Artes/cultura
06/06/2022 às 12:00•3 min de leitura
Certamente uma das pinturas mais conhecidas em todo o mundo, a Mona Lisa ultrapassou os limites da arte e é um símbolo muito forte da cultura popular. Trabalho mais reconhecido de Leonardo da Vinci, a eterna musa do sorriso hipnótico vive no acervo do Museu do Louvre, mas também em curiosas versões alternativas.
Seus traços serviram de inspiração para que outros artistas fizessem interferências, dando a ela novos significados e interpretações. Sem fazer juízo de valor, queremos apresentar algumas dessas versões. Conheça-as.
(Fonte: Banksy Explained/Reprodução)
Banksy é um dos mais famosos artistas de rua. Uma rápida busca no Google e você terá acesso a inúmeras de suas intervenções - sem contar a famosa peça de arte que ele triturou após ela ser leiloada por US$ 25 milhões.
No ano de 2007, o artista riscou de sua lista de intervenções a Mona Lisa, criando uma versão própria da musa de Da Vinci com, digamos, um poder a mais. A versão do artista do grafite mostrava ela segurando uma bazuca.
Muitas pessoas se incomodaram com essa peça específica de Banksy, crendo que a justaposição era excessivamente bélica. O mais curioso é que o desenho é usado em cartelas de LSD.
Salai é como era conhecido Gian Giacomo Caprotti, um dos assistentes mais próximos de Leonardo da Vinci, apontado como suposto amante do gênio renascentista. Da Vinci foi responsável por educar Salai na arte da pintura.
Há teorias que sugerem que tenha sido a inspiração para o trabalho do mestre, mas o que se sabe certamente é que Caprotti produziu uma versão da Mona Lisa chamada Monna Vanna. A postura é semelhante a da obra que reside no Louvre, com a nada sutil diferença que a modelo do trabalho de Salai está com os seios expostos.
(Fonte: Wikimedia Commons)
Arthur Spacek foi o pseudônimo pelo qual o francês Eugène Bataille, um ilustrador performático, ficou conhecido. Artista excêntrico, Spacek produziu, em 1887, uma Mona Lisa diferente.
Além de estar completamente em preto e branco, a versão do artista aparecia fumando um cachimbo. Seu trabalho é considerado vanguardista de movimentos como o dadaísmo e o surrealismo.
O colombiano Fernando Botero é um dos maiores artistas contemporâneos, com um estilo tão próprio que lhe conferiu o que chamam no segmento artístico de "boterismo". Suas figuras redondas são entendidas como uma crítica social à ganância humana e dela faz parte uma interpretação da Mona Lisa, produzida em 1978.
Em seu trabalho, Botero realizou várias adaptações do trabalho de Da Vinci, mas a que está no vídeo que ilustra este tópico é a mais famosa. Sua outra reprodução conhecida, "Mona Lisa, Age Twelve", está no Museo de Botero, localizado em Bogotá, na Colômbia.
(Fonte: DaliPaintings/Reprodução)
O espanhol Salvador Dalí transitou por diferentes movimentos estéticos, mas é famoso mesmo por seus trabalhos no movimento surrealista. Porém, seu trabalho foi além das pinturas, tendo atuado como uma espécie de artista performático, colaborando com muitos outros artistas na construção de trabalhos ímpares.
Um deles é "Dalí Mona Lisa", uma fotomontagem produzida em colaboração com Phillipe Halsman, em 1954. É uma obra de arte que faz uma brincadeira com a interpretação que outro grande artista teve da obra de Da Vinci, a "L.H.O.O.Q.", de Marcel Duchamp, vulgarmente conhecida como a "Mona Lisa de bigode".
(Fonte: Wikimedia Commons)
Lennie Mace é um artista contemporâneo norte-americano. Sua carreira foi construída a partir de desenhos feitos utilizando apenas canetas esferográficas para criar obras de arte extremamente complexas.
Pois Mace resolveu criar sua própria versão da Mona Lisa, a "Mona a'la Mace", sua obra mais famosa. Ela integra o que o artista batizou de PENtings e foi idealizada como parte de uma campanha publicitária para a marca de canetas Pilot.