim que o escândalo foi confirmado, alguns dos grupos foram a público afirmar que nunca confirmaram participação no Fyre. O barraco foi tão grande que rendeu dois documentários, um do Hulu (Fyre Fraude) e um da Netflix (Fyre: Fiasco no Caribe).<h2>Quem organizou o Fyre Festival?</h2><span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;Wikimedia Commons&nbsp;" data-fonte-url="https://en.wikipedia.org/wiki/Fyre_Festival#/media/File:Web_Summit_2016_-_MusicNotes_-_Nov_10_-_Day_3_DSC0839_(30810709661)_(cropped).jpg"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/06/06/06093803756087.jpg" alt="Billy McFarland (esquerda) e o rapper Ja Rule (direita). (Fonte: Wikimedia Commons)">Billy McFarland (esquerda) e o rapper Ja Rule (direita). (Fonte: Wikimedia Commons)Billy McFarland e o rapper Ja Rule eram os organizadores do Fyre Festival. Billy era conhecido por desenvolver projetos de tecnologia e entretenimento. Em 2013, havia criado um clube exclusivo chamado Magnises, voltado a atender os millenials endinheirados. O projeto naufragou mesmo depois de ter captado US 1,5 milhão com investidores.A lábia do criador do clube era tão grande que ele não se queimou mesmo com a falência da iniciativa - era visto como um idealista que teve azar. Billy McFarland, anos depois, fundou uma plataforma que visava revolucionar o segmento de entretenimento musical: o Fyre. Com ajuda de seus contatos, vendeu ao <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/122012-criadas-pelo-vikings-batalhas-de-rap-trocavam-armas-por-insultos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">rapper</a> Ja Rule a ideia do projeto.A ideia era estreitar a conexão entre músicos e contratantes, numa espécie de "Uber da música". Você poderia usar o aplicativo para contratar seus artistas favoritos, sem intermediários (e sem burocracia). Para impulsionar a plataforma, decidiu fazer um grande festival de música. Estava fechado o primeiro elo do fracasso posterior.<h2>Organizadores enganaram influenciadores e o governo de Bahamas</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/06/06/06105711352141.jpg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons)">(Fonte: Wikimedia Commons)Billy McFarland era megalomaníaco, como as imagens que o documentário da Netflix evidenciam. Ele e Ja Rule rodaram vários eventos de tecnologia vendendo o conceito da plataforma e explicando por que realizar um grande festival para promovê-la.McFarland havia locado a ilha Norman's Cay, que chegou a pertencer a um antigo chefão do <a href="https://www.megacurioso.com.br/personalidades/75563-pablo-escobar-18-fatos-insanos-sobre-um-dos-maiores-nomes-do-narcotrafico.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Cartel de Medellín</a>. Billy e Ja Rule trouxeram uma agência de marketing especializada em grandes eventos e começou a produzir um grande vídeo para promover o futuro Fyre Festival.Várias modelos foram levadas à ilha para gravarem o vídeo promocional, entre elas as brasileiras Laís Ribeiro, Alessandra Ambrosio e Gizele Oliveira. Contudo, a estratégia foi além: contratou grandes influenciadores digitais para promoverem o vídeo e o evento no Instagram. O governo havia dado permissão, só não imagina o que viria pela frente.<h2>Do burburinho ao inferno</h2><iframe width="560" height="315" src="https://www.youtube.com/embed/mz5kY3RsmKo" title="YouTube video player" frameborder="0" allowfullscreen=""></iframe>O burburinho crescia, o site foi ao ar e as primeiras atrações foram divulgadas. Entretanto, na ilha, pessoas indicavam que a estrutura não daria conta, o dinheiro parava de chegar e mesmo assim Billy mantinha o festival cada vez maior. Muitos empréstimos foram feitos junto a investidores, mas esse dinheiro nunca chegou realmente a quem devia.No <a href="https://www.tecmundo.com.br/cultura-geek/236722-kpop-8-documentarios-conhecer-genero.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">documentário</a> é possível ver que as pessoas próximas dos organizadores estavam preocupadas com a falta de recursos - financeiros e físicos. Mudanças foram feitas na estrutura do evento e anunciadas aos participantes muito apenas pouco tempo antes da realização. Com a crise batendo à porta, McFarland e Ja Rule mantiveram o festival.Na manhã em que os voos chegariam à ilha uma tempestade caiu e os colchões foram encharcados, enquanto algumas barracas acabaram destruídas. Faltou energia e acomodações a todas as pessoas presentes. O paraíso virou o inferno na Terra. As pessoas começaram a publicar nas redes sociais e, assim, o mundo descobriu o "fake festival".<h2>Organizadores do Fyre Festival foram processados</h2><iframe width="560" height="315" src="https://www.youtube.com/embed/c_q5-Ju0JGI" title="YouTube video player" frameborder="0" allowfullscreen=""></iframe>Uma investigação foi conduzida contra os envolvidos com o Fyre Festival. Imediatamente, o rapper Ja Rule procurou desvencilhar sua imagem da de McFarland - e obteve sucesso nisso, apesar de também ter sido envolvido nos processos.A Procuradoria de Nova Iorque instaurou um processo federal por fraude postal, fraude eletrônica e fraude de valores mobiliários - sem contar os processos trabalhistas e de clientes. Billy se declarou culpado e foi condenado na ação.Sua empresa foi à falência e ele acabou preso, obtendo a permissão para ficar sob prisão domiciliar desde o fim de março deste ano. Ainda faltam 2 anos para cumprir de sua sentença. Ficou curioso de ver tudo nos mínimos detalhes? <a href="https://www.netflix.com/title/81035279" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Então corra ver o documentário na Netflix</a>.</body>

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Fyre Festival: o evento fake que iludiu milionários e influencers

Imagem de Joan Carlile: a 1ª pintora profissional da Inglaterra no megacurioso

Joan Carlile é conhecida por ser a primeira mulher inglesa a atuar profissionalmente pintando retratos, com obras em diversas galerias e museus

<head></head><body>Se você for analisar a história das <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/106281-22-famosos-que-sao-talentosissimos-no-mundo-das-artes-plasticas.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">artes plásticas</a>, vai ver que, no passado, era bem difícil encontrar mulheres no rol dos artistas. Por isso é importante contar a história de Joan Carlile, que é conhecida por ser a primeira <a href="https://www.megacurioso.com.br/ilustracao-e-pintura/" rel="noopener noreferrer" target="_blank">pintora</a> profissional da Inglaterra. Por profissional, entendemos aqui alguém que pintava sob encomenda e ganhava dinheiro com seu trabalho.Joan viveu entre 1606 e 1679. Junto com o seu marido, ela montou &nbsp;um estúdio em Covent Garden, uma área voltada às artes e ao teatro em Londres. Mas mesmo que ela provavelmente tenha sido uma artista bem profícua em sua atuação, apenas dez pinturas foram autenticadas como sendo dela, conforme informação da casa de leilões Dreweatts.<h2>Os retratos de Joan Carlile</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/06/03/03190730144582.jpg" alt="(Fonte: Wikipedia)">(Fonte: Wikipedia)Joan Carlile ficou conhecida principalmente por conta de seus retratos. Muitos deles mostravam mulheres de corpo inteiro em frente a paisagens exuberantes ao ar livre. Como seu marido tinha proximidade com pessoas ligadas à <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/107358-10-paises-onde-as-monarquias-ainda-sobrevivem-e-ate-mandam.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">monarquia</a>, Joan pode ter acesso às classes altas da Inglaterra e teve a oportunidade de pintar famílias importantes sob encomenda.Mesmo assim, por séculos, seu trabalho foi praticamente negligenciado no mundo da arte. Depois de sua morte, suas obras foram reconhecidas como mera imitação de outros artistas. Isto só começou a mudar quando historiadores da arte encontraram seu nome listado em um documento de 1658 como um dos "artistas ingleses mais notáveis". Apenas 4 mulheres participavam desta lista.Anne Gerritsen, historiadora das Universidades de Warwick e Leiden, falou que Joan Carlile conseguiu um feito muito raro ao obter reconhecimento numa época em que mal se cogitava que mulheres pudessem trabalhar. "Por muito tempo, as mulheres artistas foram amplamente ignoradas pela história da arte e nossa visão da arte britânica no século XVII foi dominada por artistas homens", explicou.<h2>Os trabalhos mais famosos de Joan Carlile</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/06/03/03185423938569.jpg" alt="(Fonte: Dreweatts)">(Fonte: Dreweatts)Dentre os trabalhos mais conhecidos de Joan está o retrato da família Wharton. Trata-se de uma pintura a óleo que retrata Anne, Philadelphia e Thomas, os três filhos da família Wharton.Os estudiosos de história da arte creem que se trata de um trabalho bastante distinto: as cores se destacam pelo seu brilho e a textura dos tecidos é magnífica. Os rostos das crianças têm algo de desajeitado, contrastando com a suntuosidade de suas roupas - o que seria uma das marcas do trabalho de Joan Carlile.Acredita-se que esse retrato deve ter sido um marco na carreira de Joan, uma vez que ela acabou pintando outros quadros de famílias na sequência.Em 2016, um quadro de Joan chamado Portrait of an Unknown Lady se tornou o primeiro trabalho desta artista a entrar no acervo do tradicional <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/106790-descubra-quais-sao-10-dos-museus-mais-visitados-do-planeta.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">museu Tate</a>, de Londres. Outro quadro dela, chamado Lady Dorothy Browne and Sir Thomas Browne, encontra-se na National Portrait Gallery, na mesma cidade.Já a obra Elizabeth Murray, Countess of Dysart está exposta no National Trust, uma tradicional instituição de caridade da Inglaterra. Mesmo assim, uma das suas peças foi posta à venda recentemente na casa de leilões Dreweatts, mas não encontrou um comprador.</body>

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Joan Carlile: a 1ª pintora profissional da Inglaterra

Imagem de Broadway: 5 curiosidades sobre a meca do teatro norte-americano no megacurioso

Mais que uma das mais extensas estradas de Nova Iorque, a Broadway é sinônimo do teatro nos Estados Unidos

<head></head><body>A Broadway é mais que uma das grandes estradas que corta o estado de Nova Iorque, ou uma via que liga as regiões norte e sul da cidade de mesmo nome. Ela é o coração da indústria teatral dos Estados Unidos, mais especificamente a de caráter comercial — e, com muito destaque, o teatro musical.Seu nome é sinônimo dos palcos nova-iorquinos, localizados principalmente no Theatre District, em Midtown, na ilha de Manhattan. Para entender melhor a magia que cerca esse ambiente, vamos te mostrar 5 curiosidades a respeito da meca do <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/121254-como-surgiu-o-teatro-uma-das-artes-mais-antigas-que-conhecemos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">teatro</a> norte-americano. Confira.<h2>1. Dizer "na Broadway" pode ser impreciso</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/05/31/31145823039332.jpg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons)">(Fonte: Wikimedia Commons)Falar sobre a Broadway pode causar certa confusão na mente de algumas pessoas. Isso ocorre porque ela é múltipla: trata-se de uma longa estrada, batiza alguns teatros e é o nome dado a uma certa região do Theater District, que se estende da rua West 41st até a West 54th, entre a 6ª e 8ª avenidas.Depois de muitos anos, convencionou-se que cerca de 41 teatros são considerados "na Broadway". Eles atendem ao principal requisito: capacidade igual ou maior a 500 espectadores. Estes espaços são responsáveis por receber grandes espetáculos de repercussão mundial.Há, também, os teatros da chamada off-Broadway (cuja capacidade varia entre 100 e 499 espectadores) e a off-off-Broadway (capacidade para até 99 pessoas). Não é incomum que um fique ao lado do outro e recebam classificações distintas.<h2>2. The Black Crook foi o primeiro musical da Broadway</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/05/31/31150034602342.jpg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons)">(Fonte: Wikimedia Commons)The Black Crook é considerado por historiadores o primeiro musical da Broadway. Ele foi encenado cerca de 480 vezes no Niblo's Garden. A história do espetáculo é interessante: Harry Palmer e Henry Jarret, seus criadores, haviam perdido o espaço em que sua companhia de balé se apresentava.Para não ficarem parados, convenceram o gerente do Niblo's a deixá-los usar o palco. Eles adaptarem seu espetáculo ao espaço, de modo a poder encená-lo. Foi um sucesso retumbante e The Black Crook, espetáculo de mais de 6 horas de duração, chegou a ser encenado em outras cidades dos Estados Unidos nas décadas seguintes.<h2>3. Broadway deve muito a Oscar Hammerstein...</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/05/31/31150456883346.jpg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons)">(Fonte: Wikimedia Commons)Falamos muito do espaço, mas esquecemos de mencionar seu principal mecenas: Oscar Hammerstein. Sua atuação nos "bastidores" foi fundamental a fortalecer o "negócio teatral" que resultaria na Broadway que conhecemos hoje.The Black Crook estava em declínip, e Hammerstein viu naquele pedaço de Midtown a oportunidade para investimento. Construiu vários teatros, incluindo o Olympia Theatre e o Victoria Theatre, primeiros grandes palcos da região. Quando caminhar pela Times Square, saiba que ali só é a meca do <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/114901-primeiro-teatro-de-londres-pode-ter-sido-descoberto-em-escavacao.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">teatro</a> de hoje por conta de Hammerstein.<h2>4. ...mas também deve muito à chegada do metrô</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/05/31/31151411868348.jpg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons)">(Fonte: Wikimedia Commons)A luz elétrica foi muito importante para impulsionar a região, mas o que transformou Midtwon foi a <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/121027-como-sao-construidos-os-metros-de-sao-paulo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">chegada do metrô</a>. A primeira linha ali foi inaugurada em 1904, mesmo ano em que o New York Times se mudou para a área, rebatizando um pedaço de Times Square.A energia elétrica ajudou a tornar os teatros mais seguros (era o fim da iluminação a gás), mas o metrô fez com que a Broadway não fosse mais vista como uma região distante do centro de Nova York.<h2>5. Quem atua na Broadway quer um Tony: Antoinette Perry é a "culpada"</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/05/31/31151738462352.jpg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons)">(Fonte: Wikimedia Commons)Já ouviu falar no prêmio Tony? Esse é o nome abreviado de Antoinette Perry Awards for Excellence in Theatre, o mais prestigioso prêmio do teatro nos Estados Unidos. Foi criado no fim da década de 1940, como homenagem à atriz norte-americana Antoinette Perry, dama da Broadway por longos 20 anos.Atualmente, o Tony premia 27 categorias, dezesseis a mais do que a primeira cerimônia, que foi entregue em 1497. Drama, musical, ator, atriz, categorias técnicas e premiações especiais estão entre elas.</body>

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Broadway: 5 curiosidades sobre a meca do teatro norte-americano

Imagem de Coelhos assassinos: por que eles eram retratados em textos medievais? no megacurioso

Realidade distorcida ou senso de humor afiado? Coelhos assassinos e controversos lotavam as páginas dos antigos manuscritos medievais

<head></head><body>Atualmente considerados animais fofinhos e de estimação, os <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/120108-napoleao-bonarpate-quase-foi-morto-por-coelhos-domesticados.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">coelhos</a> levaram anos para se tornarem o que são hoje, especialmente após as pequenas controvérsias com as quais se envolveram durante a Idade Média. Isso porque os animais eram retratados como figuras assassinas e bárbaras e protagonizavam sátiras curiosas, onde a violência gráfica e simbólica surgia como grande plano de fundo de suas tramas "fabulásticas".Normalmente encontradas em livros feitos para o clero, as ilustrações de coelhos, conhecidas como "marginalia", estavam repletas de simbolismos. Os criadores das artes utilizavam o pequeno roedor para desprezar figuras de autoridade, inserindo espadas, machados, lanças, arcos e todo tipo de equipamento em suas patas e passando a impressão de uma "opressão reversa", onde o ser teoricamente mais poderoso estava sempre em posição de vulnerabilidade.“Muitas vezes, nas margens dos manuscritos <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/121356-3-habitos-alimentares-medievais-que-mudaram-a-historia-da-culinaria.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">medievais</a>, encontramos imagens estranhas com todos os tipos de monstros, meio-homens-feras, macacos e muito mais”, comenta Marjolein de Vos, da Sexy Codicology. “Mesmo em livros religiosos, as margens às vezes têm desenhos que simplesmente zombam de monges, freiras e bispos.”<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/06/01/01101106863062.jpg" alt="(Fonte: The British Library / Reprodução)">(Fonte: The British Library / Reprodução)Vistos como sinônimos de pureza e desamparo, os coelhos passaram a ter seus retratos vinculados a brincadeiras que distorciam a realidade. Criadas por artistas conhecidos como drolleries, elas dramatizavam o lado cômico e relativo das verdades absolutas, passando a representar tanto o poder tanto da liberdade total quanto da farsa. Essa ideia atraía os artistas a partir do momento que oferecia a chance de se rebelar com segurança, pelo menos em pequena escala, contra as graves desigualdades dos sistemas feudais de sua época.&nbsp;<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/06/01/01105036916088.jpg" alt="(Fonte: The British Library / Reprodução)">(Fonte: The British Library / Reprodução)O gênero jocoso intitulado de "vingança do coelho" logo se popularizou e tendia a mostrar "a covardia ou a estupidez da pessoa ilustrada", onde caçadores se encolhiam na presença dos pequenos animais. Essas "monstruosidades ridículas" — como foram conhecidas pelo monge cisterciense francês Bernardo de Clairvaux — montavam em leões e humanos para mutilar todo tipo de oponente, mostrando como o mundo virou de "cabeça para baixo".<h2>A subversão cultural</h2>Os coelhos cruéis das margens de manuscritos medievais tornaram-se exemplos concretos da subversão cultural, expressão que seria comentada apenas séculos depois, com a criação do termo “<a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/113408-carnaval-saiba-tudo-sobre-a-mais-brasileira-das-festas.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">carnavalesco</a>” pelo filósofo e crítico literário russo Mikhail Bakhtin. Segundo ele, a categoria permitia a retratação de humor e caos como forma de satirizar a psique humana, tanto em relação ao indivíduo quanto ao coletivo.Uma das maiores piadas da época, os "coelhos assassinos" tornaram-se uma espécie de fuga do convencional e exibiram todo o potencial imaginativo dos artistas, destacando como seria possível transgredir em meio a uma época rigorosa onde prevalecia o controle social, desde na forma como as pessoas se comportavam até mesmo em relação ao que pensavam. Dessa forma, o "espelho cultural" transformou o mundo das brincadeiras e revolucionou o modelo de expressão tradicional.</body>

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Coelhos assassinos: por que eles eram retratados em textos medievais?

Imagem de O que os faraós do Egito Antigo guardavam nas pirâmides? no megacurioso

Tumbas cheias de tesouros, sarcófagos de ouro e tronos escondidos no interior das pirâmides são apenas algumas das relíquias encontradas no Egito

<head></head><body>No Egito Antigo, os <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/121930-6-dos-faraos-mais-jovens-de-todos-os-tempos.htm#" rel="noopener noreferrer" target="_blank">faraós</a> eram conhecidos por viver no luxo, mas também por partirem para o outro mundo em grande estilo. Você duvida? Então você provavelmente nunca ouviu falar das pirâmides.Os egípcios são parte de uma das civilizações mais importantes da História e, como tal, sempre atraíram a atenção tanto do mundo acadêmico como de leigos interessados em conhecer um pouco mais sobre o mundo antigo.Um dos aspectos que se destaca é a relação estabelecida entre a vida e a morte. Essa é uma crença que fez parte do cotidiano de cidadãos comuns e de faraós de forma semelhante.<h2>Itens do cotidiano</h2>Sim, existem <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/121930-6-dos-faraos-mais-jovens-de-todos-os-tempos.htm#" rel="noopener noreferrer" target="_blank">tesouros nas pirâmides.</a> Isso não é novidade considerando o estilo de vida luxuoso do que essas figuras lendárias viviam. Além dos sarcófagos, muitas tumbas escondiam artigos de cerâmica, móveis e adornos usados por faraós ou sacerdotes.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/06/01/01125331454167.jpg" alt="(Fonte: Shutterstock/Reprodução)">(Fonte: Shutterstock/Reprodução)Além disso, há tesouros esculpidos e pintados nas paredes. Os hieróglifos encontrados nos corredores e nas próprias tumbas são um registro histórico com escritos que relembram momentos importantes da vida do faraó e, em alguns casos, feitiços usados em rituais religiosos.<h2>Tesouros inestimáveis</h2>Você já deve ter visto algum filme do Indiana Jones, onde um arqueólogo supera armadilhas em busca de tesouros dos povos antigos. Se você tem interesse apenas no aspecto histórico, vai dizer que o verdadeiro tesouro é a descoberta de sítios arqueológicos ainda intactos.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/06/01/01125334533168.jpg" alt="(Fonte: Shutterstock/Reprodução)">(Fonte: Shutterstock/Reprodução)A <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/110785-veja-todo-o-esplendor-da-tumba-de-tutankamon-apos-9-anos-de-restauracao.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">tumba de Tutankamon</a>, por exemplo, continha um trono, máscara mortuária e, até mesmo, sandálias feitas de ouro. Os exploradores que desbravaram o Egito nos últimos 300 anos tiveram a sorte de encontrar inúmeras relíquias. Esses tesouros nos ajudam a entender um pouco sobre essa cultura e ajudam a conservar a memória de uma das civilizações mais importantes da história.<h2>Memórias do passado</h2>Não só de esconder relíquias viviam os <a href="https://www.google.com/url?client=internal-element-cse&amp;cx=004238318321071068280:rcwgwv4dsro&amp;q=https://www.megacurioso.com.br/historia-e-geografia/103107-voce-sabia-que-os-antigos-egipcios-nao-chamavam-sua-nacao-de-egito.htm&amp;sa=U&amp;ved=2ahUKEwiN-NuTzIP4AhWTgpUCHbf2AVM4ChAWegQICRAC&amp;usg=AOvVaw0gH3WE9kSshlTYF4DKFfD4" rel="noopener noreferrer" target="_blank">antigos egípcios</a>. As crianças dos tempos antigos tinham uma coisa em comum com as crianças modernas: elas se divertiam com diversos tipos de brinquedos, inclusive alguns semelhantes aos que temos hoje.Esses são achados valiosos que revelam que haviam pessoas engenhosas que esculpiam madeira ou moldavam em cerâmica em formas como animais e bonecas. Vale lembrar que essa não é uma exclusividade do povo egípcio. Desde os nórdicos até as civilizações indo-americanas brinquedos são encontrados em excelentes condições de conservação.Morte na cultura egípcia tem um significado muito específico. Segunda essa crença, a morte era processo que resultava na separação entre a alma e o corpo. Portanto, havia uma grande preocupação em conservar o corpo até que a alma fizesse a transição para a próxima vida.Com isso, a técnica de mumificação foi desenvolvida para essa finalidade. Essa tradição também explica porque as pirâmides eram preenchidas com tesouros, lembranças e itens pessoais. Como resultado, o faraó teria acesso a todas as regalias com as quais estava acostumado na sua próxima encarnação.</body>

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O que os faraós do Egito Antigo guardavam nas pirâmides?

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Saiba como funciona o principal mecanismo de fomento à cultura no Brasil

<head></head><body>Provavelmente você já ouviu falar na Lei Rouanet. Principal mecanismo de fomento à&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/cultura/" rel="noopener noreferrer" target="_blank">cultura</a> no Brasil, ela sempre volta a ganhar destaque com alguma polêmica. Mas, de maneira geral, essas polêmicas costumam acontecer por desconhecimento de como a lei funciona.Quer conhecer mais sobre ela e entender sua importância — cultural e econômica — para o Brasil? Abaixo a gente te explica tudo o que você precisa saber sobre ela.<h2>Origem</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/05/31/31103920192090.jpg" alt="Espetáculo teatral. (Fonte: Unsplash)">Espetáculo teatral. (Fonte: Unsplash)Seu nome oficial é Lei Federal de Incentivo à Cultura, mas ela acabou ficando mais conhecida pelo nome do seu idealizador, Sérgio Paulo Rouanet. Ele foi secretário de Cultura durante o governo de <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/118100-caras-pintadas-o-que-foi-o-movimento-que-parou-o-brasil-em-1992.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Fernando Collor de Mello</a>, em 1991, quando a lei foi sancionada.De maneira bastante resumida, ela permite que pessoas físicas e jurídicas financiem atividades culturais. Em troca, elas podem abater um valor no imposto de renda. Ao longo das últimas três décadas, a lei passou por diversas modificações, mas sempre manteve essa mesma proposta.Vale destacar que um estudo de 2018 da Fundação Getúlio Vargas (FGV), a Lei Rouanet tem um retorno de R$ 1,59 a cada real investido. Este valor considera tanto o impacto direto, quanto o indireto.&nbsp;<h2>Como funciona</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/05/31/31103707614088.jpg" alt="Músico toca um atabaque. (Fonte: Unsplash)">Músico toca um atabaque. (Fonte: Unsplash)Tudo começa com a inscrição no Sistema de Apoio às Leis de Incentivo à Cultura. Nessa primeira etapa, o produtor cultural precisa apresentar um resumo do projeto, explicando sobre o que se trata (show, <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/121254-como-surgiu-o-teatro-uma-das-artes-mais-antigas-que-conhecemos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">teatro</a>, galeria, publicação de um livro, entre outras possibilidades). Também é necessário explicar detalhes como o conceito final do projeto e seu custo financeiro.A segunda etapa é dividida em duas partes: a avaliação e aprovação do projeto. Na primeira, um parecerista analisa a proposta para verificar se ela está de acordo com os requisitos da lei. A segunda parte desta etapa fica por conta da Comissão Nacional de Incentivo à Cultura, que aprova ou não os projetos. Aqui, cada um dos projetos aprovados são analisados para verificar se eles estão aptos a receber o incentivo via Lei Rouanet.Na terceira etapa, o artista ou produtor cultural pode procurar parceiros para financiar o projeto. De maneira geral, muitas empresas já contam com seus próprios produtores ou com editais para artistas interessados na parceria.&nbsp;Com tudo isso garantido, o projeto tem um prazo de 12 meses para acontecer. Aqui entra outra importante exigência da lei, que é algum tipo de retorno direto ao público. Isso pode acontecer por meio de doação, no caso de livros, ou de ingressos gratuitos ou com desconto para shows e apresentações teatrais.Finalmente, depois que tudo isso aconteceu, o responsável pelo projeto precisa apresentar uma prestação de contas para o Governo Federal. Nessa etapa, todos os gastos devem ser comprovados com apresentação de notas fiscais, detalhando valores e confirmando que o dinheiro foi utilizado para financiar o projeto.</body>

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