Ciência
16/12/2020 às 13:00•1 min de leitura
Apesar das várias descobertas que já foram feitas ao longo da história, os oceanos ainda escondem muitos mistérios, que seguem encantando e atraindo pesquisadores, mergulhadores e fotógrafos. Um deles é Yung-sen Wu, que há 4 anos se dedica a registrar a vida marinha nas profundezas.
Em um de seus mergulhos recentes nas Filipinas, ele se deparou com um filhote de polvo da espécie Wunderpus photogenicus, que só foi descrita detalhadamente por pesquisadores em 2006 — embora tenha sido encontrada inicialmente na década de 1980.
As imagens chamam atenção especialmente por permitirem observar até mesmo o cérebro do animal nesse estágio de vida, o que é surpreendente. Além disso, a transparência ressalta a delicadeza e a quantidade de detalhes do corpo, que mais tarde, na fase adulta, é capaz de mimetizar outras espécies a fim de se proteger das ameaças.
De acordo com Yung-sen, fotografar nas profundezas é um modo de explorar os limites do mundo natural, então exige que a pessoa conheça as áreas adequadas para isso e como atrair os animais que vivem lá, mas sem deixar de lado a segurança. Depois disso, entra em cena a sorte também, pois nunca se sabe o que vai ser visto — na maioria das vezes, ele volta sem nada.
Há ainda os desafios da fotografia em si. “Se a posição da lanterna subaquática não estiver adequada, a nitidez fica comprometida”, exemplifica Yung-sen. Normalmente, seus mergulhos alcançam entre 15 e 30 metros, enquanto a faixa de movimento das criaturas varia de 5 a 2 mil metros. “Eu estaria mentindo se dissesse que não sinto medo. No entanto, a vontade de encontrar esses seres me faz superar isso”, revela.
Mais registros feitos pelo fotógrafo podem ser encontrados em seu perfil na 500px, plataforma de compartilhamento de fotos.