Imagem de Espécie de tartaruga quase extinta ganha esperanças com a aparição de fêmea no megacurioso

Antes disso, havia apenas um macho da tartaruga de casco mole de Swinhoe, em um zoológico na China

Não faz muito tempo que o mundo acompanhou <a href="https://www.megacurioso.com.br/animais/100386-catra-de-galapagos-tartaruga-salva-especie-de-extincao-tendo-800-filhotes.htm" target="_blank" rel="noopener noreferrer">a saga de George Solitário</a>: por muitos e muitos anos, ele foi o último exemplar vivo da espécie Chelonoidis abingdoni, um tipo de tartaruga das ilhas Galápagos. George, como seu apelido sugere, morreu sozinho em 2012 — sem deixar descendentes, decretando a extinção de sua espécie. 



A tartaruga de casco mole de Swinhoe (Rafetus swinhoei) parecia fadada ao mesmo fim melancólico: existiam registros de apenas um macho em cativeiro, em um zoológico da China. Havia também outra fêmea no mesmo local — mas ela faleceu em abril de 2019, <a href="https://www.megacurioso.com.br/animais/100588-vida-sexual-dos-pandas-inclui-penis-minusculo-balidos-de-cabra-e-porrada.htm" target="_blank" rel="noopener noreferrer">sem conseguir se reproduzir</a> com seu companheiro. 



Contudo, a esperança para a espécie — também conhecida como tartaruga de casco mole gigante do Yangtze e tartaruga de Hoan Kiem — reacendeu em outubro de 2020, quando outra fêmea foi encontrada e capturada em um lago no Vietnã. A descoberta foi divulgada agora, no início de janeiro, pela equipe da WCS (Wildlife Conservation Society). A organização sem fins lucrativos coordenou as buscas por outros exemplares da espécie, com pesquisadores do Asian Turtle Program (ATP). 



<figure class="mt-2"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/01/06/06222848075011.jpg" alt="Fêmea da espécie Rafetus Swinhoei foi encontrada e capturada em outubro de 2020 (Fonte: WCS Vietnam/Reprodução)" /><figcaption>Fêmea da espécie Rafetus Swinhoei foi encontrada e capturada em outubro de 2020 (Fonte: WCS Vietnam/Reprodução)</figcaption></figure>



<figure class="mt-2"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/01/06/06223001216012.jpg" alt="Fêmea da espécie Rafetus Swinhoei foi encontrada e capturada em outubro de 2020 (Fonte: WCS Vietnam/Reprodução)" /><figcaption>Fêmea da espécie Rafetus Swinhoei foi encontrada e capturada em outubro de 2020 (Fonte: WCS Vietnam/Reprodução)</figcaption></figure>



<h2>A esperança da espécie</h2>



Estratégias para descobrir e capturar novas tartarugas Rafetus swinhoei estavam sendo desenhadas por pesquisadores vietnamitas desde o início de 2019, mas tiveram de ser adiados por conta da pandemia de covid-19. 



Com a melhora da situação no país, os trabalhos puderam ser retomados no segundo semestre do ano passado, culminando na captura da fêmea, que tem um metro de comprimento e pesa 86 quilos. A ideia, a partir de agora, é fazer com que a tartaruga se reproduza com seu último companheiro. Caso isso não aconteça, os cientistas esperam que ela, ao menos, sobreviva à <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/112058-dois-embrioes-separam-o-rinoceronte-branco-do-norte-da-extincao.htm" target="_blank" rel="noopener noreferrer">inseminação artificial.</a> Foi justamente nesse processo que a fêmea anterior morreu. 



Mas as perspectivas para a tartaruga de casco mole de Swinhoe podem ser ainda melhores: os cientistas acreditam que existam outros animais no lago Dong Mo, o mesmo onde a fêmea foi capturada em outubro, e em outras lagoas próximos. Falta descobrir quais são os sexos das outras tartarugas — a torcida é para que sejam vários machos e fêmeas, permitindo a criação de estratégias mais amplas para a conservação da espécie. A Rafetus swinhoei era abundante no sudeste da Ásia, mas a população a caçava por sua carne e para usar seus ovos na medicina tradicional chinesa.

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Espécie de tartaruga quase extinta ganha esperanças com a aparição de fêmea

Imagem de Onça-pintada mata jaguatirica em disputa por água; veja o vídeo no megacurioso

Segundo os cientistas, os jaguares se evitam e estabelecem seus próprios territórios, mas os recursos naturais nem sempre são suficientes

Cientistas conseguiram capturar imagens raras de um ataque de uma <a rel="noopener noreferrer" href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/114899-onca-pintada-corre-risco-com-caca-e-trafico-na-america-do-sul.htm" target="_blank">onça-pintada</a> a uma jaguatirica, possivelmente por uma disputa de recursos e territórios em uma área isolada na Reserva Biosfera Maya, na Guatemala, em março de 2019. O fato levou à elaboração de um estudo, publicado em 28 de dezembro do ano passado, na revista Biotropica.



<figure class="wp-block-embed-youtube wp-block-embed is-type-video is-provider-youtube wp-embed-aspect-16-9 wp-has-aspect-ratio"><div class="wp-block-embed__wrapper">
<iframe title="Jaguar Killing an Ocelot at an Isolated Waterhole" width="1366" height="768" src="https://www.youtube.com/embed/FB-7ITG7MLM?feature=oembed" frameborder="0" allow="accelerometer; autoplay; clipboard-write; encrypted-media; gyroscope; picture-in-picture" allowfullscreen></iframe>
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Na filmagem, é possível observar uma onça, que os pesquisadores garantem ser um macho, chegando em um bebedouro, possivelmente a espera de uma presa. Quando percebe a presença de uma jaguatirica no local, ela ataca o felino menor com uma mordida no pescoço. O que se segue é uma sucessão de manchas e membros, e a onça arrasta a jaguatirica para o interior da floresta. 



Embora esses <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/104176-embate-de-onca-x-jacare-foi-flagrado-no-brasil-quem-voce-acha-que-venceu.htm" target="_blank" rel="noopener noreferrer">conflitos entre predadores</a> sejam raros, explicou o autor do estudo, Daniel Thornton em um comunicado, “pode haver certos casos em que se tornam mais prevalentes, e um deles pode ser sobre recursos hídricos contestados”. Para este professor da Washington State University, predadores do tipo podem se atacar, caso entrem em disputa por um único poço de água.



<h2>O que pode ter causado o ataque</h2>



A captura das imagens do ataque da onça-pintada ocorreu durante um período de seca naquele bioma tropical. A seca pode se agravar quando as temperaturas se elevam, o que resulta em poços de água mais escassos, que acabam sendo mais disputados pela fauna.



Em outra ocasião, a equipe já havia testemunhado <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/114981-sem-visitas-ao-pantanal-oncas-ocupam-as-passarelas-de-turistas.htm" target="_blank" rel="noopener noreferrer">duas onças-pintadas</a> lutando entre si. A observação revelou a presença de sete espécimes do animal visitando regularmente o bebedouro. Em geral, esses jaguares se evitam, estabelecendo rigorosamente o território de cada um, segundo o comunicado.



Coautora da pesquisa, Rony García-Anleu, alerta que as mudanças climáticas em curso no planeta e as secas associadas têm uma previsão de piora, “o que significa tempos difíceis para a vida selvagem que depende de poças d’água para sobreviver”.

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Onça-pintada mata jaguatirica em disputa por água; veja o vídeo

Imagem de Os superpoderes dos morcegos podem nos ajudar a salvá-los da morte no megacurioso

O sistema de ecolocalização usado pelos morcegos para se alimentar pode ser uma forma de localizá-los e protegê-los de uma doença mortal

Frequentemente, <a href="https://www.megacurioso.com.br/animais/42939-7-curiosidades-surpreendentes-sobre-os-morcegos.htm" target="_blank" rel="noopener noreferrer">os morcegos</a> são chamados de super-heróis ecológicos, não só porque polinizam muitos de nossos alimentos, mas também porque se alimentam das pragas agrícolas que comprometem as colheitas, podendo poupar dinheiro para os agricultores, e funcionar como um exterminador não-poluente de pragas.



Como todo super-herói, os morcegos têm lá os seus superpoderes, e talvez o mais impressionante seja a visão. Enquanto nós humanos não somos capazes de distinguir um urso no escuro, os morcegos conseguem detectar até um mosquito numa noite sem lua. E eles fazem isso usando suas orelhas.



<figure class="mt-2"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/12/30/30160149824156.jpg" alt="Fonte: Ivan Kuzmin/Shutterstock/Reprodução" /><figcaption>(Fonte: Ivan Kuzmin/Shutterstock/Reprodução)</figcaption></figure>



Não que esses quirópteros tenham vista fraca; eles na verdade enxergam muito bem, e até em cores. Porém, o grande desafio do qual os morcegos dependem para sobreviver é conseguir capturar as suas presas que são, literalmente, fast food, pois se movem rápido e no escuro.



Como têm hábitos noturnos, os morcegos utilizam um sistema natural de ecolocalização, que é capaz de detectar objetos tão finos quanto um fio de cabelo humano na escuridão total. Os cérebros desses animais mapeiam ecos de uma forma que os permite <a href="https://www.megacurioso.com.br/animais/70129-para-confundir-morcegos-mariposas-emitem-som-com-orgaos-sexuais.htm" target="_blank" rel="noopener noreferrer">localizar insetos</a> para se alimentar e, no caminho, evitar obstáculos.



<figure class="mt-2"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/12/30/30160758298158.jpg" alt="Fonte: Steve Taylor/University of Illinois/Reprodução" /><figcaption>(Fonte: Steve Taylor/University of Illinois/Reprodução)</figcaption></figure>



<h2>Como usar a ecolocalização para salvar os morcegos?</h2>



Atualmente, o uso da ecolocalização dos morcegos pode ser uma ferramenta para que possamos salvá-los. No leste da América do Norte, uma doença fúngica mortal chamada síndrome do nariz branco (WNS na sigla em inglês) já dizimou cerca de mais de 90% das populações de morcegos.



Uma vez que os morcegos não são facilmente observáveis devido aos seus hábitos noturnos, um grupo de cientistas está tentando compreender a forma pela qual esses mamíferos ecolocalizam, para poder registrá-los e conseguir salvar as populações da Colúmbia Britânica e de Alberta, no Canadá, onde o fungo mortal ainda não chegou.



<figure class="mt-2"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/12/30/30160514967157.jpg" alt="Fonte: BBC Earth/YouTube/Reprodução" /><figcaption>(Fonte: BBC Earth/YouTube/Reprodução)</figcaption></figure>



Alguns morcegos têm <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/103835-sera-que-quem-tem-orelhas-maiores-ouve-melhor.htm" target="_blank" rel="noopener noreferrer">grandes orelhas</a> para captar os seus ecos, mas, como os insetos dos quais se alimentam são pequenos, são obrigados a emitir sons de alta frequência, o ultrassom, que ouvidos humanos não conseguem ouvir.



E é justamente a maneira com a qual as diferentes espécies usam suas frequências sonoras, o que pode constituir uma importante ferramenta para que cientistas, usando detectores acústicos, consigam identificar as espécies que <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/115576-12-incriveis-fotos-de-animais-noturnos-que-nao-se-ve-facilmente.htm" target="_blank" rel="noopener noreferrer">voam sem serem vistas</a> nos céus noturnos.

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Os superpoderes dos morcegos podem nos ajudar a salvá-los da morte

Imagem de Tibor Gánti: um cientista revolucionário totalmente desconhecido no megacurioso

O biólogo propôs um modelo revolucionário da mais simples unidade de vida possível, mas só agora suas ideias estão sendo valorizadas

Não há consenso a respeito da origem e da evolução da vida. A própria palavra “<a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/116967-recorde-bebe-nasce-de-embriao-congelado-ha-27-anos.htm" target="_blank" rel="noopener noreferrer">vida</a>” possui diversas definições, o que torna ainda mais difícil responder uma das questões mais fundamentais da Biologia: como foi o primeiro organismo do planeta?



A visão deste cientista esquecido pela História tem ganhado cada vez mais espaço atualmente, pois ele propôs um modelo que pode ser justamente ou algo muito próximo do mais simples ser vivo que já existiu.



<h3>Por quê nunca ouvimos falar de Gánti?</h3>



Tibor Gánti, cientista teórico <a href="https://www.megacurioso.com.br/proxima-parada/53450-proxima-parada-hungria-conheca-melhor-mais-essa-riqueza-da-europa.htm" target="_blank" rel="noopener noreferrer">húngaro</a>, nasceu em 1933 e trabalhou durante a época da <a href="https://www.megacurioso.com.br/virus-bacterias-e-protozoarios/44547-medicos-sovieticos-curavam-infeccoes-com-virus-e-a-tecnica-pode-voltar.htm" target="_blank" rel="noopener noreferrer">Cortina de Ferro</a>, barreira ideológica entre os mundos capitalista e comunista que impedia a ciência de fluir em benefício de toda a espécie humana. Em consequência, seus livros jamais foram traduzidos para idiomas mais acessíveis internacionalmente.



Além disso, há relatos descrevendo o biólogo como alguém que tinha dificuldade para trabalhar em equipe, muitas vezes preferindo ser recluso.



Em 2019, Gánti faleceu ainda relativamente desconhecido no próprio meio acadêmico. Contudo, suas ideias e seu modelo da forma mais simples de vida possível, chamado “Chemoton”, estão sendo cada vez mais discutidos e respeitados.



<h2>Chemoton </h2>



<figure class="mt-2"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/12/23/23160133163058.png" alt="(Fonte: Eörs Szathmáry - Research Gate / Reprodução)" /><figcaption>(Fonte: Eörs Szathmáry – Research Gate/Reprodução)</figcaption></figure>



De maneira resumida, Gánti afirmou que a forma de vida mais simples possível precisa ser composta de genes, metabolismo e uma membrana, todos conectados. O metabolismo produz o que sustenta os genes e a membrana, e a forma genética exerce influência no formato da membrana.



Esta unidade é auto-replicante e, por ser tão simples, provavelmente se reproduziria com sucesso tanto na Terra, quanto em outros meios bioquímicos.



A ideia de Tibor Gánti vai totalmente na direção oposta de hipóteses minimalistas ainda amplamente consideradas viáveis, como a de que a vida começou com apenas um RNA. Algo que chama atenção é que, mesmo sendo um modelo integralista, o Chemoton ainda é extremamente simples.



<h3>Tentando (re)criar modelos protobiológicos</h3>



Um estudo realizado por Sara Szymkuc através da Polish Academy of Sciences, na Varsóvia, aponta que centenas de elementos essenciais à vida podem partir de apenas seis elementos químicos, entre eles água e metano.



Pesquisas assim buscam criar em laboratório modelos como o Chemoton, mas ainda não foi possível alcançar nenhum deles.

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Tibor Gánti: um cientista revolucionário totalmente desconhecido

Imagem de Resusci Anne: jovem afogada se tornou famoso manequim de RCP no megacurioso

Milhões de pessoas em todo o mundo foram treinadas em ressuscitação cardiopulmonar com ela

A ressuscitação cardiopulmonar (RCP) é uma técnica de primeiros socorros que combina massagem cardíaca e respiração e é ensinada inicialmente em manequins. Algo que você talvez não saiba é que o primeiro modelo não foi criado aleatoriamente, mas sim com base no rosto de uma adolescente encontrada sem vida no fim do século XIX no rio Sena, em Paris (França).



Não havia sinais de violência em seu corpo, então muitos acreditam que ela cometeu suicídio. De qualquer modo, como a sua identidade nunca foi descoberta, a jovem passou a ser chamada de “a desconhecida do Sena”. 



Segundo o que se sabe, o patologista que realizou a <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/107757-voce-sabe-como-uma-autopsia-e-feita.htm" target="_blank" rel="noopener noreferrer">autópsia</a> ficou tão intrigado por conta da expressão serena que decidiu providenciar um molde de gesso de seu rosto. Depois disso, a máscara passou a ser replicada e vendida, e o seu <a href="https://www.megacurioso.com.br/misterios/" target="_blank" rel="noopener noreferrer">mistério</a> se tornou inspiração para vários escritores, poetas e artistas. 



<figure class="mt-2"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/12/19/19091538933003.jpg" alt="(Fonte: BMJ/Reprodução)" /><figcaption>(Fonte: BMJ/Reprodução)</figcaption></figure>



Por outro lado, há quem não se convença de que a menina estava morta quando a máscara foi criada. “É surpreendente ver um rosto tão pacífico. Todos que encontramos na água estão inchados, não têm uma boa aparência”, explica Pascal Jacquin, chefe da Brigada Fluvial.



<h2>“A garota mais beijada do mundo”</h2>



Curiosamente, o que levou a famosa máscara a entrar para o mundo médico foi outro <a href="https://www.megacurioso.com.br/corpo-humano/44465-10-fatos-sobre-afogamento-que-provavelmente-voce-nao-sabia.htm" target="_blank" rel="noopener noreferrer">afogamento</a> — ou quase, na verdade. Em 1955, um fabricante de brinquedos norueguês chamado Asmund Laerdal conseguiu salvar o filho de 2 anos tirando a água dos pulmões do menino.



Pouco tempo depois, ele foi procurado pelos médicos Archer Gordon e Bjorn Lind para produzir um boneco a ser usado em treinamentos de ressuscitação cardiopulmonar. Isso porque, praticando uns nos outros, os alunos corriam o risco de causar dor e fraturas nas costelas.



<figure class="mt-2"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/12/19/19092634502004.jpg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons/Reprodução)" /><figcaption>(Fonte: Wikimedia Commons/Reprodução)</figcaption></figure>



Asmund não só aceitou o projeto, como também concluiu que seria melhor se o boneco tivesse uma aparência natural, então se lembrou de uma máscara que existia na casa de seus avós — ela mesma, a desconhecida do Sena. 



Resusci Anne foi feita de cloreto de polivinila, um material relativamente novo na época, e tinha dimensões adultas de tamanho real, incluindo tórax flexível e lábios abertos. Com o tempo e a popularização do uso de manequins para treinar a técnica, a jovem francesa ficou conhecida como “a garota mais beijada do mundo”.



A iniciativa e o desenvolvimento funcionaram tanto que a <a href="https://laerdal.com/us/products/simulation-training/resuscitation-training/">empresa de Laerdal</a> mudou o foco para artigos médicos e, desde então, milhões de pessoas foram treinadas no mundo todo com o modelo, que foi se tornando cada vez mais diversificado.

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Resusci Anne: jovem afogada se tornou famoso manequim de RCP

Imagem de Orquídea mais feia do mundo é encontrada em Madagascar no megacurioso

Apesar das orquídeas serem associadas à beleza e elegância, nova espécie é dona de um visual verdadeiramente horroroso

Um grupo de pesquisadores do Royal Botanic Gardens de Kew, no Reino Unido, descobriu uma nova espécie de orquídeas dentro de uma floresta em <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/104827-insolito-voce-ja-ouviu-falar-da-floresta-de-rochas-de-madagascar.htm" target="_blank" rel="noopener noreferrer">Madagascar</a>, no sudeste da África. Apesar de serem flores normalmente muito bonitas e elegantes, o visual inusitado e um tanto quanto bizarro da nova descoberta lhe rendeu o título de “orquídea mais feia do mundo”.



As <a href="https://www.megacurioso.com.br/animais/39219-traje-elaborado-confira-o-inseto-que-passeia-por-ai-camuflado-de-orquidea.htm" target="_blank" rel="noopener noreferrer">orquídeas</a> fazem parte de uma das famílias de plantas mais largas do planeta, com mais de 700 gêneros e aproximadamente 28 mil espécies individuais. Ao contrário da maioria de seus parentes próximos, a Gastrodia agnicellus não possui folhas, nasce de um caule, tem uma coloração amarronzada e passa a maior parte de sua vida no subsolo — saindo apenas para florescer ou produzir frutos.



<h2>Beleza relativa</h2>



<figure class="mt-2"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/12/23/23004951253275.jpg" alt="(Fonte: Royal Botanic Garden de Kew)" /><figcaption>(Fonte: Royal Botanic Garden de Kew)</figcaption></figure>



“A beleza está nos olhos de quem vê”, foi o que disse o pesquisador de orquídeas Johan Hermans em entrevista para a CNN. De acordo com Hermans, ser atraente não é exatamente a maior qualidade da planta, que mais parece um pequeno pedaço de carne com o seu interior avermelhado e exterior na cor marrom.



Entretanto, o pesquisador destaca que seu ciclo de vida é uma das coisas mais fascinantes dos últimos tempos. Após sair da terra, ela se abre aos poucos até ser fertilizada. Depois disso, a flor se ergue a cerca de 20 centímetros do chão e dispara suas sementes sobre o solo, potencializando a reprodução da espécie.



Assim como outras orquídeas, a espécie mais feia do mundo também é categorizada como uma planta perene, ou de ciclo de vida longilíneo, e possui uma relação simbiótica com um <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/115828-10-fungos-que-parecem-ter-saido-direto-da-ficcao-cientifica.htm" target="_blank" rel="noopener noreferrer">fungo</a>.



<h2>Orquídeas e fungos</h2>



<figure class="mt-2"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/12/23/23005137786276.jpg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons)" /><figcaption>(Fonte: Wikimedia Commons)</figcaption></figure>



Na maioria dos casos, as orquídeas necessitam de seus simbiontes para ajudar durante as primeiras partes do processo de desenvolvimento na planta. Porém, a Gastrodia agnicellus funciona de maneira um pouco diferente e é permanentemente dependente de seu fungo.



Isso porque essa espécie de orquídea não possui nenhum tipo de célula capaz de realizar a fotossíntese, que é o processo que gera energia para as plantas. Então, o fungo simbionte extrai nutrientes do solo e de outras plantas, como é o caso do carbono, e os alimenta para a orquídea. 



Apesar de todas essas informações sobre a orquídea mais feia do mundo, os cientistas ainda devem aprofundar os estudos para saber de que maneira essa nova espécie é polinizada e até onde vai o seu habitat natural dentro de Madagascar.

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Orquídea mais feia do mundo é encontrada em Madagascar

Imagem de Se o trenó do Papai Noel fosse real, ele seria puxado por renas fêmeas! no megacurioso

Apenas as renas fêmeas mantêm as galhadas durante o Natal, sabia?

Se você é superfã do <a title="Datas Comemorativas" href="https://www.megacurioso.com.br/tags/datas-comemorativas" target="_blank" rel="noopener noreferrer">Natal</a> e acha que essa é a melhor época do ano, deve estar familiarizado com boa parte das <a title="4 contos natalinos macabros para aterrorizar as suas festas de fim de ano" href="https://www.megacurioso.com.br/datas-comemorativas/89268-4-contos-natalinos-macabros-para-aterrorizar-as-suas-festas-de-fim-de-ano.htm" target="_blank" rel="noopener noreferrer">histórias natalinas</a> mais populares que existem por aí. Também há uma boa chance de você conhecer o nome das renas que puxam o <a title="Confira algumas curiosidades interessantes sobre o Papai Noel" href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/58742-confira-algumas-curiosidades-interessantes-sobre-o-papai-noel.htm" target="_blank" rel="noopener noreferrer">trenó do Bom Velhinho</a>, não é mesmo? Só para refrescar a sua memória, os animais se chamam Rudolph, Dasher, Dancer, Prancer, Vixen, Comet, Cupid, Donner e Blitzen — ou Rodolfo, Corredor, Dançarino, Empinador, Raposa, Cometa, Cupido, Trovão e Relâmpago, em português.



Mas tem um detalhe: se as renas do <a title="Discussão natalina: confira três teorias sobre a existência do Papai Noel" rel="noopener noreferrer" href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/56668-discussao-natalina-confira-3-teorias-sobre-a-existencia-do-papai-noel.htm" target="_blank">Papai Noel</a> existissem na vida real, apesar de os animais serem retratados nos desenhos e especiais de Natal como machos, eles quase certamente seriam… fêmeas — e Rodolfo e outros animais do time teriam que mudar de nome. E de onde saiu essa história? De acordo com Rae Paoletta, do site <a style="background-color: transparent" rel="noopener noreferrer" href="https://www.inverse.com/article/39327-santas-reindeer-are-females-science-says" target="_blank">Inverse</a>, tudo começou com um revelador tweet postado por uma moça chamada <a rel="noopener noreferrer" href="https://twitter.com/catreynoldsnyc?ref_src=twsrc%5Etfw&ref_url=https%3A%2F%2Fwww.inverse.com%2Farticle%2F39327-santas-reindeer-are-females-science-says" target="_blank">Cat Reynolds</a> e que acabou viralizando. Veja:



<figure class="mt-2 size-large"><img loading="lazy" width="1024" height="675" src="https://mega.ibxk.com.br/sites/2/2020/12/5fe266e8d2ec1.jpeg" alt=" class="wp-image-128120" srcset="https://mega.ibxk.com.br/sites/2/2020/12/5fe266e8d2ec1.jpeg 1024w, https://mega.ibxk.com.br/sites/2/2020/12/5fe266e8d2ec1-768x506.jpeg 768w" sizes="(max-width: 1024px) 100vw, 1024px" /></figure>



“As renas macho perdem suas galhadas no inverno e as fêmeas, não, portanto o trenó do Papai Noel é, na verdade, puxado por um time de garotas fortes, poderosas e subestimadas!!!!! É isso aí, meninas!! Eu vejo vocês!!!” — em tradução livre.



<h2>Garotas poderosas</h2>



É claro que o pessoal do Inverse foi conferir se esse papo das galhadas e tal era verdade e, conversando com um biólogo especialista em animais silvestres, averiguou que a informação presente no tweet está correta. Segundo o profissional, apesar de as renas macho e fêmea contarem com galhadas, durante o inverno no Hemisfério Norte — que corresponde aos meses de dezembro, janeiro e fevereiro —, os “meninos” perdem os chifres no final do outono, enquanto as “meninas” mantêm os seus até o início da primavera.



<img src="https://mega.ibxk.com.br/2017/12/19/rena-do-nariz-vermelho-19112655044054.jpg" alt="Rena do nariz vermelho">E agora, Rodolfo? (Geek.com)



A razão disso está relacionada com o fato de as fêmeas precisarem defender recursos durante a gestação, que normalmente ocorre nessa época do ano. Outra questão interessante é que, no inverno, cerca de 50% da massa corporal das fêmeas consiste em gordura, enquanto os machos perdem bastante massa adiposa e passam a contar com apenas 5% de gordura corporal — o que significa que elas estariam mais bem preparadas e fisicamente aptas para levar o Bom Velhinho para distribuir os presentes.



Vale lembrar que nem todas as renas são dotadas das características galhadas. Entretanto, para que os integrantes do time que aparece nas representações do Papai Noel tenham chifres em pleno dezembro, eles teriam que ser fêmeas, e não machos. E aí, caro leitor natalino, você gostaria de sugerir novos nomes para Rodolfo e companhia?



***



Publicado originalmente em 19/12/2017

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Se o trenó do Papai Noel fosse real, ele seria puxado por renas fêmeas!

Imagem de Baleias-francas: 2 filhotes trazem esperança à espécie ameaçada no megacurioso

Embora a pesca das baleias-francas tenha sido suspensa pela IWC, os nascimentos ainda não são suficientes para manter a população

Biólogos da Administração Oceânica e Atmosférica Nacional dos EUA (NOAA) divulgaram uma boa notícia para as baleias-francas do Atlântico Norte (Eubalaena glacialis), uma espécie perigosamente ameaçada de extinção: foram visualizados dois filhotes recém-nascidos dessa espécie nadando com suas mães.



De acordo com a NOAA, a baleia-franca é um dos mamíferos marinhos mais raros do planeta, com uma população de menos de 400 espécimes no mundo inteiro, segundo Jessica Powell, bióloga de mamíferos marinhos.



<figure class="mt-2"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/12/19/19092835955005.jpg" alt="Fonte: CMAquarium/Reprodução" /><figcaption>Filhote de Chiminea (Fonte: CMAquarium/Reprodução)</figcaption></figure>



A temporada de parição da baleia-franca tem início em meados de novembro e vai até meados de abril. O diretor-executivo do Blue World Research Institute (BWRI), Jamison Smith, que capturou as primeiras fotos dos “bebês” utilizando drones, afirmou à CNN que, como essa é uma população com níveis muito baixos, qualquer indivíduo é importante, e o nascimento dos filhotes é um evento que deve ser comemorado.



<h2>As novas “crianças”</h2>



O primeiro bebê foi avistado pela equipe do  Clearwater Marine Aquarium, da Flórida, no dia 4 de dezembro próximo à ilha de Cumberland, na costa da Geórgia. Os biólogos afirmaram à CNN que a baleinha é filha de Chiminea, de 13 anos, que foi mãe pela primeira vez.



O outro bebê foi detectado no dia 7 de dezembro na praia de Vilano, na Flórida: é macho e filho de Millipede, de 16 anos. <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/115990-orca-que-carregou-filhote-morto-por-17-dias-e-vista-com-novo-bebe.htm" target="_blank" rel="noopener noreferrer">Mãe e filho estavam nadando</a> ao lado de um bando de golfinhos nariz-de-garrafa. Essa monitoração de filhotes é um trabalho importante para controle das populações.



<figure class="mt-2"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/12/19/19093446050006.jpg" alt="Fonte: NOAA/Reprodução" /><figcaption>Millipede e seu bebê (Fonte: NOAA/Reprodução)</figcaption></figure>



Embora a caça a essas baleias esteja suspensa pela Comissão Baleeira Internacional (IWC, na sigla em inglês), os últimos três anos foram particularmente danosos para esses raros mamíferos: 32 baleias morreram na época e 13 ficaram gravemente feridas devido a emaranhamento em redes e <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/116706-britanica-revela-a-experiencia-de-quase-ser-engolida-por-uma-baleia.htm" target="_blank" rel="noopener noreferrer">batidas em embarcações</a>.



Os especialistas da NOAA afirmaram ao USA Today que, para manter a população, pelo menos <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/112480-baleias-sussurram-aos-filhotes-para-nao-atrair-predadores.htm" target="_blank" rel="noopener noreferrer">20 filhotes</a> precisam nascer a cada ano. Infelizmente, nas últimas quatro temporadas, as baleias-francas do Atlântico Norte deram à luz apenas 22 descendentes.

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Baleias-francas: 2 filhotes trazem esperança à espécie ameaçada

Imagem de 4 pássaros assustadores que vão te deixar morrendo de medo no megacurioso

Seja por suas aparências ou habilidades mortíferas, você vai torcer para não cruzar o caminho dessas espécies de aves

Você é do tipo de pessoa que sente medo de absolutamente qualquer animal? Mesmo se esse não for o seu caso, nós separamos uma lista de <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/107082-como-os-passaros-sabem-pra-onde-migrar.htm" target="_blank" rel="noopener noreferrer">pássaros</a> que farão parte dos seus pesadelos durante as próximas semanas. 



Seja por suas aparências horripilantes ou capacidade física mortal, essas criaturas são de causar calafrios por todo corpo só de imaginar em um possível encontro. Então, dá uma olhada!



<h2>1. Bico-de-tamanco</h2>



<figure class="mt-2"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/12/15/15025327028002.jpg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons)" /><figcaption>(Fonte: Wikimedia Commons/Reprodução)</figcaption></figure>



Os Balaeniceps rex foram batizados popularmente de bico-de-tamanco por conta da parte da frente de suas faces que muito lembra os tradicionais calçados holandeses. Apesar da história engraçadinha, sua aparência lhe torna uma das aves mais assustadoras do mundo e o seu bico serve como uma verdadeira arma letal.



Nativa das regiões pantanosas na África, esses pássaros desenvolveram a habilidade de esmagar um bebê crocodilo com apenas uma mordida.



<h2>2. Papagaio Drácula</h2>



<figure class="mt-2"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/12/15/15025353982003.jpg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons)" /><figcaption>(Fonte: Wikimedia Commons/Reprodução)</figcaption></figure>



Com sua estética sombria e de natureza extremamente rara, o <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/113274-papagaio-dracula-o-equilibrio-perfeito-entre-perigo-e-beleza.htm" target="_blank" rel="noopener noreferrer">Papagaio Drácula</a> certamente é uma espécie intrigante. Um híbrido de papagaio e abutre, esses animais habitam as profundezas das florestas da Nova Guiné esbanjando seu visual gótico e vampiresco.



Mesmo que sua aparência possa causar medo, a dieta primária dessas criaturas consiste em figos e outras frutas mais difíceis de encontrar. Dos males, o menor!



<h2>3. Casuar-do-Sul</h2>



<figure class="mt-2"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/12/15/15025246715001.png" alt="(Fonte: Wikimedia Commons)" /><figcaption>(Fonte: Wikimedia Commons/Reprodução)</figcaption></figure>



O Casuar-do-Sul poderia muito bem cumprir o papel de vilão do filme da Marvel, visto que sua feição é idêntica ao personagem Yondu, do filme Guardiões da Galáxia (2014). Através de suas garras afiadas e estrutura em formato de capacete no topo de suas cabeças, essas criaturas são mais próximas geneticamente dos dinossauros do que outras aves.



Com média de 1,8 metro de altura e podendo pesar até 75 kg, o <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/114557-passaro-perigoso-tem-estrutura-de-penas-que-o-deixa-brilhante.htm" target="_blank" rel="noopener noreferrer">Casuar</a> são típicos das florestas da Nova Guiné, no norte da Austrália ou nas ilhas indonésias de Ceram e Aru. Em uma única corrida, eles são capazes de atingir velocidades próximas aos 48 km/h.



<h2>4. Marabu Africano</h2>



<figure class="mt-2"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/12/15/15025143527000.jpg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons)" /><figcaption>(Fonte: Wikimedia Commons/Reprodução)</figcaption></figure>



Para fechar a lista, nada melhor do que uma ave apelidada de “Agente Funerário”. Os Marabus Africanos são pássaros de até 1,5 metro de altura e 2,5 metros de envergadura acostumados a se alimentar das carcaças de grandes mamíferos — podendo se alimentar até mesmo de elefantes.



Atraídos pelo cheiro das queimadas, essas aves aproveitam o desastre natural para conseguir capturar prezas em rota de fuga. Por fim, quando todas as opções fracassam, essa espécie também é conhecida por bisbilhotar restos de comida em latas de lixo.

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4 pássaros assustadores que vão te deixar morrendo de medo

Imagem de Abelhas utilizam cocô para combater vespas e proteger a colmeia no megacurioso

As abelhas-melíferas-asiáticas desenvolveram um método pouco convencional para combater ataques em grupo de vespas-mandarinas

Novas pesquisas do Departamento de Ciências Biológicas do Wellesley College em Massachusetts, Estados Unidos, apontam um novo comportamento de defesa das abelhas-melíferas-asiáticas (Apis cerana) no combate a ataques de grupos de vespas assassinas. 



Segundo um estudo publicado em 9 de dezembro na revista PLOS One, as presas cercam as entradas de colmeias com fezes de outros animais, criando uma barreira que impede a invasão de predadores.



Historicamente, espécies de vespas-mandarinas são predadores vorazes destas abelhas, investindo em equipe contra colmeias. Normalmente, as vespas gigantes realizam <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/116832-alemanha-criou-supercaes-de-caca-entre-as-guerras-mundiais.htm" target="_blank" rel="noopener noreferrer">caças</a> de forma individual, mas no final de sua temporada de reprodução — quando a ninhada é numerosa e há a necessidade de aumentar a quantidade de alimentos — os insetos passam a se unir em pequenas hordas, tornando o ataque mais rápido e violento.



<figure class="mt-2"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/12/14/14084757399016.jpg" alt="(Fonte: Wellesley College / Reprodução)" /><figcaption>(Fonte: Wellesley College/Reprodução)</figcaption></figure>



Porém, as defesas das abelhas ganharam novos contornos. Sob uma tremenda pressão dos invasores estrangeiros, as abelhas-melíferas tiveram que elaborar estratégias mais eficazes que não tivessem, como base, o uso de plantas. 



Foi então que passaram a coletar fezes animais e colocá-las ao redor das entradas das colmeias. “Esta defesa de esterco é bastante sofisticada; são necessários vários trabalhadores para executá-la”, disse Heather Mattila, autora principal do projeto.



Até o momento, a ciência conhece alguns sistemas de proteção das abelhas, como o assobio, o balançar do abdômen ou um ataque direto que sufoca o inimigo ou aumenta o calor corporal a ponto de causar morte instantânea. Contudo, a segurança baseada nas barreiras de <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/117053-pandas-gigantes-adoram-rolar-em-coco-de-cavalo.htm" target="_blank" rel="noopener noreferrer">cocô</a> foi observada de forma inédita, adicionando mais um capítulo interessante sobre os mecanismos funcionais de proteção dos insetos.



<h2>Resultados rápidos</h2>



A observação de apiários em 67 fazendas no Vietnã mostrou que cerca de 94% das colmeias apresentavam as portas de cocô. De acordo com os pesquisadores, as <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/116572-abelhas-identificam-colegas-de-colonia-por-suas-bacterias-intestinais.htm" target="_blank" rel="noopener noreferrer">abelhas</a> coletavam resíduos de galinheiros e de esterco de mamíferos, levantando muros sólidos que cansavam as vespas após inúmeras tentativas de escavação.



Aparentemente, a presença das fezes libera uma substância química desagradável para os invasores, escondendo os traços das marcas deixadas por vespas e afastando-as da colmeia protegida. “Ainda temos muitas ideias para explorar – é uma grande questão em aberto agora”, concluiu Mattila.

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