Imagem de Bactéria antiga ajuda carrapatos a sobreviverem na pele humana no megacurioso

Bactéria causadora da doença de Lyme permite que carrapatos se alimentem por um período maior de tempo 


<p>Um novo estudo realizado pela Universidade da Califórnia, nos Estados Unidos, identificou o agente capaz de fazer com que carrapatos passem mais tempo se alimentando em pele humana. Segundo as pesquisas, a toxina da antiga bactéria <em>Borrelia burgdorferi</em> estaria ajudando os artrópodes a sobreviverem e transmitirem a <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/115452-vacina-para-doenca-de-lyme-apresenta-avanco-importante.htm" target="_blank" rel="noopener noreferrer">doença de Lyme</a>. </p>



<p>Há aproximadamente 40 milhões de anos, o carrapato-do-veado (<em>Ixodes scapularis</em>) desenvolveu uma enzima antibacteriana incrivelmente potente, derivada de uma antiga <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/116431-escarlatina-pode-estar-retornando-por-causa-de-bacteria-clonada.htm" target="_blank" rel="noopener noreferrer">bactéria</a> que se formou e evoluiu nas entranhas do animal. </p>



<p>Através do processo de “transferência horizontal”, alguns genes que transportavam as instruções para a formação da toxina foram passando entre as gerações, a medida que se fortaleciam e afetavam diversos outros organismos.</p>



<figure class="mt-2"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/12/14/14102440403033.jpg" alt="(Fonte: Cell / Reprodução)" /><figcaption>(Fonte: Cell/Reprodução)</figcaption></figure>



<p>Os resultados da pesquisa apresentaram informações interessantes sobre a forma de atuação da substância no corpo do carrapato-do-veado, com impactos diretos em seu sistema digestivo e nos mecanismos de liberação de substâncias. De acordo com os biólogos, um efetor — parte terminal de um órgão capaz de ativar a secreção a partir do estímulo dos impulsos nervosos — antibacteriano domesticado (Dae2) por carrapatos desenvolveu especificidade ampliada.</p>



<p>A toxina Dae2, secretada no sistema digestivo do parasita enquanto ele se alimenta, foi capaz de matar os micróbios da pele dos mamíferos durante os testes, mas não conseguiu eliminar a <em>Borrelia burgdorferi</em>, responsável por transmitir a doença de Lyme a seres humanos. “Essas descobertas sugerem que os carrapatos resistem aos seus próprios patógenos enquanto toleram simbiontes”, disse Beth M. Hayes, do Departamento de Bioquímica e Biofísica da Universidade da Califórnia.</p>



<p>Dessa forma, as conclusões levam a crer que a presença do efetor evita que o carrapato seja atacado por comensais presentes na pele humana, já que os micróbios são eliminados durante o processo. A Dae2, então, seria um mecanismo de defesa particular de alguns grupos dos <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/116362-parasita-controlador-de-mentes-pode-nos-tornar-mais-impulsivos.htm" target="_blank" rel="noopener noreferrer">parasitas</a>.</p>



<h2>As consequências do bloqueio da toxina</h2>



<p>Durante os testes, os cientistas bloquearam a atuação da toxina para avaliar os resultados. Rapidamente, a criatura não resistiu tempo suficiente na pele humana e acabou morrendo. “O que é estável e harmonioso para os carrapatos é ruim para nós, e o que é estável e harmonioso para nossa pele é ruim para os carrapatos”, disse Seemay Chou, principal autor do trabalho.</p>



<p>O biólogo acredita que os estudos poderão levar a novas conclusões sobre o papel da toxina no organismo do predador e dos humanos, funcionando como regulador de diversas atividades entre os vetores.</p>


thumb-image-2024-02-29T14:05:12.175Z

Bactéria antiga ajuda carrapatos a sobreviverem na pele humana

Imagem de Conheça 11 dos Animais Mais Estranhos do Mundo no megacurioso

Em um planeta com milhares espécies de animais, algumas bem estranhas acabam surgindo, separamos 11 criaturas peculiares que vale a pena conhecer!


<p>Seja debaixo d’água ou no meio das florestas, os animais “diferentões” podem te surpreender em todo os lugares, com suas peculiaridades! Desde uma barata marítima do tamanho de um gabinete até um rato misturado ouriço, você vai conhecer agora alguns dos animais mais estranhos da Terra.</p>



<h2>1. Sapo-de-vidro</h2>



<figure class="mt-2"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/12/07/07162827525301.jpg" alt="(Fonte: Capa Amber/Reprodução)" /><figcaption>(Fonte: Capa Amber/Reprodução)</figcaption></figure>



<p>Essas criaturinhas são encontradas nas florestas da América Central e do Sul. Os sapos-de-vidro têm uma pele praticamente transparente e, caso o veja de baixo, é possível observar seus órgãos e, em algumas espécies, identificar o coração batendo.</p>



<h2>2. Isópode Gigante</h2>



<figure class="mt-2"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/12/07/07163134229302.jpg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons/Reprodução)" /><figcaption>(Fonte: Wikimedia Commons/Reprodução)</figcaption></figure>



<p>Essa barata gigante faz parte da família dos crustáceos e, como grande parte dos animais bizarros, vive no oceano. Isópodes Gigantes fazem parte da família <em>Isopoda</em>, a mesma dos percevejos e piolhos (o que justifica sua aparência), mas ele pode chegar a ter até 30 centímetros!</p>



<h2>3. Cervo Vampiro</h2>



<figure class="mt-2"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/12/07/07163213292303.jpg" alt="(Fonte: Atlas Mundial/Reprodução)" /><figcaption>(Fonte: Atlas Mundial/Reprodução)</figcaption></figure>



<p>Seu nome verdadeiro é Cervo Aquático Chinês, mas o apelido veio das suas grandes presas. Além disso, o animal, que é considerado uma das menores variedades de cervo do mundo, também possui grandes orelhas, parecidas com as de coelho.</p>



<h2>4. Bico-de-tamanco</h2>



<figure class="mt-2"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/12/07/07163315652304.jpg" alt="(Fonte: Muzina Shanghai/Reprodução)" /><figcaption>(Fonte: Muzina Shanghai/Reprodução)</figcaption></figure>



<p>Esta <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/115777-bico-de-tamanco-a-ave-capaz-de-decapitar-um-crocodilo-filhote.htm" target="_blank" rel="noopener noreferrer">ave</a> recebeu seu nome por ter um bico que se assemelha a um tamanco. O formato diferenciado serve desde para atrair amigos até para guardar água coletada. Além de claro, para a caça. Com esse bico, a criatura consegue mastigar até um jacaré bebê!</p>



<h2>5. O estranho Lagarto Tatu</h2>



<figure class="mt-2"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/12/07/07163356386305.jpg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons/Reprodução)" /><figcaption>(Fonte: Wikimedia Commons/Reprodução)</figcaption></figure>



<p>Esse animalzinho funciona exatamente como um <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/116518-filhote-de-tatu-para-carro-para-pedir-ajuda-em-goias.htm" target="_blank" rel="noopener noreferrer">tatu</a>: coberto por pontas pesadas e afiadas, ele tem a barriga mais exposta e, por isso, se “transforma” em uma bola como forma de defesa.</p>



<h2>6. Porcos-do-mar</h2>



<figure class="mt-2"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/12/07/07163514730306.jpg" alt="(Fonte: MBARI/Reprodução)" /><figcaption>(Fonte: MBARI/Reprodução)</figcaption></figure>



<p>Os porcos-do-mar nada tem a ver com os suínos terrestres. Eles receberam o apelido por conta da pele rosada e do que seriam os seus “membros”, que fazem parecer que eles estão andando em quatro patas.</p>



<h2>7. Axolotl</h2>



<figure class="mt-2"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/12/07/07163542574311.jpg" alt="(Fonte: John Cancalosi/Reprodução)" /><figcaption>(Fonte: John Cancalosi/Reprodução)</figcaption></figure>



<p>Essa é uma salamandra rara, que vive nos canais do México. Esse estranho animal tem a capacidade de regenerar seus membros e até criar novos, se necessário.</p>



<h2>8. Peixe-lua</h2>



<figure class="mt-2"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/12/07/07163621543314.jpg" alt="(Fonte: Tom Bridge/Reprodução)" /><figcaption>(Fonte: Tom Bridge/Reprodução)</figcaption></figure>



<p>Esse <a href="https://www.megacurioso.com.br/animais-sinistros/37862-candiru-o-peixe-assassino-que-pode-entrar-na-sua-uretra-ou-anus.htm" target="_blank" rel="noopener noreferrer">peixe</a> é comumente encontrado boiando, tomando sol! Adulto, ele pode chegar até 1,80m. Entretanto, é um animal lento e que sempre nada de boca aberta, por não conseguir fechá-la.</p>



<h2>9. Peixe-jacaré – O fóssil vivo</h2>



<figure class="mt-2"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/12/07/07163723341317.jpg" alt="(Fonte: Grady Allen/Reprodução)" /><figcaption>(Fonte: Grady Allen/Reprodução)</figcaption></figure>



<p>O peixe-jacaré é um dos poucos animais que não passou por alterações mesmo depois de 100 milhões de anos. Segundo registros, esta criatura já existia no período Cretáceo, e vive até hoje nos rios do Texas.</p>



<h2>10. Toupeira-nariz-de-estrela</h2>



<figure class="mt-2"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/12/07/07163904248319.jpg" alt="(Fonte: kinskarije/Reprodução)" /><figcaption>(Fonte: kinskarije/Reprodução)</figcaption></figure>



<p>Este é considerado um dos animais mais estranhos do planeta. Com um nariz em formato de estrela saindo bem do meio do seu rosto, ele chega a parecer um ser irreal. Completamente cega, a toupeira compensa a deficiência com um olfato apurado.</p>



<h2>11. Tenreque-raiado-das-planícies</h2>



<figure class="mt-2"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/12/07/07163931311321.jpg" alt="(Fonte: Alan Harper/Reprodução)" /><figcaption>(Fonte: Alan Harper/Reprodução)</figcaption></figure>



<p>Esse mamífero tem o formato de um rato, assim como um focinho pontudo, mas possui todo o corpo coberto por espinhos. Além de proteção, essa parte do seu corpo serve para que possam se comunicar entre si, com vibrações.</p>


thumb-image-2024-02-29T14:05:12.165Z

Conheça 11 dos Animais Mais Estranhos do Mundo

Imagem de Por quanto tempo embriões humanos podem permanecer congelados? no megacurioso

Utilizados em técnicas de fertilização in vitro e de criopreservação, os embriões sobrevivem armazenados em baixas temperaturas por muito tempo


<p>O nascimento de uma garotinha nos Estados Unidos chamou a atenção da comunidade médica em 2020. No dia 26 de outubro, Molly Everette Gibson nasceu de um embrião congelado há 27 anos, o que estima-se ser um novo <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/116967-recorde-bebe-nasce-de-embriao-congelado-ha-27-anos.htm" target="_blank" rel="noopener noreferrer">recorde</a> de tempo que um embrião humano ficou congelado antes de nascer. </p>



<p>Segundo a reportagem produzida pelo <em>The Washington Post, </em>o embrião havia sido congelado em 1992 e permaneceu guardado em um refrigerador criogênico até 2012. Depois disso, a amostra embrionária foi colocada em um contêiner com nitrogênio líquido e levada até um banco de esperma, onde seria implantada no útero de Tina Gibson em fevereiro deste ano.</p>



<h2>Sobrevivência do embrião humano</h2>



<figure class="mt-2"><a class="fonte_imagem" href="https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/9/98/Human_Embryo.png/1280px-Human_Embryo.png"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/12/16/16192112835320.png" alt="(Fonte: Wikimedia Commons)" /></a><figcaption>(Fonte: Wikimedia Commons)</figcaption></figure>



<p>Pensando em toda a jornada da família Gibson, quanto tempo um embrião humano pode permanecer congelado e ainda ser eficiente? “Indefinidamente”, é o que diz o professor de obstetrícia e ginecologia da Universidade de Stanford, Barry Behr. E tudo isso é graças ao processo chamado de <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/116779-zhan-wenlian-a-primeira-mulher-da-china-em-criopreservacao.htm" target="_blank" rel="noopener noreferrer">criopreservação</a>. </p>



<p>Durante a criopreservação, o embrião é congelado e armazenado em nitrogênio líquido na temperatura de -196 ?°C, o que já é capaz de interromper qualquer atividade biológica. Dessa forma, é como se as células que formam os primeiros estágios da vida humana simplesmente entrassem em pause e esperassem por uma resposta externa para voltarem a se reproduzir.</p>



<p>Portanto, mesmo que um <a href="https://www.megacurioso.com.br/biologia/102081-embriao-artificial-e-criado-sem-necessidade-de-ovulo-ou-espermatozoide.htm" target="_blank" rel="noopener noreferrer">embrião</a> passe décadas congelado, ele pode continuar crescendo naturalmente uma vez que seja “reaquecido” e implantando no útero. Isso explica o fato de Molly Gibson ter nascido após 27 anos sem qualquer tipo de complicação no parto.</p>



<h2>Influência externa</h2>



<figure class="mt-2"><a class="fonte_imagem" href="https://pixabay.com/pt/photos/gravida-gestante-gestacao-2635034/"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/12/16/16192152755321.jpg" alt="(Fonte: Pixabay)" /></a><figcaption>(Fonte: Pixabay)</figcaption></figure>



<p>Por mais que os procedimentos criogênicos consigam fazer os embriões permanecerem congelados e intactos por vários anos consecutivos, ainda existem fatores externos que podem provocar certos tipos de dano ao material genético, explicou Behr em entrevista para o <em>Live Science</em>.</p>



<p>A radiação ionizante proveniente do Sol, que é capaz de atravessar todo tipo de material, é um dos fatores que pode colocar a “imortalidade” dos embriões em risco. De acordo com Behr, essa radiação provoca mutações ou danos ao material genético embrionário, comprometendo sua durabilidade.</p>



<p>Entretanto, os casos ainda são muito raros. Por mais que exista uma determinada cautela, o material coletado pela Universidade de Stanford não exibe nenhuma evidência de diferença na saúde dos bebês nascidos de embriões congelados e daqueles vindos de embriões recém transferidos.</p>


thumb-image-2024-02-29T14:05:11.994Z

Por quanto tempo embriões humanos podem permanecer congelados?

Imagem de Fotógrafo registra linda imagem de polvo transparente no oceano no megacurioso

A espécie só foi descrita em 2006 e vive no oceano Pacífico


<p>Apesar das várias descobertas que já foram feitas ao longo da história, os oceanos ainda escondem muitos mistérios, que seguem encantando e atraindo pesquisadores, mergulhadores e fotógrafos. Um deles é Yung-sen Wu, que há 4 anos se dedica a registrar a <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/116873-ilha-de-250-habitantes-torna-se-referencia-em-protecao-da-vida-marinha.htm" target="_blank" rel="noopener noreferrer">vida marinha</a> nas profundezas.</p>



<p>Em um de seus mergulhos recentes nas Filipinas, ele se deparou com um filhote de <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/114770-polvo-dumbo-e-filmado-a-7-mil-metros-abaixo-do-nivel-do-mar.htm" target="_blank" rel="noopener noreferrer">polvo</a> da espécie <em>Wunderpus photogenicus</em>, que só foi descrita detalhadamente por pesquisadores em 2006 — embora tenha sido encontrada inicialmente na década de 1980. </p>



<figure class="mt-2"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/12/15/15104055012039.jpg" alt="(Fonte: 500px/Yung-sen Wu/Reprodução)" /><figcaption>(Fonte: 500px/Yung-sen Wu/Reprodução)</figcaption></figure>



<p>As imagens chamam atenção especialmente por permitirem observar até mesmo o cérebro do animal nesse estágio de vida, o que é surpreendente. Além disso, a transparência ressalta a delicadeza e a quantidade de detalhes do corpo, que mais tarde, na fase adulta, é capaz de mimetizar outras espécies a fim de se proteger das ameaças. </p>



<h2>A fotografia nas profundezas do oceano</h2>



<p>De acordo com Yung-sen, fotografar nas profundezas é um modo de explorar os limites do mundo natural, então exige que a pessoa conheça as áreas adequadas para isso e como atrair os animais que vivem lá, mas sem deixar de lado a segurança. Depois disso, entra em cena a sorte também, pois nunca se sabe o que vai ser visto — na maioria das vezes, ele volta sem nada.</p>



<p>Há ainda os desafios da fotografia em si. “Se a posição da lanterna subaquática não estiver adequada, a nitidez fica comprometida”, exemplifica Yung-sen. Normalmente, seus mergulhos alcançam entre 15 e 30 metros, enquanto a faixa de movimento das criaturas varia de 5 a 2 mil metros. “Eu estaria mentindo se dissesse que não sinto medo. No entanto, a vontade de encontrar esses seres me faz superar isso”, revela.</p>



<p>Mais registros feitos pelo fotógrafo podem ser encontrados em seu <a href="https://500px.com/p/hmap666?view=photos">perfil na 500px</a>, plataforma de compartilhamento de fotos.</p>



<figure class="mt-2 size-large"><img loading="lazy" width="960" height="640" src="https://mega.ibxk.com.br/sites/2/2020/12/5fdb843a7c2f8.jpg" alt="" class="wp-image-127820" srcset="https://mega.ibxk.com.br/sites/2/2020/12/5fdb843a7c2f8.jpg 960w, https://mega.ibxk.com.br/sites/2/2020/12/5fdb843a7c2f8-768x512.jpg 768w" sizes="(max-width: 960px) 100vw, 960px" /></figure>


thumb-image-2024-02-29T14:05:11.820Z

Fotógrafo registra linda imagem de polvo transparente no oceano

Imagem de Primeiro puma com leucismo no mundo é confirmado no Brasil no megacurioso

Puma havia sido fotografada passeando pelo Parque Nacional da Serra dos Órgãos, no Rio de Janeiro, em 2013 e teve condição rara confirmada anos depoi


<p>Após quatro câmeras terem registrado um suposto caso de “<a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/116433-homem-foge-e-filma-ataque-de-puma-durante-6-minutos-veja-o-video.htm" target="_blank" rel="noopener noreferrer">puma</a> albino” no Parque Nacional da Serra dos Órgãos, no Rio de Janeiro, em 2013, um novo estudo trouxe informações surpreendentes sobre o caso. As imagens retratam o primeiro animal da espécie com leucismo já registrado pela humanidade.</p>



<p>Diferente do albinismo, essa condição extremamente rara é caracterizada não só pela falta de melanina, mas pela perda total ou parcial de toda pigmentação. Dessa forma, é possível que um animal com <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/116811-ultima-girafa-branca-viva-recebe-localizador-gps.htm" target="_blank" rel="noopener noreferrer">leucismo</a> possua colocação esbranquiçada em todo corpo ou somente em algumas partes, podendo apresentar olhos com cores normais.</p>



<h2>Primeiro caso de leucismo entre pumas</h2>



<figure class="mt-2"><a class="fonte_imagem" href="https://static.boredpanda.com/blog/wp-content/uploads/2020/12/5-5fd1f875df702__700.jpg"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/12/14/14035722264000.jpg" alt="(Fonte: ICMBio)" /></a><figcaption>(Fonte: ICMBio)</figcaption></figure>



<p>Localizado entre municípios de Guapimirim, Magé, Petrópolis e Teresópolis, o Parque Nacional da Serra dos Órgãos foi equipado com um conjunto de câmeras utilizadas para monitorar a vida selvagem ao longo dos seus mais de 20 mil hectares de floresta atlântica.</p>



<p>Foi assim que as primeiras fotos da onça-parda, como também são chamados os pumas, com leucismo passaram a circular pela internet em 2013. O trabalho desenvolvido pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), então, ganharia notoriedade após um artigo publicado em 2018 confirmar a existência da condição rara.</p>



<p>Segundo os dados da <em>National Geographic, </em>mutações de coloração, como o <a href="https://www.megacurioso.com.br/animais/69687-30-animais-albinos-tao-lindos-quanto-os-coloridos.htm" target="_blank" rel="noopener noreferrer">albinismo</a> e o leucismo, costumam ser bastante comuns entre diversas espécies de felinos. Entretanto, por algum motivo misterioso, essa é apenas a primeira vez que cientistas puderam observá-la em espécimes de pumas.</p>



<h2>Estudos sobre a condição</h2>



<figure class="mt-2"><a class="fonte_imagem" href="https://static.boredpanda.com/blog/wp-content/uploads/2020/12/3-5fd1f8729341b__700.jpg"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/12/14/14035732421001.jpg" alt="(Fonte: ICMBio)" /></a><figcaption>(Fonte: ICMBio)</figcaption></figure>



<p>Após a confirmação do caso em 2018, a equipe dos pesquisadores do ICMBio esperada poder capturar o felino para analisar os seus genes e encontrar mais informações sobre o porquê dessa condição ser especificamente rara entre as onças-pardas, mas nada disso foi possível.</p>



<p>Depois que as fotografias do puma foram parar na internet, o animal nunca mais foi visto pelas lentes das câmeras que rodeiam a floresta fluminense. Desde que o projeto recomeçou em 2019, mas nenhuma manifestação de mutações entre a espécie pode ser monitorada pelos cientistas.</p>



<p>Apesar de o leucismo não ser visto como uma condição que traz malefícios para a saúde dos felinos, existe uma grande crença de que espécimes com coloração normal tenham certa vantagem na caça. Isso porque os grandes gatos de pele com pele branca podem ter maior dificuldade para se esconder na mata fechada e surpreender suas presas.</p>


thumb-image-2024-02-29T14:05:11.452Z

Primeiro puma com leucismo no mundo é confirmado no Brasil

Imagem de Reprogramação epigenética faz células voltarem a ser jovens no megacurioso

Terapia revolucionária devolveu a visão a camundongos cegos por trauma, doença ou velhice


<p>O olho é um dos primeiros órgãos que se desgastam com o tempo, e foi por isso que pesquisadores da Escola de <a href="http://www.tecmundo.com.br/medicina/" target="_blank" rel="noreferrer noopener">Medicina</a> de Harvard o escolheram para testar a ideia de que seria possível fazer retroceder o relógio das células. E eles o fizeram.</p>



<p>Matéria de capa da revista <em>Nature</em>, o trabalho da equipe teve como ponto de partida a pesquisa do geneticista Shinya Yamanaka, laureado com um Nobel pela identificação de quatro fatores de transcrição (Oct4, Sox2, Klf4 e c-Myc) com a capacidade de apagar “sinais” específicos nas células, fazendo elas voltarem ao seu estado embrionário primitivo.</p>



<figure class="mt-2"><a href="https://www.nature.com/articles/d41586-020-03403-0"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/12/04/04175730323130.jpg" alt="." /></a><figcaption>Fonte: Nature/Reprodução</figcaption></figure>



<p>A terapia empregada foi desenvolvida por aquele que se tornaria o principal autor do estudo: o geneticista Yuancheng Lu. O principal problema era o quanto seria possível virar os ponteiros do relógio biológico para trás, pois, sem controle, a célula poderia regredir tanto que sua função acabaria se perdendo. </p>



<p>Para resolver isso, Lu usou três dos genes Yamanaka (Oct4, Sox2 e Klf4, abandonando o quarto, c-Myc), levados até a retina dos olhos dos camundongos por um vírus inofensivo.</p>



<p>Os resultados não tardaram: o nervo óptico lesionado de um dos animais se regenerou, a perda de visão em camundongos como uma doença que emula o glaucoma humano foi revertida e ratos cegos por conta da velhice voltaram a enxergar.</p>



<figure class="mt-2 size-large"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/12/04/04180202420131.jpg" alt="" /><figcaption>As células do nervo óptico lesionado se regeneraram em camundongos idosos tratados</figcaption></figure>



<h2>Liga e desliga</h2>



<p>Se a maioria das células do nosso corpo têm as mesmas moléculas de DNA, a diferenciação de suas funções é determinada por apenas alguns genes específicos, e determinar quais serão lidos e expressados é a função do epigenoma, um sistema, grosso modo, que liga e desliga os genes de acordo com padrões específicos, sem alterar a sequência do DNA.</p>



<p>Para saber qual gene ativar ou que deve ser deixado adormecido, são usados “sinais” chamados de marcadores epigenéticos, os quais são moléculas que se conectam às bases do DNA em um processo chamado de metilação (justamente porque são moléculas dos grupos metil, ou CH3 – um átomo de carbono e três átomos de hidrogênio).</p>



<p>Essas moléculas são como um aviso de que aquele gene não deve ser ativado – uma maneira de administrar como o DNA é usado pela célula sem alterar a sequência do genoma. Com o tempo, porém, a máquina bem azeitada começa a falhar pelo desgaste das peças: as células passam a ler os genes errados, dando origem a doenças do envelhecimento.</p>



<h2>Juventude restaurada</h2>



<p>Os processos de metilação do DNA (ou seja, quando os grupos metil se fixam a ele) acontecem durante o desenvolvimento embrionário, produzindo a diferenciação celular. Ao envelhecer, a célula perde os padrões juvenis de metilação, e os genes que deveriam ser ativados são desativados e vice-versa (algumas dessas mudanças são previsíveis e têm sido usadas para determinar tanto a idade biológica de células como de tecidos).</p>



<figure class="mt-2 size-large"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/12/04/04180807331132.jpg" alt="" /><figcaption>A retina de um dos camundongos que receberam a terapia genética rejuvenesceu</figcaption></figure>



<p>Para desenvolver a terapia usada nos camundongos, os pesquisadores levantaram a hipótese de que, se a metilação do DNA realmente controla o envelhecimento, apagar alguns dos sinais poderia reverter a idade das células e dos tecidos, restaurando-os ao seu estado anterior e jovem.</p>



<p>“Confirmados por estudos posteriores, esses resultados poderão ser transformadores no tratamento de doenças da visão relacionadas à idade, como o glaucoma, beneficiando toda a terapêutica médica para doenças em geral”, disse um dos autores do estudo, o geneticista David Sinclair, ex-professor de doutorado de Yuancheng Lu.</p>



<p><a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/208109-reprogramacao-epigenetica-celulas-voltarem-jovens.htm" data-type="URL" data-id="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/208109-reprogramacao-epigenetica-celulas-voltarem-jovens.htm" target="_blank" rel="noreferrer noopener">Reprogramação epigenética faz células voltarem a ser jovens</a> via <a href="https://www.tecmundo.com.br/" data-type="URL" data-id="https://www.tecmundo.com.br/" target="_blank" rel="noreferrer noopener">TecMundo</a></p>


thumb-image-2024-02-29T14:05:11.388Z

Reprogramação epigenética faz células voltarem a ser jovens

Imagem de Astronautas levam aranhas para Estação Espacial Internacional no megacurioso

Iniciativa busca entender como os aracnídeos se comportariam em gravidade zero


<p>Recentemente, cientistas levaram aranhas para a Estação Espacial Internacional, a fim de estudar seu <a href="http://www.tecmundo.com.br/comportamento/" target="_blank" rel="noreferrer noopener">comportamento</a> em ambientes de gravidade zero. Especificamente, um dos focos do estudo era entender como ficaria a produção de suas teias, longe do seu habitat natural. De acordo com o estudo, publicado na última quinta-feira (3) no site <em>Springer, </em>elas se adaptaram muito bem.</p>



<p>As pequenas aranhas conseguem produzir teias seguindo a orientação de fontes luminosas, continuando ainda mais simétricas sem a presença da gravidade. Apesar de bastante inusitada, essa não seria a primeira tentativa de levar aracnídeos para o espaço. </p>



<p>Em 2008, após algumas aranhas escaparem e se unirem em uma pequena gaiola, a produção de teia acabou as isolando das moscas que serviriam para alimentá-las. Em pouco tempo, a população de moscas cresceu tanto que era impossível observar seu interior.</p>



<figure class="mt-2 size-large is-resized"><img loading="lazy" src="https://mega.ibxk.com.br/sites/2/2020/12/5fd3d87910e85.jpg" alt="" class="wp-image-127500" width="580" height="386" srcset="https://mega.ibxk.com.br/sites/2/2020/12/5fd3d87910e85.jpg 1180w, https://mega.ibxk.com.br/sites/2/2020/12/5fd3d87910e85-768x512.jpg 768w" sizes="(max-width: 580px) 100vw, 580px" /><figcaption>Na ausência da gravidade, as aranhas podem usar fontes de luz como orientação para criar suas teias. (Fonte: Pexels)</figcaption></figure>



<h2>Design aracnídeo</h2>



<p>As aranhas parecem ter uma espécie de “plano-b” para situações como esta. Tipicamente, elas constroem os pontos principais das teias na parte principal superior, para facilitar sua descida até a presa capturada no centro. Sem a gravidade, as aranhas se mantiveram simétricas ao redor da lâmpada presente no ambiente construído para elas, indicando que elas também são capazes de usar fontes luminosas, como a lâmpada ou o Sol, para continuar seu trabalho.</p>



<p>Samuel Zschokke, coautor do estudo, comenta: <em>“Parece surpreendente que as aranhas tenham um sistema de backup para orientação como este, uma vez que nunca foram expostas a um ambiente sem gravidade durante sua evolução.” </em>Veja mais detalhes no vídeo abaixo:</p>



<figure class="wp-block-embed-youtube wp-block-embed is-type-video is-provider-youtube wp-embed-aspect-4-3 wp-has-aspect-ratio"><div class="wp-block-embed__wrapper">
<iframe title="Spiders in Space, Esmerelda builds a web in Space, 05-26-11, BioServe" width="1333" height="1000" src="https://www.youtube.com/embed/dc6YKpwcfNY?feature=oembed" frameborder="0" allow="accelerometer; autoplay; clipboard-write; encrypted-media; gyroscope; picture-in-picture" allowfullscreen></iframe>
</div></figure>



<p><a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/208113-astronautas-levam-aranhas-estacao-espacial-internacional.htm?f" target="_blank" rel="noreferrer noopener">Astronautas levam aranhas para Estação Espacial Internacional</a> via <a href="https://www.tecmundo.com.br" target="_blank" rel="noreferrer noopener">Tecmundo</a></p>


thumb-image-2024-02-29T14:05:11.191Z

Astronautas levam aranhas para Estação Espacial Internacional

Imagem de Alain Bombard ficou à deriva por 113 dias para provar uma teoria no megacurioso

O médico e biólogo francês queria saber se realmente era possível sobreviver em alto-mar e como


<p>Em 1942, o chinês <a href="https://www.megacurioso.com.br/misterios/115808-poon-lim-o-chines-que-ficou-a-deriva-e-acabou-chegando-ao-brasil.htm" target="_blank" rel="noopener noreferrer">Poon Lim</a> ficou à deriva em uma jangada no oceano Pacífico por 133 dias, em uma aventura que impressionou o mundo todo e revolucionou as políticas marinhas. Quarenta e um anos mais tarde, <a href="https://www.megacurioso.com.br/misterios/115355-41-dias-a-deriva-a-terrivel-jornada-de-tami-ashcraft.htm" target="_blank" rel="noopener noreferrer">Tami Ashcraft</a>, que passou parte de sua vida no mesmo oceano em que Lim se consagrou, foi ali atingida pela tempestade provocada pelo furacão Raymond, sobrevivendo por meios precários e desafiando todas as estatísticas.</p>



<p>Em 1950, quando náufragos ainda eram vistos com curiosidade, o biólogo e médico francês Alain Bombard decidiu provar empiricamente se era possível sobreviver com recursos rudimentares e escassos em alto-mar. Para isso, em 16 de outubro de 1952, embarcou em sua jornada de náufrago voluntário para medir e estudar as probabilidades em sua pesquisa científica.</p>



<h2>Jornada sem recursos</h2>



<figure class="mt-2"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/11/27/27195136390146.jpg" alt="(Fonte: Taringa!/Reprodução)" /><figcaption>(Fonte: Taringa!/Reprodução)</figcaption></figure>



<p>Quando decidiu provar sua teoria, Bombard, então com 30 anos, já havia navegado sozinho pelo oceano Atlântico, indo de Tânger (Marrocos) até Casablanca (Marrocos) e Las Palmas (Espanha). O plano original era levar o velejador inglês Jack Palmer com ele na expedição, porém ele decidiu seguir viagem por conta própria.</p>



<p>Ele embarcou em um bote inflável Zodiac chamado L’Hérétique, de apenas 4,65 metros de comprimento, equipado com um par de velas e remos, e partiu da Ilha Gran Canaria, em Porto de Las Palmas, às 6h daquele domingo. Bombard carregava um sextante, uma linha de pesca, uma faca, uma rede e um pedaço de lona e quase nenhum suprimento de água ou de comida.  Quando a ilha sumiu de vista, ele se deitou no barco e tentou adormecer, ouvindo o oceano calmo e sua solidão voluntária sem ecos.</p>



<h2>Formulando uma teoria</h2>



<figure class="mt-2"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/11/27/27195309891147.jpg" alt="(Fonte: World of Faces/Reprodução)" /><figcaption>(Fonte: World of Faces/Reprodução)</figcaption></figure>



<p>Bombard teria desenvolvido essa obsessão de saber como uma pessoa consegue sobreviver em alto-mar enquanto fazia sua residência como médico em Boulogne-sur-Mer, no norte da França. Ele acompanhou a autópsia de 41 tripulantes da traineira Notre-Dame de Peyragudes, que afundou, deixando apenas 6 sobreviventes.</p>



<p>A teoria dele era baseada na alimentação e na hidratação, que acreditava serem fundamentais para a sobrevivência em alto-mar. Ele defendia que seria possível se manter vivo bebendo água da chuva, um pouco de água do mar ou suco de peixe e mantendo uma dieta baseada em peixe cru e plâncton filtrado (rica fonte de vitamina C para combater o escorbuto). </p>



<p>O médico deixou claro que estabilidade emocional e psicológica eram necessárias para que a pessoa não entrasse em desespero, como acontecia em muitas em situações como aquela, e manter a mente ocupada seria fundamental para isso.</p>



<h2>Sobrevivendo por um fio</h2>



<figure class="mt-2"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/11/27/27195441048148.jpg" alt="(Fonte: Catarina Nautica/Reprodução)" /><figcaption>(Fonte: Catarina Nautica/Reprodução)</figcaption></figure>



<p>Durante 22 dias, Bombard não viu um pingo de chuva cair no oceano. Com o fim de suas escassas provisões, ele se alimentou de plâncton e saciou a sede com suco de peixe, exatamente como suas teorias sugeriam. Sem uma pesca abundante, em 2 semanas o cheiro de peixe morto só o fazia vomitar e perder mais energia.</p>



<p>Em 23 de outubro finalmente choveu, porém foi uma tempestade que arrancou a vela reserva da embarcação e forçou o médico a fabricar outra com os trapos que tinha. Em 6 de dezembro, sem ter ideia de onde estava, além de estar muito fraco e debilitado, ele escreveu o próprio testamento no apogeu do medo da morte.</p>



<figure class="mt-2"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/11/27/27195632300149.jpg" alt="(Fonte: BoatsNews/Reprodução)" /><figcaption>(Fonte: BoatsNews/Reprodução)</figcaption></figure>



<p>No 53º dia de viagem, Bombard cruzou com o Arakaka, um graneleiro, quando descobriu que ainda estava a mais de mil quilômetros de seu destino final, o que o deixou abismado, pois imaginava que estava perto de concluir a missão, de acordo com seu sextante e suas contas.</p>



<p>Apesar dos alertas da tripulação sobre os perigos e o tempo instável, Bombard decidiu seguir viagem após aceitar um almoço do comandante. Mais tarde, ele negou que tenha quebrado sua “dieta”, ainda que fotos publicadas provem o contrário. Ele disse que tinha um estoque reserva muito bem preso no fundo do bote, embora isso fosse pouco provável.</p>



<h2>Uma mudança histórica                                                                     </h2>



<figure class="mt-2"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/11/27/27195733926150.jpg" alt="(Fonte: Pinterest/Reprodução)" /><figcaption>(Fonte: Pinterest/Reprodução)</figcaption></figure>



<p>Sofrendo de insolação e desidratação, Bombard chegou a Barbados em 23 de dezembro de 1952, após uma viagem de 113 dias, pesando 25 quilos a menos depois de mais de 4 mil quilômetros navegados. Mas nem tudo deu certo para o estudioso: levado às pressas para um hospital, ele teve que ser submetido a uma cirurgia para a remoção do rim, correndo sérios riscos de morrer na mesa de operação devido a seu estado alarmante.</p>



<p>De volta a Paris (França), ele publicou o livro Naufragé Volontaire (Náufrago Voluntário) em 1953 e se tornou um fenômeno mundial. O livro-documentário detalhava suas teorias e confirmava cada uma delas através de sua própria experiência, que o levou a ingressar na vida política e se tornar Secretário do Meio Ambiente da França em 1981.</p>



<p>Seus estudos atraíram a atenção do médico e marinheiro alemão Hannes Lindemann, que decidiu refazer a rota, concluindo a expedição em 134 dias. O entusiasta publicou uma pesquisa confirmando cada meio de sobrevivência erguido por Bombard, além de estabelecer novas técnicas em alto-mar.</p>



<figure class="mt-2"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/11/27/27195951506151.jpg" alt="(Fonte: Bombard/Reprodução)" /><figcaption>(Fonte: Bombard/Reprodução)</figcaption></figure>



<p>Em 3 de outubro de 1958, com 6 marinheiros, Bombard subiu à bordo do bote inflável Angenivière (que mais tarde se chamou Bombard) para mais uma expedição, que tinha como objetivo atravessar a Barre d’Etel, uma região marítima conhecida por ser muito perigosa em dia de maré alta. Eles foram atingidos por uma tempestade que virou a embarcação e causou a morte dos tripulantes.</p>



<p>A investigação isentou Bombard de qualquer responsabilidade, porém a depressão que resultou dessa tragédia o fez tentar suicídio em 1963. Com o tempo, recuperou-se psicologicamente e ingressou para a política. Ele morreu em 2005, aos 80 anos, em Toulon (França).</p>



<p>Anos de pesquisas levantadas por Bombard e Hannes foram essenciais para a história da Marinha, tanto que suas observações entraram para o Manual de Recomendações e Sobrevivência em Alto-mar elaborado pela Organização Mundial da Saúde (OMS).</p>


thumb-image-2024-02-29T14:05:10.956Z

Alain Bombard ficou à deriva por 113 dias para provar uma teoria

Imagem de Elefantes perdem cerca de 500 litros de água em dias quentes no megacurioso

Chegando a perder 10% da massa em dias de temperaturas elevadas, a hidratação torna-se um fator essencial na vida de um elefante


<p>Apesar de terem se adaptado ao calor extremo nas últimas décadas, um novo estudo publicado na <em>Royal Society Open Science </em>descobriu que os elefantes perdem uma quantidade absurda de água durante dias quentes. De acordo com os pesquisadores, estima-se que alguns espécimes podem perder até mesmo 10% da sua massa corporal em um único dia.</p>



<p>A descoberta evidência ainda mais a <a href="https://www.megacurioso.com.br/bem-estar/80966-manter-o-corpo-hidratado-no-inverno-e-fundamental.htm" target="_blank" rel="noopener noreferrer">importância da hidratação</a> para a sobrevivência da espécie. Por outro lado, o documento também ressalta a preocupação sobre a escassez de recursos hídricos causada pelo aquecimento global, o que pode aumentar disputas entre a população de elefantes e seres humanos em lugares críticos.</p>



<h2>Perda de água</h2>



<figure class="mt-2"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/12/03/03012511905004.jpg" alt="(Fonte: Pixabay)" /><figcaption>(Fonte: Pixabay/Reprodução)</figcaption></figure>



<p>Para checar os efeitos da alta temperatura na perda de água dos <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/116804-elefante-bebe-rouba-cana-de-acucar-e-se-esconde-atras-de-poste.htm" target="_blank" rel="noopener noreferrer">elefantes</a>, uma equipe do Zoológico da Carolina do Norte, nos Estados Unidos, utilizou deutério — também conhecido como “hidrogênio pesado” e que dispersa na água do corpo — para medir a desidratação dos animais.</p>



<p>Ao longo de 10 dias, os pesquisadores coletaram amostras de alguns espécimes e avaliaram a força do deutério na corrente sanguínea para determinar quanto líquido havia sido perdido. O resultado final mostrou números muito acima do normal para a espécie.</p>



<p>Em dias frescos, quando a temperatura fica na casa dos 6ºC a 14ºC, os elefantes perderam cerca de 324 litros de <a href="https://www.megacurioso.com.br/terra/45535-o-que-aconteceria-se-toda-a-agua-da-terra-desaparecesse-de-repente.htm" target="_blank" rel="noopener noreferrer">água</a> por dia. Já em momentos nos quais o clima extrapolou a marca dos 24ºC, os animais perderam, em média, 427 litros no intervalo de 24 horas. Em casos mais graves, a perda de líquido bateu os 516 litros.</p>



<h2>Resultado final da pesquisa</h2>



<figure class="mt-2 is-resized"><img loading="lazy" src="https://mega.ibxk.com.br/2020/12/03/03012556389005.jpg" alt="(Fonte: Pixabay)" width="580" height="322" /><figcaption>(Fonte: Pixabay/Reprodução)</figcaption></figure>



<p>Mesmo que o estudo tenha sido feito com uma pequena amostra de paquidermes em cativeiro, os cientistas colocaram a ressalva de que o experimento serve para comprovar como o fornecimento de água potável é fundamental para que as populações destes animais sigam uma vida saudável em seus habitats.</p>



<p>Na maioria dos casos, a espécie até consegue diminuir os impactos da perda de líquido através de mudanças metabólicas. Porém, o documento garante que a desidratação por períodos prolongados de até 48 horas pode ser fatal. </p>



<p>A poluição das fontes de água é outro fator agravante. Em 2020, centenas de elefantes morreram sem diagnóstico no Botsuana. Apesar do governo local afirmar ser resultado de contaminação dos recursos hídricos por toxinas naturais, existe a possibilidade de conflitos humanos na região terem gerado o problema.</p>


thumb-image-2024-02-29T14:05:10.358Z

Elefantes perdem cerca de 500 litros de água em dias quentes

Imagem de As caudas dos jacarés podem voltar a crescer, afirmam cientistas no megacurioso

Segundo estudo, capacidade regenerativa da cauda não é uma característica exclusiva de lagartixas e outras subordens de lagartos


<p>Pesquisadores da Arizona State University descobriram que a habilidade de regeneração de caudas não é uma particularidade exclusiva de algumas subespécies de lagartos, mas também é pertencente ao <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/116851-cachorro-atacado-por-jacare-e-salvo-pelo-dono-de-74-anos.htm" target="_blank" rel="noopener noreferrer">jacaré</a>-americano. Segundo o estudo, os répteis norte-americanos conseguem recuperar a parte perdida apenas durante sua juventude através de um método inédito.</p>



<p>Utilizando técnicas que combinam a análise de imagens de alta resolução, cientistas conseguiram explorar a anatomia da região cortada, concluindo que o processo de regeneração do animal é semelhante ao que ocorre em lagartos, onde o crescimento da cartilagem, dos vasos sanguíneos, dos nervos e das escamas resultam em uma estrutura complexa.</p>



<p>“O que torna o jacaré interessante, além de seu tamanho, é que a <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/115294-sabia-que-lagartos-podem-gerar-mais-de-uma-cauda.htm" target="_blank" rel="noopener noreferrer">cauda</a> crescida exibe sinais de regeneração e cicatrização de feridas dentro da mesma estrutura”, disse Cindy Xu, autora principal do estudo. “O crescimento da cartilagem, vasos sanguíneos, nervos e escamas foram consistentes com estudos anteriores de regeneração da cauda de lagarto em nosso laboratório e outros”. </p>



<figure class="mt-2"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/12/01/01161722718261.png" alt="(Fonte: Cindy Xu / Twitter)" /><figcaption>(Fonte: Twitter/Cindy Xu/Reprodução)</figcaption></figure>



<p>Diferentemente das lagartixas, os jacarés não conseguem desacoplar a cauda como um mecanismo de defesa. Além disso, os estudos observaram que os vorazes predadores só possuem capacidade regenerativa durante sua juventude, podendo recuperar até 18% do comprimento total do corpo, algo que leva até 18 meses para ser concluído.</p>



<h2>Cicatrização de feridas e o futuro das pesquisas</h2>



<p>Os cientistas reparam que o processo de crescimento da cauda em jacarés resulta tanto na reparação quanto em um aparato de cura, nos quais as feridas abertas surgem fechadas no novo pedaço do corpo. </p>



<p>“A cauda do jacaré regenerada é sustentada por um tubo de <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/115262-cartilagem-construida-na-estacao-espacial-vira-referencia-clinica.htm" target="_blank" rel="noopener noreferrer">cartilagem</a> não segmentado em vez de osso. Não tinha músculo esquelético e apresentava tecido conjuntivo semelhante a uma cicatriz preenchida com nervos e vasos sanguíneos”, explica Xu.</p>



<p>O estudo reforça as pesquisas sobre a ancestralidade dos répteis e a perda da habilidade, na tentativa de localizar em que linhagem temporal a recuperação passou a variar entre espécies, chegando a desaparecer em outras. Além disso, o conhecimento adquirido com os projetos pode colaborar com o desenvolvimento de terapias médicas e outros procedimentos de reparação de tecidos.</p>


Biologia

Novidades